Capítulo 53

Malu

Naquele momento, eu queria muito parar de sorrir feito uma idiota. Ainda fiquei um tempo encostada na porta, recobrando a consciência de que eu não podia me deixar ser afetada dessa forma pelo Pardal.

— Acho que alguém viu o passarinho verde... — minha sogra me fez sair dos meus devaneios, quando saiu da cozinha, secando as mãos em um pano de pratos.

— Não é nada disso que está pensando. — me recompus e respondi.

— Urrum. Sei... Conheço essa carinha, Malu, não precisa mentir pra mim. A propósito, quem estava aí? — me analisou e meneou a cabeça em direção a porta.

— Anh... Seu filho. — falei sem graça, evitando encará-la.

— E, porque está com essa cara? Acha que vou te dar esporro por causa disso?

— Não, é que... Sei lá, não sei explicar, mas me sinto tão errada. O Pardal sabe que mexe comigo, ele não é bobo, faz essas coisas de propósito. — soltei um longo suspiro e murchei os ombros.

— Vem cá, senta aqui. — chamou e deu dois tapinhas no assento do sofá, após sentar.

Por sorte,
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