— Se for, Dylan. Diga-me então o que tanto procura em mim.
— Estou receoso, Bianca. De me apaixonar e acontecer como a… — Ele diz em confusão, parando sem terminar a frase.
Acaricio seu rosto tentando reconfortá-lo da dor que está dentro dele que se expõe através de seu olhar. Ele tira minhas mãos de seu rosto e nega com a cabeça.
— Não estou familiarizado ou acostumado com esse tipo de carícias. — Ele expõe segurando meus punhos e deixando suas palavras firmes.
— Ninguém nunca te tocou dessa forma?
— Não com essas emoções.
— Por que não me deixa buscar você? O que está aguardado aí dentro? Por que se segura, Dylan? Não me deixando entrar?
Ele fecha os olhos momentaneamente, trinca os dentes e respira fundo. E eu não aguento mais vê-lo desse jeito, por tudo que aconteceu entre nós em poucos dias, por tudo que estou sentido nesse exato tempo, me faz refletir em como eu quero ajudar ele a acabar com isso de uma vez.
Os meus olhos fechados viajando a deriva da escuridão colocavam-me remexendo-se a cama por toda a madrugada. E por alguma razão, eu continuamente via o rosto de Dylan. Eu o tocava docemente, beijava-o com imensa saudade, e ele observava encantado com o que visualizava. Eu acordei um pouco antes do principiar do amanhecer. Consequentemente, meu coração batia freneticamente e minha respiração estava irregular. Eu me levantei, encaminhei para o banheiro e joguei água fresca em meu rosto. Sem pressa, após me deitar novamente eu me deixei dormir serenamente. Imagino que por ontem ter sido um dia melhor que os demais, o meu despertar foi ótimo. Embora, minha noite de sono tenha ocorridos sonhos que me punham acordada. Eu me ponho de pé, esticando o máximo que posso para retirar a preguiça de meu corpo. Eu andei, até as janelas e entreabri as cortinas. Deixando o sol do, dia maravilhoso iluminar meu quarto. Logo que, dei um jeito de tomar um banho rápido. Vestindo-m
— Estou sentindo que estou sendo observada. — Suzana sentou-se a meu lado, com uma postura curvada. — Observada? Como assim? — Eu larguei meu chá, a ponto de focar em sua apreensão. — Não sei dizer, Bia. Desde ontem depois que saímos da sala de registros na prefeitura. — Ela murmurou, sua voz diminuindo integralmente. — Mas, agora são somente duas coisas que me importa. — Suzi sorriu, suas expressões mudaram repentinamente. — Hã… Duas coisas que são? — Eu a rebato, com a necessidade de saber em minha voz. — Eu quero te contar tudo o que descobri ontem. E saber o que aconteceu com vocês também. — Suas inquietações me põem nervosa. Como vou contar sobre ontem? — Pelo visto eu que terei que contar primeiro, não é mesmo? — Ainda bem que você sabe. Mas, antes me deixe fazer uma boquinha. Quê? — Ah, não! Você não consegue ouvir e comer ao mesmo tempo? — Eu perguntei incrédula. Não queria esper
— Suzi, talvez seja somente uma coincidência. — Eu respiro calmamente, e devolvo o celular para ela. — E mais o quê você descobriu lá? — Então, você sabia que os Hayes possuem terras a maioria delas aqui em Washington? — Claro que eu não sabia né! Não foi por isso que realizou essa pesquisa? — Eu me esquentei de raiva escaldante. Suzi sabe que não gosto de perguntas idiotas. — Desculpe-me. Foi força do hábito. — Ela encolhe seus ombros. — Os Hayes possuem muitos imóveis, automóveis e propriedades comerciais. Eu me peguei pensando na pintura que Dylan me presenteou. Ele teria outras obras dessas? — Além de que, Hayes é um sobrenome muito citado nos documentos predispostos para civis lerem sobre a história da cidade. Eles vêm de uma linhagem que esteve aqui muito antes da cidade constituir esse nome. Os antepassados deles meio que povoaram essa área. — Ela prossegue suas descobertas. — Por que ninguém comenta sobre isso? — Eu su
Eu respirei densamente, fechei meus olhos para me acalmar. E uma cena tomou conta de meu cérebro. Dylan me olhava entristecido, com amargura gritante. Em sua mão segurava uma pedra altura de minha fisionomia. “Andarei por montes, vielas e superfícies remotas. Nadarei contra a maré de audazes oceanos, e abargarei a escuridão. Sem interdição, não regressarei sem trazeres esse colar em prontidão. Farei de tudo para dar-te a minha proteção.” A voz dele soava docemente, e um beijo de seus lábios encontrou os meus. Eu senti o gosto do mar na ponta de minha língua. Eram as suas doloridas lágrimas, escorrendo por suas bochechas coradas. — Bia, eu acho que achei. — Suzana advém, a sua voz ainda era distante para mim. — Oh, meu Deus! Bianca, tudo bem? — Ela apanha minha mão ajudando-me a levantar. Suzi me direciona para uma poltrona, o primeiro assento disponível para sentar-me e melhorar meu estado de letargia. — Você está bem? — Ela se agacha na altura de me
