Fomos lentamente mais para perto e a cada passo eu observo tudo em mais detalhes. Contém um mini jardim abaixo das amplas janelas de vidro fumê, uma enorme porta também de vidro combina perfeitamente com o conjunto. Uma escada oval de mármore demonstra o caminho da entrada, ao lado da casa uma porta de garagem e acima há mais dois andares.
— Até o momento não articulou uma palavra. — Ele neutraliza ao meu lado no começo das escadas.
— É sua casa?
— É bem observadora. — Brinca sutilmente alegre.
— Mas, por que me trouxe aqui?
— Quero lhe apresentar a uma pessoa. Você deseja saber mais de mim e cogitei que assim seria um passo.
— Passo?
— Para nossa conversa. — Cita ao subir alguns degraus.
Quando meu pé direito se põe contra o primeiro degrau da pedra branca, em mente veio que seu entrasse nessa casa, nunca mais eu seria a mesma. Mas, valeria pena correr o risco, pois em minha frente havia aquele par de olhos, aqu
Descemos novamente e até penso que iríamos parar cozinha, mas não. Saímos por uma porta e chegamos a uns dos lugares mais acolhedores que já presenciei. Um jardim extenso com as mais diversas rosas, flores que se possa imaginar. — Em sua casa existe algum lugar que não me deixe boquiaberta? — Idealizo eu, então que possuo bom gosto. — Claro, com toda razão. Bem, mas o quê fazemos aqui fora? Espero ele trancar a porta, assim analiso algumas rosas amarelas. — Essas são minhas favoritas. — Passo lentamente meu dedo indicador nas pétalas delicadas. — Pensei que sim. — Sua casa é como um… Ah! Se eu fosse morar em algum lugar, seria como sua casa. — Então verdadeiramente admira minha casa. Isso é bom. — Ele caminha metros mais a frente de mim. — Dylan, aonde pensa em me levar? — Alguns metros ao desconhecido. Torço para que confie em mim. — Você costuma arrastar garotas para o m
— Se for, Dylan. Diga-me então o que tanto procura em mim. — Estou receoso, Bianca. De me apaixonar e acontecer como a… — Ele diz em confusão, parando sem terminar a frase. Acaricio seu rosto tentando reconfortá-lo da dor que está dentro dele que se expõe através de seu olhar. Ele tira minhas mãos de seu rosto e nega com a cabeça. — Não estou familiarizado ou acostumado com esse tipo de carícias. — Ele expõe segurando meus punhos e deixando suas palavras firmes. — Ninguém nunca te tocou dessa forma? — Não com essas emoções. — Por que não me deixa buscar você? O que está aguardado aí dentro? Por que se segura, Dylan? Não me deixando entrar? Ele fecha os olhos momentaneamente, trinca os dentes e respira fundo. E eu não aguento mais vê-lo desse jeito, por tudo que aconteceu entre nós em poucos dias, por tudo que estou sentido nesse exato tempo, me faz refletir em como eu quero ajudar ele a acabar com isso de uma vez.
Os meus olhos fechados viajando a deriva da escuridão colocavam-me remexendo-se a cama por toda a madrugada. E por alguma razão, eu continuamente via o rosto de Dylan. Eu o tocava docemente, beijava-o com imensa saudade, e ele observava encantado com o que visualizava. Eu acordei um pouco antes do principiar do amanhecer. Consequentemente, meu coração batia freneticamente e minha respiração estava irregular. Eu me levantei, encaminhei para o banheiro e joguei água fresca em meu rosto. Sem pressa, após me deitar novamente eu me deixei dormir serenamente. Imagino que por ontem ter sido um dia melhor que os demais, o meu despertar foi ótimo. Embora, minha noite de sono tenha ocorridos sonhos que me punham acordada. Eu me ponho de pé, esticando o máximo que posso para retirar a preguiça de meu corpo. Eu andei, até as janelas e entreabri as cortinas. Deixando o sol do, dia maravilhoso iluminar meu quarto. Logo que, dei um jeito de tomar um banho rápido. Vestindo-m
— Estou sentindo que estou sendo observada. — Suzana sentou-se a meu lado, com uma postura curvada. — Observada? Como assim? — Eu larguei meu chá, a ponto de focar em sua apreensão. — Não sei dizer, Bia. Desde ontem depois que saímos da sala de registros na prefeitura. — Ela murmurou, sua voz diminuindo integralmente. — Mas, agora são somente duas coisas que me importa. — Suzi sorriu, suas expressões mudaram repentinamente. — Hã… Duas coisas que são? — Eu a rebato, com a necessidade de saber em minha voz. — Eu quero te contar tudo o que descobri ontem. E saber o que aconteceu com vocês também. — Suas inquietações me põem nervosa. Como vou contar sobre ontem? — Pelo visto eu que terei que contar primeiro, não é mesmo? — Ainda bem que você sabe. Mas, antes me deixe fazer uma boquinha. Quê? — Ah, não! Você não consegue ouvir e comer ao mesmo tempo? — Eu perguntei incrédula. Não queria esper
