Como nós éramos em muitos e sentamos em mesas menores, juntamos mais de duas para caber todos. Eu me sentei em uma ponta e o restante foi acompanhando ao meu lado, deixando assentos vazios ao meu lado esquerdo. Mas, Tony brigou com Steve para ficar perto de mim. Fiquei possessa e reclamei já que Antony tem minha atenção durante boa parte da manhã. Já Steve queria me conhecer melhor, pelo menos ele levou na boa e aceitou o Tony ficar. Com toda conversa que tivemos logo me senti como se fôssemos todos amigos há séculos. A junção da amizade era tanta que Suzana e Steve discutiram em qual refeição faríamos tirando pedra, papel e tesoura para quem iria buscar do outro lado da rua. Depois de Tony e Stephanie perderem e buscarem tudo, começamos a comer. É aí que vejo Dylan com expressão mais calma vindo até nós com outro garoto do seu lado. Ninguém dava bola para a presença deles, então Dylan se senta ao meu lado e seu amigo faz o mesmo.
— Oi? — Sua voz é baixa e cansada.
Antes de procurar uma roupa, necessitava de uma permissão de minha mãe. Ela sorriu feito uma adolescente por ver que pela primeira que nos mudamos eu me animei em sair com um rapaz. Até brincou falando para eu não chegar muito cedo, mas sei que meu pai não aprovará tal pensamento. O dia inteiro fiquei de bobeira e as horas voaram. Quando deu 17h50min comecei a me aprontar, um banho demorado, loção hidratante, um escovão no cabelo e uma maquiagem leve para noite. Eu havia separado um vestido que nunca havia usado é preto, com uns detalhes na parte superior. Para completar o look resolvi usar meia calças preta fina e tênis brancos em acabamentos em dourado. Faltava somente 15 minutos para às 19h00min horas. Então tirei a conclusão de descer e o esperar na sala. Mamãe estava sentada ao sofá e fiquei ali para fazê-la companhia. — Está muito bonita, filha. — Obrigada mãe. — Você não terá que esperá-lo. — Ela se levanta e eu tam
Fomos lentamente mais para perto e a cada passo eu observo tudo em mais detalhes. Contém um mini jardim abaixo das amplas janelas de vidro fumê, uma enorme porta também de vidro combina perfeitamente com o conjunto. Uma escada oval de mármore demonstra o caminho da entrada, ao lado da casa uma porta de garagem e acima há mais dois andares. — Até o momento não articulou uma palavra. — Ele neutraliza ao meu lado no começo das escadas. — É sua casa? — É bem observadora. — Brinca sutilmente alegre. — Mas, por que me trouxe aqui? — Quero lhe apresentar a uma pessoa. Você deseja saber mais de mim e cogitei que assim seria um passo. — Passo? — Para nossa conversa. — Cita ao subir alguns degraus. Quando meu pé direito se põe contra o primeiro degrau da pedra branca, em mente veio que seu entrasse nessa casa, nunca mais eu seria a mesma. Mas, valeria pena correr o risco, pois em minha frente havia aquele par de olhos, aqu
Descemos novamente e até penso que iríamos parar cozinha, mas não. Saímos por uma porta e chegamos a uns dos lugares mais acolhedores que já presenciei. Um jardim extenso com as mais diversas rosas, flores que se possa imaginar. — Em sua casa existe algum lugar que não me deixe boquiaberta? — Idealizo eu, então que possuo bom gosto. — Claro, com toda razão. Bem, mas o quê fazemos aqui fora? Espero ele trancar a porta, assim analiso algumas rosas amarelas. — Essas são minhas favoritas. — Passo lentamente meu dedo indicador nas pétalas delicadas. — Pensei que sim. — Sua casa é como um… Ah! Se eu fosse morar em algum lugar, seria como sua casa. — Então verdadeiramente admira minha casa. Isso é bom. — Ele caminha metros mais a frente de mim. — Dylan, aonde pensa em me levar? — Alguns metros ao desconhecido. Torço para que confie em mim. — Você costuma arrastar garotas para o m
— Se for, Dylan. Diga-me então o que tanto procura em mim. — Estou receoso, Bianca. De me apaixonar e acontecer como a… — Ele diz em confusão, parando sem terminar a frase. Acaricio seu rosto tentando reconfortá-lo da dor que está dentro dele que se expõe através de seu olhar. Ele tira minhas mãos de seu rosto e nega com a cabeça. — Não estou familiarizado ou acostumado com esse tipo de carícias. — Ele expõe segurando meus punhos e deixando suas palavras firmes. — Ninguém nunca te tocou dessa forma? — Não com essas emoções. — Por que não me deixa buscar você? O que está aguardado aí dentro? Por que se segura, Dylan? Não me deixando entrar? Ele fecha os olhos momentaneamente, trinca os dentes e respira fundo. E eu não aguento mais vê-lo desse jeito, por tudo que aconteceu entre nós em poucos dias, por tudo que estou sentido nesse exato tempo, me faz refletir em como eu quero ajudar ele a acabar com isso de uma vez.
