Seu nome é Luísa
Dedico este exemplar para todos os amigos, revisores, parceiros e divulgadores que acreditaram e me apoiaram a realizar mais este sonho, em especial minha família, meu marido e minhas filhas que estão sempre ao meu lado me incentivando. Agradeço a minha filha, Shai, companheira de madrugadas, críticas e apoio.
Aos que em momento algum duvidaram do meu trabalho e se mantiveram firmes em todas as ocasiões, em cada conquista, em cada decepção, alegrias e tristezas.
Fica um forte carinho por tudo que cada pessoa fez e faz por mim, e minha sincera gratidão para todos que de uma forma ou de outra cruzaram meu caminho, tornando-o mais agradável nesta grande jornada chamada vida!
Este livro é meramente fictício, qualquer nome ou evento nele escrito são simplesmente coincidência com a vida real.
Lembrando: Todos os direitos desta obra, em parte ou por inteiro, não podem ser utilizados, reproduzida ou distribuída, sob quaisquer meios existentes ou que virão existir sem prévia concessão do autor.
Jê Agne
Shaiane Agne “Uau! Sem palavras para descrever o quão envolvente este livro é. Totalmente bem escrito, com momentos eufóricos e nada genéricos. A confusão entre as personagens principais é algo que nos intriga, não saber quando é Bia e quando é Luísa, não saber o que aconteceu, como aconteceu, e de repente descobrir que a coisa é muito pior do que poderíamos imaginar. Cada página nos faz entrar cada vez mais a fundo no que é a família Thierrí Lowhar. Uma família cheia de segredos, cheia de mistérios, e que esconde um crime tão grave que nos apavora na hora em que descobrimos, que nos faz pensar até onde o ser humano pode ir em benefício próprio, e ficamos intrigados sobre até onde é ficção? O que foi imaginado e o que foi vivido? [...] Bem-vindos a família Thierrí Lowhar! Se você leu até aqui... Não pode mais voltar.” “Tudo sobre esse livro é mágico! O terror é descarado e sem dúvida, se compromete com o que foi proposto. Com certeza é um livro aterrorizante que nos deixa sem palav
O seu nome, é Luísa, uma criança inteligente e adorável... Sete anos, tem como melhor amiga sua irmã gêmea, Bianca, mais conhecida como Bia. As duas brincam todos os dias, vão e voltam da escola juntas, estudam juntas, passam muito tempo juntas. Sua família é bem-conceituada e com muitas posses, morando em uma casa antiga, no interior de seu estado. Sua mãe, Janete, uma grande empresária no ramo de compra e venda de terras, seu pai, Clóvis, um fazendeiro que já adquirira o suficiente para seus tataranetos não precisarem trabalhar, sua irmã mais velha, Mirela, que ainda não sabe bem o que quer fazer, está se formando no ensino médio, porém, já segue os passos da mãe, desapossando famílias pobres e vendendo as propriedades por valores superfaturados. Seu irmão, Pietro, ingressou no ensino médio, em um internato na capital, já seu irmão, Dreik, tem treze anos, e está repetindo o sexto ano do ensino fundamental, pela segunda vez, mora junto com a família no casarão. Bem-vindos à família T
Na placa de entrada da fazenda dizia: “Propriedade particular Família Thierrí Lowhar”. Poucas pessoas passavam do portão de entrada. E hoje foi o caso, Janiel, irmão mais velho de Clóvis, estava na cidade e foi visitá-los. Ele desceu e Bia foi correndo abraçá-lo. Logo em seguida, seu irmão, saiu e o convidou para entrar. - Que surpresa quando me ligou dizendo que viria. Janete logo chegará. - Titio, que saudade. Ele olhou. – Também estava querida, mas acabou de me abraçar lá na rua. - Foi a Luísa, titio, não eu! - Sim, é claro, querida, foi a Luísa. Esqueci-me dela! – Ele riu, acompanhado por seu irmão. - Titio. – Mirela saiu correndo do carro. - Oi, querida, como cresceu nestes últimos meses. - Desculpem o atraso, fui chamada na diretoria novamente. Tem que dar um jeito no Dreik... Oi, Janiel, negócios o trazem aqui? - Tudo bem, Janete? Sim. E aproveitei para vê-los, ainda somos uma família, embora às vezes não pareça. - Sim, claro! Vou ver se o almoço já está pronto. Mirela
