Asher Bennett.
21:15 - Balada - Castellano City.
Sexta-Feira.
O táxi parou na frente da balada e, assim que descemos, minha expressão se contorceu ao ver o tamanho da fila.
— Isso vai demorar. — Murmurei, olhando para o Nick, que parecia ainda mais nervoso ao encarar o grande número de pessoas.
— Acho que dá tempo de voltarmos e assistirmos um filme. — Ele brincou, mas apenas revirei os olhos.
Foi então que avistei Liam e os outros no meio da fila, acenando com as mãos.
— Nick, eles estão ali. Vamos. — Falei, puxando-o pelo braço, enquanto cortávamos caminho entre as pessoas. Algumas reclamaram baixinho, mas não dei atenção.
Chegamos aos meus amigos, e Liam abriu um sorriso largo.
— Até que enfim! E dizem que quem sempre chega atrasado sou eu. — Ele brincou, colocando as mãos na cintura com um tom exagerado de acusação.
— Engraçadinho. — Respondi, empurrando-o de leve no ombro, arrancando risadas dele.
Notei que Sophia estava estranhamente quieta, seus olhos fixos em Nick. Um sorriso discreto se formou no meu rosto enquanto dava um empurrão sutil em Nick, que ainda parecia um pouco nervoso.
— Pessoal, vocês se lembram do meu melhor amigo, Nick? — Disse, indicando-o. — Nick, esses são os meus colegas de trabalho: Liam, Jack e Sophia.
Nick cumprimentou Liam e Jack com apertos de mão firmes, mas quando chegou em Sophia, hesitou por um segundo. Seu nervosismo era quase palpável. Ele estendeu a mão para ela, e Sophia sorriu de volta, apertando-a com delicadeza.
— É bom finalmente conhecê-lo, Nick. — Ela disse, com um olhar que fez Nick engolir seco.
Não consegui evitar e soltei uma risada baixa, o que fez Nick me lançar um olhar de reprovação. Antes que ele pudesse dizer algo, a fila avançou e, em poucos minutos, já estávamos dentro da balada.
A música alta e as luzes pulsantes nos envolveram imediatamente. O lugar estava lotado, corpos se movendo ao ritmo da batida eletrônica.
— Está cheio mesmo! — Liam exclamou, já começando a dançar.
— Assim é melhor. — Jack respondeu, olhando ao redor com um sorriso malicioso. — Muitas opções.
Revirei os olhos, rindo, e seguimos até o bar. Empurramos algumas pessoas de leve para abrir espaço.
— Esse lugar é enorme. — Sophia comentou, tentando falar mais alto.
— Sim, e lotado. — Respondi, apoiando os cotovelos no balcão.
— Isso é bom. — Jack acrescentou, piscando para uma mulher que passava. — Mais diversão.
— Você é impossível. — Falei, rindo, enquanto chamávamos o barman.
Cada um fez seu pedido. Enquanto esperávamos, observei Nick e Sophia do canto do olho. Ele estava claramente tentando manter a calma, mas o jeito como olhava para ela era óbvio. E Sophia, bem… ela não parava de sorrir para ele. Meu sorrisinho se alargou.
— O que foi? — Sophia perguntou, arqueando uma sobrancelha.
— Nada, nada. — Respondi, balançando a cabeça, ainda me divertindo.
Quando o barman voltou com nossas bebidas, todos pegaram seus copos e ergueram um brinde improvisado.
— À diversão! — Liam gritou, puxando Jack para a pista de dança.
Peguei meu copo e me encostei no balcão. Foi então que percebi Sophia puxando a nuca de Nick e o beijando.
— Caralho! — Murmurei, soltando uma gargalhada ao ver o rosto dele ficar completamente vermelho. Mas, para minha surpresa, ele não recuou. Retribuiu o beijo, mesmo visivelmente nervoso.
— Essa Sophia tem coragem. — Sussurrei para mim mesmo, rindo enquanto desviava o olhar para dar privacidade ao "casal".
Foi então que Liam e Jack acenaram para mim, chamando-me para dançar. Terminei minha bebida em um gole e segui até eles, sentindo a música vibrar pelo meu corpo.
