Heitor pareceu estar tranquilo no dia anterior, mas naquele sábado ele estava realmente um trapo. Minha pergunta para responder eu deixei para depois, não sabia se estava com uma cabeça boa para respondê-la. Eu então postei em um blog que criei um novo texto que na verdade era bem antigo. Não pus nome, apenas coloquei o texto.Ao olhar tua face vejo um sorriso, mas por dentro você chove... você sangra. Sua mente é tão falsa em te enganar, seu corpo nem a conhece verdadeiramente, só você mesma. Guardar mágoas de um recente passado por ter destruído tudo e achar ser melhor com outro. Mas na verdade houve engano e o foco foi desfocalizado. Veio o vislumbre e te cegou. Aquela primeira roseira que recebeu a chuva, hoje não está mais lá para alegras seu jardim, você dispensou e vendeu para outro alguém. Você pediu um tempo e se desmanchou, quando voltou era tarde demais. Esse para sempre nunca existiu. Acabou. Nada vai ser de novo. É melhor seguir em frente. Não sei por que eu escrevi
Pelo fim da tarde, a gente foi ao supermercado. Eu falei que ele tinha os piores desafios do mundo e ele me falou que seria interessante. Eu e ele fomos ao supermercado e chegando lá, ele pediu minha lista de compras. Eu dei a lista e ele ficou olhando e falou: Achava que teria mais coisas, está moleza isso, né?Eu falei: Não. E peguei meu carrinho para começar a fazer as compras. No decorrer do meu percurso e do dele, eu fui fazendo umas perguntas que encontrei num rótulo de um saco de pão, pois achei bem interessante. -Se o pato Donald não usa calças, por que ele amarra a toalha na cintura ao sair do banho? –perguntei.-Porque Walt Disney quis assim. –ele falou isso com a voz do pato Donald e foi muito engraçado. -Se depois do banho estamos limpos, por que a gente lava a toalha? –Perguntei.-Para que não fique suja, pois nem sempre estamos limpos depois de tomar banho. –Ele falou dessa vez com voz normal. -Aproveitando o natal, por que a gente sabe que a carne é de chest
No admirar da carruagem, eu continuei escrevendo alguns textos e decidi mostrar os dez motivos que me fazia o odiar e amar para o Thales. Ele ficou surpreso, era noite de natal, ele me deu um presente bem sentimental. Era um livro com 365 perguntas por dia, ele disse que eu já podia começar a responder em Dezembro. Passamos o natal em minha casa, os pais dele foram viajar e os meus também.Resolvemos compartilhar nossas melhores receitas e assistirmos aos clássicos de natal mais bem sucedidos da história. De tanto a gente comer, a barriga ficou muito cheia e deu bastante sono. Dormimos sem escovar os dentes e caímos no sofá. O que resultou em um bafo pela manhã. O ano novo também não foi bem lá essas coisas, ele viajou para o México e eu viajei para o Japão.A comida foi a coisa que eu mais odiei durante toda a viagem. Eu comprei um guarda-chuva verde bem legal e que ao mesmo tempo servia de bolsa, tudo começou porque eu acabei indo para as ruas viajar em tempo de chuva, o que o
Eu perguntei o que ele estava fazendo ali e ele disse que eu precisava ver a nova garagem que ele comprou e eu perguntei o porquê que eu queria ver a garagem nova dele e ele disse que talvez pudesse ter uma surpresa e eu duvidei, porque aquela garagem estava abandonada há séculos e ele nunca iria consertar aquilo. Ele abriu o portão e realmente não havia nada lá dentro, só uma placa numa porta interna que dizia: Máquina do tempo entre com a idade que tiver e saia com trinta anos. Ele perguntou se eu queria entrar e eu pedi para ele entrar primeiro, pois tinha medo de inseto. Ele se recusou a entrar e disse que quem estava fazendo aniversário era eu e não ele. Eu então bati o pé e falei que não queria entrar em um lugar esquisito com uma frase ridícula. Ele pareceu chateado, escorou a cabeça naquela porta e falou chorando: Chega! Toda vez que eu tento ser legal com você, sempre você dá um jeito de me tratar assim. Por favor, Diana... Não diga que eu tomei a decisão errada. Eu te
