Lorena pensou por um momento e então disse:— Acho que a Viviane é o tipo de pessoa que acaba fazendo inimigos por onde passa. Quem sabe quem ela ofendeu? Talvez alguém esteja tramando contra ela nas sombras.Karina soltou um longo suspiro e comentou:— Se a Viviane realmente fosse embora dessa vez, seria um alívio. Mas, como o marido dela é um dos acionistas, ele deve ir até o diretor falar por ela, então provavelmente a Viviane vai continuar nesse escritório. Só de pensar que vou ter que ver a Viviane todo dia no trabalho, fico angustiada. Enfim, chega de falar disso. Eu preciso ir para a sala, os alunos já estão chegando.Lorena olhou para o relógio, viu que estava na hora e logo se dirigiu para a sala de piano....O dia de trabalho foi intenso. Lorena teve aulas lotadas tanto de manhã quanto à tarde.Quando finalmente voltou à noite depois de dar a última aula, ela se surpreendeu ao ver Viviane arrumando as coisas na sua mesa.Lorena ficou paralisada por um instante, até perceber
Lorena também olhava curiosa para o bebê no berço, e, com delicadeza, estendeu a mão para tocar o rostinho macio da criança, suspirando:— Que fofura.Rosana, brincando, disse:— Lorena, já que você gosta de crianças, aproveita e corre para ter um filho com o Duarte. Eu te falo, criança é uma diversão! O Sr. Manuel está tão obcecado com o bebê que quase não vai mais trabalhar.Duarte não conseguiu evitar de lançar um olhar de aprovação para Rosana.Agora, não importava o ângulo, ele via Manuel e Rosana com outros olhos, mais agradáveis até do que via a irmã dele, Joaquim!Ao ouvir Rosana, Lorena ficou um pouco sem jeito e respondeu:— Eu e ele ainda nem fizemos a cerimônia de casamento.Duarte, rapidamente, retrucou:— Se você quiser, podemos fazer o casamento amanhã mesmo.Lorena ficou um pouco sem palavras.Ela então mudou de assunto, perguntando a Rosana:— Posso segurá-la?Rosana, de forma descomplicada, respondeu:— Claro, fique à vontade!Mas Manuel, preocupado que pudessem machu
No dia seguinte, Lorena foi para o trabalho. Ao pensar que não precisaria mais lidar com alguém como Viviane, ela se sentiu mais leve durante o trajeto, como se o peso do dia a dia tivesse diminuído um pouco.No entanto, assim que chegou ao escritório, Lorena parou abruptamente, surpresa. O que antes era a mesa de Viviane agora estava ocupada por Zeca.Lorena permaneceu parada na porta por alguns segundos, sem entender o que estava acontecendo.Instintivamente, Lorena sentiu que Zeca deveria estar ali por sua causa, mas aquele não era o sanatório da mãe dela, e Lorena não podia simplesmente mandar o segurança expulsá-lo.Ela ficou ali, a uma curta distância, sem conseguir dar o passo à frente.Foi então que Zeca a notou e imediatamente se aproximou:— Lorena, por que você não entra?O tom familiar de Zeca fez Lorena franzir a testa involuntariamente.Ela respondeu com frieza:— Zeca, por favor, me chame de Srta. Lorena.Zeca olhou para a mulher que parecia uma total estranha para ele,
A expressão de Duarte mudou ligeiramente. Ele provavelmente não esperava que o pequeno Domingos fizesse uma pergunta como aquela.Com um rosto sério, Duarte respondeu:— Cuide de si mesmo, isso já basta. Não precisa se preocupar com os assuntos dos adultos.Domingos, com um suspiro profundo, fez outra pergunta:— A minha madrasta não vai gostar de mim, né? Por isso, você me deixou com a tia?Duarte olhou para Domingos com uma mistura de desconfiança e incompreensão, e respondeu:— Não foi isso. Naquela vez no hospital, não foi você quem chorou e quis ir embora com ela? Agora, está dizendo que eu te deixei aqui.Os olhos negros de Domingos estavam fixos em Duarte, e com uma voz cautelosa, ele perguntou:— E se a madrasta não gostar de mim, você vai parar de me visitar?Duarte, embora ainda com o rosto fechado, sentiu seu coração suavizar um pouco. Ele sabia que, apesar das complicações com Rafaela, Domingos era seu filho. Mesmo que não fosse fácil, negar qualquer tipo de ligação familia