Me entreguei ao ritmo, me movendo com leveza. Liam já estava completamente solto, enquanto Jack flertava com uma garota animada. Rimos, nos divertimos, e por um momento, esqueci qualquer preocupação.
Depois de alguns minutos, senti a necessidade inconfundível de ir ao banheiro.
— Droga. — Murmurei. — Vou ao banheiro! — Avisei, atravessando a multidão.
Vi uma escada ao fundo e subi, esperando encontrar o banheiro no andar de cima. O corredor era mais silencioso, mas não vi nenhuma placa indicando a direção.
Então, algo chamou minha atenção. Uma placa dourada iluminada por uma luz discreta: "VIP". Franzi a testa, surpreso por ter entrado em uma área reservada.
Curioso, continuei andando até ver uma porta entreaberta. Meu instinto dizia para seguir meu caminho, mas a curiosidade falou mais alto. Coloquei o rosto para espiar.
Dentro da sala, quatro homens. Um sentado, relaxado, como se fosse o dono do lugar. Outro ajoelhado, claramente em pânico, o rosto machucado. Dois estavam em pé e outro segurava o cara ajoelhado. Não consegui ouvir o que estavam dizendo, mas a tensão era palpável.
De repente, o homem sentado fez um sinal. Um som ensurdecedor ecoou pela sala.
Um tiro.
O homem ajoelhado caiu, sem vida. Meu coração disparou. Antes que pudesse reagir, minha mão bateu na porta. O som alto ecoou pelo corredor, chamando a atenção de todos dentro da sala.
Droga! Pensei, tentando correr, mas antes que pudesse dar um passo, senti mãos fortes me agarrando e me puxando para dentro da sala.
Fui jogado no chão com força, direto aos pés do homem sentado. Meus olhos não conseguiam desviar do cadáver a poucos metros de mim. O cheiro metálico do sangue parecia sufocante, e meu coração batia tão forte que parecia que iria explodir.
— Ora, ora, o que temos aqui? — Disse uma voz calma, mas cheia de autoridade e frieza. — Um bisbilhoteiro.
Tentei desviar o olhar do cadáver, mas não consegui. De repente, senti uma mão firme agarrar meu maxilar e me forçar a olhar para cima. O homem sentado era assustadoramente imponente. Asiático, cabelos escuros, olhos negros que pareciam atravessar minha alma. Muito alto, devia ter dois metros ou mais, e os ombros largos tornavam sua presença ainda mais intimidadora. Seu rosto triangular era ameaçador, mas era o olhar dele que me aterrorizava. Exalava poder e crueldade de uma maneira sufocante.
— P-Por favor... — Gaguejei, minha voz falhando completamente. — N-Não me mate... Eu não direi nada... Por favor...
Ele apertou meu maxilar com mais força, a dor era insuportável.
— Qual é o seu nome? — Perguntou, a voz firme como uma lâmina.
— A-Asher Bennett. — Respondi, gaguejando e tremendo de medo.
— Asher Bennett. — Ele repetiu lentamente, como se estivesse saboreando cada sílaba. Meu corpo se arrepiou e o medo tomou conta de mim por completo. Ele vai me matar? Foi tudo o que consegui pensar.
De repente, soltou meu maxilar, permitindo que eu respirasse um pouco melhor. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios, mas não havia nada de caloroso nele.
— É melhor não dizer nada a ninguém, Sojung. — Sua voz era suave, mas a ameaça implícita era inconfundível. O que ele quis dizer com "Sojung"? Não sabia, mas isso pouco importava. O que importava era minha vida.
— S-sim, senhor... Eu... Eu prometo... — Tentei soar firme, mas minha voz tremia.
Ele cruzou as pernas como um rei no trono e deu um leve aceno com a cabeça.
— Pode ir. Mas logo nos veremos de novo.
Com as pernas bambas, levantei-me, quase tropeçando duas vezes, mas não me deixei parar. Corri o mais rápido que pude para fora daquela área, o som do meu coração martelando em meus ouvidos, abafando a música alta da balada. Assim que cheguei no meio da multidão, parei, tentando recuperar o fôlego. As luzes piscantes e as risadas das pessoas ao meu redor pareciam um contraste absurdo com o que acabara de presenciar.
