Eu segurei meu livro e caminhei lentamente pelos os jardins, quando notei um homem seguindo-me.
— Não se assuste senhorita, fui ordenado pela senhorita Margarete para ser seu segurança. Ele é alto como a maioria dos seguranças, suas roupas são pretas, pelo menos ele não carrega um rifle em suas costas. — Quais ordens ela te deu? Eu questionei a ele. — Desculpa senhorita, eu não sei... — As outras mulheres não tem um segurança, porque eu teria? — Senhorita Cristal, tenho ordens direta para eu cuidar de ti. Suspirei, meus dedos brincam com a capa do livro, Margarete não colocaria um segurança para cuidar de me se seu pequeno segredo não for importante. Dei dois passos para frente girando a cauda do meu vestido. — Qual é seu nome? Eu questionei. — Rodrigo. — Rodrigo. Murmurei lambendo meus lábios. — Rodrigo, você será leal a mim. Dei duas batidas no seu peito com meu dedo indicador. — Não importa o que ela diga, eu sei que Margarete está preocupada com seu segredo. Murmurei. — Eu prometo ser leal a você, senhorita, juramento de sangue. Levantei os olhos encarando-o. — O leal você será? Nós precisamos ser sinceros um com o outro, ele será meus olhos e meus ouvidos. — Eu farei tudo que precisar, menos enviar cartas ou se comunicar com o mundo exterior, devo lealdade ao Don acima de tudo. Não tenho ninguém a quem recorrer, mesmo se eu tivesse a oportunidade. Suspirei olhando no horizonte, por alguns segundos minha mente acalmou-se. — É tão perigoso permanecer no jardim? Questionei. — Não é, só não vemos muitas mulheres caminhando pelos jardins. — Preciso que investigue algo para mim. — Não posso fazer trabalhos externos, ser o guardião de uma das mulheres do meu senhor significa limite de informação externa, não tenho autorização para sair. — Não se trata disso, quero conhecer tudo e a todos, dos homens mais poderosos aos mais fracos. Comentei, eu sei que isso ele pode fazer muito bem sem reclamação. — Eu posso fazer isso, na casa grande, há um livro, com muito mais informações que esse que está segurando. Há outro livro? — Muito bom, o problema não tem autorização para pegar, segundo, não pode roubar. Nós começamos a caminhar lentamente pelo jardim, Rodrigo sempre a minha atrás e seus olhos para baixo ou lado, eles nunca se encontram com os meus. — Meu senhor é um homem peculiniar, não irá conseguir poder, dormindo com ele, se quer conquistar seu coração, precisa ser difícil, isso chamará sua atenção. Sorrio para Rodrigo. Sou surpreendida quando vejo poltronas brancas, há um armário de vidro contendo diversos livros, o teto é de vidro. — É tão lindo. Tirei os chinelos e sentei-me na poltrona, quando notei que Rodrigo permanecia em pé. — Sente. Digo a ele. — Eu não posso. — Você é meu segurança, então, segue minhas ordens, sente. Virei a página suavemente, notando que Rodrigo permanecia em pé, meus olhos vagaram param bela imagem do homem do outro dia. — Senhor, eu não sei o que fez para conseguir isso, obrigada, é lindo. Comentei com ele sem tirar os olhos do livro. — Não foi nada. Ele respondeu. — Claro que foi, deve ter quase perdido a vida para falar com o velho pedofilo para conseguir estas poltronas incríveis. — Velho pedofelo? O homem desconhecido questionou. — Esse tal do meu senhor, ele rapta mulheres virgens para fazer lavagem cerebral, as meninas estão encantadas com seus modos operantes sexuais. — Estão é? — Sim, falam o dia todo disso, isso é humilhante, elas não possuem amor próprio, um homem só possui nosso corpo quando gostamos dele, não comprando-nos. — Meu... Levantei a cabeça e vi Margarete, prontamente fiquei de pé. — Senhorita Margarete. — Vim ver se está tudo bem. Margarete disse encarando-nos. — Estou encantada com a decoração do jardim. Comentei com esse homem e ele providenciou tudo, não sei o que ele disse aos seus superiores, acho que ele merece uma