Sequestrada para gerar herdeiros
Sequestrada para gerar herdeiros
Por: Lilly Fen
O sequestro

~~CAPÍTULO 1~~

CASSIO MORETTI

— Por favor Don..

Por favor? Como ele ousa humilhar-se dessa maneira frente a mim? Seu destino foi traçado, ele falhou em sua missão, não passa de um mero peixe morto. Dou dois passos para frente, encarrando aquele misero homem, implorando pela inutilidade da sua vida. Eu sou Don, Cassio Moretti, todos atribuem nomes a minha modesta pessoa, eles me chamam de monstro, o Don mais cruel da história da nossa dinastia.

Não me importo, todos eles estão aqui unicamente para curvarem as minhas vontades e ordens, minha palavra é lei. Eu sou a lei. Eu sou Don de todo mundo, dono desta cidade, dono da maior distribuidora de armas do mundo, tenho império, um império de armas, um império de homens, um império de famílias dependendo unicamente a mim. Eu possuo, terrenos, casas, palácios, jatos, helicópteros, apartamentos disponíveis unicamente para mim.

Quem este mero homem pensa que é para implorar pela sua miserável vida?

— Você não é ninguém para implorar pela sua vida.

Levantei o braço, apontando o cano da minha arma para sua testa.

— Prepare o inferno.

Apertei o gatilho e estrondo ecoou tão alto como uma bomba, espirros de sangue espalham-se por todo quarto, era suporto este idiota não me dar trabalho de ordenar que limpem este maldito quarto.

— Don, a suas ordens.

Ele se curvou, como um bom soldado que é, Felipe era um mercenário dos Estados Unidos, ouvia maravilhas sobre seu trabalho, ele possui uma implacável mira, excelente em estratégias de guerra com muitos contatos por fora. Ele é meu soldado, meu homem de confiança, onde eu estou, ele está comigo.

— Mande os limpadores se livrarem disso.

— Sim, meu senhor.

A sola dos meus sapatos, caros ecoaram no chão imundo neste hotel barato, eliminarei um por um todos os traidores esmagando-as com as minhas próprias mãos.

— Don.

Ele ergueu sua mão para seu peito como um sinal de respeito, orgulho ao seu líder.

— Meu Underboss deseja falar com o senhor.

Brinquei com o dedo anelar, há um anel contendo meu selo real nele, as vezes, quando não quero perder tempo falando ao telefone, envio cartas selando-as com o selo real para identificação. Nós mantemos algumas tradições mesmo depois de tantas décadas, meu pai dizia que um líder não permite que um legado seja esquecido, mantendo o anel real, mantenho nossa tradição o nosso legado nunca será esquecido continuando de filho para filho.

Alcancei o telefone tocando, disquei em atender

— Diga.

— A carga especial está a caminho, meu senhor.

~~MARGARETE JONES~~

A sola do meu sapato alto Walter Steiger, ecoou gentilmente pela ala incrível das mulheres, meu vestido longo de seda arrasta pelo chão brilhante e limpo que ordeno as escravas fazerem seus trabalhos direito. Meu pescoço banha-se pela melhor joia italiana juntamente com seu perfume fabuloso, meus cabelos loiros ondulados deliciam-se dos melhores produtos do mercado, você deve estar se questionando quem eu sou.

Meu nome é Margarete, administradora do Harém, como muitos chamam, ala das mulheres escravas, minha função é treinar cada jovem, educa-la para entrar no quarto do meu senhor. Minha função é unicamente, preparar estas jovens agradar sexualmente meu Don.

Ele é, meu senhor, suas ordens são executadas com perfeição, todos os dias, a hora que ele ordenar. Aceno para jovem mulher morena, seu rosto é angelical, ela agradou, meu senhor, uma vez, ele está muito satisfeita com ela e disposto a torna-la a sua favorita.

— Senhorita Margarete, chamou-me?

Ela fez uma rápida reverencia antes de levantar o rosto para encarar-me.

— Meu senhor, solicitou-a, prepare-se irá ao seu quarto hoje à noite.

— Sim, senhorita Margarete.

Seus olhos brilharam de luxuria, eu conheço esse olhar, ninguém nunca conseguiu aquecer aquele coração de pedra, nem mesmo a mãe do seu filho.

2

CRISTAL SMITH

Dor.

Acordo de um pesadelo tão hediondo que não posso acreditar que meu cérebro possa evocar essas imagens.

