— Ahn... Não, não quero beber — respondeu. Alex fez um bico estranho por causa do fora, mas continuou tranquilo.
— Ok. Tudo bem — decretou, enquanto maquinava algo em resposta. — Mas podemos dançar, certo?
Juliana abriu o mair dos sorrisos com o interesse do rapaz. Ela queria dançar, sim, mas estava de olho em outro cara porque achava que se envolver com Alex, melhor amigo de Diego, poderia não ser uma grande ideia. Chegou a acompanhar um rapaz bonito que passou por ela com o olhar, mas aí virou-se de volta para Alex, que sorria para ela com interesse e parecia demontrar que não iria deixá-la fugir de forma alguma. Então, o que podia fazer? Alex estava ali, não era de todo mal, por que não dançar?
No fundo da sua mente, algo lhe dizia que aquela era uma péssima ideia, mas afastou-a com um aceno. Diego não tinha lhe dado um bolo? Ela tinha que lhe devolver a dor que sentira na mesma gramatura e uns beijinhos em seu melhor amigo parecia uma vingança promissora.
— Está bem — deu de ombros.
Ele a arrastou para a pista de dança, animado e ansioso, envolvendo as mãos ao seu redor e começando a dançar do jeito mais esquisito que Juliana já vira.
No segundo seguinte, Alex estava com as mãos ao seu redor, já no meio da pista de dança. Ele dançava esquisito e às vezes pisava em seu pé, mas ela estava se divertindo com ele. Em algum momento da noite, acabou até mesmo esquecendo sobre Diego e da sua fossa porque Alex era realmente uma companhia interessante e estava feliz de ter tomado a decisão de dançar com ele.
Em algum momento, no meio de uma desengonçada, os lábios dos dois se encontraram. Ele a puxou mais pra perto e continuaram se beijando fervorosamente no meio da pista de dança.
As pessoas dançando esbarravam neles, mas eles nem se abalavam; só se incomodavam quando o esbarrão atrapalhava o beijo. Isso se rendeu até que Alex arrastou Juliana para um canto da boate e os beijos foram ficando mais intensos, urgentes...
Foi aí que Alex fez o convite que ela esperava ouvir a noite toda.
— Ei — chamou, encerrando o beijo. A garota estava sentada em seu colo e ele achava aquilo extremamente confortável — Isso aqui está ficando bom... Não quer ir pra um lugar mais reservado?
Juliana, você aceita esse convite?
Sim, vamos para outro lugar
Não, desculpe... Mas quer pegar meu telefone?
— Eu vou pra Kensington, não vou atrapalhar você? — perguntou, com o máximo de clareza que conseguiu.Otávio negou com a cabeça, um sorriso que declarava que aquilo estava se encaixando como uma luva.— Problema algum. Vou deixar o Alex na casa da irmã em Holland Park, não quero passar a noite cuidando dessa coisa — como que para ilustrar, Otávio jogou-lhe uma latinha de refrigerante vazia na cabeça de Alex, que apenas resmungou. — Entra aí!Juliana entrou no carro, colocou o cinto e encostou a cabeça na janela, tentando fazer com que seu enjoo não a dominasse.— Acho que você bebeu tanto quanto Alex — Otávio disse, parando em um semáforo e olhando de rabo-de-olho para ela. Ela riu, achando que sua cabeça iria explodir a qualquer momento.— Eu bebi com o Alex &mda
— Não, obrigada — Juliana disse, arrastando a voz — Eu já estou quase lá!Otávio olhou-a, cerrando os olhos, sabendo que a garota não estava falando a verdade. Estranhamente, pode-se ver preocupação nos olhos dele. Juliana percebeu, mas não ficou nem aí. Não lembrava de ter conhecido o garoto o suficiente, então simplesmente virou as costas e seguiu até o próximo ponto de ônibus, subindo no primeiro que parou para ela.Assim que passou na catraca, um garoto lhe sorriu. Sua capacidade de percepção não estava muito boa, mas sabia que conhecia ele de algum lugar. E era bonito.Então tentou se segurar nas barras de ferro do ônibus até conseguir sentar-se ao lado do garoto.— Olá! — cumprimentou-a. Ele cheirava à bebida, mas não parecia nem um pouco t
— É, eu acho que é uma boa ideia — respondeu, dando de ombros e claramente mal-intencionada.Observou-o com atenção: os lindos olhos azuis acinzentados estavam sobre ela, divididos entre o tom de divertimento e a preocupação. A pergunta que ele fizera, embora pudesse ter um milhão de segundas intenções, soara infantil e inocente, mas olhando para o sorriso maravilhoso que ele sustentava, ela sabia que a noite não acabaria em bêbados dormindo pelo chão. Ah, ela tinha certeza que acabaria em uma bela e confortável cama contando quantas sardas o garoto tinha pelo resto do corpo.— Ótimo — ele disse — Eu ia pro meu apê, mas me perdi da minha carona e é mais fácil ir pra casa da minha mãe daqui. E, além de tudo, ela não está em casa.Juliana riu com a declaraç&atil
