Por incrível que pareça eu não tinha surtado após a ida da minha mãe, tinha se passado uma semana e sim eu fiquei triste e chorei, pois sabia que ela nunca tinha me amado e a única pessoa responsável por isso era ela mesma. Ela havia escolhido me detestar desde o dia em que descobriu que estava grávida e nada a fez mudar isso.Mas eu não vou negar que ainda tinha esperança de que um dia ela olhasse para trás e visse tudo com outros olhos.Júlia me explicou porque ela ficou gritando aquelas loucuras sobre Levi, ela tinha entrado na casa sem avisar, usando a chave que minha amiga insistia em deixar de baixo do tapete, e viu Levi sem camisa, mostrando todas as suas cicatrizes e foi por isso que minha amiga veio atrás dela.Eu não a culpo por vir tirar satisfação ou por bater na minha mãe, Deus sabe que se ela fosse qualquer outra pessoa por quem eu não nutrisse nenhum sentimento, já teria dito poucas e boas. Júlia sempre foi estourada, nunca teve papas nas línguas e o pavio dela é mais
Acordei sentindo como se meu corpo pesasse uma tonelada, meus olhos estavam pesados, as pálpebras pareciam grudadas. Era por isso que eu odiava tomar aquela droga de remédio, me sentia destruído no dia seguinte.Porra! As lembranças do dia anterior enchem minha mente naquele instante e eu me arrependi de estar ali. Deveria ter ido embora, fugido para qualquer lugar, quando Sean conseguiu com que Alicia saísse daqui.Precisei fazer um esforço descomunal para me sentar na cama, mas agora todo meu corpo pesado, provavelmente por ter dormido de mais, nem era minha maior preocupação e sim as perguntas que eu teria de responder.Estava remoendo como faria para continuar mantendo Isabella em segredo, quando o som de risadas me alcançou. Não era algo longe, na rua ou em outra casa por perto, vinha do andar de baixo.Me levantei curioso com a euforia das gargalhadas, não esperei por mais e sai para o corredor.Eu conhecia aquele som, era Alicia rindo em completa felicidade e tranquilidade. Mas
Eu estava sedenta para entrar no quarto, pegar aqueles papéis e ler até descobrir o que tinha acontecido com Isabella, pois eu tinha certeza que encontraria as respostas para a reação de Jack. Sean tinha me impedido de fazer isso no dia anterior, ele insistiu que eu deveria esperar ele acordar e conversarmos. E esse foi o único motivo para eu n fazer isso antes. Mas assim que os dois saíram eu vi a oportunidade perfeita. Estava na cara que Jack não ia falar nada, ele estava fugindo do assunto novamente então nada mais justo! Entrei no quarto intocado e comecei a vasculhar. Queria muito que Júlia estivesse aqui para fazermos essa loucura juntas outra vez. Mas ela não estava aqui e eu precisava fazer isso agora, descobrir o que tinha por trás de tudo. Fui direto na caixa procurando por um atestado de óbito, ou qualquer coisa que me dissesse o que poderia ter acontecido a ela. Até que me deparei com um bolo de papel grampeado, e que fora amassado e rasgado em várias partes. Pra Jac
Alicia tinha entrado na casa ao lado e trancado a porta, eu fiquei ali tentando assimilar como chegamos aquilo, como chegamos aquele fim.Não foi o que eu imaginei para nós, meu sonho com ela e os bebês ainda estava vivo, marcado em mim como um lembrete do que eu queria. Mas eu não consegui impedir que ela fosse embora, não consegui impedir que ela me deixasse.— Então é isso? Acabou? Você não vai atrás dela? Não vai lutar por ela?— Sean perguntou quebrando aquele silêncio incomodo. — Jack, responde porra!— Agora não, Sean. — minha voz soou fraca e derrotada, era exatamente assim que eu me sentia.— Agora não? E quando vai ser a hora? Você deixou ela ir, Alicia está com raiva e magoada, mas ela te ama. Jack, você só tem que concertar as coisas.Me afastei dele e deixei que meu corpo caísse no sofá, porque sabia que era verdade, eu só precisava concertar as merdas que deixei que nós afastassem, eu tinha que limpar a bagunça.Seria hipócrita da minha parte dizer que Alicia era culpada