Os meus olhos fechados viajando a deriva da escuridão colocavam-me remexendo-se a cama por toda a madrugada. E por alguma razão, eu continuamente via o rosto de Dylan. Eu o tocava docemente, beijava-o com imensa saudade, e ele observava encantado com o que visualizava. Eu acordei um pouco antes do principiar do amanhecer. Consequentemente, meu coração batia freneticamente e minha respiração estava irregular. Eu me levantei, encaminhei para o banheiro e joguei água fresca em meu rosto. Sem pressa, após me deitar novamente eu me deixei dormir serenamente. Imagino que por ontem ter sido um dia melhor que os demais, o meu despertar foi ótimo. Embora, minha noite de sono tenha ocorridos sonhos que me punham acordada. Eu me ponho de pé, esticando o máximo que posso para retirar a preguiça de meu corpo. Eu andei, até as janelas e entreabri as cortinas. Deixando o sol do, dia maravilhoso iluminar meu quarto. Logo que, dei um jeito de tomar um banho rápido. Vestindo-m
— Estou sentindo que estou sendo observada. — Suzana sentou-se a meu lado, com uma postura curvada. — Observada? Como assim? — Eu larguei meu chá, a ponto de focar em sua apreensão. — Não sei dizer, Bia. Desde ontem depois que saímos da sala de registros na prefeitura. — Ela murmurou, sua voz diminuindo integralmente. — Mas, agora são somente duas coisas que me importa. — Suzi sorriu, suas expressões mudaram repentinamente. — Hã… Duas coisas que são? — Eu a rebato, com a necessidade de saber em minha voz. — Eu quero te contar tudo o que descobri ontem. E saber o que aconteceu com vocês também. — Suas inquietações me põem nervosa. Como vou contar sobre ontem? — Pelo visto eu que terei que contar primeiro, não é mesmo? — Ainda bem que você sabe. Mas, antes me deixe fazer uma boquinha. Quê? — Ah, não! Você não consegue ouvir e comer ao mesmo tempo? — Eu perguntei incrédula. Não queria esper
— Suzi, talvez seja somente uma coincidência. — Eu respiro calmamente, e devolvo o celular para ela. — E mais o quê você descobriu lá? — Então, você sabia que os Hayes possuem terras a maioria delas aqui em Washington? — Claro que eu não sabia né! Não foi por isso que realizou essa pesquisa? — Eu me esquentei de raiva escaldante. Suzi sabe que não gosto de perguntas idiotas. — Desculpe-me. Foi força do hábito. — Ela encolhe seus ombros. — Os Hayes possuem muitos imóveis, automóveis e propriedades comerciais. Eu me peguei pensando na pintura que Dylan me presenteou. Ele teria outras obras dessas? — Além de que, Hayes é um sobrenome muito citado nos documentos predispostos para civis lerem sobre a história da cidade. Eles vêm de uma linhagem que esteve aqui muito antes da cidade constituir esse nome. Os antepassados deles meio que povoaram essa área. — Ela prossegue suas descobertas. — Por que ninguém comenta sobre isso? — Eu su
Eu respirei densamente, fechei meus olhos para me acalmar. E uma cena tomou conta de meu cérebro. Dylan me olhava entristecido, com amargura gritante. Em sua mão segurava uma pedra altura de minha fisionomia. “Andarei por montes, vielas e superfícies remotas. Nadarei contra a maré de audazes oceanos, e abargarei a escuridão. Sem interdição, não regressarei sem trazeres esse colar em prontidão. Farei de tudo para dar-te a minha proteção.” A voz dele soava docemente, e um beijo de seus lábios encontrou os meus. Eu senti o gosto do mar na ponta de minha língua. Eram as suas doloridas lágrimas, escorrendo por suas bochechas coradas. — Bia, eu acho que achei. — Suzana advém, a sua voz ainda era distante para mim. — Oh, meu Deus! Bianca, tudo bem? — Ela apanha minha mão ajudando-me a levantar. Suzi me direciona para uma poltrona, o primeiro assento disponível para sentar-me e melhorar meu estado de letargia. — Você está bem? — Ela se agacha na altura de me