Eu falei que aquilo era ridículo e que de qualquer forma eu não ia perder meu emprego, pois ele sempre me colocaria em desafios cada vez mais malucos, mesmo que eu não me desse bem.Na mesma caixa havia uma carta que ele escreveu e se intitulava “esfera”.Querida esfera,Talvez não conseguimos ainda nos enxergar você é muito mais enigma do que eu imaginava. Sonho em um dia conversar e desencantar em ti a fábula que nós nunca protagonizamos. Queria te conhecer, mas às vezes penso em ser impossível. Com um beijo de amor verdadeiro você ainda seria tão misteriosa assim? Talvez o que acontece é que o que não fala, fica em seus lábios, prontos para serem decifrados, como cifras de músicas para um homem leigo no assunto. Você talvez seja uma das esferas do dragão perdida, procurando alguém que as encontre e te salve de questões insolucionáveis para um mundo tão cheios de enigmas, em que você se torna um. Diga-me uma fórmula secreta para ganhar sua fala? Diga-me o que de mim necessitas? M
Eu diria que em tempos moderninhos casar era a coisa mais louca que eu poderia ter feito. Eu de uns tempos para cá tenho até me acostumado com o nerd azedo que se tornava o mais novo influenciador das mídias. Ele conseguiu ampliar o mercado de facetas dele. E me colocou muitas vezes como cobaia para a sua fama, desde quando me pediu para cantar nos stories do seu instagram ou nas suas lives. A gente se zoava o tempo inteiro e tínhamos a relação mais saudável o possível. O pessoal shippava a gente o tempo inteiro, alguns nos chamavam de Thaiana ou DiTha, nomes realmente incomuns para um casal moderno. Somos um casal que se promove mutuamente e ele sempre me ensina alguma coisa tecnológica e eu sempre ficava ligada no que acontecia nos assuntos mais comentados das redes sociais, eu era casada com um formador de opinião agora, não podia deixá-lo desinformado. Juntos gerávamos muito engajamento, éramos mais jovens que os próprios jovens. Esses dias estávamos assistindo a uma comédia cha
Depois de ler todo o diário de Diana, Catarina engoliu aquele tornado de ideias e descobriu que a musa de uma realidade paralela teve inúmeros amores, muitas histórias, mas tudo parecia inverossímil. Onde sua filha se encaixava diante de todas essas histórias. Talvez a mentira, em alguns momentos, fizesse acreditar que o destino de uma Senhorita Pouplain não era compreendido pela maioria, mas ela queria ampliar melhor a história e fazer com que o grande público pudesse entender.Então, pediu para que Taís a ajudasse na construção de um documentário profissional. Antes, ligou para a emissora e autorizou o enredo que seria usado como base para Walter Thales Gentil na criação da novela, em parceria de Catarina.Taís aceitou o convite e decidiu colocar a mãe num estúdio de gravação por oito horas para que ela explicasse melhor de vez, por que sua história era tão grande e confusa.— Eu não sei exatamente como começar. A Senhorita Pouplain foi um alter ego que usei para que não tivess
Catarina Francisco Coralina , recebeu esse nome porque tinha rosácea, doença pela qual seu rosto ficava vermelho se seu corpo tivesse exposição demasiada ao calor. Mas ela usava roupas especiais com proteção solar, além de claro, usar o creme também, em seu rosto para protegê-lo.Ela trabalhava numa livraria, tinha 18 anos e nem sabia ao certo o que queria fazer da vida.Começara a faculdade no ano passado, mas a difícil situação do seu país, a fez pular do barquinho, a fazendo encarar um outro rumo, mas meio que sem rumo. Estou agarrando firme no meio desta ventaniaFaço de tudo para manter a calmaEstou sem rumoComo uma pedra perdida na maréSem rumoTodos os dias, ela acordava, com o sol batendo na janela e clareando o quarto a fazendo perceber que não podia dormir mais nem um segundo. Já diria a Few Days Down: A cidade está finalmente acordando à luz da manhã. Tomava café solúvel, mas odiava. Porém, era mais barato para sua atual circunstância financeira. Ela pre