Capítulo 47

Marina interrompeu a leitura, erguendo-se do sofá e andando de um lado para outro. Parecia um cão farejando o rastro de uma presa qualquer. E como estava linda!

— O que foi? — Perguntei, deitando os papéis na mesa de centro e esticando as pernas.

— Nunca pensei que ele pudesse ser acusado de traição! Vender os grãos antes da quebra da Bolsa de Valores deve ter deixado todos os fazendeiros furiosos com ele. Sem dizer do futuro sogro. Isso poderia levar alguns deles a tramar a violência daquela última noite, em 31 de maio?

— Realmente não sei, Marina. Existem muitos pontos que levam àquele desfecho. Temos ainda mais um pouquinho de leitura antes de confabularmos sobre essa noite. Vem, sente-se ao meu lado — pedi, estendendo a mão para ela, que me olha relutante, cedendo logo em seguida.

O Coronel Medeiros tomava uma taça atrás da outra, preocupado com o andar das coisas. No dia seguinte, ou dali a alguns dias, poderia se tornar um homem p

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