Dominic Castellano.Assim que Asher saiu do carro, Jack e Sérgio entraram silenciosamente, fechando as portas com um clique suave. Jack não perdeu tempo e deu a partida, afastando-se calmamente da lanchonete.Senti seus olhares sobre mim, discretos, mas curiosos. No entanto, não me dei ao trabalho de oferecer explicações. Eles não precisavam saber de porra nenhuma.Peguei um cigarro do bolso interno do paletó e o acendi, tragando profundamente enquanto encostava a cabeça contra o couro macio do assento. A fumaça encheu meus pulmões, trazendo uma ilusão passageira de controle.Mas minha mente estava longe.Por que diabos eu disse meu verdadeiro nome para ele?Soltei a fumaça lentamente, observando-a se dissipar no ar. Não fazia sentido. Ninguém, além dos meus homens mais próximos, sabia meu nome real. Nunca permiti que me chamassem de outro nome além de Dominic Castellano. Um título herdado, forjado em sangue e medo, imposto pelo velho bastardo que um dia governou esta cidade com punho
Dominic Castellano.18:50 - Mansão de Dominic - Castellano CityO carro deslizou silenciosamente pelos portões imponentes da mansão, adentrando a longa alameda iluminada que levava à entrada principal. As luzes suaves projetavam sombras contra as paredes de pedra, destacando os detalhes da arquitetura clássica misturada ao moderno.Traguei lentamente o cigarro, deixando a fumaça escapar pelos lábios. Meus olhos acompanharam o movimento familiar dos serviçais apressados, assumindo suas posições antes mesmo de minha chegada.Assim que o carro parou, Sérgio saiu rapidamente e abriu a porta para mim.Joguei o cigarro fora antes de sair, ajustando o sobretudo, e caminhei em direção à entrada.O mordomo já me aguardava, postura impecável, olhos baixos. Como deveria ser.— O jantar será servido às oito horas, meu senhor. As cozinheiras já estão preparando os pratos conforme suas instruções. O vinho escolhido foi o Chateau Margaux, e a mesa está sendo montada com porcelanas italianas.Sua voz
Olá, leitor(a)Antes de tudo, quero agradecer por dedicar seu tempo a esta história. Você escolheu mergulhar em uma narrativa sombria, intensa e completamente sem moralidade, e por isso, sou imensamente grata.Este livro é um romance gay dark, e isso significa que ele é pesado. Aqui, não há heróis para salvar o dia, e o amor pode ser tão destrutivo quanto a obsessão. A relação explorada nesta história é marcada por posse, controle e um desejo distorcido.A manipulação é um dos pilares desta narrativa. Ela está presente em cada escolha, em cada palavra e em cada olhar. Nada aqui é puro ou inocente. Além disso, quero reforçar que a cidade e os eventos descritos são completamente fictícios, criados pela autora para construir um mundo onde a moralidade não existe e a corrupção domina. Apesar de muitos elementos parecerem reais, esta é apenas uma obra de ficção.Quanto à escrita, peço desculpas antecipadamente por qualquer erro ortográfico.Todos somos humanos, e cada livro é uma jornada d
Asher BennettAs ruas de Nova York estavam quietas, banhadas pela luz suave do início da manhã. O sol ainda não estava totalmente alto, andava com as mãos no bolso da jaqueta, sentindo uma leve brisa fria. Era sábado, finalmente um dia sem aula, estava a caminho da casa de Douglas. Precisávamos conversar.Nos últimos meses, ele estava diferente, distante. As mensagens que antes eram constantes se tornaram raras. E quando eu mandava algo, a resposta quando vinha, era curta e fria. Nosso relacionamento de dois anos parecia estar pendurado por um fio invisível, e não entendia por quê.Olhei para o céu, tentando afastar os pensamentos ruins. — Talvez ele só esteja estressado. — Murmurei para mim mesmo, tentando encontrar uma desculpa para o comportamento dele. — Hoje, nós vamos conversar e resolver tudo.Cheguei à casa dele e algo imediatamente pareceu fora do lugar. A porta da frente estava entreaberta, algo que Douglas nunca faria. Franzi a testa, hesitando por um momento, antes de em
