— O que estava fazendo no escritório do Don?
Ele questionou curioso, é aquele homem que colocou poltronas no jardim da ala feminina. Ouvimos passos pelo corredor e rapidamente me aproximei dele colocando a mão sobre sua boca para ficar quieto. — Pensei que tivesse ouvido algo. Empurrei ele contra a parede e fiz final para ficar quieto. — Vamos sair daqui, Don odeia pessoas circulando neste corredor. Esperei, quando não ouvi mais passos no corredor, eu retirei a mão da sua boca. — Que bom que foi você quem entrou, estaria encrencada. — Que bom, o que deseja aqui? — Aquele livro, da capa preta. — Entrou aqui para roubar um livro? — Vai me ajudar ou não? Ele subiu na cadeira e pegou ele. — Se perguntarem, jure pela sua vida que nunca entrei aqui. — Claro, não se preocupe. Abro a porta e observo o corredor, está limpo, rapidamente, eu saio correndo até o elevador, quando as portas se abriram Rodrigo estava esperando por mim, sem mais, eu o entreguei o livro discretamente e ele guardou entre os presentes. — Onde esteve? — No banheiro, senhorita Margarete. — Há mais presentes para você. Ela entregou-me mais caixas veludas, o tempo passou, estava ficando entediada e enjoada, por isso decidi sair para tomar um ar. ~~CAPÍTULO 4~~ CASSIO MORETTI Meus dedos batem a madeira de carvalho enquanto meus lábios se deliciam da sua coragem, quando o alarme apitou avisando que alguém havia entrado no meu escritório não acreditei. Rapidamente vi conferir quem era meu invasor e sugar todo seu sangue torturando-o até a última gota do seu sangue. Quando meus olhos encontraram Cristal, eles ficaram incrédulos, como uma mulher teve a capacidade de driblar meus seguranças e entrar no meu escritório para roubar um livro. Um livro porra. — Qual é a graça senhor? Felipe questionou incrédulo. — Ela poderia ter acessado meu laptop e roubando a informação sobre meu próximo ataque, entretanto, ela invadiu meu escritório para roubar um livro. Nunca vi um absurdo em toda minha vida. — Não te entendo senhor, não está chateado? — Não. Suspirei. — Meu presente, foi entregue a ela? É um colar de diamantes, uma peça exclusiva, angelical assim como seu pescoço e rosto lindo. — Sim, ela não abriu nenhuma das caixas. — Isso é o de menos. Duas batidas ecoaram na porta e Rodrigo entrou. — Desculpa interromper, meu senhor, senhorita Cristal sumiu, fui guardar seus presentes, quando voltei não a encontrei sentada no seu lugar. Seu tom de voz demostrava seu desagrado com essa situação, não é possível que ela tenha sumido em mais nem menos. Prontamente ligamos os monitores de segurança, ela estava aqui há dez minutos, como ela poderia desaparecer? — Senhor. Levantei o rosto para me deparar com a imagem dela correndo nos jardins principais e um homem seguindo-a, meu sangue ferveu, como um dos meus homens, na minha casa, cometa um absurdo desse? — Felipe. Eu disse pegando meu casaco e saindo rapidamente em direção aos jardins principais onde sua imagem foi vista nas câmeras, apressamos nossos passos quando ouvimos seus gritos desesperados. — Me solta. Nós nos viramos entre as arvores do jardim. — Você é uma escrava, minha escrava, e fará tudo o que eu disser, escrava. Nós ouvimos. — Ai sua escrava imunda. Seus gritos abafados ecoaram, finalmente a imagem de Cristal apareceu correndo, entretanto, ele segurou-a prendendo-a em seus braços quando ela dobrou os joelhos e bateu com força seu estomago fazendo-o gemer de dor. Cristal aproveitou desse momento para se afastar dele quando deu de cara conosco, o alivio em seu rosto foi notável. — Graças a Deus que vocês apareceram. Ela segurou a alça rasgada do seu vestido, seus cabelos estão completamente bagunçados e havia pequenos arranhões na sua pele do seu ombro. Alcancei o botão do meu blazer tirando sobre meus ombros rapidamente para cobrir sua quase nudez. Felipe amordaçou as mãos daquele estupido, eu mesmo quero tortura-lo com as minhas próprias mãos e sem pressa. — Senhorita Cristal. — Eu