Três dias completamente isolados, por mais que aqui seja uma região praiana, ninguém saiu de casa. A ordem do chefe é, entrar em contato só depois de uma semana e com prudência para não sermos rastreados. A casa era grande e completa, tinha desde piscina até banheiros com banheira, algo muito bom já que tínhamos duas crianças e três mulheres enlouquecidas e estressadas aqui. A notícia da morte de marreta pegou as mulheres da casa de surpresa, eu, Nick e Estevão tivemos que ter muita paciência para aguentar tanto choro e tristeza, não que estivéssemos imune a tal sofrimento, nada disso, mas naquele momento não tínhamos mais opções. Breno era nosso mano e já estávamos com tudo planejado para recuperar seu corpo, mesmo que nosso chefe ainda não saiba. — E se o corpo não estiver mais lá? Estevão questiona. — Vai está! Ele não tinha contato com seus familiares e se nem ele conseguiu achar o irmão, não vai ser a polícia que vai ter esse trabalho... O corpo fica no IML por aproxim
Eu já estava isolado a 15 dias e já estava enlouquecendo, mas nada é tão ruim que não possa piorar. Tinha sido liberado para ter um celular, ainda tínhamos restrições para fazer ligações, mas estávamos tendo contato direto com o chefe... Estava deitado no meu quarto quando Nick entra com tudo nele e pelo seu nervosismo era pica grande com certeza. — Fodeu! Ele diz me encarando. — Ahhh caralho, qual foi o k.ô agora? Digo já me sentando na cama. — A tv... Liga a tv! Nick estava pálido. Pego o controle remoto da tv e logo. — Canal 13... Coloca no 13. Assim que a tela abre no canal meu corpo gela, não podia ser, não com ela. — A porra do telefone! Eu quero a porra do telefone!Grito e Nick já me entrega o mesmo sem questionar.Ligo pra ela na hora e rapidamente ela atende. — Eles estão aqui sheik... Vão me prender! Ela chorava de soluçar. Na tv a matéria dizia assim:“A polícia se encontra nesse exato momento em frente a casa dos pais da “Dama do tráfico”."O apresentador
Ju... Estou no hospital, ando de um lado para o outro nervosa, eu já não tinha mais unhas para roer e nada de um médico aparece com notícias. — Para Jhudy! Senta um pouco. Minha mãe pede e eu a obedeço, eu precisava me manter calma, pelo meu bebê e por ter prometido ao sheik que meu filho seria prioridade. — Três horas e nenhuma notícia mãe... Será que... Ela logo me interrompe. — Não! Não vamos pensar no pior, pensamentos positivos sempre. Minha mãe tinha razão, pensamentos ruins só atraí coisas ruins... Estava se aproximando de quatro horas sem notícias quando um médico saí de uma porta restrita, sua cara era de cansado. — Parentes de Anne Pimentel? Eu mais do que de pressa me levantei e fui até ele. — Aqui... Aqui... Digo desesperada. — O quadro da paciente é estável, ela dorme no momento e só deve acordar amanhã... A cirurgia apesar de complexa foi um sucesso, conseguimos manter seu baço e acreditem, isso lhe dará uma qualidade de vida ótima no
Não foi fácil, contar a minha amiga que o amor da vida dela tinha morrido foi um dos piores momentos da minha vida, Anne chorou tanto que tiveram que dá um calmante a ela. Mas decisões precisavam ser tomadas, e eu não tinha tempo de ficar lamentando, com muita insistência consegui convencer minha mãe a me deixar ir no IML e liberar o corpo de marreta, ele merecia um enterro digno, assim como Anne precisava de uma despedida. Eu estava exausta fisicamente e psicologicamente, muitos acontecimentos nos últimos dias e eu não parei um minuto e pra piorar tudo sheik está sabe-se lá onde, meu coração está apertadinho, eu sei que não tínhamos nada, mas saber que ele estava bem já era o suficiente para me deixar bem também, agora ele estava escondido e incomunicável e isso só servia para me deixar mais preocupada ainda. A ligação dele me acalmou um pouco, não muito, mas o suficiente para eu conseguir dormir bem por uma mísera noite. Anne veio aqui pra casa, o médico não queria libera-la, ma
