Depois de combinar com Gael de encontrarem Ayala no próximo dia, ainda impactada pelo que ouviu dos soldados e sua decisão para reverter a iminente separação, Selene seguiu para ala com as acomodações reais. Entrou no quarto, que dividia com Cedric, e caiu no leito com lágrimas turvando sua visão. Um grasno a fez ver Aodh pousado ao seu lado. Logo a ave esfregou a cabeça nela com carinho, como se a consola-la. — Amorzinho, Aodh amorzinho! — Sim, você é o meu amorzinho — concordou com a voz embargada, acariciando suas penas e aos poucos esquecendo sua dor. Ali, pensando em tudo que viveu com o Cedric, do cuidado, das palavras carinhosas e do tanto que ele fez por ela, começou a ficar ansiosa. Se ele a amava jamais aceitaria casar com outra mulher. Batidas fizeram com que sentasse na cama e secasse o rosto rapidamente antes de dar autorização para que entrassem. Deu um trêmulo sorriso ao ver que quem estava ali não era sua empregada particular, a jovem Patry, mas sim Cedric. Após
Tendo se desfeito das peças que impediam suas peles de se tocarem livremente, Cedric acariciou o corpo de Selene com o olhar. A luz suave das esferas de fogo acima da cama destacava sua beleza delicada. Deslizou os dedos pela cintura destacada, ouvindo satisfeito um leve gemido de antecipação. Amava cada som que saia dos lábios polpudos. Amava ainda mais prova-los, concluiu se deliciando ao tomá-los com os seus.Selene lançou os braços em torno do pescoço do marido, atraindo-o para si, deleitando-se com a carícia da língua dele contra a sua, a suavidade tentadora consumindo-a, espalhando-se como chamas por seu ventre, deslizando entre suas pernas.Cedric escorregou os beijos pelo pescoço e colo dela, descendo pouco a pouco em direção aos seios eriçados clamando por sua boca. Não havia nada mais perfeito que o roçar dos mamilos na palma de sua mão, da maciez do bico rosado em sua língua, lamber e sugar cada um, refestelando-se com os gemidos dela.Deslizou as mãos pela curva acentuada
Logo pela manhã, como combinado com Gael, aproveitando que Cedric foi cuidar dos assuntos da guerra, Selene seguiu para o lugar combinado no dia anterior, ao encontro de Ayala para reiniciar as aulas de magia.Para despistar curiosos, contou a Patry, sua dama de companhia, o que faria para ajudar o reino, de forma a ter a companhia e o apoio da jovem. Também pediu que evitasse falar sobre o assunto perto de Aodh, evitando que a conexão da ave com Cedric entregasse seus planos cedo demais.Entraram na biblioteca real, repletas de corredores com estantes altas nos dois pisos do cômodo enorme. Fecharam a porta para isolar o local do olhar dos guardas no corredor, e seguiram até as estantes do fundo, atravessando um portal que as levou para as acomodações da feiticeira Dourada.Selene ficou impressionada com o local, maior que a sala de aula em que sempre encontrava a feiticeira Dourada. As paredes e janelas eram revestidas por seda dourada, dançando suavemente ao sopro do vento e reluzin
Admitindo a falta de conhecimento para lidar com a magia de Selene, a feiticeira Dourada já havia conversado com Grend, líder do clã de elfos da Montanha do Corvo, logo após a jovem curar as feridas de Cedric, causadas por um drider. A comunicação não prosseguiu pela resistência de Selene em voltar ao treinamento, agora superada.Atendendo as súplicas da jovem rainha, e indo contra a ordem do rei, Ayala começou a conjurar as águas dentro de longos pontes nos quatro cantos do cômodo, murmurando palavras ancestrais e movendo as mãos com graça e precisão até se formar a tela de comunicação.Enquanto as águas se moviam contorciam, Selene sentiu um arrepio percorrer sua espinha, ansiosa e tensa em conhecer o elfo que causava a expressão aborrecida de Gael. Patry observava com olhos curiosos. A feiticeira continuou seu ritual, canalizando sua energia e concentração na tarefa de estabelecer a conexão com Grend.Finalmente, as águas se aquietaram e revelaram a figura imponente do elfo da Mont
