— Estou sentindo que estou sendo observada. — Suzana sentou-se a meu lado, com uma postura curvada.
— Observada? Como assim? — Eu larguei meu chá, a ponto de focar em sua apreensão.
— Não sei dizer, Bia. Desde ontem depois que saímos da sala de registros na prefeitura. — Ela murmurou, sua voz diminuindo integralmente. — Mas, agora são somente duas coisas que me importa. — Suzi sorriu, suas expressões mudaram repentinamente.
— Hã… Duas coisas que são? — Eu a rebato, com a necessidade de saber em minha voz.
— Eu quero te contar tudo o que descobri ontem. E saber o que aconteceu com vocês também. — Suas inquietações me põem nervosa. Como vou contar sobre ontem?
— Pelo visto eu que terei que contar primeiro, não é mesmo?
— Ainda bem que você sabe. Mas, antes me deixe fazer uma boquinha.
Quê?
— Ah, não! Você não consegue ouvir e comer ao mesmo tempo? — Eu perguntei incrédula. Não queria esper
— Suzi, talvez seja somente uma coincidência. — Eu respiro calmamente, e devolvo o celular para ela. — E mais o quê você descobriu lá? — Então, você sabia que os Hayes possuem terras a maioria delas aqui em Washington? — Claro que eu não sabia né! Não foi por isso que realizou essa pesquisa? — Eu me esquentei de raiva escaldante. Suzi sabe que não gosto de perguntas idiotas. — Desculpe-me. Foi força do hábito. — Ela encolhe seus ombros. — Os Hayes possuem muitos imóveis, automóveis e propriedades comerciais. Eu me peguei pensando na pintura que Dylan me presenteou. Ele teria outras obras dessas? — Além de que, Hayes é um sobrenome muito citado nos documentos predispostos para civis lerem sobre a história da cidade. Eles vêm de uma linhagem que esteve aqui muito antes da cidade constituir esse nome. Os antepassados deles meio que povoaram essa área. — Ela prossegue suas descobertas. — Por que ninguém comenta sobre isso? — Eu su
Eu respirei densamente, fechei meus olhos para me acalmar. E uma cena tomou conta de meu cérebro. Dylan me olhava entristecido, com amargura gritante. Em sua mão segurava uma pedra altura de minha fisionomia. “Andarei por montes, vielas e superfícies remotas. Nadarei contra a maré de audazes oceanos, e abargarei a escuridão. Sem interdição, não regressarei sem trazeres esse colar em prontidão. Farei de tudo para dar-te a minha proteção.” A voz dele soava docemente, e um beijo de seus lábios encontrou os meus. Eu senti o gosto do mar na ponta de minha língua. Eram as suas doloridas lágrimas, escorrendo por suas bochechas coradas. — Bia, eu acho que achei. — Suzana advém, a sua voz ainda era distante para mim. — Oh, meu Deus! Bianca, tudo bem? — Ela apanha minha mão ajudando-me a levantar. Suzi me direciona para uma poltrona, o primeiro assento disponível para sentar-me e melhorar meu estado de letargia. — Você está bem? — Ela se agacha na altura de me
Que tipo de perguntas foi essas? Quem ele acha que é? — Como as pessoas tiram os cordões de seus belos pescoços, Dylan? — Ironizei. Ele sorriu, sua feição mudou para um cativante sorriso que me fez bufar de raiva. — Olha… Desculpa, eu sei que disse que não tiraria o cordão. Somente o retirei ontem antes de dormir, junto com minhas outras bijuterias. E o tiro quando me banho, com medo de escurecê-lo. — Não entendi porque eu estava o dando satisfações, mas me deu vontade de contar. — Bianca… — Oh, não. Ele expôs como papai disse mais cedo. — A peça é unicamente feita em ouro puro. Sendo que, o pingente é revestido com platina e ouro branco. Não é necessário retirá-lo. Uau! Isso deve ter sido uma fortuna. — Ok, eu não sabia. — Porém, no momento reconhece tal fato. — Vocês são tão perfeitos. — Suzana comentou, com seu rosto próximo do meu banco. Dylan, ergue ambas as sobrancelhas, e vejo um traço de um sorriso t
— Então… Não vamos demorar também. Já que eu preciso passar no meu armário, e apanhar meus livros das aulas de hoje. — E iremos… Contudo, antes… — Ele se põe em minha frente. Estamos nos encarando, provando um do outro. Sem ao menos dizer mais nada, somente nos olhando. A aproximação de seu corpo quente, faz com que eu me afaste. Dando passos para trás, meu corpo choca-se contra a porta do carro, fechando-a abruptamente. Ele eleva seu dedo indicador, encostando-o na pele de minha bochecha. Deixando um choque elétrico, incinerando o meu sangue, descendo vagarosamente a ponta de seu dedo por minha garganta. Desenhando minhas veias, a tal ponto que, eu poderia jurar sentir até suas digitais roçando contra minha epiderme febril. Seu indicador acompanhou seu dedo médio, até o vão de meus seios. Acelerando minha respiração, pausando e apanhando meu colar centralmente na palma de sua mão. — O que sente? Explique-me o porquê dessa cor, Bianca? — A voz