Depois de horas conversando com meu padrinho e um pouco mais calma aceito a entrada do advogado, ele me explica com detalhes tudo que ia acontecer daqui pra frente e apesar de não ser nada bom, eu tentava me acalmar, eu estava sentindo algumas dores na barriga e precisava de um médico para saber se meu pequeno estava bem e a única forma de eu ter tal atendimento era me entregando, e foi o que eu fiz. O advogado autorizou a entrada de dois policiais, os mesmos com cuidado me direcionaram até a viatura e no meio daquele povo todo na rua pude vê minha mãe chorando e meu pai tentando chegar perto de mim, mas sendo impedido pela polícia. Fui encaminhada diretamente para um hospital público, passei por alguns exames e depois do médico falar que eu precisava de repouso urgente, mas que estava tudo bem com o bebê fui levada para a delegacia para prestar depoimento. O procedimento foi o de sempre, perguntas e mais perguntas sobre sheik, sobre nossa rotina, aonde ele estava, se havíamos conv
Anne...Nada é tão ruim que não possa piorar, essa era a frase que mais combinava comigo no momento, eu estava em uma fazer ruim, havia me separado de Breno, brigado com minha família, saído do meu país e quando voltei o que já não era bom piorou... Levar um tiro que quase me matou e perder o primeiro e único homem que já amei na minha Vida foi como se o mundo despencasse na minha cabeça, foi difícil dá a volta por cima, principalmente depois que a Ju foi presa. — Por favor não esquece do nosso jantar hoje. Jeremias diz quase que implorando. Assim que toda aquela merda aconteceu, Jeremias meu ficante de Roma veio correndo para o Brasil, ajudou a cuidar de mim e depois de alguns meses resolvemos morar juntos, sim, ele abriu mão da Itália e voltou para o brasil. Resolvi sair do Rio de Janeiro, tudo lá me lembrava Breno e só volto duas vezes no ano para visitar meus afilhados e minhas amigas, ainda é difícil, mas finjo que superei. Hoje moramos em minas, estado que Jereh nasceu,
Era por volta das 3 da manhã quando escuto vozes pela casa, eles haviam chegado e pelo barulho de coisas caindo tenho certeza que não estavam sóbrios. Ajeito meu cabelo e desço as escadas de vagar, vejo o momento em que Bruno coloca Jeremias no sofá e pede para que ele não fale alto. — Shuuu, assim você vai acordar sua namorada. Ele fala, mas jereh não está lúcido para o obedecer. — Ela... Não, não vai acordar... Ela toma remédio para conseguir dormir... Ele fala embolado, com a voz arrastando. — Remédio? Por que ela toma remédios para dormir? Bruno pergunta estranhando, enquanto tenta tirar os sapatos de jereh. Antes que Jeremias fale da minha vida para alguém que eu mal conheço, eu termino de descer as escadas e ambos me olham assustados. — Estávamos falando de você, amor! Jeremias diz sorrindo e minha vontade é de estrangular ele. — Estavam? Pergunto de cara fechada. — Sim... Que você só dorme com remédios depois que... — Por que bebeu tanto assim? Int
Ju...— Essa é a cela que você vai ficar até ter o bebê. A carcereira abre o portão de ferro da cela e me incentiva entrar. Eu segurava em minhas mãos meu mais novo uniforme, uma calça laranja e uma blusa branca. Dentro da cela tinham 3 mulheres e todas estavam grávidas também, elas me observavam por inteira, eu estava completamente apavorada. Entro devagar na cela e fico parada na porta sem saber o que fazer. — Pode entrar patricinha a gente não morde não! Uma das presas fala e as outras riem. — É verdade, nós não mordemos... Prazer, sou Jamily, mas pode me chamar de Milly. A outra fala estendendo a mão para que eu aperte. Logo em seguida as outras duas vão se apresentando... Teresa ou Teresão como as outras presas a chamam tem 32 anos, está grávida de 5 meses do seu 6 filho, um menino e está aqui por que tinha uma plantação de maconha em sua casa, mas essa não é primeira vez dela aqui. Andressa tem 25 anos, está no início da sua gestação, ficou grávida em uma visita íntima