Já tinha guardado a foto do ultrassom na carteira quando Sean voltou algumas horas depois, ele parecia mais calmo e eu agradeci por não dizer mais nada, eu ainda estava processando as palavras dele, a ideia de que eu pudesse ter uma segunda chance na vida era bonita, mas muito irreal, uma pessoa como eu não merecia isso. Peguei no sono pensando em Alicia, no beijo que trocamos e se ela estaria bem sozinha em casa, com aquela tempestade. Ao menos os remédios para dor me fizeram cair rápido em um sono profundo. — Acoda papai, acoda! — A mamãe tá chamando! Vozes infantis invadiram meu sono e eu me remexi na cama, sentindo mãos pequenas sacudindo meu corpo. Abri os olhos a tempo de ver duas cabeleiras castanhas correndo para fora do quarto. Os passinhos pezinho correndo no chão de madeira ecoaram no corredor e eu me ergui da cama, ainda um pouco tonto de sono. — Eu vou pegar vocês! — gritei apanhando uma blusa qualquer, vestindo já enquanto corria para fora de lá. — É bom vocês se e
Eu tinha entrado em pânico quando vi todas as fotos naquela caixa, Jack e a esposa rodeados por uma grande família, era uma vida totalmente diferente, algo que não víamos no Jack, nem mesmo aquele sorriso largo e os olhos brilhando de felicidade. Por isso eu não consegui ir até o hospital naquele dia, não tinha a menor condição de encará-lo de frente e fingir que não sabia de nada, agir como se nada realmente tivesse acontecido não era algo que eu conseguiria fazer. Passei o dia com Julia, tentando esquecer que sabia da história de Jack, mas até ela não conseguia deixar pra lá, falando o quanto não sabia de nada da vida dele, mesmo que fosse vizinhos há tanto tempo. Eu não podia dizer que estava surpresa de não saber absolutamente nada dele, sempre que estávamos juntos Jack fazia todo o assunto ser sobre mim e a minha vida, nunca falava sobre si mesmo. Acho que estava na hora de mudar isso. Foi com esse pensamento em mente que eu fui no dia seguinte até o hospital, eu já tinha uma
Eu sentia o calor de sua intimidade contra a palma da minha mãe e ansiava por sentir a macies dela, não deveríamos estar fazendo isso, mas com ela ali tão perto de mim eu não queria perder nenhum segundo, desejava fazê-la gozar há tantos dias que simplesmente não podia esperar mais. A respiração descompassada e audível de Alicia batia contra meu rosto, me deixando ainda mais duro. Porra, eu queria vê-la nua para mim, completamente nua, e saber que hoje não seria o dia me frustrava. Puxei o elástico da calcinha que ela usava, afastando o tecido para o lado e finalmente sentindo a macies de sua pele, os lábios da sua boceta estavam molhados e eu não consegui segurar o rosnado ao abri-los, explorando cada pedacinho de sua extensão, até finalmente estar contra sua entrada. Minha ereção estava quase dolorida de tão dura, querendo um pouco de alivio, meu braço engessado estava contra o colchão e aquilo provavelmente me daria uma dor imensa, mas eu estava focado apenas na boceta quente co
Sean dirigia ao meu lado e Jack estava no banco de trás, deitado com os pés sobre o banco, me olhando pelo retrovisor vez ou outra enquanto eu tentava esconder o que tínhamos feito. Eu ainda não conseguia acreditar no que aconteceu no quarto dele, ainda nem transamos de verdade e eu o coloquei dentro de mim e deixei que ele gozasse em mim. Eu não sabia o que acontecia comigo quando Jack estava por perto. Tinha escutado todas as instruções do médico com a maior atenção, mas eu parecia ser a única preocupada com sua saúde, já que ele ficou ali o tempo todo tocando minha mão tentando me distrair. — Jura que vai poder ficar com ele? Posso vir de noite se precisar. — Sean qual a parte do “eu não quero você aqui” que você não entendeu? Eu ria dos dois idiotas que agiam como bebês, mas estava decidida a cuidar de Jack, era a forma mais fácil de me aproximar dele e quebrar as barreiras que ergueu tentando me afastar. — Posso sim Sean, pode ficar tranquilo tenho tempo de sobra pra vigia