Meu coração batia descontrolado, o medo era sufocante. A cena não saía da minha mente: o corpo morto no chão, o cheiro metálico do sangue impregnando o ar, e aquele homem cruel com olhos que pareciam enxergar minha alma. "Pode ir. Mas logo nos veremos de novo", foi o que ele disse. Sem perceber, senti lágrimas quentes escorrendo pelo meu rosto. A ideia de encontrar aquele homem novamente era aterrorizante.
Esbarrando nas pessoas, fui em direção ao caixa, tentando não parecer tão abalado. Limpei rapidamente as lágrimas com as costas das mãos, forçando um sorriso enquanto me aproximava.
— Gostaria de pagar a entrada e minha bebida. — Disse, tentando manter minha voz firme, mas sentia-a trêmula.
A atendente acenou, informando o valor. Paguei rapidamente, desviando o olhar para evitar qualquer conversa desnecessária. Assim que terminei, praticamente corri para fora da balada, meu coração ainda pesado com a lembrança do que acabara de acontecer.
Peguei o celular no bolso e, ainda com as mãos trêmulas, mandei uma mensagem para Nick.
"Ei, saí mais cedo. Conheci um cara e fui com ele. Não me espera. Boa sorte com a Sophia."
Era uma mentira descarada, mas não queria que ele percebesse o que realmente estava acontecendo. Precisava de um tempo para processar tudo sozinho.
Do lado de fora, avistei um táxi e acenei apressadamente. Assim que entrei no carro, passei o endereço do apartamento ao motorista, tentando não parecer tão abalado.
— Tudo bem com você? — Perguntou o taxista, lançando-me um olhar preocupado pelo espelho retrovisor.
— Sim, só estou cansado. — Respondi rapidamente, evitando mais perguntas.
O caminho até o apartamento pareceu mais curto do que o normal. Minha mente estava sobrecarregada, revivendo cada detalhe daquela sala, cada palavra daquele homem. Quando o táxi parou, paguei rapidamente, agradecendo antes de descer. Entrei no prédio e percebi que o elevador estava parado no térreo, uma sorte, já que não tinha forças para esperar.
Apertei o botão e as portas se abriram. Entrei, encostando-me na parede enquanto sentia o peso do medo e do cansaço me dominar. A vontade de chorar novamente era esmagadora, mas me segurei até chegar ao meu andar. Assim que as portas se abriram, caminhei até o apartamento e destranquei a porta.
Quando entrei, foi como se toda a minha força se esvaísse. Caí de joelhos no chão da sala, e o choro veio com força. As lágrimas transbordaram enquanto os soluços rasgavam minha garganta. Aquele homem sabia meu nome. Ele poderia descobrir tudo sobre mim. Será que iria me matar? Será que isso era apenas o começo de algo pior?
Chorei até não ter mais forças, até minha cabeça começar a latejar. Depois de um tempo, levantei-me, sentindo o corpo pesado e dolorido, e segui para o meu quarto. No banheiro, encarei meu reflexo no espelho. Minha expressão estava horrível: os olhos inchados e vermelhos, a pele pálida de tanto chorar. Foi então que notei o roxo em meu maxilar. A força que aquele homem usou para me segurar deixou marcas, como se eu precisasse de um lembrete físico de quão assustador ele era.
Retirei as roupas rapidamente, sentindo o cheiro de sangue impregnado nelas. A ideia de carregar esse cheiro era insuportável. Joguei tudo no cesto e entrei no box, ligando a água quente. O banho foi demorado, quase como se a água pudesse apagar o que havia acontecido. Mas, mesmo depois de esfregar a pele até ficar vermelha, o cheiro parecia estar preso em minhas narinas, como uma memória impossível de apagar.
Finalmente saí do banho, pegando a toalha para me secar. Ainda me sentia exausto, como se cada movimento fosse um esforço. Voltei para o quarto, vesti apenas uma cueca e me joguei na cama, deixando o peso do cansaço me dominar. Fechei os olhos, e as imagens do cadáver, do homem sentado e de seus olhos frios voltaram como um pesadelo.
Antes que pudesse afundar em mais pensamentos, o sono finalmente me venceu, arrastando-me para uma escuridão onde, pelo menos por algumas horas, eu não teria que lidar com o terror daquela noite.
