Ellen
O que eu posso dizer?
Droga, como eu pude ser tão burra e me esquecer desse corte no meu ombro?
— Ruby? — Collin volta a cobrar uma resposta, dessa vez ele segura firme nas laterais dos meus braços, encostando o meu corpo contra o seu e no ato, ele fita o meu rosto.
Me pergunto como a Ruby reagiria a esse seu questionamento. Portanto, permito-me relaxar no seu tronco e sedutoramente levo uma mão para a sua nuca o atraindo para mais perto da minha boca, o beijando calidamente a princípio e quando penso em aprofundar o nosso beija, ele simplesmente para e olha dentro dos meus olhos.
Não, não há como fugir disso. Penso e decido agir naturalmente,
— Que pergunta é essa, querido? — Um som doce sai da minha boca, que não para de dar-lhe minúsculos beijos na lateral do seu pescoço.
— Acontece que esse ferimento
Ruby— Não vai sair essa noite, filha? — Mamãe pergunta assim que ponho os meus pés na ampla sala de estar. Ela está sentada em um dos sofás retrátil lendo uma revista de moda e o papai está em um canto mais afastado falando ao telefone.— Não. Depois do que aconteceu essa noite é melhor ficar em casa e a Ellen, onde ela está? — pergunto.— Ela saiu já tem um tempo.Bufo audível.— Ótimo, espero que ela consiga fazer logo o que precisa! — ralho me afastando.— Para onde você vai, querida? — Ela questiona, porém, não lhe dou atenção e saio de casa logo em seguida.O ar frio da noite me abraça assim que ponho os meus pés do lado de fora e olho para a extensão do jardim agora completamente silencioso, enquanto desço os poucos degraus
RubySuas mãos ávidas envolvem a minha cintura e me puxam para mais d=perto de si. — Tudo parece tão frio quando você não está lá, Ruby. — O seu nariz rala na lateral do meu pescoço e no ato ele aspira profundamente o meu cheiro.— Fala logo, Julian. Foi você ou não foi? — insisto o empurrando outra vez. Em resposta, ele fechar as mãos em punho.— Que droga, Bonitinha, eu aqui cheio de saudades e você aí fazendo doce pra mim?! — resmunga irritadiço e logo estou nos seus braços outra vez. — Você é tão cheirosa, Ruby e eu não aguento saber que está perto daquele homem!— Acontece que aquele homem é o meu marido, Julian, mas que droga!— Você sabe que eu posso resolver isso rapidinho, não é? Hum? — Ele segura em cada lado do meu ros
EllenDias depois... — Vermelho ou preto? — indago, colocando a roupa na frente do meu corpo, enquanto pondero a minha escolha para um jantar completamente especial para mim e de onde veio isso? Posso afirmar que a minha vida ultimamente tem se tornado um grande furacão em atividade e que tudo parece devastado dentro de mim agora, mas pelo menos algo de bom aconteceu para mim e eu estou me agarrando a esse fio de esperança como se ele fosse o meu porto seguro.... Alô?Sorrio amplamente ao me lembrar do som de uma voz grossa e firme do outro lado da linha telefônica.— Azul. — Decido e largo as peças de todo jeito em cima da minha cama para ir me arrumar.... Ellen Axel, o meu nome é Santiago e eu represento a Editora, e livraria Reading Book Hill S/A aqui no Brasil.Juro que essas poucas palavras fizeram as minhas pernas bombearem e imediatame
Collin— Boa noite, Camargo, a minha cliente já chegou? — pergunto para o maitre assim que ponho os meus pés dentro do hall do restaurante. Prontamente um dos funcionários se aproxima para me ajudar a me livrar do meu casaco e logo ele se afasta.— Ainda não, Senhor Hill, mas a sala vip já está preparada para a sua reunião.— Ótimo, assim terei tempo de rever o arquivo!— Claro, Senhor!Imediatamente me dirijo para um dos elevadores apertando o botão do segundo andar, onde costumo fazer as reuniões que julgo serem de extrema importância para a minha empresa. Assim que as portas se abrem olho para o relógio no meu pulso e percebo que cheguei pelo menos meia hora adiantado. Satisfeito, adentro a sala ampla com suas paredes de vidros transparentes, oferecendo-me a linda e bem iluminada imagem do Corcovado. No entanto, antes que eu
