35. Murilo

Gabrielle

Quando a porta se abriu, fui tomada pelo cheiro doce do seu corpo, que cheirava a sabonete de sândalo. Seu cabelo ainda estava úmido, com os fios colados na testa. Usava apenas um moletom cinza, que eu já estava acostumada a ver, sem camisa e descalço. Era aquela figura que eu gostava de ver, exatamente dessa forma, simples e limpo. Ver seu corpo tão quente e evidente me fez pensar, por um momento, em como seria se eu simplesmente me rendesse ao desejo ardente que crescia cada vez que o via, principalmente naquele estado, tão despido e indefeso. Se ele fosse capaz de ler meus pensamentos sujos, jamais conseguiria se controlar, como era evidente que fazia.

Murilo era meu refúgio daquele lugar sombrio que chamo de casa. Com ele, havia uma sensação de tranquilidade que eu não encontrava em lugar algum, uma pausa bem-vinda das tempestades internas que me assombravam.

Talvez eu não devesse me infiltrar em sua cobertura em pleno domingo, mas já fazia tantos dias que
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