Asher Bennett.O som dos meus passos ecoava alto, apesar da tentativa de correr silenciosamente. A escuridão ao redor era sufocante, iluminada apenas pelas luzes piscantes dos postes quebrados. Meu peito ardia, o coração disparado, enquanto os passos pesados atrás de mim se aproximavam cada vez mais.Eu sabia quem era. Não precisava olhar para trás. Aqueles olhos negros, frios como a própria morte, estavam cravados em minha mente. Ele estava me caçando.— Corre, Sojung. — A voz dele era grave, carregada de uma ameaça sombria.Tropecei em uma pedra e caí de joelhos no chão áspero. Tentei me levantar, mas meu corpo parecia travado pelo medo. Antes que pudesse reagir, uma mão forte agarrou meu ombro com brutalidade, seu toque gélido penetrando minha pele.— Não há escapatória. — Murmurou no meu ouvido, e um calafrio percorreu minha espinha.Meus olhos se arregalaram e, quando me virei, esperando encarar a morte, tudo mudou.Subitamente, não estava mais fugindo. O ambiente ao redor se tra
Dominic Castellano.10:50 - Mansão do Dominic - Castellano City.Cinco dias depois. Quarta-Feira.Foram cinco longos dias desde que meus olhos encontraram aqueles castanhos claros, cheios de pavor. Desde que senti a pele quente e trêmula sob meus dedos. Desde que ouvi sua voz falha, implorando por sua vida.E, nesses cinco dias, minha paciência tem sido testada de todas as formas possíveis.As operações de drogas exigiram minha atenção constante, as importações e distribuições de armas precisavam de ajustes, e as casas de prostituição resolveram criar problemas, achando que tinham direito a algo além do que eu permito. Mantive-me ocupado, lidando com cada questão, controlando cada detalhe, porque nada nesse maldito país acontece sem que eu saiba.Mas, mesmo com todas essas distrações, minha mente sempre voltava para ele.Asher Bennett.Seu rosto tem me assombrado como uma droga viciante, impossível de ignorar. Nunca, em toda a minha vida, senti essa atração incontrolável. O fato de s
Asher Bennett.11:51 - Lanchonete- Castellano City.Quarta-Feira.O pano úmido deslizava sobre a superfície das mesas, limpando os últimos vestígios de migalhas do turno da manhã. O relógio na parede marcava poucos minutos para o meio-dia, e logo fecharíamos para o intervalo de almoço.Mesmo assim, minha mente estava longe dali.Por mais que repetisse inúmeras vezes que aquele homem não me encontraria, que tudo ficou no passado, o medo rastejava dentro de mim, corroendo pouco a pouco.Cada vez que alguém entrava pela porta da lanchonete, sentia o peito apertar e o corpo entrar em alerta. As mãos suavam, o coração disparava, e eu precisava de alguns segundos para lembrar que era apenas mais um cliente qualquer… e não ele.Mas o pior não era o medo.O pior era a lembrança.Aqueles olhos negros, frios e penetrantes. Mesmo com o terror correndo em minhas veias, havia algo profundamente perturbador naquela imagem. Meu corpo se lembrava do toque firme em meu maxilar, da voz grave chamando-m
Asher Bennett.Apertei as mãos contra a calça, suando frio. O pânico rastejava dentro de mim como uma serpente apertando meu peito.A voz saiu trêmula, mal conseguindo formar palavras coerentes.— V-Vai me matar? — Gaguejei, a garganta seca. — Eu juro… J-Juro que não contei nada a ninguém…Senti as lágrimas se formarem, o desespero tomando conta. Antes que pudesse processar qualquer coisa, uma mão firme agarrou meu maxilar.Engoli em seco, o coração martelando contra as costelas.Minha pele arrepiou ao perceber que ele havia retirado a luva. A mão quente e firme contrastava com o frio que me envolvia por dentro.Levantei os olhos lentamente, encontrando os dele. Negros, intensos, despindo-me camada por camada, sem piedade.Ele sorriu de leve, um sorriso sem qualquer traço de conforto.— Matar você? — A voz saiu suave, mas carregada de algo perigoso. — Está enganado, meu Sojung.Meu estômago revirou ao ouvi-lo dizer aquilo com tanta posse.— O motivo de eu estar aqui é para convidá-lo
