Ao ver os dois se separarem, Lucas levantou uma sobrancelha com um sorriso. Parece que certas táticas já não funcionam mais.Apesar da briga, eles já foram grandes amigos no passado. Lucas conhecia muito bem as técnicas de Rafael para acalmar as pessoas: comprar presentes, fazer um agrado ou simplesmente abaixar a cabeça e pedir desculpas.Mas Júlia não caía mais nessa.— Sr. Lucas, tá feliz? — Viviane perguntou de repente, com um tom inocente e um olhar ingênuo.— Claro.— Por que Rafael foi rejeitado por Júlia?Lucas levantou a sobrancelha, olhando para ela pela primeira vez:— Não é isso o que você também queria ver?Viviane sorriu e confirmou:— Sim, é, quero estar ao lado dele.— Então, que vocês sejam felizes juntos.Lucas deu dois passos para trás e soltou suas mãos.Viviane sorriu gentilmente:— Obrigada, Lucas. Espero que você também consiga conquistar quem quer.Lucas se virou e não pôde deixar de comentar mentalmente ao passar por Rafael: “Achou que está lidando com uma coel
Lucas olhou para ela com um sorriso:— Farei o que eu quiser, não se preocupe. Como posso saber o resultado se não tentar?Júlia respondeu:— Mesmo que o resultado te decepcione muito?Com um olhar profundo, Lucas disse:— Se acontecer, eu aceito.Ela não esperava tanta teimosia e ficou em silêncio. Lucas percebeu seu humor e não insistiu, deixando o som das ondas preencher o espaço. Somente perto da meia-noite ele saiu, e Júlia refletiu sobre sua persistência silenciosa.Na verdade, Lucas sempre foi alguém que respeitava outros e sabia manter limites. Sua forma de demonstrar interesse não era invasiva, nem forçada, ao contrário de Rafael, que sempre foi intenso e agora agia como um louco a qualquer oportunidade. Júlia suspirou. As pessoas fazem o que querem, e ela não pode controlar isso. Só podia focar em si.Quando se virou para voltar para o quarto, viu uma sombra parada na escuridão, o que a fez saltar de susto.A figura saiu das sombras, revelando-se sob a luz, era Rafael.Júli
Ao ouvir isso, o rosto de Rafael relaxou um pouco, mas em seguida, Júlia continuou dizendo:— Você também não tem nada a ver comigo. Já está tarde. Se você continuar agindo assim, vou ligar agora mesmo para o gerente e chamar a segurança.Rafael tentou insistir:— Jú…— Vou contar até três. Um, dois…Júlia pegou o celular e já estava com o número pronto para discar. Bastava apertar o botão e o gerente apareceria imediatamente.Rafael ficou inconformado, mas sem alternativas, resmungou:— Amanhã eu volto para te ver.E saiu apressado.Do terraço do restaurante, Viviane observava tudo em silêncio. No escuro, era impossível ver sua expressão ou olhar.No dia seguinte, ao amanhecer, Patrícia voltou.Júlia estava na cozinha, tomando um copo de leite e comendo um pedaço de pão. Ela mal tinha dado duas mordidas quando ouviu o som da fechadura eletrônica.Patrícia entrou usando um vestido novo e cantarolando uma música suave. Ao ver o sanduíche na mesa, pegou um pedaço e o colocou na boca. O p
Júlia inclinou a cabeça, tentando imaginar, mas sua mente não conseguia formar muitas imagens. No entanto, após ouvir as palavras de instrutor, ela realmente se sentia menos nervosa.À tarde, quando a temperatura subiu um pouco, seria o momento de finalmente entrar na água.Havia opções de roupas de mergulho de peça única e de duas peças, totalmente à escolha de cada um. Patrícia, foi claro, escolheu um conjunto sensual e estiloso de duas peças, enquanto Júlia optou por algo mais conservador.Mesmo assim, quando saíram do vestiário, muitos olhares surpresos e admiráveis se voltaram para elas. Algumas pessoas até assobiaram.Antes de entrar na água, o instrutor pediu para que elas se acostumassem com a temperatura:— Após entrar, não precisam ficar muito tensas. Eu vou levar vocês até a área de mergulho. Nosso salva-vidas estão por perto. Se qualquer emergência acontecer, basta fazer o sinal de socorro e eles virão imediatamente.— Certo. — Júlia olhou para frente, com uma expressão de
