Acordo com muita dor de cabeça, amaldiçoei Verônica mentalmente. Me levanto sem um mínimo de vontade, as marcas nas minhas pernas estavam visíveis, mas não me lamentei. Tomei meu banho e vesti uma calça Jens no lugar da saia de uniforme, juntei meu cabelo e fiz um rabo de cavalo. Olhei para o arquivo em cima da minha cama, sabia que não podia o deixar ali, sem muita opção o enfiei dentro de mochila, e agradeci por usar bolças diferentes para a escola e para o trabalho, ou não teria com o que levar meu material. Todas as minhas coisas estão na lanchonete, incluindo meu celular e o carro. Bufo culpando o Benjamin disso tudo. - Senhorita Jons, poderia me emprestar seu celular, o meu ficou na lanchonete. – Digo enquanto passo e deposito um beijo em sua bochecha. - Mas e claro minha menina, e sabe que não precisa pedir, aqui o. – Ela tira o celular do bolso e estica para mim. – E como está suas pernas? Você deveria ficar em casa. - Não precisa, isso daria um gostinho de vitória aquela fa
Eu não tive coragem de ir para a aula sabendo que a Carla estava encrencada por minha causa. Os meus tênis gastos faziam barulho no chão enquanto andava de um lado para o outro. Mas o zumbido nos meus ouvidos e a palpitação no meu peito não me deixavam parar. Tudo aquilo era culpa minha, se eu não fosse submissa as provocações dela, teria me defendido e agora seria eu lá dentro e não ela. - Achei que te encontraria aqui. Como estão as coisas? – John ficou sabendo da confusão enquanto fazia seu tour pela escola com Victor. Acredito que tenha me mandado mensagem esquecendo que estou sem celular, ele é super desligado. – Aquela megera mexeu com você de novo? – Ele diz enquanto olha para meu uniforme sujo de seco, mas eu não digo nada e me viro para continuar minha caminhada. Não quero que ele se envolva nisso também. – Ei Amber, para com isso. – Ele me abraça me prendendo no lugar. - E culpa minha. Se ela não tivesse me defendido não estaria lá dentro. - Não diz isso. Você conhece a C
Cheguei na loja bem antes do horário, com o uniforme sujo da escola e uma sacola na mão. Kevin correu na minha direção assim que cruzei a porta. Eu só precisava pegar minhas coisas, mas me desequilibro, sinto como se meu corpo pesasse uma tonelada. - Amber meu Deus, o que aconteceu com você? – Ele me segura nos braços. – Isso na sua calça e sangue? – Eu não conseguia responder, mas queria acalmá-lo e dizer que estava tudo bem. Minhas pernas fraquejaram e ele teve que me sustentar com o seu corpo. – Amber, você está me ouvindo? – Eu estou ouvindo, mas porque não consigo responder? – Minha vista ficou embaçada, acho que vou desmaiar. 3 horas depois – Hospital Cristina Clevis, particular. Acordo com um som agudo de bip na minha cabeça. Droga desmaiei de novo, isso não pode se tornar um hábito. No meu braço tem um soro, e na cadeira ao lado estava Benjamin dormindo. Por um momento parei e analisei sua feição, ele estava relaxado como se estivesse dormindo na sua própria cama, mas duvido
- Eu quero que vocês a achem, uma menina não some do nada, anda. – Benjamin andava de um lado ao outro dentro do hospital. - Benjamin meu filho nós vamos a encontrar. – Sua mãe tentava o acalmar. Nunca havia visto o assim e ainda mais por uma garota. – Seu pai está vindo junto com Victor. - Tudo que eu não preciso agora e do Victor e seus comentários bobos. - Ok, vou pedir para seu pai passar na casa dela, vai que ela voltou para a casa da tia. - Sim, ela não sabe das coisas que aconteceram e provavelmente foi para lá. – Benjamin parecia uma criança cheia de energia. – Vamos para a casa dela, andem. - Benjamin, não é assim. – Ele para e encara a mãe com um olhar confuso. – Você mesmo disse que ela não queria você por perto antes de isso tudo acontecer. Se ela foi para casa e descobriu tudo, você vai ser a última pessoa que ela vai querer ver agora. - Você tem razão. Liga para meu pai e diz que vou para casa. – Ele sentia como se tivesse levado um soco no estomago e a queimação su
