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Henry se aproximou o suficiente para colocar a mão em meu queixo, e olhar em meus olhos de forma profunda.

— Ah, claro... Entendi. Só pra te informar... O relógio que está no meu pulso nesse exato momento vale oito vezes o valor que você gastou hoje. E ele é o meu relógio mais básico. Se esforce mais se quiser me irritar. Que tal dormir do meu lado sem calcinha e me impedir de te tocar? Aí sim, seria uma provocação interessante.

— Ridículo. — Virei meu rosto para o outro lado.

— Sinto muito, Dona Encrenca. Eu estou super bem com seus gastos. — Ele saiu andando até a cozinha de forma tranquila. — Pode comprar mais coisas.

Passei as duas mãos em meu próprio rosto, com raiva, mas eu pensei no que ele disse sobre dormir sem calcinha ao lado dele. Isso me deu uma ideia bizarra. Nesse jogo de amor e ódio, quem vai ganhar, vai ser eu.

No meio da noite, entrei no quarto dele com um pijama minúsculo. Ele estava acordado lendo, e os olhos dele, que estavam no livro, me mediram de cima a baixo.

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