— Suzi, talvez seja somente uma coincidência. — Eu respiro calmamente, e devolvo o celular para ela. — E mais o quê você descobriu lá? — Então, você sabia que os Hayes possuem terras a maioria delas aqui em Washington? — Claro que eu não sabia né! Não foi por isso que realizou essa pesquisa? — Eu me esquentei de raiva escaldante. Suzi sabe que não gosto de perguntas idiotas. — Desculpe-me. Foi força do hábito. — Ela encolhe seus ombros. — Os Hayes possuem muitos imóveis, automóveis e propriedades comerciais. Eu me peguei pensando na pintura que Dylan me presenteou. Ele teria outras obras dessas? — Além de que, Hayes é um sobrenome muito citado nos documentos predispostos para civis lerem sobre a história da cidade. Eles vêm de uma linhagem que esteve aqui muito antes da cidade constituir esse nome. Os antepassados deles meio que povoaram essa área. — Ela prossegue suas descobertas. — Por que ninguém comenta sobre isso? — Eu su
Eu respirei densamente, fechei meus olhos para me acalmar. E uma cena tomou conta de meu cérebro. Dylan me olhava entristecido, com amargura gritante. Em sua mão segurava uma pedra altura de minha fisionomia. “Andarei por montes, vielas e superfícies remotas. Nadarei contra a maré de audazes oceanos, e abargarei a escuridão. Sem interdição, não regressarei sem trazeres esse colar em prontidão. Farei de tudo para dar-te a minha proteção.” A voz dele soava docemente, e um beijo de seus lábios encontrou os meus. Eu senti o gosto do mar na ponta de minha língua. Eram as suas doloridas lágrimas, escorrendo por suas bochechas coradas. — Bia, eu acho que achei. — Suzana advém, a sua voz ainda era distante para mim. — Oh, meu Deus! Bianca, tudo bem? — Ela apanha minha mão ajudando-me a levantar. Suzi me direciona para uma poltrona, o primeiro assento disponível para sentar-me e melhorar meu estado de letargia. — Você está bem? — Ela se agacha na altura de me
Que tipo de perguntas foi essas? Quem ele acha que é? — Como as pessoas tiram os cordões de seus belos pescoços, Dylan? — Ironizei. Ele sorriu, sua feição mudou para um cativante sorriso que me fez bufar de raiva. — Olha… Desculpa, eu sei que disse que não tiraria o cordão. Somente o retirei ontem antes de dormir, junto com minhas outras bijuterias. E o tiro quando me banho, com medo de escurecê-lo. — Não entendi porque eu estava o dando satisfações, mas me deu vontade de contar. — Bianca… — Oh, não. Ele expôs como papai disse mais cedo. — A peça é unicamente feita em ouro puro. Sendo que, o pingente é revestido com platina e ouro branco. Não é necessário retirá-lo. Uau! Isso deve ter sido uma fortuna. — Ok, eu não sabia. — Porém, no momento reconhece tal fato. — Vocês são tão perfeitos. — Suzana comentou, com seu rosto próximo do meu banco. Dylan, ergue ambas as sobrancelhas, e vejo um traço de um sorriso t
— Então… Não vamos demorar também. Já que eu preciso passar no meu armário, e apanhar meus livros das aulas de hoje. — E iremos… Contudo, antes… — Ele se põe em minha frente. Estamos nos encarando, provando um do outro. Sem ao menos dizer mais nada, somente nos olhando. A aproximação de seu corpo quente, faz com que eu me afaste. Dando passos para trás, meu corpo choca-se contra a porta do carro, fechando-a abruptamente. Ele eleva seu dedo indicador, encostando-o na pele de minha bochecha. Deixando um choque elétrico, incinerando o meu sangue, descendo vagarosamente a ponta de seu dedo por minha garganta. Desenhando minhas veias, a tal ponto que, eu poderia jurar sentir até suas digitais roçando contra minha epiderme febril. Seu indicador acompanhou seu dedo médio, até o vão de meus seios. Acelerando minha respiração, pausando e apanhando meu colar centralmente na palma de sua mão. — O que sente? Explique-me o porquê dessa cor, Bianca? — A voz