Duarte disse:— As coisas estão resolvidas por enquanto. Não se preocupe comigo, se lembre de tomar o café da manhã, tá bom?Lorena só então respondeu:— Que bom, eu estava achando que tinha acontecido algum problema contigo.— Não, nada disso. — Duarte fez uma pausa e, de repente, perguntou. — Lorena, você vai me deixar?Lorena ficou em silêncio por um momento, confusa:— Por que você está perguntando isso de repente? Ou será que você está escondendo algo de mim? A empresa passou por algum problema?— Não, eu só estava perguntando por perguntar. — A voz de Duarte soou fria, sem conseguir revelar qualquer emoção.Lorena suspirou e, com um tom suave, respondeu:— Mesmo que a empresa tenha problemas, não importa. Duarte, você tem sido tão bom para mim que eu não vou te deixar só porque você ficou sem dinheiro. Eu também tenho um emprego, posso até pegar mais alunos. As dificuldades vão passar, você não precisa se preocupar tanto, eu não vou embora.A voz calma e suave de Lorena, como um
Lorena pensou por um momento e então disse:— Acho que a Viviane é o tipo de pessoa que acaba fazendo inimigos por onde passa. Quem sabe quem ela ofendeu? Talvez alguém esteja tramando contra ela nas sombras.Karina soltou um longo suspiro e comentou:— Se a Viviane realmente fosse embora dessa vez, seria um alívio. Mas, como o marido dela é um dos acionistas, ele deve ir até o diretor falar por ela, então provavelmente a Viviane vai continuar nesse escritório. Só de pensar que vou ter que ver a Viviane todo dia no trabalho, fico angustiada. Enfim, chega de falar disso. Eu preciso ir para a sala, os alunos já estão chegando.Lorena olhou para o relógio, viu que estava na hora e logo se dirigiu para a sala de piano....O dia de trabalho foi intenso. Lorena teve aulas lotadas tanto de manhã quanto à tarde.Quando finalmente voltou à noite depois de dar a última aula, ela se surpreendeu ao ver Viviane arrumando as coisas na sua mesa.Lorena ficou paralisada por um instante, até perceber
Lorena também olhava curiosa para o bebê no berço, e, com delicadeza, estendeu a mão para tocar o rostinho macio da criança, suspirando:— Que fofura.Rosana, brincando, disse:— Lorena, já que você gosta de crianças, aproveita e corre para ter um filho com o Duarte. Eu te falo, criança é uma diversão! O Sr. Manuel está tão obcecado com o bebê que quase não vai mais trabalhar.Duarte não conseguiu evitar de lançar um olhar de aprovação para Rosana.Agora, não importava o ângulo, ele via Manuel e Rosana com outros olhos, mais agradáveis até do que via a irmã dele, Joaquim!Ao ouvir Rosana, Lorena ficou um pouco sem jeito e respondeu:— Eu e ele ainda nem fizemos a cerimônia de casamento.Duarte, rapidamente, retrucou:— Se você quiser, podemos fazer o casamento amanhã mesmo.Lorena ficou um pouco sem palavras.Ela então mudou de assunto, perguntando a Rosana:— Posso segurá-la?Rosana, de forma descomplicada, respondeu:— Claro, fique à vontade!Mas Manuel, preocupado que pudessem machu
No dia seguinte, Lorena foi para o trabalho. Ao pensar que não precisaria mais lidar com alguém como Viviane, ela se sentiu mais leve durante o trajeto, como se o peso do dia a dia tivesse diminuído um pouco.No entanto, assim que chegou ao escritório, Lorena parou abruptamente, surpresa. O que antes era a mesa de Viviane agora estava ocupada por Zeca.Lorena permaneceu parada na porta por alguns segundos, sem entender o que estava acontecendo.Instintivamente, Lorena sentiu que Zeca deveria estar ali por sua causa, mas aquele não era o sanatório da mãe dela, e Lorena não podia simplesmente mandar o segurança expulsá-lo.Ela ficou ali, a uma curta distância, sem conseguir dar o passo à frente.Foi então que Zeca a notou e imediatamente se aproximou:— Lorena, por que você não entra?O tom familiar de Zeca fez Lorena franzir a testa involuntariamente.Ela respondeu com frieza:— Zeca, por favor, me chame de Srta. Lorena.Zeca olhou para a mulher que parecia uma total estranha para ele,
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que
Quando Joaquim chegou em casa, já passava das onze da noite. A mansão estava estranhamente silenciosa, com apenas uma luz noturna acesa na sala de estar. Natacha estava sentada no sofá, parecendo estar esperando por ele o tempo todo. Joaquim tirou o casaco, afrouxou a gravata e falou com um leve tom de impaciência: - O divórcio não foi acordado ao meio-dia? Não vou te prejudicar no que diz respeito à propriedade. Você pode confiar nisso. Ele pensou que ela queria mais dinheiro. Natacha interrompeu ele, com uma voz rouca: - Joaquim, é por causa daquela mulher que você quer se divorciar de mim? Joaquim mudou sua expressão por um momento, mas logo voltou a sua calma de sempre. Ele não queria mais esconder isso dela, nem se dava ao trabalho de esconder. - Sim, tenho que dar a ela uma explicação, é o que devo a ela. – Admitiu Joaquim, com calma. - Só hoje percebi como você é hipócrita. Ao meio-dia, você se fez de vítima, me fez sentir culpada, me forçou a me divorciar. Talvez naqu