Collin
— E então? — inquiro assim que Jack entra na minha sala.
— Devo dizer que a sua esposa andou bem ocupada esses meses, Senhor Hill.
— O que quer dizer com isso? — questiono, porém, ele me estende um envelope e um arquivo que me deixam curioso.
— A sua esposa frequentou algumas casas bem especificas. Você sabe, sexo grupal, com mulheres, com homens. Casas de shows e tudo ao longo de um ano, até aparecer um tal de…
— Julian Becker.
— Isso. Parece que esse homem criou um tipo de obsessão por sua esposa e desde então ele está em praticamente todos os lugares que ela frequenta.
— Estas são imagens do…
— Do baile de máscara na mansão dos Antonelli. Sim, ele estava lá, assim como compareceu na sua festa beneficente na sua mansão.
Mas que filho da mãe!<
Ellen— Oh céus, que vergonha! — lamento assim que fecho a porta do banheiro do escritório do meu cunhado. — Como você não parou para observar a plaquinha de aviso, Ellen Axel? — ralho comigo mesmo, sentindo que estou me afundando dentro de um buraco, apenas para me esconder do seu olhar especulativo que não sai da minha cabeça.Bufo audivelmente.— É isso que dá ter um ciclo menstrual desregular, droga! — retruco me livrando das minhas roupas sujas e sem saber o que fazer realmente com elas.Respiro fundo e adentro o box, ligando o chuveiro logo em seguida.— Sua tonta, você não faz nada direito! — Volto a resmungar.No entanto, ergo o meu olhar para evitar que a água molhe os meus cabelos e encontro um sabonete líquido em uma prateleira. Curiosa, seguro o frasco e inalo o seu perfume lentamente, fechando o
EllenUma hora depois…— Hum! — gemo baixinho e satisfeita, me espreguiçando logo em seguida e abro uma pequena brecha de olhos, dando-me conta de que o sol já está alto.Ah, droga! Rosno mentalmente me sentando e para o meu desespero me dou conta de que ainda estou no sofá do escritório do Barão de Luxemburgo e ofegante procuro por ele.— Ah, você finalmente acordou! — O homem diz passando por uma porta larga de vidro transparente e só então percebo que tem uma sacada ali.— Por Deus, por que me deixou dormir tanto assim?! — retruco meio transtornada.— Me desculpe, eu perdi a noção do tempo! Eu estava lendo o seu manuscrito que ficou em cima da minha mesa.Meu coração dispara quando o vejo segurando o meu livro em suas mãos e inevitavelmente a minha boca faz um O bem redo
CollinTrês dias depois... Já tem alguns minutos que ela adormeceu no meu sofá e desde então eu só consigo ouvir o som pesado da minha respiração dentro dos meus ouvidos. Eu deveria estar puto com ela agora, deveria ter gritado com ela, exigido uma boa explicação para as suas atitudes. No entanto, estou agachado bem na sua frente e olhando para o seu rosto adormecido, escutando o som do leve ressonar. As minhas mãos estão coçando de vontade de tocá-la, porém, elas estão fechadas em punho para evitar tal ação.Por que você fez isso comigo, Ellen? Por que me envolveu e me seduziu, fazendo uma bagunça terrível dentro de mim?Eu deveria odiá-la assim como odeio todas as mulheres que cruzaram o meu caminho. Foi por isso que optei por um contrato de casamento. Porque com isso não seria obrigad
Ellen— Pronto, Senhorita Axel. — O maquiador fala se afastando para eu me olhar no espelho e sorrio para a bela imagem do meu reflexo nele.— Ah Ellen, como você está tão linda! — Ana cantarola, adentrando o quarto logo em seguida e o meu sorriso se amplia para ela. Logo a equipe de maquiagem sai nos deixando a sós e eu recebo o seu abraço caloroso.— O Daniel já chegou? — Procuro saber, soltando um suspiro alto de pura ansiedade.— Já sim e a mãe dele também. Lá fora está tudo muito lindo e a maioria dos convidados já chegaram.— Ótimo, avise que descerei em alguns minutos.— Nada disso, mocinha! — Arqueio as sobrancelhas.— O que, por que não?— Você precisa manter pelo menos a tradição das noivas e se atrasar pelo menos mais meia hora, fu
Ellen— Eu… acho que... você... se enganou — gaguejo nitidamente nervosa. — Não era eu lá... na sua cama.— Não teste a minha inteligência, Ellen Axel! Eu quero que você vá lá fora agora e que acabe com essa palhaçada de casamento. Nós vamos sair daqui e vamos conversar. — Meneio a cabeça fazendo um não para ele.— Entenda, eu... não posso fazer isso.— Se você não fizer eu mesmo farei. — Ameaça e logo algumas lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto— Collin por favor, eu preciso me casar com o Daniel. Eu... — Com apenas mais um passo Collin chega perto demais de mim e a sua respiração ofegante, e quente chega a aquecer a minha pele.— Acontece que eu não estou te dando uma opção, Ellen. Eu estou ordenando que vo
Collin— Ellen Axel, a Senhorita aceita Daniel Carter como seu esposo?Diga que não!Peço silenciosamente, enquanto o ar escapa dos meus pulmões.Por favor, Ellen diga que não!A tensão é o meu companheiro agora, a agonia de ter de esperar pela sua resposta parece mais uma eternidade, mas o fato de Ellen largar a mão do garçom no altar faz o meu coração disparar violentamente dentro do meu peito. Contudo, não permito que a ansiedade domine os meus sentidos e nem me deixo impulsionar pelo desejo avassalador de ir ao seu encontro, apenas mantenho-me no meu lugar. Até que ela sair correndo e a minha vontade é de segurá-la nos meus braços, e de tentar acalmá-la parece me sufocar.Não! Se eu for ela jamais permitirá que me aproxime. Pense, Collin, pense! Imediatamente pego o meu celular e ligo para
CollinHoras mais tarde…— Boa noite, Senhor Hill! — Judy fala assim que entro na pequena sala do seu apartamento.— Boa noite!— Como ela está?— Ainda está dormindo, mas estou indo embora agora. Não é bom que ela me veja aqui quando acordar. — Dentro do bolso da minha calça puxo a minha carteira e tiro algumas notas de cem de dentro dela, estendendo-lhe em seguida. — Eu quero que fique com isso.— Oh, não é preciso…— A Ellen não tem para onde ir por enquanto, ela vai precisar de algumas coisas. Para começar peça um jantar completo, ela não comeu nada o dia inteiro.— Verdade.— Poço pedir mais uma coisa?— Sim, Senhor!— Quero que se torne a sua amiga, Judy. Quero que conquiste a sua confiança e que descubra algumas
Collin— Chegamos, Senhor! — Charles avisa parando o carro na vaga privativa e imediatamente me dirijo para um elevador exclusivo da empresa. E enquanto ele sobre para o nono andar, olho as horas no relógio no meu pulso.— Bom dia, Senhor Hill! — Judy fala assim que as portas se abrem.— Bom dia! Alguma novidade?— Sim, ela vai para a casa de campo como mencionou. — Paro bruscamente para olhá-la.— Quando?— Essa manhã. — Apenas solto uma respiração sutil, pois não quero que a minha assistente perceba o quanto essa notícia me satisfez. — Ela disse que precisava ficar sozinha e pensar nos seus próximos passos.— Isso é bom! O Eduardo já chegou? — Retomo os meus passos para o meu escritório.— Sim, mas…— Mas?— O Senhor tem uma visita. &m