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Uma carona viria a calhar...

— Eu vou pra Kensington, não vou atrapalhar você? — perguntou, com o máximo de clareza que conseguiu. 

Otávio negou com a cabeça, um sorriso que declarava que aquilo estava se encaixando como uma luva. 

— Problema algum. Vou deixar o Alex na casa da irmã em Holland Park, não quero passar a noite cuidando dessa coisa — como que para ilustrar, Otávio jogou-lhe uma latinha de refrigerante vazia na cabeça de Alex, que apenas resmungou. — Entra aí! 

Juliana entrou no carro, colocou o cinto e encostou a cabeça na janela, tentando fazer com que seu enjoo não a dominasse. 

— Acho que você bebeu tanto quanto Alex — Otávio disse, parando em um semáforo e olhando de rabo-de-olho para ela. Ela riu, achando que sua cabeça iria explodir a qualquer momento. 

— Eu bebi com o Alex — explicou. 

Otávio gargalhou. Voltando a dar partida no carro. 

— De qualquer forma, você parece melhor que ele — Disse. E, então, dirigiu até uma cafeteria aberta. — Já volto. 

E ele não demorou mesmo. Naquela hora da madrugada, a cafeteria estava vazia, então ele logo retornou com dois copos de café. 

— Obrigada — agradeceu. 

O café fez bem para a garota. Assim que o ingeriu, sentiu a mente clarear, ficar menos enjoada. Ficou tão bem que começou a reparar na beleza do garoto que dirigia. Loiro, olhos da cor do chocolate, extremamente expressivos. E quando sorria — e que sorriso lindo tinha! — uma beleza de covinha aparecia em sua bochecha esquerda. Era fofo, daqueles que a gente escolhe pra exibir para as minhas e mostrar como a vida está boa. Não era do tipo que a gente pega para curar uma dor de cotovelo, mas ele poderia se encaixar no lugar de Alex, que estava impossibilitado.

Assim que Juliana concluiu que gostaria de se divertir com Otávio, o garoto estacionou na fachada que ela acreditou ser da casa da irmã de Alex. Pela janela, achou que devia estar rolando uma festa de pijamas com garotas ou talvez fosse uma república de garotas. Mesmo assim, Otávio despachou Alex do carro, tocou a campainha e deixou-o com sua irmã. 

— Pronto. Agora só me indicar onde é sua casa! — disse assim que retornou ao carro. 

Ela foi mostrando-lhe o caminho, pensando em como faria pra seduzir o menino. Pensou em mil coisas bizarras que envolviam mãos em lugares inapropriados, mas quando ele estacionou no meu jardim e ela viu que todas as luzes da casa estavam apagadas, deu graças aos céus por seus pais não estarem em casa. Eles tinham ido ao shopping quando ela saíra pra festa e não pareciam ter voltado.

— Obrigada — agradeceu com seu sorriso mais meigo estampado no rosto. Curvou-se para depositar um beijo em sua bochecha e, propositalmente, escorregou, beijando-lhe os lábios. — Oh, desculpe. 

Desculpas nada. Otávio também percebeu. Ele bebeu o resto do seu café em uma golada, enquanto a garota de aprumava, fingindo estar envergonhada. 

— Não tem problemas — ele murmurou. 

Ok. O garoto não ia tomar nenhuma atitude. 

— Você quer entrar? — perguntou. 

Ele olhou-a e ela soube que ele também queria, mas totalmente sem jeito de demonstrar ou tomar uma atitude. Ela sorriu quando o garoto concordou com a cabeça. Saiu do carro e caminhou até a porta, esperando que o garoto a seguisse. Forçou-a, sem conseguir abrir. 

— Sem chave? — perguntou-a, já atrás dela. 

Ela sorriu e negou com a cabeça. Abaixou-se cuidadosamente para evitar que a dor de cabeça retornasse e pegou a chave extra que seus pais sempre deixavam pra ela atrás da planta da entrada. Abriu-a, deixando-o passar. 

O garoto nem ao menos teve tempo pra respirar. Juliana sabia que conversa não o faria tomar uma atitude, então assim que fechou a porta atrás de si, avançou contra o garoto, passando os braços por seu pescoço e beijando-lhe a boca. Ele, assustado, deu passos para trás e quase caiu, não o fazendo porque havia encontrado uma parede. Ela riu encerrando o beijo e encarando o olhar ligeiramente assustado do garoto. 