Asher Bennett.Já faz cinco anos desde que cheguei a Elyssia, um pequeno país que se tornou meu lar, ainda que, a princípio, não parecesse. Quando Nick e eu desembarcamos aqui, não conhecíamos ninguém, nem sequer falávamos bem a língua. Cada dia era uma luta para encontrar trabalho, para entender as placas nas ruas, para não nos perder em meio a uma cidade indiferente aos nossos problemas. Mas, como tudo na vida, as coisas foram se ajustando.Hoje, aos vinte e cinco anos, olho para Castellano City e quase posso chamar este lugar de lar. Uma cidade peculiar, que combina o antigo e o novo de uma maneira única. Os prédios no centro possuem uma arquitetura clássica, com fachadas ornamentadas que contam histórias de outra era, enquanto os arranha-céus de vidro e aço ao redor lembram que o progresso nunca para.As ruas largas e bem pavimentadas são margeadas por árvores que mudam de cor conforme as estações. No verão, o verde vibrante contrasta com o azul do céu, e no outono, a cidade intei
Asher Bennett.18:15 - lanchonete - Castellano City.Sexta-Feira.O som da última campainha do expediente soou, anunciando o fim do turno. Soltei um suspiro de alívio e joguei o pano de limpeza sobre o balcão, observando meus colegas se reunirem. Antes de irmos para a sala dos funcionários, todos sabíamos o que fazer.— Vamos lá, pessoal, hora de deixar tudo em ordem! — Sophia chamou, sempre a mais organizada do grupo.Cada um começou a organizar a lanchonete de maneira eficiente. Peguei um pano limpo e comecei a limpar as mesas, removendo qualquer vestígio de sujeira ou marcas de copos. Liam passou por mim carregando uma pilha de cadeiras, colocando-as de cabeça para baixo sobre as mesas que eu já havia terminado.— Você está tão lento hoje, Asher! — Brincou, e revirei os olhos, fingindo indignação.— Só fala isso porque faço o trabalho direito. — Retruquei com um sorriso, continuando minha tarefa.Jack estava na cozinha, lavando os utensílios e organizando as prateleiras, enquanto S
Dominic Castellano.18:50 - Cassino - Castellano City.Sexta-Feira.Coloco a camisa preta, abotoando-a com uma calma que contrasta brutalmente com o caos que acabara de ocorrer no quarto. O corpo sem vida da mulher está estendido sobre os lençóis amarrotados, os olhos ainda abertos em um terror congelado. A outra está encolhida no canto da cama, soluçando, tremendo como uma folha ao vento.Pego a gravata, ajustando-a ao redor do colarinho com um movimento rápido e preciso. Sem desviar o olhar, lanço um maço de notas sobre a cama, espalhando-as ao redor dela.— Se sua amiga não tivesse gritado tanto, ainda estaria viva. — Digo, com frieza cortante. Meu tom é implacável, sem vestígio de arrependimento ou empatia.Ela soluça ainda mais alto, mas já perdi o interesse nela.Com os últimos ajustes na roupa feitos, caminho até a porta, deixando para trás o som abafado de seus lamentos. No corredor, dois dos meus seguranças pessoais, fiéis escudeiros, estão de guarda, as expressões impassívei
Dominic Castellano.19:50 - Castellano City.Sexta-Feira.O carro preto reluzente estava estacionado na entrada do cassino. Jack abriu a porta traseira para mim, entrei sem pressa, ajustando meu terno enquanto ele contornava o veículo para assumir o lugar de motorista.A porta fechou suavemente, abafando os sons do cassino. No interior do carro, o silêncio era uma presença quase tangível, apenas interrompido pelo som do motor que rugia suavemente quando Jack engatou a marcha e começou a dirigir em direção à casa dos Carter.— Relatórios, Jack. — Minha voz soou fria, autoritária, cortando o silêncio como uma lâmina.Jack assentiu, os olhos fixos na estrada, mas sua mente claramente trabalhando rápido para compilar as informações necessárias.— O tráfico de drogas está fluindo bem, senhor. As importações estão dentro do cronograma. Conseguimos passar a última remessa sem problemas nas fronteiras, graças aos contatos que temos nos portos. A distribuição local também está eficiente. Nosso