- Bia, apareça agora! Não estou mais gostando da brincadeira. - O que foi? Não sabe mais brincar? - Entre, a mamãe mandou chamar para tomar banho! - A Luísa irá primeiro. - Não me interessa quem irá primeiro ou depois, só que seja logo! Eu quero sair. Bia passou correndo, enquanto Mirela juntava alguns gravetos no chão para levar para dentro. - Deixa a mamãe descobrir aonde você vai nessas saídas! - Quem falou isso? - Foi a Luísa, eu não falei nada... - Claro. Você, pare de colocar a culpa na Luísa, ela não está aqui! - Mas estava... - Pare, Bia! Sabe bem que não é para fazer isso! Mirela virou e ouviu o chuveiro ligado. Olhou dentro banheiro. - O que está fazendo aí? - Tomando banho, você mandou! - A Luísa não iria primeiro? Acabei de falar com você na sala. - Mas não foi! Ela ficou no quarto vendo a roupa... - Devo estar ficando maluca! Não me confunda! - Não estamos te confundindo... Ela saiu do banheiro e foi para cozinha. - O que aconteceu? Você está meio estra
- Mamãe! - Ela saiu... - O que faz aqui? Não era para você estar na escola? - Não estava me sentindo bem e acabei ficando. - Mas eu vi a mamãe te colocar no carro. - Negativo. Você a viu colocando a Bia! - Certo. Não saia do seu quarto! - Não quer que o veja? - Está louca, menina, ver quem? - Eu sei quem está no seu quarto, Mirela! É o filho do senhor Klein. Eu ouvi a voz dele. Ela arregalou os olhos... - O que você quer para não abrir boca? - Nada! Inclusive, eu posso ajudar. - E ficar em suas mãos? Não mesmo... - Eu vou fazer por ele, embora não ache que você mereça! Fabricio saiu do quarto e se abaixou. - Sabe? Eu agradeço muito o que você está fazendo por nós dois, mas me entenda, eu não quero que se preocupe com isso, você poderá ser castigada por nossa causa. - Espera, não. Ela nunca é castigada e se disser que a ideia foi dela. - Não, Mirela. Não quero envolver mais ninguém nisso. Eu assumo a responsabilidade de tudo, afinal, eu sou o adulto da história. - Deix
Hoje Pietro chega para passar as férias de inverno com sua família, Janete e Clóvis, estão o aguardando na rodoviária. Seu “primogênito”, estava chegando. Embora Mirela seja mais velha, não é considerada dessa forma. - Viu como é? Ele apronta, vai para um colégio interno e os dois estão lá esperando! - Sabe que foi um acidente, você ouviu! - Quem? Ouvimos a versão de quem tem você e eu na palma da mão, e dele... Não tinha mais ninguém junto. - Achei que minha palavra bastasse! - Qual das duas é você? - Vai realmente adiantar eu falar? Vocês não saberão se é verdade ou não! - Ela tem razão! Temos que aprender a diferenciá-las. Dreik levantou a cabeça e encarou Mirela. - O que você fez? Agora eu entendi, na palma da mão... - Não interessa. Eles estão chegando! Os dois correram até a rua para esperar o irmão. Pietro desceu e os abraçou, foi até o corredor do casarão e gritou. - Eu cheguei. Quero meu abraço! - Vem nos achar... – Bia gritou do quarto. - Hum! Acho que estou com
- - Ai, que susto! De onde você surgiu? - Do meu quarto! O que foi? Está com cara de que aconteceu algo. - Onde estão os meninos? - Sentados na cozinha, jogando baralho. - Venha comigo. - Quer jogar, Mila? - Não! Acabei de receber uma mensagem. A barragem grande estourou, estamos isolados aqui. - Sozinhos? - Sim, Dreik. Sozinhos... Irei pedir para o Fabricio dormir aqui. E olha o detalhe importante. Ela quem mandou. - Você tem sorte. - Ela mandou vocês me obedecerem, também. - Quando ela voltará? - Quando baixar a água. Óbvio. - Claro, isso pode demorar uma semana, ou duas. Esqueceu como funciona, Pietro? Estamos sozinhos aqui com as duas, lembra? Os três olharam para Bia, parada na entrada do corredor, ainda dentro da cozinha, e, como se fosse uma sombra nas suas costas, Luísa, estava na outra ponta, quase no final do corredor, olhando-os e sorrindo. Logo em seguida, Fabricio chegou e bateu à porta. Dreik foi correndo abrir. Ele entrou, estava encharcado. - Você não tr
No meio da madrugada, Fabricio, é acordado com tremores, ele abriu os olhos e levou um susto. Luísa, estava parada na sua frente com uma lanterna que iluminava apenas seu rosto. - Posso dormir com vocês? - Ah, sim, pode. - Vou deitar no meio. - Não, querida, não pode deitar no meio, é errado. Deite ao lado de sua irmã. - Eu não a quero ao meu lado. - Vamos pegar um colchão para ela, então! Fabricio levantou, foi ao quarto de Bia, levando um susto ao vê-la deitada na cama. - Oi. O que foi? - Você não estava na cozinha? - Não, é a Luísa. Ela ficou com medo e foi deitar lá. O que quer? - O colchão. - Pegue da cama dela, embaixo da minha. Ele pegou e foi até a cozinha, olhou a menina sentada na cadeira com suas cobertas e travesseiro no colo. - Como? - Não tente entender... Ele colocou-a deitada e voltou para o seu colchão. Dreik acabou não dormindo mais. Enquanto fingia dormir, ficou escutando a conversa das duas. - Irá começar quando? - Amanhã, com certeza, eles não irã