Eu chorei por um longo tempo sozinha dentro daquela casa, queria que ele fosse até lá, que lutasse por nós, mesmo depois de tudo o que falei eu queria que ele viesse atrás de mim.E por mais ridículo que possa parecer eu corri desesperada para a porta quando bateram. Meu coração batia desparado no peito, na esperança de que fosse ele, mas ao invés disso me deparei com Sean.— Ele não vem, não é? — minha voz soou tão triste, até mesmo para os meus ouvidos.— Por hora não, gata. — eu murchei assim que as palavras me atingiram. — Mas ele me mandou entregar isso.Ele me estendeu um envelope amarelo e eu encarei o papel confusa.Jack não iria escrever uma carta, aquilo não fazia sentido quando estávamos apenas há alguns metros um do outro.— Nem vem Sean, você não pode escrever cartas e fingir ser outra pessoa só porque está querendo nos ver juntos.— Por mais que eu adore ver vocês dois juntos e ache que são almas gêmeas, eu não escreveria uma carta nem em um bilhão de anos. — semicerrei
Eu fiz uma mochila pequena, sabendo que tinha uma viagem para fazer, eu precisava me despedir de Isabella da forma correta, queria voltar até o bar onde nós conhecemos.Devil's Head havia sido meu lar por muitos anos, eu e Sean crescemos em volta daquilo, sonhando em um dia sermos soldados do clube como nossos pais, dispostos a dar nosso sangue e vidas. Mas quando eu ainda era um prospecto Isabella entrou no bar e mudou minha vida totalmente.Eu saí do clube sabendo que aquela vida ilegal que vivíamos ali não era coisa para ela, e eu queria dar tudo o que ela merecia. Foi assim que acabei em uma casinha naquela cidade pequena.Sean me seguiu pouco tempo depois, ele não queria me deixar já que eramos como irmãos.Foi assim que ele começou a trabalhar "dando prazer as mulheres" como ele fala. As mulheres da cidadezinha começaram a crescer os olhos em cima de dois garotões com pinta de badboys, a fama que Isa e as amigas fizeram correr também ajudou ele a começar a ter mulheres ricas ofe
Eu usei todo meu para me concentrar em trabalhar, precisava do dinheiro assim como necessitava me distrair para não pensar em Jack.Graças aos céus eu tinha trabalho suficiente para me manter ocupada. Depois que Sean foi embora eu e Júlia conversamos, mesmo que Jack tenha prometido voltar eu não podia ficar parada esperando por ele, tinha dois filhos a caminho que dependiam inteiramente de mim.Estava fotografando uma lingerie e aproveitei para mostrar o conjunto de renda, com bojo e de tamanho grande em meus stories, comprovando as minhas seguidoras que a marca realmente cumpria tudo o que prometia, conforto, sensualidade e tamanhos para todos os corpos, quando a campainha tocou.— Merda! — praguejei me perguntando quem poderia ser.Todos que conheciam Júlia sabiam que ela estava no trabalho a essa hora e eu não estava esperando ninguém oh nenhuma encomenda.Mas coloquei o camisetão por cima e desci as escadas, com pressa, mas me mantendo focada em não correr.Foi só eu abrir a porta
Estava na estrada há algumas horas, era bom novamente sentir novamente o vento forte rasgando, batendo no rosto de forma gelada. Eu sempre adorei pegar a estrada assim, passar dias viajando costumava ser minha coisa favorita, mas agora tudo o que eu queria era terminar logo essa viagem agora ter Alicia em meus braços novamente.Parei em um posto para abastecer, falta apenas uma cidade para chegar a Santa Maria, amanhã no começo da tarde eu queria estar me declarando a Alicia.Meu celular tocou e enquanto enchiam o tanque me afastei e atendi, sem nem mesmo olhar quem era.— Alô?— Alô menino, você não está em casa, mas sua amiga está com problemas. — afastei o celular da orelha só para ver se não era um trote e no visor estava escrito Dona Clarice, era minha vizinha da frente. — Tem duas viaturas agorinha lá na frente da casa dela, a médica dos bichinhos não me atendeu não, por isso te liguei, a coitadinha tá sozinha.Desliguei sem nem mesmo agradecer, procurei pelo nome certo e aperte