recompensa, senhorita Margarete. — Claro, claro que sim, falarei muito bem dele ao meu senhor, não se preocupe. Quando Margarete sentou na poltrona, nós também nos sentamos. — É mesmo encantador. Margarete comentou, ela pediu suco para nós, realmente, estava muito quente, um pouco de frescor faz bem. 3 CASSIO MORETTI Meus olhos estavam vibrados por ela, suas pernas estendidas no meu sofá, deixava-a como um anjo, seu vestido cetim cumpria seu corpo perfeitamente enquanto ela mantinha seus olhos fixos naquele livro, ela está lendo sobre nossa geração, nossa história como nenhuma outra mulher havia feito. Aquele livro nas suas mãos parecia um conto encantando, seus cabelos loiros iluminados ondulados deslizavam suavemente contra o vento. Notei Rodrigo ao seu lado, um ponto de interrogação franziu na minha testa, o que meu melhor homem faz ao lado dela como seu Made Men? Nenhuma outra mulher do harém possui um guarda-costas. Algo me diz que ela sabe algo e Margarete está controlando-a. Grande erro. Ela é muito mais esperta que ela, dar-lhe um segurança é como se estivesse preparando-a para reinar. Margarete, Margarete. Você é muito tola as vezes. Meu olhar voltou para a mulher de cabelos loiros ao lado dele. Perfeição. Ela exala poder, paz e algo desconhecido. — Ela se chama Cristal, vem do Texas. Margarete informou-me. Peguei meu copo de bourbon e me endireitei na poltrona. — Porque Rodrigo está ao seu lado como Made Men? Ela permaneceu em silencio. Imaginável. — Ela descobriu seu segredinho? Margarete tem um casinho irritante com um dos meus homens, depois de virar a favorita do meu falecido pai, ela degradou para pior nas escolhas de homens. Um mais miserável que o outro, eu poderia escolher um bom marido para ela, entretanto, aprecio seu trabalho e sua fidelidade, além do mais, é o único parente que tenho, que posso chamar de família. — Ela nos viu, enquanto ia a biblioteca. — Ela chantageou-a? Esperei ansiosamente pela sua resposta, Cristal é seu nome, ela fechou o livro negro e acenou para o meu homem que aproximou-se dela, sua cabeça sempre baixa. Ela murmurou algumas palavras, ele respondeu prontamente. — Não, ela fingiu que não nos viu. Margarete suspirou enquanto respondia. — Eu gosto da sua inteligência. Murmurei observando a interação deles. — Posso prepara-la para o senhor. — Não. Não quero que ela saiba quem eu sou, ela tem péssima impressão de mim. Ela disse algo a ele, e ele segurou o rádio informando algo, talvez a cozinha. — Felipe chame Rodrigo. Ele segurou o rádio quando Felipe sicronizou com o seu, mesmo depois da solicitação direta a mim, ele permaneceu parado ao lado dela até que alguém da cozinha veio com uma bandeja de algo. Ele sussurrou para ela que respondeu prontamente dispensando-o. — Quais são as percentagens entre nós os dois? Questionei a Margarete, os exames que ela fez, quantas percentagens. — 95 Don, ela foi a única que atingiu essa percentagem. Duas batidas na porta ecoaram, acenei prontamente dispensando Margarete, ela reverenciou antes de afastar-se em direção a porta. — Don. Seus joelhos colidiram com o tapete do meu escritório, sua mão ergueu em direção ao peito do seu coração. — O que ela pediu para fazer? Questionei depois de um suspiro longo e duro. — Nada, meu senhor. — Ela deseja algo? Ele ergueu a cabeça por um momento antes de abaixá-la novamente. — Responda ao seu Don. Felipe exigiu, Rodrigo esperou por longos segundos antes de responder. — Ela pediu lealdade, meu senhor. Lealdade. — Você fez um juramento a mim. — Sim, meu senhor, mas, a lei diz que deve escolher uma sultana, estou apenas sendo fiel a futura sultana. — Quem disse que ela receberá esse status? — Ela é muito inteligente, meu senhor. Virei e meus olhos meu corpo em direção ao jardim da ala feminina, nenhuma outra mulher tocou naquele livro, nem mesmo Luísa, mãe