Isabella, era o nome que estava rodeando minha cabeça naquele momento. Ter Alicia cuidando de mim me enchia de uma sensação que gritava: você não merece isso! E eu não merecia mesmo, mas ainda sim ali estava ela, me dando banho depois de ter prometido cuidar da minha recuperação. Concordar com isso foi errado, mas minha cabeça estava em outro lugar quando aceitei, agora era diferente. Ter ela ali na casa que comprei com Isabella, no banheiro que ela escolheu até o último azulejo, cuidando de mim naquela situação, lavando meus cabelos e meu corpo de forma amável e carinhosa, era de mais para minha sanidade. — Amigos não dão banhos um no outro. — Acho que se você chamar Sean ele pode discordar disso. — eu via ela fazendo gracinhas apenas para acabar com aquela situação. — Deixa disso, prometo que quando estiver bom vou cobrar um banho assim também. Um sorriso pequeno se abriu em meus lábios, eu adoraria aquilo, especialmente fazer isso agora, ao menos quando me concentrava no lado
Eu estava com as mãos apoiadas no fundo da banheira, meus joelhos enfiados entre as pernas de Jack e me aproximava dele bem devagar. Sabia que devia esperar ele se recuperar, esperar ganhar sua confiança até que ele se abrisse falando de sua ex mulher, mas o tesão que ele me fazia sentir era de mais para me segurar, nem mesmo doente o homem parava. Mas o toque da campainha soou alto me parando, Jack abriu a porta enquanto eu ria da ironia, porem o som voltou a tocar ecoando na casa dessa vez acompanhada de batidas fortes. Quem quer que fosse tinha pressa e não parecia disposto a desistir. — Jack! Abra a porta eu sei que você está ai! — a voz masculina fez o corpo de Jack congelar a minha frente. — Vou abrir atender e já voltou para tirar você da água. — falei já saindo da banheira. O olhar dele se perdia, como se estivesse voltando no passado e depois de saber que ele escondia seu passado, eu não duvidava que aquele homem lá em baixo tinha participação com seu passado. Me enrolei
Deixei que a emoção e saudade levassem a melhor sobre meu autocontrole e explodi em lágrimas junto com meu sogro. Nós dois compartilhávamos a mesma dor, assim como eu Hugo era viúvo e perder a filha e o neto tinham sido um baque e tanto para ele, mas diferente de mim ele não se fechava para todos. Seu braço me apertou contra ele e a dor nem me importei com a dor no corpo, estra com ele era como estar nos braços de um pai. Na verdade ele era a única figura paterna que eu conhecia. Mas estar com ele significava reviver as lembranças com Isabella e isso era doloroso de mais, eu entendia que eles me quisessem fazendo parte da família como era antes, mas sem ela nada poderia ser como antes. Nem mesmo eu era como antes, tinha me tornado um poço de tristeza e remorso. — Você perdeu o aniversário do seu sobrinho. — Hugo falou se afastando e eu engoli em seco. — Você prometeu, John sente sua falta. Sim eu sabia que ele sentia minha falta, assim como eu sentia dele, mas eu não conseguia en
Eu poderia ter dormido sem aquela? Com toda a certeza do mundo, mas minha curiosidade tinha levado a melhor sobre mim. “Somos apenas conhecidos” resumia bem o que éramos, eu não conhecia Jack, não sabia nada sobre ele, e não sabia mais se gostava das versões que ele estava me mostrando. Comigo ele era uma coisa, com Sean outra e agora, com o sogro uma pessoa totalmente diferente, a versão dele que eu mais detestava. Eu estava tentando fazer o almoço, mas as palavras dele não paravam de se repetir em minha cabeça, “Alguém que não significa nada pra mim é bem mais fácil de deixar perto”. Eu tentava dizer a mim mesma que ele tinha dito aquilo apenas para afastar o interesse do ex sogro, mas não conseguia evitar de pensar que ele poderia estar dizendo a verdade, ficava inegável a forma que ele confiava em Hugo, os dois compartilhavam de uma intimidade que eu não tinha visto ele compartilhar com ninguém. Hugo antes de sair fez questão de me pedir que cuidasse dele, assim como Sean havi