Sempre que Natacha mencionava o fato de Duarte estar enganando Lorena, Duarte ficava visivelmente irritado. — Já sei! Eu sabia que você ia voltar a falar disso! — Duarte interrompeu impacientemente. — Eu sei exatamente o que estou fazendo, não preciso que você me lembre....Enquanto isso, Lorena foi até a garagem sozinha, se preparando para voltar para casa. Não se sabia se Zeca havia feito isso intencionalmente, mas ele estacionou o carro ao lado de Lorena. Quando a viu chegar na garagem, Zeca rapidamente desceu do carro e disse: — Lorena, finalmente chegou, eu estava esperando por você o tempo todo. — Você está precisando de algo? — Lorena franziu as sobrancelhas, visivelmente impaciente. Zeca respondeu: — A partir de agora, eu posso te levar para o trabalho e trazer você de volta, que tal? Sempre que você dirige, parece ter problemas com o carro, estou preocupado com você. Lorena respondeu com frieza: — Não é necessário, meu noivo também pode me levar e trazer. Al
Duarte se estremeceu levemente, se virou e abraçou Lorena com carinho, perguntando:— O que aconteceu?Lorena ergueu seu rosto delicado, com uma expressão suave, e disse:— Você poderia me buscar e me levar ao trabalho todos os dias?Duarte ficou surpreso por um momento, mas logo sorriu:— Eu pensei que fosse algo mais sério. Não tem problema algum em te levar ao trabalho.Lorena hesitou por um instante antes de perguntar:— Isso não vai atrapalhar o seu trabalho, vai?— De jeito nenhum. — Duarte sussurrou no ouvido de Lorena de maneira íntima. — O que é o trabalho perto de você, minha esposa?O rosto de Lorena, de uma pele pálida e suave, corou com um tom rosado. Ela bateu levemente em Duarte, repreendendo ele com um sorriso tímido:— Você é insuportável!Mais tarde, Duarte preparou o jantar e arrumou a mesa na varanda, acendendo velas. Daquela varanda, a vista da Cidade M à noite era simplesmente deslumbrante e romântica. A única coisa que faltava era que Duarte se esqueceu de comp
— Lorena, quer fazer amor comigo? O corpo imponente de Duarte cobriu o de Lorena, enquanto ele mordia suavemente o lóbulo de sua orelha, desabotoando a camisa dela com as mãos ágeis.Lorena, tonta e sem forças, tentou resistir, mas seu corpo estava fraco, sem conseguir oferecer resistência alguma.Finalmente, Duarte não conseguiu mais se conter, e seu corpo se afundou pesadamente sobre o dela.Lorena franziu a testa, e, com lágrimas nos olhos, murmurou:— O que você está fazendo? Está doendo...Duarte beijou delicadamente Lorena, tentando acalmá-la:— Calma, vou ser mais delicado. Lorena, não chora, logo vai passar.Naquela noite, Duarte experimentou o sabor de cada segundo.Ele pensou consigo: Se não fosse o medo de machucar Lorena, eu não a teria deixado tão rápido......Porém, ao acordar no dia seguinte e perceber que havia passado uma noite caótica com Duarte, Lorena quase teve um colapso emocional.Ela, furiosa, não conseguiu segurar as lágrimas e deu um forte chute em Duarte, j
Lorena mordeu o lábio inferior, sem saber como responder.Duarte falou:— Que tal você não ir trabalhar hoje? Pede um dia de folga.— Não dá. — Lorena olhou para o relógio e respondeu. — Eu tenho aula pela manhã, e a essa hora os alunos já estão a caminho. Se eu pedir folga, não seria justo com eles, não é?Duarte a olhou com seus olhos negros e profundos e perguntou:— E o seu corpo, vai aguentar?Lorena corou. Apesar de se sentir realmente mal, respondeu:— Não tem nada de mais.Com isso, ela se apressou a ir para o banheiro se arrumar.Duarte observou Lorena caminhar de maneira um pouco estranha, dando um sorriso, e também foi se arrumar.Como ele havia prometido, passaria a acompanhá-la para o trabalho todos os dias. No entanto, depois do que aconteceu na noite anterior, Lorena parecia um pouco desconfortável e não queria que ele a levasse. Mas Duarte insistiu:— Não foi você mesma que me pediu para garantir que eu vou cuidar de você? Levar e buscar você no trabalho não é uma form