do meu herdeiro, fez o que ela faz em tão pouco tempo de estadia. CRISTAL SMITH A temperatura é muito instável aqui, em tão pouco tempo ela baixou muito obrigando-me a recorrer o ar quente do interior da ala. Há diversas caixas espalhados pelo chão da sala, as meninas estão felizes com as novas roupas, vestidos longos, é a única coisa permitida aqui. — Escolham o que quiserem, vestidos, sapatos, acessórios. Margarete informou-nos, eu olhei para uma das caixas e me apaixonei pela capa preta veluda, havia mais duas, ninguém pegou, então me apossei delas. — Eu sou a favorita, eu deveria ganhar joias não acessórios baratos. Victoria, até atual favorita não exala tanto ar de superioridade como ela, apesar de se manter distante, ela possui duas damas de companhia, e um quarto privado, em seu pescoço vibra com tantas joias caras, brincos, melhores tecidos em seu corpo. — Acalme-se Victoria, providenciarei algumas roupas e joias. Margarete murmurou para ela acalmando sua ansiedade. — Um quarto só para mim. — Será providenciando. Não gostou de nada Cristal? Além das capas maravilhosas, não. — São muito coloridos, senhorita Margarete. — Tenho alguns vestidos, venha comigo. Ela mostrou-me uma caixa, quando abriu, mostrou-me vestido de seda florestal, ele é tão perfeito. Ela mostrou-me um vestido mais lindo que o outro. — São todos lindos. — São teus. — Sério? Todos eles? — Claro que sim, amanhã, haverá uma festa no salão principal, escolham seus melhores vestidos, homens importantes participaram do evento. Assenti, homens importantes, é uma boa chance de conhecer a todos. Depois de arrumar todos os meus vestidos, no meu novo guarda-roupa, fui tomar banho e jantar. No dia seguinte. Minhas mãos alisaram meu vestido azul de seda que cobre meus sapatos altos formando uma cauda no tapete caro da ala. — Você sumiu o dia todo. Murmurei para Rodrigo enquanto eu colocava a capa por cima do vestido e o capuchino por cima dos meus cabelos. — Meu senhor me ocupou com algumas tarefas. Assenti. — Que tipo de festa é essa? Questionei encarando-o. — Quer mesmo saber? — Sim. Começamos a nos mover em direção aos jardins, as meninas saíram eufóricas para o salão principal. — O senhor oferece algumas mulheres aos seus homens como divertimento. O quê? Levantei o rosto pasma, aquele maldito livro não mencionou sobre sadismo nesta dinastia, mais um ponto negativo. Há uma necessidade de me informar sobre tudo, em nenhum momento posso estar a um passo atrás destas malditas regras ou elas me afogaram. — Não se preocupe senhorita, as virgens estão fora do alcance deles. Rodrigo levantou o rosto encarando-me pela primeira vez, havia fogo no seu olhar, um fogo ardente disponível a fazer tudo e de tudo por mim. — Não vi nada sobre isso, naquele livro. Eu comentei apavorada. — Ele não possui a informação obscura, apenas superficial. Ergui a cabeça desafiando a me mesma, está na hora de pegar o maldito livro. — Onde fica a biblioteca e como ele se parece? — No primeiro andar na terceira porta, no escritório do meu senhor, ela é preta como o livro anterior. Assenti. Coloquei a minha mão no seu peito enquanto as meninas entram no interior do evento, alguns convidados desciam dos seus carros nos seus ternos carros. O capuz em minha cabeça impedi que as pessoas identifiquem-me no primeiro momento. — Desgrude de mim, preciso que eles não notem quando eu desaparecer. Ordenei. — Eu faria tudo pela senhorita, me deixe ir à biblioteca. — Esqueça, há muitas câmeras, não quero que seja punido. — Se for pega. — Se acalme sim, façamos o combinado. Eu sorri retirando a mão do seu peito, acenei a cabeça para ele se retirar. Tirando o capuz da minha cabeça, dei os primeiros em direção ao salão principal. O grande salão é tão grande quanto um teatro internacional seu teto é iluminando por lâmpadas e pinturas eróticas, asas