Capítulo 12

Ela me encarou com o queixo erguido, desafiando-me.

— Bom, — disse estalando a língua — creio estar certa em relação a esse Ângelo. Acho que só pensa em se divertir. Realmente tem algo nele que me incomoda. — Concluiu, voltando ao seu normal, visivelmente querendo mudar de assunto.

— Estamos apenas no começo, Marina. Muita água vai rolar. Se ficar quietinha, posso continuar. 

— Não é de o meu feitio ficar calada. Lembre-se, estou aqui para ajudar.

— Eu sei, querida. — Não resisti em pegar-lhe a mão e olhar profundamente em seus belos olhos. Sorri, diante de seu constrangimento, continuando com a leitura. As coisas começavam a ficar divertidas. Sabia que estava em um jogo em que poderia sair perdedor. Precisava arriscar, para minha própria saúde mental. Viver um amor platônico é interessante por

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