Pensando nisso, Júlia se virou e nadou com todas as suas forças para longe.Os peixes ao seu redor sentiram seu pânico e se dispersaram rapidamente. Ela mordeu os lábios, ao olhar para trás, viu que o tubarão estava se aproximando a uma velocidade alarmante.Ela olhou ao redor e viu que havia muitos corais próximos, mas não muito longe havia um buraco escuro onde poderia se esconder.Com determinação, ela mudou de direção e nadou diretamente à entrada da caverna.Durante o percurso, Júlia podia sentir a aproximação do tubarão, que parecia estar cada vez mais perto. Sem coragem para olhar para trás, ela se lançou para dentro do buraco na última hora.O corpo massivo do tubarão bateu com força, fazendo os corais ao redor tremerem.O impacto foi tão forte que o braço de Júlia foi torcido para trás, causando uma dor aguda.Ela tentou mover o braço, por sorte, ainda funcionou. Ela decidiu esperar que o tubarão se afastasse e depois, nadaria de volta.No entanto, após alguns minutos, ela com
O instrutor, que vinha sido ignorado até então, finalmente falou:— Ei, ela não está com uma cara boa, será que não é melhor levá-la para o hospital?Júlia só então percebeu que estava cercada por várias pessoas, todas aliviadas ao vê-la fora de perigo.Patrícia finalmente se deu conta da situação:— Eu já chamei o serviço de emergência mais cedo. Você ainda sente algum desconforto?— Meu braço… acho que está machucado.Júlia tentou mexê-lo. Antes, debaixo de água, ainda conseguia mexer, mas agora estava completamente imóvel.— O que aconteceu? Por que você começou a afundar de repente?Júlia ficou em silêncio por um momento e depois disse:— Acho que meu cilindro de oxigênio deu problema.Lembrando-se de algo, Patrícia, pegou rapidamente o cilindro jogado ao lado.Aparentemente, ele não tinha nenhum dano visível. Mas na parte de baixo…Um furo?!Embora fosse pequeno, como a ponta de uma agulha, estava lá!Os olhos de Patrícia imediatamente se voltaram para o instrutor de mergulho.O i
Júlia começou a sentir um arrepio pelo corpo quando o vento frio do mar a atingiu. E então espirrou.Patrícia não era boba e percebeu que estavam se esquivando da responsabilidade. Queria insistir, mas ao ouvir os espirros e a tosse de Júlia, desistiu da discussão e a levou direto para o helicóptero de resgate.No hospital, as enfermeiras notaram que Júlia estava completamente encharcada e logo trouxeram roupas secas para ela trocar.Preocupada com o estado da mão dela, Patrícia pediu aos médicos que fizessem uma avaliação completa.Felizmente, o resultado dos exames foi tranquilizador. Não havia fraturas, apenas uma torção leve que precisaria de alguns dias de repouso.Com um pouco de pomada anti-inflamatória nas mãos, elas voltaram para o hotel de helicóptero.Com raiva, Patrícia procurou o gerente do hotel que fornecia o serviço de mergulho. Embora o gerente fosse muito simpático, ele negou que a culpa fosse do hotel.No meio da discussão, Rafael estava voltando de um passeio, ouviu
Ela olhou ao redor da sala, não havia uma única luz na sala, que estava envolta em silêncio.Felizmente... foi só um sonho...Mesmo assim, não conseguia parar de respirar com dificuldade, como se tivesse acabado de ser puxada do mar, desesperada por ar fresco.O vento da noite passou pela janela, fazendo o sininho na entrada tilintar suavemente. Júlia deu uma olhada para fora, e o som das ondas quebrando na praia era bem claro no silêncio da noite.O pavor causado pelo pesadelo não desaparecia, e após tentar em vão voltar a dormir, ela decidiu pegar uma jaqueta e sair para uma caminhada.No meio da noite, a brisa suave do mar, embora fria, era um pouco reconfortante.Ela puxou o casaco para se proteger do frio, enquanto seus pés afundavam na areia fofa, caminhando devagar pela praia.Sem estrelas, a noite era escura, iluminada apenas por algumas lâmpadas dispersas ao longo da orla.Lembrando da cena perigosa que viveu mais cedo, algo a incomodava.Seus instintos diziam que havia detalh