Deslumbre de uma vida fácil

Elas são encantadoras.

— Elas são lindas não são?

Ouço uma voz desconhecida, não ouvi seus passos aproximando-se, estava tão distraída ao ponto de não ouvir o inimigo por perto? Eu me virei, a voz profunda e rouca, com um forte sotaque italiano, eu congelei quando vi um homem parado no jardim.

O paletó do terno azul marinho desabotoado, revelando uma camisa branca por dentro, esse homem parecia tão poderoso quanto rico. Sua pele verde-oliva era impecável, aqueles olhos azuis pálidos iluminados sob as luzes escuras. Cabelo escuro e uma mandíbula cinzelada salpicada com uma barba por fazer o faziam parecer um homem pintado em mistério e escuridão. O tipo de escuridão que devoraria uma mulher como eu e ainda não seria saciada. Só a presença dele me intimidou. Eu me virei rapidamente para encarar as rosas, os homens do tal senhor são a maioria muito intimidadores.

— Sim, nunca havia visto um jardim tão espetacular.

Suspirei.

— Sabe o que imagino?

— Não.

— Que deveria ter poltronas das cores brancas, ela é muito linda e deveria ser muito admirada todos os dias.

Eu me ajoelhei no chão para cheirar uma rosa.

— Você é nova.

Ele afirmou surpreso com sua afirmação.

— Sim.

Sorri.

— Está gostando do lugar?

— Não é minha casa.

Limitei-me a responder, quando ergui o corpo, aquele homem misterioso havia desaparecido. Encolhi os ombros e continuei caminhando pelo jardim. Quando me cansei de caminhei, colhi rosas e voltei com um buque lindo para decorar minha cômoda.

— Aonde você estava?

Margarete surpreendeu-me segurando meu braço, ela não parece muito feliz ou satisfeita.

— No jardim senhorita.

É notório o alivio em seus olhos, rapidamente soltou meu braço e recompôs a postura, porque ela estava tão nervosa com o meu sumiço?

— Bom, imaginei que havia cometido uma loucura.

— Há muitos guardas, e como atravessaria muros enormes, senhorita Margarida?

Primeiramente, eu não sei onde estou exatamente.

— Estou satisfeita que tenha notado, vá tomar banho.

Ela ordenou.

— Sim senhorita.

Depois do banho, nós nos preparamos para receber a visita da senhorita Luísa, Margarete não nos informou muito sobre ela, apenas avisou sobre sua visita. Alisei meu vestido castanho de seda, meus cabelos presos em um coque elegante, calçando sandálias rasas simples. Nós nos sentamos à mesa repleta de comida montada para todas nós.

— Sejam muito bem-vindas meninas, eu sou Luísa, a favorita do meu senhor e mãe do seu primeiro herdeiro.

Senhorita Luísa disse, ela tem belos cabelos morenos longos, seu rosto é bonito.

— Muito obrigada pelo convite a nos sentar consigo na sua mesa.

Uma das meninas comentou, agradecendo pelo convite.

— O prazer é todo meu, faço de tudo para agradar, meu senhor.

Ela passou o jantar inteiro gabando-se pela sua conquista, notei que é uma disputa horrorosa agradar um homem que nos tirou do nosso convívio familiar para virar virarmos escravas sexuais. Até o final do jantar, eu não suportava mais ouvir o quanto ele é encantador, isso e aquilo. Quanto mais eu pedia para o jantar terminar, mais demorando ele se tornava.

Terminamos de comer finalmente, para nossa surpresa, ela chamou os músicos para tocarem algo para nós, depois de nos entreter, fomos dispensados para nossos aposentos.

— Vocês viram as joias em seu pescoço?

As meninas sussurravam entre si enquanto nos preparávamos para dormir.

— Sim, sim, ela possui muito poder.

— Meu senhor, é muito gentil.

Outra menina murmurou feliz. Eu me levantei da cama, calcei meus chinelos, caminhando em direção a saída do quarto, o corredor estava quieto. Não parecia que as meninas estavam fazendo tanto barulho no quarto, provavelmente as paredes sejam a prova de som, invado a sala principal, entretanto ele está completamente vazio. Acredito que está casa tenha um mapa, assim fica fácil localizar uma biblioteca ou cozinha, gostaria de beber leite morno antes de dormir.

Olhando para as paredes da sala, no canto ao lado das portas duplas, há um pequeno mapa, segurando a cauda do meu pijama para eu não pisar acidentalmente e me machucar. Aproximei-me do mapa, esta ala possui dois andares, uma clínica, uma cozinha, biblioteca, sala de cinema, um jardim privado, os outros compartimentos não foram mencionados.

Memorizando o caminho da biblioteca e da cozinha, caminhei seguindo as instruções do mapa, quando, me deparo com a senhorita Margarete conversando, muito, muito próximo de homem que desconheço. Com tantos empregados que existem nesta ala, impossível conhecer todos em curto espaço de tempo.

— Senhorita Margarida.

Eles se assustaram quando me viram seus corpos que estavam muito próximos afastaram-se, acenei educadamente para o homem e encarei a senhorita Margarete.

— Cristal, estava indo para cama, precisa de alguma coisa, querida?

Ela balançou o corpo desconfortavelmente, seus cabelos estão bagunçados e seu batom borrado.

— Desculpa incomodar, eu estava indo à biblioteca depois para cozinha pedir um copo de leite.

Eu fiz sinal para ela limpar batom borrado discretamente.

— Ler? Biblioteca?

Ela questionou confusa enquanto seus dedos limpam rastros de batom.

— Isso.

— Claro que sim, a biblioteca está mais à frente.

— Muito obrigada.

Passei por eles rapidamente, quase correndo, quando alcancei a maçaneta da porta da biblioteca, girei entrando rapidamente. Suspirando aliviada pela tensão entranha que acabei de presenciar, olhei com mais cuidado a biblioteca, há diversos livros muito bem organizados, notei o gosto pelos livros gênero fantasia, há poucos romances, muitos deles são de histórias, fantasias, científicos. Quando ia escolher um romance, notei um livro de capa preta, sem título ou algo que o identifique, abro as primeiras duas páginas:

Regras da máfia Italiana e seus pressupostos franzi o cenho, não acredito que eles escreveram livros sobre as regras deste manicômio, segurando-o, saio da biblioteca em direção a cozinha, depois de segurar meu copo de leite e fatia de bolo. Entrei no quarto indo para minha cama.

— Onde conseguiu essa comida?

A garota ao lado da minha cama questionou.

— Na cozinha, siga o corredor, na última porta.

Ela desceu da sua cama apressadamente, cruzando as pernas, abro o livro misterioso e começo a ler. As primeiras regras são para Don, aquele que Margarete chama do meu senhor, apesar das regras serem banais aqui diz o seguinte:

O ser superior da máfia, tem o direito de possuir diversas mulheres com o intuito de gerar herdeiros para continuação da sua linhagem.

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