A atmosfera dentro do carro não era das mais agradáveis. Benjamin manteve seus olhos virados para janela, mas sua mente estava tomada pelo que havia acontecido a minutos trás. Amber por sua vez brincava com os dedos como uma criança, seus pensamentos estavam tão nublados que aquela foi a única opção que teve. Victor por sua vez estava no meio de tudo aquilo, e naquele momento só pensava em como ela teve coragem de estapeá-lo. Ele estava acostumado com as mulheres o tratarem como rei, e sempre tratá-lo como tal, mas não ela. Ele a olhava pelo canto de olho, pois quando ele viu que o que ela planejava fazer, todo seu corpo egoísta correu em sua direção. E mesmo ela tendo batido nele, ele só conseguia olhar para aquele rosto coberto por lagrimas. Eras três pessoas, três jovens que não sabiam o que pensar ou o que dizer, então todos ficaram em silencio até o final da viagem. Assim que chegam os três pularam para fora do carro tentando manter o máximo de distância um do outro. Todos começa
- Ela já ligou. O médico... – A cena a sua frete o fez congelar aonde estava. – Acho que não precisa mais. Ele saiu da sala em silencio, parou no rol de entrada sem saber para onde ir. Mas ao olhar para a porta decidiu sair, já do lado de fora ele procurou por Everton, mas o mesmo parecia está dentro da mansão e ele não queria voltar para lá então decidiu ficar ali mesmo no jardim. Ele caminhou por um tempo até finalmente cair em si. - Mas que merda eu estou fazendo? – Ele não era desse feitio. Sua família o mandou para cá por conta das festar e pegação. Nunca dormira sozinho desde que perdeu a virgindade. Então por que ele está com essa sensação de que alguém deu um soco no seu estomago? Como ele pode estar agindo como um adolescente que acabara de ser rejeitado? A sensação no estomago o deixava mais irritado, e com todo seu egoísmo decidiu que não iria abrir mão tão facilmente. Se ela pode fazê-lo se sentir assim, o que mais ela teria para oferecer a ele. E ele era um conquistado
Amber acordou de um sono que não dormia a tempo. Olhou em volta e se viu em um lugar completamente estranho, mas aos poucos os acontecimentos foram voltando a sua mente, e todo peso voltou para seu corpo. Se levantou de vagar daquela cama macia e viu que sobre a cômoda havia uma muda de roupa, de início ela pensou que não precisaria daquilo, mas se lembrou que com os dias que ficou no hospital, hoje fazia exatamente três dias que não tomava banho. Pegou a roupa e correu para a porta que acreditava ser o banho, mas como na primeira vez aqui ela entrou num closet vazio, deu meia volta e entrou na porta ao lado entrando no banheiro. Logo de cara ela estranhou a água quente, mas ao sentir seu corpo relaxar debaixo d´água, ela sentiu que precisava daquilo, e pensou pela primeira vez que algo ali não era necessariamente algo de rico. Não era novidade para ninguém que ela morava na casa do zelador, e lá eles tinham as suas regras impostas pela sua tia. E com sua chegada ela se tornou uma des
- Quando você me disse carro eu achei que estava falando de um de verdade. – Victor estava desacreditado com o estado da caminhonete de Amber.- Não fala assim dela, ela e bem temperamental. – Ela abre a caminhonete e entra. Apoios fazer uma vistoria completa e ela se acalma, ela pegou a chave reserva no seu quando foi para casa.- Você está dizendo que essa coisa anda?- Mas e claro. A jasmini já está comigo a dois anos e nunca me deixou na mão. – Ela diz toda orgulhosa alisando o volante.- Mas eu vou marrentinha. Eu nunca vi tanta ferrugem no mesmo lugar.- Deixa de ser burguesinho vai.- Talvez outra hora, mas no momento minha resposta e não. Esse carro e uma arma biológica. – Ele abre a porta da caminhonete. – Vem sai da sua pequena Chernobyl e vamos naquela lanchonete ali. E depois eu vou pedir para o Everton vim nos buscar.- Eu só vou na lanchonete porque eu já vim na intenção de passar lá mesmo. E eu vou voltar na minha caminhonete com ou sem você. – Ela desce da caminhonete