preciso de chocolate, eu preciso de chocolate. — Eu vou levar. Rodrigo saiu correndo para casa grande, porque ela está olhando para o horizonte sem piscar? — Tudo bem? Ele te machucou? Eu questionei, entretanto, seus olhos continuam lá, distantes. — Ele ia me machucar, isso não é um paraíso? Como ele quebrou as regras e seguiu-me? Porque malditos seguranças nunca estão quando precisamos deles? Claro, eles estão lá dentro bajulando as bolas do seu chefe. Eu mexi minha gravata desconfortavelmente, isso nunca aconteceu, pelo menos o que eu saiba, ninguém nunca informou me destes incidentes. — Maldição, eu poderia ter sido estuprada, e ele não estaria nem aí porque eu sou mais uma da sua lista infinita de mulheres. — Ela está tendo um ataque de pânico senhor. Felipe sussurrou, claro, por isso que ela está respirando tão rápido. O que eu posso fazer para ajudar? — Senhorita Cristal, beba. Rodrigo chegou com uma caneca de chocolate, ela deu um gole generoso na bebida. — Isso, respire, respire. Seus olhos confusos encontraram os nossos, parece ter voltado do seu estado mórbido. — Obrigada Rodrigo. Ela suspirou calmamente. — Estou me sentindo melhor. Ela se afastou dele. — Ninguém comentará sobre o que aconteceu aqui, muito menos para Margarete. — Tudo bem senhorita. — Se livre dele, depois volte para festa como se nada tivesse acontecido. Ela ordenou ao Rodrigo, ela se aproximou de nós. — Muito obrigada por me salvar, peço a discrição de todos. Seus belos encontraram os meus. — Não se preocupe senhorita, vá trocar de roupas e volte para festa. Felipe respondeu. Ela encarrou Rodrigo, em seguida caminhou em direção ao interior da casa. — Senhor, o que faço com ele? Rodrigo questionou. — Nunca mais a deixe sozinha. Murmurei raivoso. — Sim Don. Quando ele estava preste a ir. — Meu senhor, conte a verdade para ela, ou ela se sentirá traída pelo senhor. — Ele tem razão senhor, depois dessa noite, acho melhor revelar que você é nada menor que o Don, Cassio Moretti.~~CAPÍTULO 5~~CRISTAL SMITHEstava exausta com todo este teatro, eu quase fui estuprada e ninguém nem sequer notaria, por isso não fiz muita questão de demorar depois que troquei de roupas, Rodrigo levou-me para ala das mulheres, rapidamente fui tomar banho, bebi copo de leite e descansei.Quando amanheceu, abro todos os meus presentes, compostas por joias, colares, brincos, mascotes e relógios. Eu estava segurando três caixas veludas quando saí para o jardim.— Por favor Rodrigo, chame o homem que ajudou a me localizar.Resmunguei olhando para o horizonte, o dia está muito silencioso, depois da festa de ontem, é claro que muitos ainda estejam a descansar. — Um minuto, senhorita.Comunicou Rodrigo, ele afastou-se enquanto falava no rádio, Depois de um tempo aquele homem sem nome apareceu.— Mandou me chamar?Aquele homem misterioso questionou, ele não estava olhando-me, eu não entendo.— Sim.Murmurei, peguei uma caixa veluda e entreguei a ele, é um relógio masculino, ele
Rodrigo anunciou. Um carro parou no meio do trajeto, e Cassio Moretti desceu. Não havia nada nos olhos dele. Sem emoção. Sem sentimento. Nada. Nem mesmo raiva. Era um vazio preto absoluto. Indiferença, a única coisa pior que o ódio. Era tão fácil ver que ele era o tipo de homem que não se importava com aqueles que machucavam, desde que conseguisse o que queria. Bom, somos dois, minha determinação me colocara onde eu quero, e sua raiva onde ele deseja. Estamos jogando um jogo perigoso sem nos importar com as consequências dos nossos atos.— Seja muito bem-vindo, Don.Seus lábios se curvaram, um olhar de pura diversão, como se ele amasse cada segundo de me foder com as palavras. Congelada no lugar, eu só podia assistir quando ele estendeu a mão e colocou as costas da mão fria na minha bochecha. — Cristal.Sua voz caiu para um sussurro baixo e escuro. Seus dedos brincaram com os meus lábios carnudos, fechei os olhos apreciando seu toque sob a minha pele que parecia uma eternidade.
