Capítulo 14

Sorri diante da perspicácia de Marina.

— Posso continuar? — Perguntei virando a próxima folha.

— Claro que sim. Agora quero saber tudo.

— Então não me interrompa.

— Não dá! Esse cara me dá nos nervos.  

— Por quê?

— Pode chamar de instinto. Não confio nele.

— Ainda nem comecei a falar dele! Em que se baseia? Meramente no instinto ou tem algo mais?

— Não sei, Alberto. Tirando o fato de ele ser um homem extremamente bonito, tenho impressão de que vai aprontar alguma.

— Qual o problema em ser um homem bonito? — perguntei desconfiado — Desde quando a beleza define o caráter de um homem?    

— Não define. Apenas não confio em homens bonitos. Eles sempre se julgam o máximo, sempre acham que todas as mulheres estão

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