Ellen O segurança apenas acenou um sim e se afastou da entrada, arrastando o bandido desnorteado para longe de nós. Do lado de fora ele fez um gesto para alguém e logo mais dois homens surgiram arrastando o estranho para dentro de um carro. E quando a calmaria finalmente chegou, senti-me relaxar. Contudo, observo o meu cunhado ainda de costas para mim. Ele está extremamente ofegante e nitidamente irritado também. No entanto, ele se vira para me olhar nos olhos. — Você está bem, Ellen? — Sua pergunta soa um tanto baixa, porém, áspera. No entanto, ainda estou bem assustada e notoriamente surpresa com tudo o que aconteceu aqui. Então, apenas meneio a cabeça fazendo um sim para ele. — Você não está machucada, está? — Ele insiste. — E-eu acho que… não — gaguejo uma resposta e só então percebo que estou praticamente colada na parede. Cuidadosamente Collin se aproxima da cama e me estende a sua mão. Confesso que hesito um pouco em segurá-la, mas me forço a fazer e logo estou perto dele out
Ellen — Ellen? — Escuto a voz animada de Daniel atrás de mim e procuro secar as minhas lágrimas rapidamente. Puxo a respiração assim que o vejo correr na minha direção e forço um sorriso para ele, levantando-me da cadeira no mesmo instante. — Por Deus, eu estava morto de preocupação por você! — Ele fala me abraçando e eu sinto o quanto está preocupado comigo. E Deus, como é bom estar nos seus braços e poder sentir o seu calor, e o seu cheiro outra vez! É angustiante pensar que o amo com todas as minhas forças e que por trás o estou traindo da forma mais sórdida possível. Pensar assim me faz querer chorar outra vez, porém, engulo essa vontade e aproveito para me aconchegar nos seus braços. Esse gesto me acalma, aplaca toda a agitação dos últimos acontecimentos. Então me lembro dos tiros e do alvoroço, no fato de que quase morri afogada e no resgate de Collin também. Penso nos seus cuidados sem pretensão alguma e por fim, no ataque deliberado de Ruby contra mim. — Ei, não chore, meu
EllenAlgumas horas depois...O barulho de água caindo em algum lugar me faz abrir uma brecha de olhos sonolentos e percebo o seu termo está descansando no encosto da pequena poltrona. Com uma respiração profunda me espreguiço em cima do colchão e o meu olhar cai em cima do relógio digital em cima do criado mudo.Uma da madruga.Solto um resmungo preguiçoso e me sento no colchão, encontrando os seus sapatos lustrosos largados em um canto de uma parede.Ele chegou. Penso me despertando do meu estado de sonolência.Ele chegou! Repito mentalmente e desperto de uma vez, saltando para fora da cama e sentindo o meu pobre coração se agitar dentro do meu peito.... É bem simples, engravide, tenha o meu bebê e suma da minha frente!A voz enraivecida de Ruby me faz respirar fundo e hesitante me aproximo da porta do banheiro, proteland
EllenO que eu posso dizer? Droga, como eu pude ser tão burra e me esquecer desse corte no meu ombro?— Ruby? — Collin volta a cobrar uma resposta, dessa vez ele segura firme nas laterais dos meus braços, encostando o meu corpo contra o seu e no ato, ele fita o meu rosto.Me pergunto como a Ruby reagiria a esse seu questionamento. Portanto, permito-me relaxar no seu tronco e sedutoramente levo uma mão para a sua nuca o atraindo para mais perto da minha boca, o beijando calidamente a princípio e quando penso em aprofundar o nosso beija, ele simplesmente para e olha dentro dos meus olhos.Não, não há como fugir disso. Penso e decido agir naturalmente,— Que pergunta é essa, querido? — Um som doce sai da minha boca, que não para de dar-lhe minúsculos beijos na lateral do seu pescoço.— Acontece que esse ferimento
Ruby— Não vai sair essa noite, filha? — Mamãe pergunta assim que ponho os meus pés na ampla sala de estar. Ela está sentada em um dos sofás retrátil lendo uma revista de moda e o papai está em um canto mais afastado falando ao telefone.— Não. Depois do que aconteceu essa noite é melhor ficar em casa e a Ellen, onde ela está? — pergunto.— Ela saiu já tem um tempo.Bufo audível.— Ótimo, espero que ela consiga fazer logo o que precisa! — ralho me afastando.— Para onde você vai, querida? — Ela questiona, porém, não lhe dou atenção e saio de casa logo em seguida.O ar frio da noite me abraça assim que ponho os meus pés do lado de fora e olho para a extensão do jardim agora completamente silencioso, enquanto desço os poucos degraus
RubySuas mãos ávidas envolvem a minha cintura e me puxam para mais d=perto de si. — Tudo parece tão frio quando você não está lá, Ruby. — O seu nariz rala na lateral do meu pescoço e no ato ele aspira profundamente o meu cheiro.— Fala logo, Julian. Foi você ou não foi? — insisto o empurrando outra vez. Em resposta, ele fechar as mãos em punho.— Que droga, Bonitinha, eu aqui cheio de saudades e você aí fazendo doce pra mim?! — resmunga irritadiço e logo estou nos seus braços outra vez. — Você é tão cheirosa, Ruby e eu não aguento saber que está perto daquele homem!— Acontece que aquele homem é o meu marido, Julian, mas que droga!— Você sabe que eu posso resolver isso rapidinho, não é? Hum? — Ele segura em cada lado do meu ros
EllenDias depois... — Vermelho ou preto? — indago, colocando a roupa na frente do meu corpo, enquanto pondero a minha escolha para um jantar completamente especial para mim e de onde veio isso? Posso afirmar que a minha vida ultimamente tem se tornado um grande furacão em atividade e que tudo parece devastado dentro de mim agora, mas pelo menos algo de bom aconteceu para mim e eu estou me agarrando a esse fio de esperança como se ele fosse o meu porto seguro.... Alô?Sorrio amplamente ao me lembrar do som de uma voz grossa e firme do outro lado da linha telefônica.— Azul. — Decido e largo as peças de todo jeito em cima da minha cama para ir me arrumar.... Ellen Axel, o meu nome é Santiago e eu represento a Editora, e livraria Reading Book Hill S/A aqui no Brasil.Juro que essas poucas palavras fizeram as minhas pernas bombearem e imediatame
Collin— Boa noite, Camargo, a minha cliente já chegou? — pergunto para o maitre assim que ponho os meus pés dentro do hall do restaurante. Prontamente um dos funcionários se aproxima para me ajudar a me livrar do meu casaco e logo ele se afasta.— Ainda não, Senhor Hill, mas a sala vip já está preparada para a sua reunião.— Ótimo, assim terei tempo de rever o arquivo!— Claro, Senhor!Imediatamente me dirijo para um dos elevadores apertando o botão do segundo andar, onde costumo fazer as reuniões que julgo serem de extrema importância para a minha empresa. Assim que as portas se abrem olho para o relógio no meu pulso e percebo que cheguei pelo menos meia hora adiantado. Satisfeito, adentro a sala ampla com suas paredes de vidros transparentes, oferecendo-me a linda e bem iluminada imagem do Corcovado. No entanto, antes que eu