Jamais ouvir algo do tipo. E já escutei todos os tipos de cantadas sendo, as mais simples até as mais perversas. Dylan deixou-me surpresa. Os meus olhos estavam arregalados. Não compreendia, como eu poderia mexer dessa forma com ele? Eu não tinha nada de diferente. — Infelizmente no momento o chocolate acabou. — Simplesmente digo, já derrotada. Apanhando minha mochila, para enfatizar o meu dito. — Recado entendido. Compreendo meus limites. — Ele diz, tomando minha mão. Pondo-me surpresa mais uma vez. Enfim, adentramos aos corredores da escola. Seguimos, em direção aos armários. Tomei um minuto para reler meus horários já que ainda não tinha os decorados mentalmente. Então, selecionei velozmente os livros para as aulas de hoje. Por um instante, espiei Dylan através das frestas do armário. Caminhando impacientemente de um lado a outro, empenhando-se para ouvir algo no lugar que estar atipicamente vazio. — O que houve? Você está aí andando loucam
— Bianca? — A voz de Dylan soou como um grande eco em minha mente. — Hum? O que foi? — Questionei sem dá-lo minha atenção totalmente. — Retire o lápis de sua boca. — Ele sussurra, com teor rouco. — E por quê? — Eu o encarei, seus olhos estavam fixos em meus lábios. — Porque é extremamente sexy, e atenta-me. Você deixou límpido que não nos beijaríamos nesse local. Puta merda! — Sem lápis. — Respondi com pouca saliva. Deixando o objeto inanimado acima da mesa. Procurei focar minha prudência à aula. — Nomes… Eles são uma parte de nós, e fundamentais para sabermos diferenciar dos demais indivíduos. No começo dos tempos, os nomes pessoais não eram acompanhados de sobrenomes. Mas estes eram prepostos demonstrando a características de cada pessoa em particular… — Bia? — Ouço uma voz familiar a me chamar. Entreolhei ao meu contorno. — Bia! — Eu posicionei para onde a voz advinha. E uma bolinha de papel v
Estou encontrando dificuldades para iniciar minha investigação. O clima tenso suavizou-se vaporosamente, as moléculas agitadas pelo o ambiente acalmaram-se. Deixando somente a voz quase inerte do antes bravo professor. Suspirei decepcionada comigo mesma, com meus lábios franzidos e testa suavemente enrugada. Idealizando a maneira correta que Suzi colocar-se-ia a frente de uma situação como essa. Realmente, carecia de uma mente alumiada de argumentos bem construídos, para tal feito. Assim então, devidamente reorientei a paisagem vista por meus olhos. Pousando-a, na face terna de Dylan. Sua postura é relaxada, seu peito ascendia e declinava quase que pausadamente. Seus olhos azuis estavam mornos, vazios. O que ele estaria pensando? Apesar disso, seus longos dedos rabiscavam alguma coisa aleatória em um papel em branco. A visão de sua fisionomia continuadamente encantava-me. Os lábios dele continham uma coloração um pouco mais avermelhada, e estavam em
— Somente uma maquete já é o suficiente. Deposite suas ervas, ou plantas escolhidas separadamente no exemplar. Desejo também, que dentre de suas escolhas, retire uma para a preparação de algum medicamento. Claramente, levando a par, suas características unicamente. — Apressadamente, ele andou. Paralisando em uma fileira de carteiras do canto esquerdo, entregando para o primeiro aluno consistido a primeira mesa, um bolo enorme de papéis. — Não irei passar o trabalho ao quadro. Imprimir algumas folhas, com os itens necessários e tudo para a realização do trabalho. Por favor, pegue uma folha grampeada para si, e passem para trás para seus demais colegas. — Teremos quanto tempo para a preparação do trabalho? — Julie retorna a investigar. — Todos sem alguma exceção possuem duas semanas… — O olhar entrecortante de Rupert encontra acanhadamente, o singelo rosto pálido de Suzi. — O que equivale há quatorze dias para a conclusão. Anseio que façam suas tarefas diárias, e