Os pratos estavam prontos, e todos se acomodaram à mesa. Camila abriu a garrafa de vinho, permitindo que Júlia também provasse um pouco. No entanto, Júlia acabou bebendo duas taças inteiras!Gustavo estava entretido com a conversa, enquanto Camila saboreava os pratos, sem perceber nada. Mas havia alguém que notou...— Júlia, essa é a terceira taça. — Comentou José, com a voz calma.O movimento de Júlia ao pegar a garrafa congelou no ar. Só então Gustavo e Camila se deram conta de que ela havia bebido bem mais do que deveria.— Menina, que absurdo! Eu disse pra você beber só um pouquinho, não pra virar uma taça atrás da outra! — Camila quase riu de indignação. Camila também gostava de vinho, mas sempre soube quando parar. Já essa filha... Gustavo, embora igualmente desaprovador, se concentrou em outra coisa: — José, você realmente é um cientista atento! Não é à toa que, tão jovem, já tem uma carreira acadêmica tão brilhante... — Disse Gustavo.A verdade era que Gustavo, através de d
José ficou sem palavras.Gustavo perguntou:— Então, e aí, mano? O que achou do sabor?José respondeu:— Está… ótimo.Os olhos de Gustavo brilharam, como se tivesse encontrado alguém com o mesmo gosto, uma afinidade imediata:— Se gostou, coma à vontade! Tem também essa carne ao molho especial… combina bem com o tempero que preparei.José continuou a comer, comentando apenas:— Está bom… muito saboroso… o preparo é único… nunca provei algo assim…Então, Gustavo ficou ainda mais animado.Quando finalmente terminou de comer e se levantou para se despedir, José sentiu um enorme alívio.Mas, logo em seguida…Gustavo disse com um sorriso:— Jú, acompanhe o Sr. José até a saída.José sentiu-se realmente exausto.Júlia se levantou:— Ah, claro!Talvez fosse o efeito do vinho que começava a fazer efeito, ela sentiu a cabeça leve, e sua resposta parecia um pouco mais lenta.Mas seu rosto continuava calmo.E seu olhar estava focado.Ela acompanhou José até a porta. Assim que saíram, o vento fech
Júlia tinha esquecido completamente desse incidente.Ela só se lembrava de que Gustavo tinha pedido para ela acompanhar José até a porta, e ela foi…E depois?Nada mais. Quando ela acordou novamente, já era manhã do dia seguinte. Estava deitada confortavelmente na cama, espreguiçando-se sem sentir nada de errado.Camila abriu a porta e entrou, estendendo-lhe um copo d’água morna:— Acordou?Júlia levantou-se, pegou o copo e deu um gole. Logo ouviu Gustavo comentar:— Vamos ver se você ainda se atreve a beber tanto escondido! Quando você começa a ficar embriagada, não escuta ninguém e fica igual uma maluquinha.Embriagada? Maluquinha?O movimento de Júlia ao beber água parou bruscamente.Alguns fragmentos confusos passaram por sua mente, mas ela não conseguiu lembrar de nada específico.Ela engoliu a água com dificuldade, falando em tom cauteloso:— Papai, ontem… o que eu fiz?— O que você fez? Não se lembra?Júlia balançou a cabeça rapidamente. Ela realmente não lembrava de nada.Gus
Quanto mais pensava, mais ficava com raiva, e quanto mais ficava com raiva, mais queria sair!Fernanda chamou o motorista:— Jorge, Prepare-se, vou sair em vinte minutos.— Sim, senhora.Fernanda subiu para trocar de roupa e retocar a maquiagem. Quando desceu, o motorista já estava esperando. Ela entrou no carro e se acomodou.— Vamos lá.O carro mal saiu do portão, e logo eles avistaram Melissa e Vicente sentados perto do portão de ferro, como dois guardiões sombrios.O motorista perguntou:— Sra. Fernanda, esses dois estão aí faz dias… e se tentarem nos bloquear de novo?O motorista estava apreensivo porque, em uma ocasião anterior, os dois já tinham tentado barrar o carro quando ele saía para fazer manutenção. Eles só o deixaram passar quando viram que estava vazio.Fernanda soltou uma risada fria:— Não se preocupe. Dirija direto, não pare. Se algo acontecer, eu assumo a responsabilidade!Embora assustado, o motorista não ousou desobedecer.Ao ver o carro se aproximando, Melissa e