Ellen— Senhor Hill, a sua cliente acabou de chegar. — Senti o meu coração parar bruscamente quando a voz do meitre preencheu a nossa atmosfera e imediatamente abri os meus olhos, encarando os seus. Eles pareciam irritados. Contudo, o barão de Luxemburgo imediatamente me pôs de pé e se afastou de mim.— Obrigado, Camargo! — Ele diz um tanto seco, dispensando o homem no mesmo instante.Não tenho reação, simplesmente não consigo pensar em nada para dizer. A verdade é que as batidas aceleradas do meu coração estão preenchendo os meus ouvidos de uma maneira que fica difícil pensar em qualquer frase coerente.— Você está bem? — Meu cunhado me pergunta, despertando-me do meu estado de torpor.— Eu… estou…Eu acho.— Ótimo! — Ele diz passando pela minha latera
EllenNa manhã seguinte... — Bom dia! — digo sentindo-me bem leve e surpreendemente animada. Contudo, os meus pais e minha irmã mantêm-se com suas feições sérias e seus olhares firmes em cima de mim. No entanto, estou feliz demais para me incomodar com eles agora. Lembrar da noite passada, logo após chegar do jantar com o meu cunhado me faz sorrir. E pensar que trabalhei no meu romance quase que até o dia amanhecer tamanha a minha empolgação e as ideias fluíam como águas de rio agitado. Sim, as palavras do Senhor Hill ganharam vida dentro de mim e a inspiração começou a preencher a minha mente como em uma sequência de bombardeios. Contudo, no meio de toda essa transição a visão da sua boca preencheu os meus pensamentos algumas vezes e elas se misturaram as emoções que guardei para o homem que escolhi para
Ellen— O que você está fazendo? Vamos, temos que ir para o salão de beleza! — Ruby me puxa imediatamente para a saída loja e quando entramos no carro, fixo o meu olhar do lado de fora da janela. À noite após um banho relaxante, vou para o meu quarto e estranhamente encontro o vestido da minha irmã arrumado em cima da minha cama. Me pergunto quando exatamente trocamos as nossas sacolas e não percebemos isso. Tento ligar para ela e quem sabe ainda dá tempo de destrocar, mas infelizmente ela não atende o telefone.Bufo audível e olho as horas.— Droga, estou em cima da hora! — ralho frustrada e decido vestir esse mesmo. Em alguns minutos me olho no espelho. Um belo tomara que caia com ramos prateados que se alastram pelo meu tronco, deixando uma linda saia de tules livre e uma máscara prata que se encaixa perfeitamente no meu rosto.Dentro do carro, os
Ellen— Senhor Hill, é melhor pararmos agora! — ralho me desvencilhando dele.— Nada disso, Ruby. Vem aqui, minha linda esposa!Mas que droga! Resmungo olhando através de uma janela e no ato, ergo os seus vidros.— Me desculpe, senhor Hill, mas eu preciso ir ajudar um amigo agora — ralho determinada, mas é impossível sair por ela— Não faz assim, Ruby! Venha aqui, querida! — Ele insiste, porém, vou em busca de algo que me ajude a abrir a maldita porta.Uma estatueta. Penso determinada, encarando o objeto e vou até a porta, batendo insistentemente na maçaneta. — Me diga, o que você está fazendo? — Collin ralha, segurando na minha cintura e logo a sua boca está deixando alguns beijos nas minhas costas.— Escute, Collin, você precisa voltar para aquela cama e descansar um pouco…&mdas