Aquela mulher estava atrás de mim, rindo e gargalhando com malicia. Foi aí que eu achei uma brecha para achar ar, leva-lo para meus pulmões áridos e deixa-los trabalhar novamente. Eu lancei meu olhar para o céu nublado, as lágrimas que desciam em mim eram mais espessas e ao passar as mãos eu notei ser sangue. Eu limpei os olhos para poder visualizar os meus últimos segundos de vida. Assim eu fiquei, acorrentada no solo, imóvel no ar maçante como se o mundo e os pecados dele estivessem nos meus ombros me jogando para baixo.
Nada mais importava ali, eu estava com a sensação de obter cortes em meus braços, rosto, cortes profundos, sanguinários, que raspavam os ossos e o sangue escorriam com vontade de não se parar. Eu dei conta das aves que me torturavam, os abutres amenos só faziam som de satisfação. Eu não estava mais altiva, eu faleci e eles comiam minha carne enquanto eu ainda respirava.
— Alegre-se... Essa é a sua morte! — Foi o que eu ouvi antes de me
— Nada... Nada... Mas estou contente por você irmãzinha. — Ela desviou o rosto e se voltou para seu prato.Aquele dialogo que me envolvia com o papel principal chegou ao fim e mamãe mais tia Amélia subiram para trabalhar. Aproveitei para dar uma ajuda limpando a bancada do que se restou do café. Depois eu subi, escovei os dentes e parti de casa. Enfim ao sair vejo Dylan bem perto de seu carro, ele observava eu ir caminhando com olhos admiradores.— Bom dia. — Ele murmurou com voz doce eu meu ouvido esquerdo e seus braços me apertaram com nostalgia.— Bom dia... Hum... Pode me soltar agora? — Ofego e saio de seu aperto.— Desculpa-me Srta. Bryant algumas horas longe de ti, deram-me saudade. — Ele afirmou com ambas as mãos traçando as linhas de minhas bochechas.— Eu percebi, também fiquei com saudades. — Eu di
Ele se levantou e se encaminhou para meu banheiro, lavou suas mãos, pois ouvi o som de água corrente. Em seguida me entregou seu celular para poder me dar à prova concreta que o dizia era verdade.De: Bia BryantPara: Dylan WhiteData: 13 de março de 2018 03:05Não precisa me ligar a essa hora. Eu só estou com dificuldade para pegar no sono, mas vou tentar dormir. Beijos...— Eu ouvi meu celular teclar sozinho. Dylan... — Eu pauso engolindo em seco, estou imensamente aflita e meus pelos todos estão eriçados. — O que era aquilo?— Para uma aparição assim às cegas e não física... Cogito ser um demônio escravo, um espírito desencarnado que foi induzido a vir aqui para lhe perturbar. — Ele disse em tom neutro, e logo eu me acalmei. Ele apanhou o celular o
Ele retirou o lápis da palma de sua mão e limpou o rastro de sangue levando em sua boca. Mas, isso não significou que sua raiva se fosse, ele continua irado de alguma forma e evasivo, sem manter contato visual. Eu levo minha mão em sua face, acariciando de leve e fazendo ele me ver, e assim eu mostrar que está tudo bem, que ele é quem eu quero. É por ele que eu corro perigo, é por ele que tenho esses pesadelos desde sempre.— Eu amo você e um beijo do meu amigo não mudaria o que sinto por você. — Eu paralisei minha mão ao vê-lo fechar os olhos, sentindo o contado de minha pele nele e ele pousou sua mão acima da minha apertando sem pressão.— Reconheço, contudo, somente foi eu me ausentar que... — Ele para de falar tentando achar as palavras corretas para continuar, mas sua boca se fechou e ele me observa em fronte fleuma.— E
— Claro né, melhor que minha Chevrolet C/K 1994, toda caindo em pedaços naquela cor de merda. — Stephanie se irritou. Nunca a ouvi falar desse jeito. — Ué, mas espera aí! Para ela está assim furiosa, seu carro tem que ser muito bom Jus. — Não é nada demais. Minha mãe comprou para mim no ano passado, para sobrar mais tempo para ela poder ir trabalhar, já que eu dou carona para meus dois irmãos caçulas. É um Volkswagen Golf na cor branca. — Julie disse. — Eu nem tem carro, venho para escola de busão. — Steve disse para descontrair. — Jus, o Patrick não vai? — Eu perguntei e na hora seu rosto se tornou rubro. — Ele conversou com Antony e me disse que deixaria com essa responsabilidade. Na verdade não me importo muito, não terei ninguém julgando o que vou comprar. — Para mim tem esse negócio não! Todo mundo do meu grupo vai, meu trabalho tem que ser uns dos melhores. — Suzana disse revolta. Lanchamos e trocamos ideias até o s