de anjos negros e nudez. Há diversas poltronas espalhadas por todo o lado, homens importantes sentados, enquanto são servidos bebidas e mulheres penduradas neles. — Cristal, não fique parada aí. Senhorita Margarete segurou meu braço sutilmente afastando-me dos olhos curiosos daqueles homens desconhecidos, alcançamos algumas poltronas onde algumas mulheres estavam sentadas. — Fique aqui. Acomodei-me na poltrona, tal como ela ordenou, acenei calorosamente para as meninas que bebiam, um garçom aproximou-se com uma taça de champanhe, levantei a mão gentilmente recusando a bebida. — Dizem que ele é o Underboss. Levantei o rosto em direção onde as meninas apontaram, ele é muito jovem para ser braço direito do Don. Talvez ele queira uma mente jovem para aconselhá-lo sobre o mundo atual. Acenei para Rodrigo, que se aproximou prontamente. — Consegue uma caneca de chocolate quente? — Sim, não desapareça por favor. Assenti. — Porque você tem um guarda-costas e eu não? Essa mulher. — Porque você tem um quarto e eu não? Rebato a sua questão. — Eu cumpro com os desejos do meu senhor. — Não faz mais que sua obrigação. Cruzei as pernas encarando-a. — Está reclamando? Provoquei. — Não, só questionei. — Tire suas dúvidas com a senhorita Margarete, todas vocês, eu apenas sigo ordens como todas as outras. Esclareci. — Victoria que está reclamando não nós, além do mais, estamos muito contentes com as joias que ganhamos hoje de alguns homens na entrada. Uma das meninas informou feliz. — Senhorita foi o que consegui. Ele colocou uma bandeja de doces, biscoitos e uma caneca de chocolate. — Muito obrigada. Ele assentiu, um homem aproximou-se de nós, prontamente, ficamos em pé e fizemos reverencia. — Meu nome é Santiago Rocco, Underboss de Sicília, é com muito gosto ver o futuro da nossa dinastia. Ele acenou para seus guardas, eles entregaram uma caixa veluda as meninas. — Essa caixa é para senhorita. Ela é maior que as outras, antes de recebe-la eu peguei sua mão, beijei e passei na minha cabeça como sinal de respeito. Ele ficou surpreso com a minha ação, apenas as especiais é que conhecem, estava escrito no livro que apenas a sultana conhece esse ato de respeito. — Foi muito prazer conhece-la. Fiz reverencia quando ele se retirou. Entreguei a caixa a Rodrigo. — A senhorita não vai abrir? Acenei que não, acomodei-me na poltrona e segurei minha caneca de chocolate. Estávamos entretidas ouvindo músicas e recebendo caixas de presentes, eram muitos convidados, um mais importante que outro, isso poupou meu trabalho. Conheci a metade dos homens importantes que trabalham para o Don. Uma fileira de mulheres, entraram dançando, isso fez com que os homens ficassem atentos ao show delas, era o momento certo, me levantei prontamente e caminhei lentamente, sem olhar para atrás nem demostrar nervosismo. Cliquei o botão do elevador o chamando, quando as portas deslizaram, entrei, pressionei para o botão 1 e elas se fecharam. Suspirei nervosa, é como se eu estivesse em algum filme de ação, quando as portas duplas se abriram, revelaram um corredor silencioso coberto por paredes brancas, quadros florestais penduradas nelas. Caminhando com firmeza, alcancei a 3 porta mencionada, suspirando, peguei a cauda do meu capuz e deslizei na porta, ela não foi trancada. Perfeito. Rapidamente, eu entrei, meu objetivo é levar o livro e sair daqui o mais rápido possível, olhei a estante de livros, são muitos livros, muitos livros. Notei o livro na fileira de cima, mais para isso tenho que subir na cadeira para alcançar ele. Quando. Ouvi a maçaneta girar e prontamente eu me preparei para uma desculpa quando notei um rosto familiar. — O que estava fazendo no escritório do Don?— O que estava fazendo no escritório do Don?Ele questionou curioso, é aquele homem que colocou poltronas no jardim da ala feminina. Ouvimos passos pelo corredor e rapidamente me aproximei dele colocando a mão sobre sua boca para ficar quieto.