Dominic Castellano.Assim que Asher saiu do carro, Jack e Sérgio entraram silenciosamente, fechando as portas com um clique suave. Jack não perdeu tempo e deu a partida, afastando-se calmamente da lanchonete.Senti seus olhares sobre mim, discretos, mas curiosos. No entanto, não me dei ao trabalho de oferecer explicações. Eles não precisavam saber de porra nenhuma.Peguei um cigarro do bolso interno do paletó e o acendi, tragando profundamente enquanto encostava a cabeça contra o couro macio do assento. A fumaça encheu meus pulmões, trazendo uma ilusão passageira de controle.Mas minha mente estava longe.Por que diabos eu disse meu verdadeiro nome para ele?Soltei a fumaça lentamente, observando-a se dissipar no ar. Não fazia sentido. Ninguém, além dos meus homens mais próximos, sabia meu nome real. Nunca permiti que me chamassem de outro nome além de Dominic Castellano. Um título herdado, forjado em sangue e medo, imposto pelo velho bastardo que um dia governou esta cidade com punho
Dominic Castellano.18:50 - Mansão de Dominic - Castellano CityO carro deslizou silenciosamente pelos portões imponentes da mansão, adentrando a longa alameda iluminada que levava à entrada principal. As luzes suaves projetavam sombras contra as paredes de pedra, destacando os detalhes da arquitetura clássica misturada ao moderno.Traguei lentamente o cigarro, deixando a fumaça escapar pelos lábios. Meus olhos acompanharam o movimento familiar dos serviçais apressados, assumindo suas posições antes mesmo de minha chegada.Assim que o carro parou, Sérgio saiu rapidamente e abriu a porta para mim.Joguei o cigarro fora antes de sair, ajustando o sobretudo, e caminhei em direção à entrada.O mordomo já me aguardava, postura impecável, olhos baixos. Como deveria ser.— O jantar será servido às oito horas, meu senhor. As cozinheiras já estão preparando os pratos conforme suas instruções. O vinho escolhido foi o Chateau Margaux, e a mesa está sendo montada com porcelanas italianas.Sua voz
Olá, leitor(a)Antes de tudo, quero agradecer por dedicar seu tempo a esta história. Você escolheu mergulhar em uma narrativa sombria, intensa e completamente sem moralidade, e por isso, sou imensamente grata.Este livro é um romance gay dark, e isso significa que ele é pesado. Aqui, não há heróis para salvar o dia, e o amor pode ser tão destrutivo quanto a obsessão. A relação explorada nesta história é marcada por posse, controle e um desejo distorcido.A manipulação é um dos pilares desta narrativa. Ela está presente em cada escolha, em cada palavra e em cada olhar. Nada aqui é puro ou inocente. Além disso, quero reforçar que a cidade e os eventos descritos são completamente fictícios, criados pela autora para construir um mundo onde a moralidade não existe e a corrupção domina. Apesar de muitos elementos parecerem reais, esta é apenas uma obra de ficção.Quanto à escrita, peço desculpas antecipadamente por qualquer erro ortográfico.Todos somos humanos, e cada livro é uma jornada d
Asher BennettAs ruas de Nova York estavam quietas, banhadas pela luz suave do início da manhã. O sol ainda não estava totalmente alto, andava com as mãos no bolso da jaqueta, sentindo uma leve brisa fria. Era sábado, finalmente um dia sem aula, estava a caminho da casa de Douglas. Precisávamos conversar.Nos últimos meses, ele estava diferente, distante. As mensagens que antes eram constantes se tornaram raras. E quando eu mandava algo, a resposta quando vinha, era curta e fria. Nosso relacionamento de dois anos parecia estar pendurado por um fio invisível, e não entendia por quê.Olhei para o céu, tentando afastar os pensamentos ruins. — Talvez ele só esteja estressado. — Murmurei para mim mesmo, tentando encontrar uma desculpa para o comportamento dele. — Hoje, nós vamos conversar e resolver tudo.Cheguei à casa dele e algo imediatamente pareceu fora do lugar. A porta da frente estava entreaberta, algo que Douglas nunca faria. Franzi a testa, hesitando por um momento, antes de em