Collin— Bom, meu amigo, eu vou deixá-los a sós. — Eduardo fala se levantando da sua cadeira e imediatamente ele caminha para a saída.O meu peito infla com a expectativa de que Ellen tenha vindo ao meu encontro, porém, não vejo motivos para ela me procurar nas primeiras horas do dia. O som do salto alto batendo contra o piso lustroso me faz encará-lo e logo os meus olhos passeiam pelo elegante bico fino negro, subindo por suas pernas, encontrando a barra de um vestido simples. Meu coração dispara quando fito a boca cor de rosa e logo depois um par de olhos castanhos escuros completamente tímidos.Ellen!Penso engolindo em seco, porém, o seu perfume cítrico invade a minha sala, deixando-me confuso.— Collin! — Uno as sobrancelhas irritado por não conseguir discerni-las no meio dessa droga de teatro. — Como você está
Ellen Alguns dias depois... — Bom dia, Senhorita Axel! — Bom dia, Diva! O papai já acordou? — Na verdade, ele já saiu, Senhorita. — Ah! — ralho frustrada. Contudo me espreguiço em cima da cama e vou tomar um banho. Após a minha última noite na cama do barão de Luxemburgo devo dizer que estou feliz. Mamãe avisou-me na noite passada que Ruby finalmente irá voltar para a casa do seu marido e com o Daniel assumindo um cargo nas empresas Axel de exportação a minha vida parece ter ganho outro rumo. Contudo, desde que saí da mansão Hill não consigo parar de pensar no que fizemos. Collin estava diferente naquela noite. Ele estava mais atencioso, carinhoso e até o seu toque parecia mais íntimo do que o normal. Os seus beijos não estavam intensos e raivosos, mas ainda assim eram marcantes. A maneira como ele me olhava me dizia coisas que eu não conseguia entender, ou eu não quis decifrá-lo. A verdade, é que eu estava com medo. M
Ellen — Desde quando ela está aqui? — pergunto quando ele estaciona em frente a um hospital. — Tive que trazê-la há dois dias, ela não estava muito bem. Queria lhe perguntar mais, porém, uma enfermeira surge e logo somos levados para dentro de um consultório. — Bom dia, Doutor Santana, como ela está? — A feição do médico me diz que as notícias não são boas e o meu coração se aperta dentro do meu peito. — O câncer já está bem avançado, Senhor Carter e os medicamentos já não estão surtindo efeito. — Vejo Daniel desmoronar bem diante dos meus olhos e imediatamente seguro nos seus ombros para confortá-lo. — Sugiro que vá vê-la agora e que converse um pouco com sua mãe. Faça-a sorrir o quanto puder. Ela precisa saber que você está bem para poder partir em paz. — Impulsiva o puxo para os meus braços quando ele inicia um choro compulsivo. — Eu sinto muito, querido! — sussurro tentando ser forte por ele. — Mas você precisa ser forte agora.
EllenHoras mais tarde... Um casamento de última hora realmente não estava nos meus planos, mas devo dizer que estou satisfeita em tomar essa decisão e de finalmente corrigir os meus passos errantes. Penso satisfeita e adentro a mansão Axel ansiosa por um bom banho frio e demorado. Contudo, nem chego a subir o primeiro degrau pois a voz irritante da minha irmã me faz parar imediatamente.— Posso saber onde você estava? — Ela inquire autoritária me fazendo unir as sobrancelhas em confusão.— Isso não é da sua conta!— Ouviu isso, papai? A sua queridinha agora anda agressiva e respondona. — Ela ralha quando nossos pais entram no cômodo. Contudo, resolvo manter o meu olhar altivo para os três.— Eu vou para o meu quarto e…— Eu preciso de você, Ellen. — Ela me interrompe quando lhe dou as
Collin— E então? — inquiro assim que Jack entra na minha sala.— Devo dizer que a sua esposa andou bem ocupada esses meses, Senhor Hill.— O que quer dizer com isso? — questiono, porém, ele me estende um envelope e um arquivo que me deixam curioso.— A sua esposa frequentou algumas casas bem especificas. Você sabe, sexo grupal, com mulheres, com homens. Casas de shows e tudo ao longo de um ano, até aparecer um tal de…— Julian Becker.— Isso. Parece que esse homem criou um tipo de obsessão por sua esposa e desde então ele está em praticamente todos os lugares que ela frequenta.— Estas são imagens do…— Do baile de máscara na mansão dos Antonelli. Sim, ele estava lá, assim como compareceu na sua festa beneficente na sua mansão.Mas que filho da mãe!<
Ellen— Oh céus, que vergonha! — lamento assim que fecho a porta do banheiro do escritório do meu cunhado. — Como você não parou para observar a plaquinha de aviso, Ellen Axel? — ralho comigo mesmo, sentindo que estou me afundando dentro de um buraco, apenas para me esconder do seu olhar especulativo que não sai da minha cabeça.Bufo audivelmente.— É isso que dá ter um ciclo menstrual desregular, droga! — retruco me livrando das minhas roupas sujas e sem saber o que fazer realmente com elas.Respiro fundo e adentro o box, ligando o chuveiro logo em seguida.— Sua tonta, você não faz nada direito! — Volto a resmungar.No entanto, ergo o meu olhar para evitar que a água molhe os meus cabelos e encontro um sabonete líquido em uma prateleira. Curiosa, seguro o frasco e inalo o seu perfume lentamente, fechando o
EllenUma hora depois…— Hum! — gemo baixinho e satisfeita, me espreguiçando logo em seguida e abro uma pequena brecha de olhos, dando-me conta de que o sol já está alto.Ah, droga! Rosno mentalmente me sentando e para o meu desespero me dou conta de que ainda estou no sofá do escritório do Barão de Luxemburgo e ofegante procuro por ele.— Ah, você finalmente acordou! — O homem diz passando por uma porta larga de vidro transparente e só então percebo que tem uma sacada ali.— Por Deus, por que me deixou dormir tanto assim?! — retruco meio transtornada.— Me desculpe, eu perdi a noção do tempo! Eu estava lendo o seu manuscrito que ficou em cima da minha mesa.Meu coração dispara quando o vejo segurando o meu livro em suas mãos e inevitavelmente a minha boca faz um O bem redo
CollinTrês dias depois... Já tem alguns minutos que ela adormeceu no meu sofá e desde então eu só consigo ouvir o som pesado da minha respiração dentro dos meus ouvidos. Eu deveria estar puto com ela agora, deveria ter gritado com ela, exigido uma boa explicação para as suas atitudes. No entanto, estou agachado bem na sua frente e olhando para o seu rosto adormecido, escutando o som do leve ressonar. As minhas mãos estão coçando de vontade de tocá-la, porém, elas estão fechadas em punho para evitar tal ação.Por que você fez isso comigo, Ellen? Por que me envolveu e me seduziu, fazendo uma bagunça terrível dentro de mim?Eu deveria odiá-la assim como odeio todas as mulheres que cruzaram o meu caminho. Foi por isso que optei por um contrato de casamento. Porque com isso não seria obrigad