— Pensei que tivesse ouvido algo.Empurrei ele contra a parede e fiz final para ficar quieto.— Vamos sair daqui, Don odeia pessoas circulando neste corredor.Esperei, quando não ouvi mais passos no corredor, eu retirei a mão da sua boca.— Que bom que foi você quem entrou, estaria encrencada.— Que bom, o que deseja aqui?— Aquele livro, da capa preta.— Entrou aqui para roubar um livro?— Vai me ajudar ou não?Ele subiu na cadeira e pegou ele.— Se perguntarem, jure pela sua vida que nunca entrei aqui.— Claro, não se preocupe.Abro a porta e observo o corredor, está limpo, rapidamente, eu saio correndo até o elevador, quando as portas se abriram Rodrigo estava esperando por mim, sem mais, eu o entreguei o livro discretamente e ele guardou ent
~~CAPÍTULO 5~~CRISTAL SMITHEstava exausta com todo este teatro, eu quase fui estuprada e ninguém nem sequer notaria, por isso não fiz muita questão de demorar depois que troquei de roupas, Rodrigo levou-me para ala das mulheres, rapidamente fui tomar banho, bebi copo de leite e descansei.Quando amanheceu, abro todos os meus presentes, compostas por joias, colares, brincos, mascotes e relógios. Eu estava segurando três caixas veludas quando saí para o jardim.— Por favor Rodrigo, chame o homem que ajudou a me localizar.Resmunguei olhando para o horizonte, o dia está muito silencioso, depois da festa de ontem, é claro que muitos ainda estejam a descansar. — Um minuto, senhorita.Comunicou Rodrigo, ele afastou-se enquanto falava no rádio, Depois de um tempo aquele homem sem nome apareceu.— Mandou me chamar?Aquele homem misterioso questionou, ele não estava olhando-me, eu não entendo.— Sim.Murmurei, peguei uma caixa veluda e entreguei a ele, é um relógio masculino, ele
Rodrigo anunciou. Um carro parou no meio do trajeto, e Cassio Moretti desceu. Não havia nada nos olhos dele. Sem emoção. Sem sentimento. Nada. Nem mesmo raiva. Era um vazio preto absoluto. Indiferença, a única coisa pior que o ódio. Era tão fácil ver que ele era o tipo de homem que não se importava com aqueles que machucavam, desde que conseguisse o que queria. Bom, somos dois, minha determinação me colocara onde eu quero, e sua raiva onde ele deseja. Estamos jogando um jogo perigoso sem nos importar com as consequências dos nossos atos.— Seja muito bem-vindo, Don.Seus lábios se curvaram, um olhar de pura diversão, como se ele amasse cada segundo de me foder com as palavras. Congelada no lugar, eu só podia assistir quando ele estendeu a mão e colocou as costas da mão fria na minha bochecha. — Cristal.Sua voz caiu para um sussurro baixo e escuro. Seus dedos brincaram com os meus lábios carnudos, fechei os olhos apreciando seu toque sob a minha pele que parecia uma eternidade.
~~ CAPÍTULO 7~~CASSIO MORETTIMeu controle caiu e eu reagi, jogando meu copo através dos painéis, o som dele se quebrando através do escritório. Eu levantei, passando a mão pelo cabelo, o nível de raiva subindo a cada segundo que passava. Seus olhos azuis corrompidos com a dor indevida se trancaram nos meus. Me inclinei sobre ela, segurando a parte de trás do seu assento. — Você me desafia. Seus olhos se arregalaram quando ela olhou para mim, me estudando. Eu sorri. — Se você está procurando algum sinal de remorso, não o encontrará. Eu trouxe meus lábios até a orelha dela. — Porque eu não sinto nenhum. Ela estremeceu, e uma corrente de ar passou por seus lábios, sua garganta se movendo enquanto ela engolia. Estando tão perto, eu podia sentir seu medo, sua incerteza. Ela cheirava astucia e ingenuidade, um perfume que eu queria substituir pelo meu, como um maldito animal reivindicando o que era seu por direito. Meus pensamentos corrompidos encheram minha cabeça como