— Que fofinho... — Eu gargalhei. — Doeu? — Ele perguntou, guardando tudo de volta a sua mochila. — Não muito. Você anda assim sempre preparado Sr. White? — Sempre, já que possuo meus motivos. — Eu vou querer saber? — Em breve. — E o vampiro? — Vou resolver isso. Essa escola estará segura, nem se for para me encobrir todos os perímetros em um feitiço rigoroso. — A voz dele era em tom de certeza e seus olhos pareciam tensos. — Tipo aquele da nossa sala? — Eu recordei. — Similar, falaremos deste assunto mais tarde. Vamos adiantar nosso trabalho. — Ok, vamos. — Eu respondi, mexendo nas minhas bagunças eu acho o que procuro. Insiro um pouco da minha mistura falhada ao microscópico. Aumento a lente em 20 vezes e observo fechando apenas um olho, aquele erro ainda estava ali para me aborrecer. — Sua expressão não está muito boa. — Ele comentou. Eu imediatamente sugeri com um gesto para
Meu rosto estava molhado e eu notei que eu chorava silenciosamente. — Eu não sei o que dizer.— Não pronunciei nada. Nossos atos, sentimentos e ações falam por nós. Na ausência da palavra e em um choro sincero, é onde eu encontro seu amor. — Ele sussurrou como um canto dos anjos.Eu me sentei em seu colo deixando minhas mãos sentirem a pele de sua face amuada e Dylan carinhosamente fazia o mesmo secando minhas lágrimas. Nossos lábios se encostam timidamente, acho que por conta do momento. Eu sentia o gosto salgado de minhas lágrimas à medida que eu aprofundava minha boca na sua.— Seus lábios estão macios por conta do choro. — Ele disse deixando sua testa contra a minha. — Oh, Bia! Você é minha lanterna, a lanterna que me guia em minha escuridão.Eu entrelacei minhas pernas em torno de seus quadris,
Eu me exorei e desci de seu colo. Como ele pode ter feito isso somente para saber se eu tenho controle. Dylan pareceu entender o que eu estava sentindo e se manteve por distância de poucos centímetros. Eu me sentei, encostando-me a árvore e abraçando meus joelhos.— Bia não fique com raiva de mim. — Ele implorou em um murmúrio. — Eu não faria dessa maneira a sua primeira vez. — Ele soou sincero, com angústia.— Como você sabe disso? — Eu bufei, espremendo minhas pernas de raiva.— Eu sei tudo do seu corpo. — Ele disse e esperou alguma reação, mas eu não esbocei nenhum som. — Eu quero mostrá-la algo... De sua antepassada.— Então me mostre. — Eu o encarei com interesse, um frio passou por minha barriga e Dylan sorriu para mim.— Feche seus olhos.Eu suspirei, inalei e não sustinha mais movimentar-me. Eu podia visualizar perfeitamente o logradouro da mata rematada por onde meus pés me saturavam. Estara uma noite congelante, o
Juntamo-nos a eles na escada da escola. Suzana parecia estressada e conversava ao seu celular com a mãe. Amélia devia estar a proibindo de algo, pois ele passou o ipod para mim pedindo para convencer sua mãe a deixa-la ir conosco no cinema. Não sei como, mas consegui e surgiram gritos espontâneos dela e de Steve.— Vamos logo! — Suzi deu a mão Steve rodeando de felicidade. Minha brava e precipitada Suzi. — Vamos, só um minuto. — Eu respondi voltando ao Dylan.— Não vai Dylan? Será legal todo mundo junto. — Perguntou Suzana.— Deixe para próxima. Eu confio em Bianca em suas compras, porém possivelmente os encontrarei mais tarde. — Respondeu Dylan educadamente.— Está bem então. — Ela concordou altiva. — Aqui... A chave de seu carro, irmã. Adorei dirigir ele, foi uma delicia. Obrigada.— De nada. — Bobona... Nem desconfia que terá o dela no seu aniversário.— Irei contigo até o estacionamento. — Dylan comentou, pond