— Tá com medo de mim? — perguntou. 

Ele parecia um pouco desajeitado, talvez até assustado e totalmente sem jeito. Ele abriu a boca e fechou por alguns momentos, sem saber como reagir. 

— Não é bem isso... — sussurrou. — É que você... Bom, você estava com o Diego... 

— Esquece o Diego — soprou, perto de sua boca. Sorriu a perceber que ele procurou seus lábios por um momento. — Esquece tudo... 

E, então, sentiu as mãos do garoto em sua cintura, apertando-a contra a ereção dele, instintivamente. Sorriu ainda mais. 

— Eu nunca estive com uma garota como você — Otávio disse, com uma admiração repreensível. 

Juliana quase corou. Ele dissera como se ela fosse muito experiente, coisa que não era, não exatamente. Mas talvez fosse mais que ele e deixaria que se enganasse com sua aparente vantagem.

— Não se preocupe com isso — sussurrou. 

Ela voltou a beijá-lo e ele demorou um pouco para reagir, mas quando o fez, agradeceu por ter escolhido bem. puxou-a, levantando-a e envolvendo sua cintura com as pernas dela. Virou-se, pressionando-a contra a parede e tomando o controle da situação, o que tornou tudo mais calmo, gostoso e doce. Ela mordeu o lábio dele, encerrando o beijo e o empurrando levemente, levando as mãos até sua calça, desafivelando o cinto. 

— Vamos logo com isso, huh? — pediu-lhe, acariciando o membro, enquanto ele jogava a cabeça para trás. Empurrou a calça com a cueca para baixo, admirando-se com o tamanho do pênis do garoto. 

Por um segundo, pensou em sair correndo dali, no limite o que já havia experimentado, mas manteve-se. 

— Que foi? — ele perguntou, estranhando que ela estivesse parada. 

— Nada... Apenas... Uau. 

Otávio riu, puxando-a de volta para cima. Sem nenhuma cerimônia, segurou uma das pernas da garota em sua cintura. Em poucos segundos, Juliana percebeu que ele não era tão inexperiente assim. Viu-se ser imprensada contra a parede, as pernas dela ao redor da cintura do garoto e a ereção dele apertada firmemente contra sua calcinha. Ela arfou, jogando a cabeça para trás e sorrindo levemente ao perceber os beijos do garoto em seu pescoço. 

Ela levou os lábios aos do garoto, beijando-o fervorosamente enquanto ele pressionava-se contra ela. As alças do seu vestido desceram magicamente até a cintura e ele pôs-se a beijar os seios da garota, fazendo-a delirar. Para sua apreciação, ela moveu-se contra ele, o que o fez morder o bico de um de seus seios, provocando urros de ambos. 

Otávio tentou puxar a calcinha dela para baixo, sem sucesso devido a posição dos dois. Juliana sentia a tensão do garoto, a ansiedade. Mordeu seu ombro, levando os lábios para a orelha dele. 

— Só chega pro ladinho — pediu, beijando a orelha dele. Ele fechou os olhos e suspirou pesadamente. — E mete. 

Ela mordeu o lábio, segurando o sorriso malicioso que lançava a ele. Ele sorriu de lado, empurrando-a contra a parede para mantê-la, enquanto suas mãos afastavam sua calcinha para que ele pudesse fazer o que ela desejava. 

Com a calcinha afastada, ele acariciou a frente da vagina dela com seu dedão e ela grunhiu, levando a testa ao pescoço dele, gemendo.

Penetrou-a de uma vez só, admirando-se com a reação exagerada dela, gritando e apertando suas unhas no ombro dele. Juliana sentiu-o quase em seu limite, mais fundo que qualquer outro já havia chegado. Desprovida de concentração, mordeu o lábio dele, enquanto ele movia-se contra ela, empurrando-a contra a parede. Ela quase sentia como se estivesse andando de cavalo, indo e voltando com e contra ele. 

Os dois gemiam sem nenhum pudor, mas o nervosismo de Otávio acabou fazendo-o chegar ao seu ápice antes do previsto, o que acabou com os dois deitados, meio embolados no chão, Juliana meio satisfeita e um Otávio meio frustrado.   

Fim dessa história.

Comece outra vez e tente outro caminho.

A noite pode acabar diferente em uma próxima vez...

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