Sangue, violência, rapto. Realmente preciso parar com a cafeína.

Enquanto tento me virar e me aconchegar no calor da minha cama, o terror me surpreende porque não consigo me mexer.

Não.

Meus olhos se abrem, apenas para serem confrontados pela escuridão pura. Tento gritar, mas ela sai abafada quando percebo que estou amordaçada. O pânico me invade quando tento me mover, mas não posso porque estou presa.

Não.

A realidade me atinge, balanço minha cabeça impotente. Desmaiar de choque e cansaço era uma pequena misericórdia, mas agora que estou acordada, não tenho outra escolha senão enfrentar essa realidade.

Três homens me sequestraram durante a minha saída do trabalho. Dois russos e um americano. Nós estamos indo para a Itália para ver alguém que eles chamam de Don? Isso está aumentando a pulsação na minha cabeça.

Balanço os pés com força eu tenho que me soltar apressadamente e fugir, para onde? Ninguém sentirá minha falta mesmo, meus pais morreram no acidente de viação, não tenho ninguém que notaria meu sumiço. Depois da morte dos meus pais, me tranquei no meu próprio mundo, foi doloroso lidar com a morte deles e ainda mais, as pessoas lançando-me olhares penosos. Uma garota que perdeu tudo que mais amava, seus queridos pais.

Nasci e cresci na vila de Texas, minha cidade é muito pequena, porém muito tranquila, em toda minha vida ninguém sumiu ou foi sequestrada. Talvez seja uma pegadinha, não. Não, aqueles homens possuíam armas e estavam dispostos a tudo, eles não estavam brincando, não posso crer nisso.

Continuo gritando, lágrimas vazando dos meus olhos enquanto me agito, na esperança de evocar algum tipo de resposta.

Finalmente, funciona.

Um grito estridente saiu dos meus lábios quando senti agulha na minha pele, meus olhos ficaram pesados novamente e tudo escureceu.

Desperto com o som gritante do portão sendo aberto, aonde estou? Meus olhos estão vendados e sonolentos, aqueles homens imundos drogaram-me. Em estado de urgência, consigo sentir o carro em movimento numa velocidade normal, ele desliza suavemente fazendo diversas curvas antes dele finalmente parar.

Estou há dias com um capuz sobre minha cabeça, amordaçada, completamente desconfortável, ouço passos das solas de sapatos aproximando, não consigo ver, entretanto meu instinto está aguçado, posso sentir os movimentos desconhecidos, eles estão conversando. Negociando.

Alguém abre a porta do carro, bruscamente, ele segura meu braço puxando-me para fora. Dou um grito estridente lutando com ele, entretanto, meus pés descalços atingem o chão gelado e eu congelo. Onde estamos?

O capuz é tirado sobre minha cabeça. Com duas respirações profundas, abro os olhos gradualmente, piscando rapidamente para me concentrar onde estou. Os olhos estão cheios de lágrimas secas e sangue, fazendo tudo parecer embaçado. Espreitando o melhor que posso, vejo que estou em um jardim. Estou em um jardim aberto, ela é tão enorme como a casa em minha frente.

Esfregando os olhos, observei o ambiente, há outras meninas da minha idade, paradas como eu, amordaçadas e estranhando este lugar, estamos no que parece ser um jardim, é tão imenso, a nossa frente há uma enorme mansão, um palácio como vimos nos filmes ou sites de celebridades.

Um homem aproximou. O sangue pulsa pelos meus ouvidos e meu coração dispara em uma nota ensurdecedora enquanto ele remove a mordaça da minha boca. No momento em que sai, engulo ar com a boca para reabastecer meus pulmões esgotados. Imediatamente fico tonta porque é muito, muito rápido. Firmando minha respiração, acalmo a tempestade dentro de mim.

— Onde estamos?

Ouço as meninas sussurrarem entre elas, também gostaria de saber aonde estamos. Guardas armados vestido roupas pretas com armas penduras sobre suas costas aproximam-se, acenando ao outro eles nos moveram em direção a uma casa a nossa esquerda, ela não é tão enorme como a casa anterior, entretanto é tão bonita quanto ela.

As portas duplas automáticas se abrem quando entramos, há uma sala muito grande, sofás e poltronas espalhadas por toda a parte, noto algumas rosas e pinturas de paisagens penduradas nas paredes, noto mulheres estavam sentadas conversando entre si enquanto desfrutam de uma taça de vinho ou bebem algum café enquanto os empregados serviam-lhe comidas.

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