— Não acho que seja uma boa ideia, Vinícius — deu de ombros. — Preciso ir pra casa.Na verdade, estava pensando em sua amiga e se ela ficaria chateada caso ficasse com Vinícius sem sua aprovação.Com um pouco de clareza na mente, aceitou que ele anotasse seu telefone no celular dele.— Você sabe qual ônibus tem que pegar? — perguntou.— Quer que eu desça com você pra te colocar no ônibus certo?— Não, tudo bem — colocou a mão em seu braço em um agradecimento por sua gentileza. — Acho que estou melhor agora.Ela deu-lhe um beijo na bochecha e desembarcou no ponto de ônibus seguinte. Só tinha um problema: não havia ninguém na rua.Assustada, ela colocou o celular entre os seios e se encolheu no ponto de ônibus, esperando que o seu passasse o ma
— Eu quero ir pra casa, Diego — disse, fechando os olhos — Estou muito enjoada.A mão que estava em sua coxa foi retirada rapidamente. Ele suspirou.— Tudo bem — concordou, parecendo chateado.O que ela podia fazer? Ninguém mandou ele simplesmente dar o pé sem avisar e fazê-la sair para beber.O garoto dirigiu silencioso até a casa dela e estacionou na vaga vazia em frente à garagem. A casa inteira estava apagada.— Tem alguém em casa? — perguntou.Ela deu de ombros, tirando o cinto. Quando saíra de casa, os pais tinham ido ao shopping. Ela havia deixado um bilhete avisando que tinha saído, mas aparentemente, dessa se safara.Colocou a mão na cabeça, parecia que ia explodir. Ouviu o suspiro pesado de Diego e ele desceu do carro, aparecendo rapidamente, abrindo a porta dela e oferecen
Ela sabia no que ia dar e não podia dizer que não estava com vontade, então...— Tudo bem — concordou. — Não acho que eu vou dar conta de mim, hoje.A mão que estava em sua coxa apertou-a com mais força, demonstrando claramente quais eram as intenções da preocupação dele. Ela sorriu, sentindo um arrepio em seu corpo lhe informar o quanto estava querendo isso também.O garoto dirigiu na velocidade máxima permitida até a garagem do prédio onde ele morava com os amigos. Ele ainda teve o cavalheirismo de abrir-lhe a porta do carro e ajudá-la a sair, mas, assim que o fez, empurrou-a contra a porta fechada, beijando seus lábios por uns momentos, antes de beijar-lhe o pescoço, as mãos escorregando por entre as coxas dela, fazendo-a arfar.— Aqui... — gemeu — Não. — Ele
Engolindo todo o ar que podia para ver se conseguia arquitetar uma resposta, contentou-se em balançar a cabeça afirmativamente.Alex sorriu para ela, capturando sua mão com a dele e arrastando-a pela boate, por entre as pessoas que dançavam e se pegavam na pista de dança. Juliana achava que estava sendo guiada até a saída, quando Alex pegou um desvio e entrou com ela no banheiro masculino.Juliana segurou uma expressão de horror e uma de admiração, curiosa ao reparar os mictórios, mas isso foi apenas por um segundo antes que ele a enfiasse em um boxe junto com ela, trancando-o e atacando seus lábios em um beijo fervoroso.O banheiro não estava silencioso — pelo barulho, outros casais tiveram a mesma ideia que eles —, mas isso não os atrapalhava. Na verdade, para Alex, ter outros casais transando logo ali do lado apenas o excitava ainda
Ela queria ir. Muito. Mas, ao olhar pro garoto, viu a chance de construir algo que não conseguira fazer com Diego. E talvez ir com ele pra algum lugar reservado naquela noite fosse acabar com as chances de fazer funcionar.— Hm... Na verdade, eu não costumo passar noites fora de casa — mentiu. — Meus pais gostam de acordar pela manhã e me encontrar dormindo na cama, não importa a hora que eu tenha retornado. Até porque essa última parte eles não vão descobrir mesmo.Alex riu e ela suspirou aliviada. Alguns caras ficam realmente zangados quando se nega uma coisa assim e a risada dele apenas mostrou que ele era legal.— Bom, então ao menos você tem que me dar seu telefone, não é? — perguntou.Com um sorriso, Juliana passou seu número a ele, que discou para ela, fazendo com que tivesse seu número também