ELLE NARRANDOEstou na espreguiçadeira da piscina. Não faço ideia se Henry está em casa, mas se estiver, vai me ver com um biquíni branco extremamente sensual. O dia está realmente bonito.Pedi que me servissem uma limonada gelada, e sim, eu estou me permitindo viver como uma rainha aqui dentro. Gasto o dinheiro dele, compro o que quero, como o que quero. Já que ele não liga e quer me manter presa aqui, que arque com as consequências.Meus olhos estavam fechados e eu acabei os abrindo ao sentir alguém sentar em minha espreguiçadeira. Henry me olhava com um sorriso malicioso nos lábios.— Que bom que decidiu aproveitar a estadia. — Disse, sorrindo de forma irônica.— Já que não tenho o que fazer... — Eu respondi, dando os ombros.Henry levou a mão até meu rosto, e nossos olhos se encontraram. Ele passou o polegar suavemente por meu lábio inferior, e foi descendo a mão por minha pele. Passou a mão por minha garganta, por meio dos meus seios, e sussurrou com uma voz arrebatadora.— Poder
ELLE NARRANDOPasso a mão por minha barriga, suavemente, e respiro de forma profunda. Dou um sorriso ao pensar que ali dentro tem um pedacinho de mim... E que em alguns meses irei conhecer. Apesar da situação caótica, quando lembro do meu filho, tudo que é ruim se desfaz na minha mente e some como fumaça.Desci as escadas e fui até a cozinha, tomar um polivitamínico que o médico receitou. Aparentemente, estou um pouco fraca e preciso de mais nutrientes para o bebê. Naquele momento, pensei em minha avó. Tenho certeza que ela faria um ensopado de galinha para mim. Na cabeça dela, ensopado de galinha tem a capacidade de curar qualquer coisa... Desde um resfriado, até um coração partido.Quando me lembro que Henry está mantendo minha vó presa, seja lá como for, eu sinto raiva. Tanta raiva que tenho vontade de explodir com ele e estrangulá-lo! Essa droga de sequestro ou sei lá o que, me fez perder a confiança nele.Como estava fazendo sol, mais uma vez me arrumei para ir na piscina. Coloqu
O dia passou rapidamente. Benny e eu nos divertimos na piscina depois que ele chegou da escola e saímos apenas na hora do jantar. Foi realmente bom passar aquele momento com ele.Mais tarde, naquela noite, eu ouvi Henry chegando e ele parecia nervoso. Benny já estava dormindo e Henry andava pela cozinha.— Henry? — Eu falei. Ele servia um copo de uísque e me olhou bravo naquele momento. — Você... Você tá legal?— Não. Acho que sua praga pegou, tive um dia péssimo. — Ele disse e virou o copo. Eu prendi a risada.— Eu deveria dizer que sinto muito? — Perguntei.— Eu não quero que você diga nada, Elle. Você não precisa dizer. — Falou, com indiferença.Se tem uma coisa que eu odeio mais do que sentir tesão por ele, é sentir ele me tratando como se ele não sentisse o mesmo por mim. Me aproximei dele, o olhando nos olhos.— O que aconteceu?— Me deixa, Elle. — Ele disse, servindo mais um copo.— Por favor, me fala... — Retruquei, de forma mansa.— Eu cometi a porra de um erro! — Ele me resp
HENRY NARRANDOElle estava se arrumando para ir até a maternidade fazer um check up. Eu iria para o meu trabalho, mas estava sentindo que algo daria errado nesse encontro de Nicole e ela, por isso, decidi ir atrás delas sem que ela soubesse. Eu observava o carro que Elle ia com sua melhor amiga de longe, com muita atenção.Já no hospital, fiquei posicionado em um local para ouvir tudo que elas diziam na sala de espera. Elle falava baixinho, mas ainda era possível ouvir.— E você tá legal com ele, agora? — Nicole perguntou e Elle suspirou.— Para ser sincera, não. Eu não entendo o Henry, ele é um bom homem e ao mesmo tempo é extremamente misterioso, guarda segredos de mim o tempo todo e mente... E agora, ele fez uma coisa que me fez perder totalmente a confiança nele. — Nicole a olhou desconfiada.— Ele machucou você? — Elle negou com a cabeça.— Claro que não! Eu já disse, ele é um bom homem. — Elle cruzou os braços. — Ele... Ele tá meio que vigiando minha vó e me impedindo de falar c