~~CAPÍTULO 8~~CRISTAL SMITHAbro os olhos, o teto branco dá-me boas-vindas, o som dos pássaros, chamam minha atenção, entretanto a dor estridente por todo o corpo, lembram-me do pesadelo que não era pesadelo. Alguém me empurrou das escadas, alguém me empurrou das escadas. Gemo ao tentar ficar na posição sentada, tudo dói, meu corpo está todo arrebentado de dor.— Graças a Deus você acordou.Observo Margarete aproximar-se, seus olhos estão vermelhos, ela passou a noite em claro no meu quarto.— Analgésicos por favor.É muita dor. É muita dor, Margarete deu-me comprimidos e copo de água, rapidamente eu tomei sem me preocupar para que servem. Só preciso acalmar minha dor.— Chame Rodrigo, eu quero pedir-lhe para pedir aqueles biscoitos deliciosos na cozinha principal.Murmurei.— Ele, ele..Porque ela está gaguejando?— Chame-o.Eu gritei com ela, a porta foi aberta repentinamente e Rodrigo machucado entrou, abro a boca e fecho, quem fez isso com ele? Há mais hematomas nele d
~~CAPÍTULO 10~~CRISTAL SMITHAbro os olhos depois que ouço duas batidas na minha porta, quando noto Cassio dormindo profundamente ao lado da cama, deslizo para fora da cama cuidadosamente para não o acordar. Alcanço o roupão cobrindo meu corpo antes de abrir a porta.— Senhorita, desculpa incomodar, quero confirmar se meu chefe está aqui.Abro ainda mais a porta para que ele veja pelos seus próprios olhos, seu senhor descansando. Felipe deixou transparecer o alivio que ele está sentindo por localizar seu chefe, espero que não seja urgente falar com ele.— Obrigado.Deixei a porta entre encostada e engatinhei de volta para cama.— O que Felipe queria?Quase levei um susto quando abriu os olhos.— Claro que não estava dormindo.Resmunguei encarando-o.— Força do habito ouvir tudo ao meu redor.— Você parecia cansando, não quis incomodar.— Nunca me incomoda.Ele comentou ficando em pé, caminhou até a janela olhando para o belo jardim da sua casa.— Soube que passou o dia
~~CAPÍTULO 12~~CRISTAL SMITHAlgo quente envolve minha pele quase como... Água. Acordo, esperando me encontrar naquela água escura e turvas dos pesadelos. Minha respiração volta ao normal quando reconheço o meu ambiente. Estou no meu banheiro com azulejos brancos e decoração em creme. Eu também estou sentada na minha banheira meio cheia. Completamente nua. Cascatas de água quente da torneira, submergindo lentamente meus seios. Cassio me encara, mas está olhando de soslaio, mexendo com meu xampu em toda a sua glória nua. Eu mordo meu lábio inferior enquanto o cobiço abertamente. Há uma qualidade primordial em sua beleza que chamou minha atenção desde a primeira vez que o conheci. Seus músculos flexionam a cada movimento. As tatuagens das flechas deslizam com a ondulação de seus bíceps. Seu pau é semiduro, apontando na minha direção. Gostaria de saber se está sempre nesse estado, porque nunca o vi flácido. — Você finalmente acordou, dorminhoca.Diz ele sem levantar a cabeça.
CRISTAL SMITHCassio saiu assim que as meninas entraram, Deus, eu ainda o sinto dentro de mim, sua língua lambendo meu pescoço e seus gemidos bagunçando minha mente. Eu suspirei, não me reconhecendo no espelho, as meninas fizeram um ótimo trabalho, com o penteado e a maquiagem. Os cílios postiços realçaram meu olhar.— Senhorita.Felipe, virei o rosto para encará-lo.— Deixou Don sozinho?Seu olhar vagou pela sala em busca de uma resposta, sem sucesso, ele foi diretamente para o assunto.— Senhor está aguardando-a no Cassino do hotel.— Não o deixe sozinho, Rodrigo teria passado essa informação.— Senhorita.— Felipe, não o deixe sozinho.— Sim, senhorita.Quando ele saiu, Rodrigo entrou.— Não descuide das suas funções Rodrigo, não quero Felipe se dê o trabalho de vir aqui.— Eu sinto muito senhorita, prometo que não voltará acontecer.Suspirei.— Você se preocupa com ele.A expressão de Rodrigo não mudou, mas vi um brilho nos olhos dela, como se ela soubesse disso o t