Selene sentiu uma onda de calor envolvendo-a quando Grend, líder dos elfos da Montanha do Corvo, concluiu o feitiço de teletransporte. Aconchegada em um ambiente mágico, ela encontrou-se no meio de uma floresta fechada, onde a luz do sol se filtrava através das folhas das enormes árvores. Ficou maravilhada com a beleza natural do local, mas também sentiu um leve medo diante da imponência e do olhar carrancudo de Grend.Grend, com sua imponente presença e semblante sério, permaneceu sentado em seu trono frondoso, o olhar penetrante analisando-a de cima a baixo.— Selene, bem vinda a Montanha do Corvo! Aviso que a submeterei a três testes antes de dar minha resposta ao seu pedido — declarou Grend, erguendo um dedo de cada vez ao citar quais seriam: — Do sangue, da mente e o do coração. — A fitou com intensidade ao comentar para surpresa da jovem: — Passou em um teste ao chegar aqui sem dificuldade.Selene abriu a boca, interessada em saber em qual conseguiu a aprovação do elfo, mas ele
O jardim de Magdala, outrora cheio de vida e esplendor, agora refletia o declínio do reino. As flores murchas e a grama ressequida testemunhavam a decadência que se instalara sob a influência de Mamba. Em meio a esse cenário sombrio, Mamba se reunia com Eriz, em sua forma humana.— Mestre, Grend da Montanha do Corvo aceitou ajudar Selene a controlar a magia lunar. — A expressão de Eriz mantinha-se impassível, mas mantinha-se alguns passos de distância. — De alguma forma ela o convenceu a permitir a passagem dela na montanha.Mamba cerrou os punhos, uma onda de fúria contorcendo seus traços.— Aquela mestiça não vai atrapalhar meus planos — urrou sua ira ecoando pelos corredores de ramos secos. Seus olhos alaranjados brilharam com intensidade diante de uma resolução. — Precisamos acelerar os planos, antes que Selene adquira conhecimento demais sobre o poder. Prepare os nossos comparsas, Eriz.Eriz assentiu com um aceno sutil, transformando-se de imediato em um falcão e voando em direçã
Chegando a Montanha do Corvo, depois de uma hora sentada e de olhos fechados, em um círculo formado pelos elfos da montanha, para captar a magia lunar em seu centro elemental, Selene foi levada por Grend e uma elfa de nome Genry até uma clareira.— Agora que você aprendeu a buscar o poder de seu centro elemental, é hora de avançar para uma forma mais prática de controle da magia — disse Grend, montado no cervo que sempre ficava ao lado dele, fitando-a jovem rainha com intensidade. — Hoje aprenderá como canalizar a magia, que circula ao seu redor, e lançá-la através das mãos e outras ferramentas.Selene assentiu em concordância.Em sete dias de ensinamentos já conseguia enxergar uma névoa azulada movendo-se por seu corpo, a magia lunar que Grend e os demais elfos garantiam que estava em volta dela o tempo todo. Embora ainda não irradiasse magia voluntariamente, a conexão com o poder lunar aumentava com as indicações e o aprendizado evoluía assim como a exaustão se fazia presente na mes
Selene acordou lentamente, sentindo o calor do sol filtrado pelas cortinas do quarto real. Se espreguiçou e olhou ao redor, ainda um pouco sonolenta e confusa. Cedric estava ao seu lado, observando-a com um sorriso gentil no rosto.— Bom dia, minha rainha. Dormiu bem? — ele perguntou, acariciando o rosto dela suavemente.— Sim, tirei um cochilo antes do almoço. — respondeu Selene, esfregando os olhos. — Vou jogar uma água no rosto, trocar de roupa e te acompanho na refeição — prometeu se sentando, as mãos tentam em vão alinhar o tecido da túnica branca com detalhes em dourado.Cedric soltou um breve riso, se levantou e estendeu a mão para ajudá-la a fazer o mesmo.— Tirou mais que um cochilo. Está dormindo desde ontem à tarde. Não te acordei por perceber o quanto está cansada nos últimos dias — explicou trazendo-a para junto de si em um abraço. — Falei para esquecer o estudo dos livros de contas das rainhas anteriores e deixar as tensões do palácio nas mãos do Benji — aconselhou ajeit