ELLE NARRANDOUma semana se passou desde minha conversa no jardim com Henry... Eu não esperava que as coisas mudassem tanto entre nós. Estamos mais calmos, estou dando um tempo para ver se Henry consegue resolver o que ele precisa resolver... E me contar toda a verdade. Eu decidi esperar e viver em paz com ele, já que não tenho muita escolha.É dia da minha consulta médica, e eu estou indo com o motorista mais uma vez. Henry está muito ocupado com o trabalho, mas disse que na próxima consulta, gostaria de ir junto. Eu aceitei... Acho que quero ver a cara dele ao ouvir o coraçãozinho do nosso pequeno ou pequena.— Oi, Elle! — Nicole disse e me abraçou.— Oi! Como você está? — Perguntei. Nicole estava muito arrumada e cheirosa. Aposto que vai sair com alguém depois daqui. — Você tá bonita...— Eu conheci um cara essa semana, nós vamos almoçar juntos. — Ela fez uma carinha de safada e jogou o cabelo para o lado. — Ele é rico e muito gostoso.— Uau! Isso é bom. — Eu sorri e falei.— Esper
ELLE NARRANDOO tempo foi passando e eu fui começando a ver minha barriga crescendo. Estou de quatro meses agora, e com uma barriguinha linda. O quarto do nosso bebê está pronto... E, acredite, ainda não sabemos o sexo. O bebê está com as perninhas bem fechadas e não dá pra saber.Algumas coisas aconteceram nesses últimos meses... Coisas extremamente boas. Eu e Henry nos resolvemos, e ele decidiu começar a me levar para ver minha avó uma vez por semana. Todos os domingos, sem falta, lá estávamos nós, vivendo um belo domingo com ela. Eu insistia em perguntar se Parlo a machucava ou maltratava, mas pela forma como ela o trata, ele é praticamente um filho.Depois de mais um domingo maravilhoso ao lado da minha avó, de Henry e Parlo, estávamos prontos para ir para casa.— Obrigada pelo almoço e pelo dia incrível, vó. — Eu falei, a abraçando com carinho. — Por favor, me fala se ele está te machucando. — Eu sussurrei.— Você é louca, filha, sinceramente. — Minha avó disse, e se desfez do ab
ELLE NARRANDOMeu coração palpitava mais rápido. Minha cabeça estava confusa. Eu lembrava da arma nas costas de Parlo, e das ameaças sofridas por Nicole... Pensava em como livrá-las da confusão chamada Henry Abel. Como ele consegue ser tão falso? Não faz o menor sentido.Eu me deitei na cama, quando chegou a noite, mas não conseguia dormir. Ouvi Henry entrando pela porta e rapidamente me levantei.— Oi... — Falou e respirou fundo.Eu me levantei e fui até ele.— Sai. — Falei. Ele me olhou como se eu estivesse louca. — Sai, por favor.— Não. O que aconteceu? — Eu neguei com a cabeça, olhando nos olhos dele. Meus olhos ficaram cheios de lágrimas e comecei a bater em seu peitoral.— Seu cretino filho da puta! Você finge que não sabe, fica se fazendo de bonzinho, mas é um monstro! Eu descobri seus segredos e nunca vou confiar em você, nunca!Henry deixou que eu descontasse minha raiva nele, mas, de repente, ele me virou de costas e me imobilizou. Eu arregalei meus olhos e pensei que ele m
ELLE NARRANDOHenry está me ignorando tem três dias. Parece que não existo para ele. Talvez as ameaças que fiz tenham sido demais. É óbvio que eu jamais falei sério sobre o aborto... Desde o início, amei esse bebê... Mas eu entrei em desespero no dia que Nicole me contou todas aquelas coisas.Agora, estou com minha avó, que está tomando um sol na piscina junto comigo.— Vó, eu quero te perguntar de novo, e você precisa me jurar que dirá a verdade. — Minha avó, deitada em uma espreguiçadeira, tirou os óculos e me olhou .— O que foi? — Disse.— O Parlo nunca te fez mal, mesmo? Você jura pra mim? — Minha avó girou os olhos e afundou a cabeça na espreguiçadeira.— As vezes eu me arrependo de não ter te levado no psicólogo quando o médico disse que você precisava. — Ela negou com a cabeça e eu prendi a risada. — Por Deus, Elle, você já me perguntou isso trinta vezes! Dá pra me explicar o motivo disso? Eu amo o Parlo como se ele fosse um filho, entendeu?— Tá, você já disse... É que... — E