— Mãe, finalmente consegui descobrir a empresa daquele homem!Leandro era um conhecido de Vicente que sempre se metia em encrencas, não tinha emprego fixo, mas sabia como conseguir informações por vias obscuras.Vicente havia pedido ajuda a ele sem muitas esperanças, e para sua surpresa, Leandro descobriu o que precisava.Melissa exclamou com animada:— Maravilha! Estava mesmo pensando em como íamos encontrá-lo! Vamos, filho, vamos logo atrás deleEsses dias, eles só estavam na porta da casa de Fernanda, perturbando a vida dela. Mas agora tinham a chance de ir direto à fonte.Meia hora depois…Vicente olhou para o topo do edifício com espanto, seus olhos brilhando de cobiça:— Então, essa é a empresa do tal Rafael? Que prédio imponente! Esse cara deve ser realmente rico!Melissa acenou a cabeça com impressionada:— Sua irmã realmente fisgou um peixe grande dessa vez! Dá para ver que o cara é poderoso!Se conseguissem ganhar um bom dinheiro com isso, os dois não precisariam se preocupa
Vicente viu aquilo e imediatamente ganhou coragem:— Você, só um funcionário, quer mandar tanto assim? Chama logo o Rafael, temos algo a resolver com ele!O assistente viu que os dois estavam ficando insolentes e franziu ainda mais as sobrancelhas, já se preparando para chamar a segurança. Nesse momento, Rafael saiu da sala de reuniões.O assistente soltou um suspiro de alívio, como se tivesse encontrado o ponto de apoio:— Sr. Rafael...Rafael tinha acabado de encerrar uma negociação de negócios e, de longe, viu dois supostos funcionários de limpeza e seu assistente bloqueando a entrada do escritório.Ao ouvir o que os dois estavam dizendo, e lembrando-se do que Fernanda mencionara dias atrás, ele logo deduziu a identidade deles.Ele disse ao assistente com um leve aceno:— Pode voltar ao trabalho.Em seguida, Rafael abriu a porta do escritório.Sem dizer nada, Melissa e Vicente entraram como se fossem donos do lugar.Então, Rafael observou os dois com mais atenção.A mulher tinha a p
Embora Rafael tivesse nascido em uma família abastada, chegou onde estava hoje através de muito esforço e trabalho árduo.Pessoas como Melissa e Vicente ele já tinha encontrado muitas vezes.Elas sempre falavam com um grande senso de moralidade, mas, na verdade, tudo o que queriam era aumentar o valor na hora de negociar.E, como esperado…Melissa virou os olhos:— Já que você está sendo tão direto, então eu também não vou enrolar. O que você fez à minha filha já causou danos, e a compensação e reparação são necessárias. O que estamos pedindo não é muito, esse valor…Ela estendeu a mão.Rafael ergueu uma sobrancelha.Melissa falou:— Cinquenta milhões, e não aceito nem um centavo a menos!Agora Rafael realmente sorriu.Não era raiva nem indignação, mas ele realmente achou tudo muito engraçado.Vicente também ficou surpreso com a atitude da mãe, de exigir tanto.Antes, não tinham dito que precisavam de apenas quinhentos mil?Como foi que subiram dois zeros?!Melissa continuou:— Você es
Melissa bufou impaciente: — Você não entende nada! Hoje em dia, quinhentos mil reais não compram nem um carro de luxo. E você se contenta com tão pouco?— Mas… se pedirmos um valor muito alto, talvez eles nem aceitem e não ganhamos nada! Pelo menos com quinhentos mil a gente resolve logo isso.Ela soltou um riso sarcástico:— Seu cabeça de vento, pensa pequeno demais! Olha só esse prédio, o casarão onde a Fernanda mora, e não é só isso, aquele relógio no pulso do Rafael já deve valer mais de quinhentos mil! Por que a gente não pode pedir um pouco mais? Mesmo que não consigamos cinquenta milhões, dá para tirar pelo menos uns cinco milhões.Vicente hesitou, mas a quantia era tentadora. Quinhentos mil era bem diferente de cinquenta milhões.Vicente murmurou, já desanimado:— Mas eles nem dão bola para gente, nem cinco reais conseguimos, quem dirá cinquenta milhões…Porém, Melissa tinha algo em mente:— Sabe o que as pessoas ricas mais prezam?— O quê?— A imagem! Quanto mais dinheiro, ma