Que tipo de perguntas foi essas? Quem ele acha que é? — Como as pessoas tiram os cordões de seus belos pescoços, Dylan? — Ironizei. Ele sorriu, sua feição mudou para um cativante sorriso que me fez bufar de raiva. — Olha… Desculpa, eu sei que disse que não tiraria o cordão. Somente o retirei ontem antes de dormir, junto com minhas outras bijuterias. E o tiro quando me banho, com medo de escurecê-lo. — Não entendi porque eu estava o dando satisfações, mas me deu vontade de contar. — Bianca… — Oh, não. Ele expôs como papai disse mais cedo. — A peça é unicamente feita em ouro puro. Sendo que, o pingente é revestido com platina e ouro branco. Não é necessário retirá-lo. Uau! Isso deve ter sido uma fortuna. — Ok, eu não sabia. — Porém, no momento reconhece tal fato. — Vocês são tão perfeitos. — Suzana comentou, com seu rosto próximo do meu banco. Dylan, ergue ambas as sobrancelhas, e vejo um traço de um sorriso t
— Então… Não vamos demorar também. Já que eu preciso passar no meu armário, e apanhar meus livros das aulas de hoje. — E iremos… Contudo, antes… — Ele se põe em minha frente. Estamos nos encarando, provando um do outro. Sem ao menos dizer mais nada, somente nos olhando. A aproximação de seu corpo quente, faz com que eu me afaste. Dando passos para trás, meu corpo choca-se contra a porta do carro, fechando-a abruptamente. Ele eleva seu dedo indicador, encostando-o na pele de minha bochecha. Deixando um choque elétrico, incinerando o meu sangue, descendo vagarosamente a ponta de seu dedo por minha garganta. Desenhando minhas veias, a tal ponto que, eu poderia jurar sentir até suas digitais roçando contra minha epiderme febril. Seu indicador acompanhou seu dedo médio, até o vão de meus seios. Acelerando minha respiração, pausando e apanhando meu colar centralmente na palma de sua mão. — O que sente? Explique-me o porquê dessa cor, Bianca? — A voz
Jamais ouvir algo do tipo. E já escutei todos os tipos de cantadas sendo, as mais simples até as mais perversas. Dylan deixou-me surpresa. Os meus olhos estavam arregalados. Não compreendia, como eu poderia mexer dessa forma com ele? Eu não tinha nada de diferente. — Infelizmente no momento o chocolate acabou. — Simplesmente digo, já derrotada. Apanhando minha mochila, para enfatizar o meu dito. — Recado entendido. Compreendo meus limites. — Ele diz, tomando minha mão. Pondo-me surpresa mais uma vez. Enfim, adentramos aos corredores da escola. Seguimos, em direção aos armários. Tomei um minuto para reler meus horários já que ainda não tinha os decorados mentalmente. Então, selecionei velozmente os livros para as aulas de hoje. Por um instante, espiei Dylan através das frestas do armário. Caminhando impacientemente de um lado a outro, empenhando-se para ouvir algo no lugar que estar atipicamente vazio. — O que houve? Você está aí andando loucam
— Bianca? — A voz de Dylan soou como um grande eco em minha mente. — Hum? O que foi? — Questionei sem dá-lo minha atenção totalmente. — Retire o lápis de sua boca. — Ele sussurra, com teor rouco. — E por quê? — Eu o encarei, seus olhos estavam fixos em meus lábios. — Porque é extremamente sexy, e atenta-me. Você deixou límpido que não nos beijaríamos nesse local. Puta merda! — Sem lápis. — Respondi com pouca saliva. Deixando o objeto inanimado acima da mesa. Procurei focar minha prudência à aula. — Nomes… Eles são uma parte de nós, e fundamentais para sabermos diferenciar dos demais indivíduos. No começo dos tempos, os nomes pessoais não eram acompanhados de sobrenomes. Mas estes eram prepostos demonstrando a características de cada pessoa em particular… — Bia? — Ouço uma voz familiar a me chamar. Entreolhei ao meu contorno. — Bia! — Eu posicionei para onde a voz advinha. E uma bolinha de papel v