~~ CAPÍTULO 7~~CASSIO MORETTIMeu controle caiu e eu reagi, jogando meu copo através dos painéis, o som dele se quebrando através do escritório. Eu levantei, passando a mão pelo cabelo, o nível de raiva subindo a cada segundo que passava. Seus olhos azuis corrompidos com a dor indevida se trancaram nos meus. Me inclinei sobre ela, segurando a parte de trás do seu assento. — Você me desafia. Seus olhos se arregalaram quando ela olhou para mim, me estudando. Eu sorri. — Se você está procurando algum sinal de remorso, não o encontrará. Eu trouxe meus lábios até a orelha dela. — Porque eu não sinto nenhum. Ela estremeceu, e uma corrente de ar passou por seus lábios, sua garganta se movendo enquanto ela engolia. Estando tão perto, eu podia sentir seu medo, sua incerteza. Ela cheirava astucia e ingenuidade, um perfume que eu queria substituir pelo meu, como um maldito animal reivindicando o que era seu por direito. Meus pensamentos corrompidos encheram minha cabeça como
~~CAPÍTULO 8~~CRISTAL SMITHAbro os olhos, o teto branco dá-me boas-vindas, o som dos pássaros, chamam minha atenção, entretanto a dor estridente por todo o corpo, lembram-me do pesadelo que não era pesadelo. Alguém me empurrou das escadas, alguém me empurrou das escadas. Gemo ao tentar ficar na posição sentada, tudo dói, meu corpo está todo arrebentado de dor.— Graças a Deus você acordou.Observo Margarete aproximar-se, seus olhos estão vermelhos, ela passou a noite em claro no meu quarto.— Analgésicos por favor.É muita dor. É muita dor, Margarete deu-me comprimidos e copo de água, rapidamente eu tomei sem me preocupar para que servem. Só preciso acalmar minha dor.— Chame Rodrigo, eu quero pedir-lhe para pedir aqueles biscoitos deliciosos na cozinha principal.Murmurei.— Ele, ele..Porque ela está gaguejando?— Chame-o.Eu gritei com ela, a porta foi aberta repentinamente e Rodrigo machucado entrou, abro a boca e fecho, quem fez isso com ele? Há mais hematomas nele d
~~CAPÍTULO 10~~CRISTAL SMITHAbro os olhos depois que ouço duas batidas na minha porta, quando noto Cassio dormindo profundamente ao lado da cama, deslizo para fora da cama cuidadosamente para não o acordar. Alcanço o roupão cobrindo meu corpo antes de abrir a porta.— Senhorita, desculpa incomodar, quero confirmar se meu chefe está aqui.Abro ainda mais a porta para que ele veja pelos seus próprios olhos, seu senhor descansando. Felipe deixou transparecer o alivio que ele está sentindo por localizar seu chefe, espero que não seja urgente falar com ele.— Obrigado.Deixei a porta entre encostada e engatinhei de volta para cama.— O que Felipe queria?Quase levei um susto quando abriu os olhos.— Claro que não estava dormindo.Resmunguei encarando-o.— Força do habito ouvir tudo ao meu redor.— Você parecia cansando, não quis incomodar.— Nunca me incomoda.Ele comentou ficando em pé, caminhou até a janela olhando para o belo jardim da sua casa.— Soube que passou o dia
~~CAPÍTULO 12~~CRISTAL SMITHAlgo quente envolve minha pele quase como... Água. Acordo, esperando me encontrar naquela água escura e turvas dos pesadelos. Minha respiração volta ao normal quando reconheço o meu ambiente. Estou no meu banheiro com azulejos brancos e decoração em creme. Eu também estou sentada na minha banheira meio cheia. Completamente nua. Cascatas de água quente da torneira, submergindo lentamente meus seios. Cassio me encara, mas está olhando de soslaio, mexendo com meu xampu em toda a sua glória nua. Eu mordo meu lábio inferior enquanto o cobiço abertamente. Há uma qualidade primordial em sua beleza que chamou minha atenção desde a primeira vez que o conheci. Seus músculos flexionam a cada movimento. As tatuagens das flechas deslizam com a ondulação de seus bíceps. Seu pau é semiduro, apontando na minha direção. Gostaria de saber se está sempre nesse estado, porque nunca o vi flácido. — Você finalmente acordou, dorminhoca.Diz ele sem levantar a cabeça.
CRISTAL SMITHCassio saiu assim que as meninas entraram, Deus, eu ainda o sinto dentro de mim, sua língua lambendo meu pescoço e seus gemidos bagunçando minha mente. Eu suspirei, não me reconhecendo no espelho, as meninas fizeram um ótimo trabalho, com o penteado e a maquiagem. Os cílios postiços realçaram meu olhar.— Senhorita.Felipe, virei o rosto para encará-lo.— Deixou Don sozinho?Seu olhar vagou pela sala em busca de uma resposta, sem sucesso, ele foi diretamente para o assunto.— Senhor está aguardando-a no Cassino do hotel.— Não o deixe sozinho, Rodrigo teria passado essa informação.— Senhorita.— Felipe, não o deixe sozinho.— Sim, senhorita.Quando ele saiu, Rodrigo entrou.— Não descuide das suas funções Rodrigo, não quero Felipe se dê o trabalho de vir aqui.— Eu sinto muito senhorita, prometo que não voltará acontecer.Suspirei.— Você se preocupa com ele.A expressão de Rodrigo não mudou, mas vi um brilho nos olhos dela, como se ela soubesse disso o t
~~CAPÍTULO 13~~CRISTAL SMITHO click do meu sapato alto colidiu com asfalto do estacionamento, com ajuda do Cassio desço do carro contagiante feliz pelo dia e passeio que ele proporcionou-me. Eu sei que ele é um homem muito ocupado, não teria muito tempo para mostrar-me a cidade, mas, é um bom início.— Muito obrigada pela viagem.Murmurei feliz.— Sua companhia é muito agradável.Minhas bochechas coraram com suas palavras de duplo sentido, um garoto correu em nossa direção, é Guilherme, o pequeno herdeiro do trono Italiano.— Senhorita Cristal, seja bem-vinda, papai.— Oi, meu príncipe.Passei as mãos em torno da sua cabeça.— Compramos muita coisa para você, mas, primeiro, o que acha de jogar bola com seu pai?— Ele é um homem muito ocupado.Guilherme prontamente respondeu.— Hoje ele tem muito tempo para você, não é Don?Eu o encarei, aproximei-me dele e sussurrei no seu ouvido.— Será muito bem recompensado.Sorrio.— Don, meu príncipe, tenham uma tarde maravilhos