O homem fora arrancado da cela perfeitamente arrumada como se o lugar fosse projetado especialmente para ele. O policial entrou no cômodo e observou como tudo parecia ter sido preparado para a chegada de um homem nada comum. Ele sabia que seria preso? O que mais Leoni Messina sabia? Os pés no Don passaram a se mover tranquilo, embora o coração estivesse gritando de desespero ao saber que a mulher que amava havia se casado com outro. Agora era o fim. Ele deveria esquecer-se dela para sempre. Parecia uma grande hipocrisia o quanto ele a havia traído, mas ainda não podia aceitar o mesmo. As pessoas no tribunal levantaram cartazes como grandes fãs do homem de terno impecável e olhar gélido que invadia o cômodo com o grande carisma. Ele acenou como uma celebridade, antes de se sentar no banco dos réus, ao lado de três advogados poderosos. O juiz reprovava tudo que o homem representava, mas ainda não podia ir contra as próprias regras. Ele precisava ser imparcial. Ainda assim, nada o
As imagens de uma mulher nua surgiram no telão, ao lado do mafioso sem roupas. Olivia Carter abriu completamente a boca. Ela encarou o promotor de acusação no momento em que soube que estava bastante enrascada.O coração da jovem gritou de desespero dentro do peito aflito. A roupa larga fora a única coisa que a salvou de ser delatada do próprio nervosismo, mas o olhar atencioso do Leoni Messina ainda era capaz de desvendar cada sensação da maldita mulher. O mafioso havia deixado bastante claro o quanto não a valorizava, no momento em que a exibiu como um troféu, para o público que com curiosidade, passava a examinar as fotos. Rapidamente o julgamento do homem tornou-se para ela. Apenas Olivia Carter era avaliada, como se os olhares julgadores se esquecessem do verdadeiro propósito de toda aquela encenação teatral. – Já chega! – Ela gritou. – Eu não entendo por que isso é relevante. A investigação foi imparcial. – Foi mesmo? – O advogado indagou. – Eu não teria por que incrimi
Os olhos tempestuosos cruzaram todo o caminho da sala policial, até encontrar o mais intenso tom de azul que a pobre Giulia Rossi já tivera o desprazer de ver na vida. Todo o corpo franzino tremeu, antecipando o destino cruel que a esperava. Ela viu a forma como o canto dos lábios finos se ergueram para um sorriso perfeitamente sádico que ela repudiou. A mulher olhou para o policial, esperando que a ajuda viesse dele, mas logo o homem aproximou-se dela. Giulia Rossi pensou em correr desesperadamente, mas seria caçada por duas autoridades do país como um pobre antílope africano. Ele trocou algumas palavras com um dos guardas e então direcionou-se a ela. – Vamos! – Ele a segurou sutilmente pelo braço, embora ainda exercesse força o bastante para conte-la. – Não. Eu vou ser deportada! O homem sorriu. – Você não vai a lugar nenhum esposa. A minha cama te espera! Ela arregalou os olhos orgulhosos. – Eu vou embora daqui! Você não pode me levar. Eu estou presa. Ele a encarou co
– Chefe? – As batidas na porta se tornaram intensas. Giulia Rossi forçou todo o corpo para o lado, tentando a todo custo derrubar o homem enorme caído sobre o corpo franzino. Ela gritou quando ele finalmente caiu para o lado, de bruços no chão. Ela provavelmente o deixaria morrer sufocado no próprio corpo, mas não poderia viver com a culpa. A mulher se abaixou e girou a cabeça para o lado, mesmo que o tivesse em grande nojo. Ela estava completamente encurralada, olhando para a porta prestes a ser aberta. A mulher assustada correu em direção ao banheiro quando sentiu mãos fortes a agarrarem com brutalidade. Ela chacoalhou os pés irritados, na esperança de que pudesse escapar do destino que a atingiria por ter matado o chefe da máfia Russa. – Me solta! – Ela gritou. Nenhuma resposta. Os homens se movimentavam ao redor do mafioso como um ritual estranho de luto. Um deles se abaixou e tocou o pescoço do homem. – Ele ainda esta vivo! Giulia Rossi ainda não havia decidido se respi
– Se casou aquele homem, então ele pode ser o pai do bebê. – Lucca Messina disse em um tom de autoridade. Leoni Messina o encarou, segurando o copo de bebida entre os dedos. – Não... Eu não sei. Eu acredito nela. – Você mesmo disse que ela pensa que vai mata-la. E a garota disse isso por que ela sabe bem que você ficaria bravo quando soubesse que ela tinha engravidado de outro homem. Leoni Messina encarou o chão como um ato reflexivo. O coração praticamente explodindo de sentimentos conflitantes que o atormentavam como pesadelos impossíveis de superar. Ele arremessou o copo contra um quadro branco pendurado na parede. – Isso que tem me enlouquecido. Eu não posso ter engravidado ela... Não posso. – Ele massageou a cabeça dolorida. Lucca Messina estava ali como um conselheiro, mas ainda era o irmão que o via sofrer, e faria qualquer coisa para ajuda-lo. – Eu tenho que investigar. Talvez a Alessandra saiba de alguma coisa! Leoni Messina revirou o rosto como um lunático, encaran
– Você achou que... – Ele estava tão irritado que mal podia encara-la. – Você realmente achou que o irmão a protegeria de alguma coisa? Alessandra passou a massagear a garganta como louca, tentando a todo custo evitar os hematomas que fariam o marido acreditar que ela o tinha traído. – Eu... Quer dizer, eu não sei. Eu só tentei ajudar.. não sei o que estava pensando quando aceitei aquilo. Leoni Messina a olhou de cima a baixo como a mais patética mulher que ele já tinha visto na vida. – Eu sei exatamente no que você estava pensando. Ela se sentiu indignada. – Não sou você, don. Eu não penso só em sexo. O mafioso liberou uma gargalhada sinistra. – Você acha mesmo que me engana? Acha que eu sou burro? Eu monitoro você! Eu sei de cada detalhe da sua vida. Eu sei a sua intenção. Você não queria se casar, Alessandra, e faria qualquer coisa se ele te ajudasse. Ela arregalou os olhos temerosos. – Mas eu realmente achei que seria bom para ela ficar longe de você. Ele ergueu o cant
Os pés pequenos andavam pelo corredor, inundando tudo por onde passava. O coração acelerado mal cabia no peito enquanto ela continuava a caminhar sem saber o destino. Ela olhou para o lado e viu a mesma mulher que a tinha ameaçado horas mais cedo. O temor a atingiu com ainda mais força. Havia algo de errado com a primeira esposa do mafioso. Ela tinha um olhar doentio e morto, como se a vida a tivesse deixado a muito tempo. Sem esperança, sem sonhos, apenas a esposa de um homem cruel e manipulador que a tinha destruído por dentro. Giulia desviou o olhar, temendo que acabasse tendo o mesmo destino. E no momento em que ela viu a porta que fora o seu pior pesadelo a dias atrás, tentou voltar. Ela empurrou o brutamontes que a impediu com facilidade. Não importava quanto treinamento tivesse. Giulia Rossi ainda seria pequena e fraca comparada aos homens das máfias. Alguém abriu a porta e ela não deve escolha além de entrar no cômodo. O cheiro dela a incomodava, e aquilo fora ao menos
Ela estava presa apenas pelos pulsos quando os olhos vendados se arregalaram até o limite suportável. O semblante de medo da mulher não podia ser representado por nada além do estado de pavor. O som do portão se abrindo a deixou completamente tremula de tanto medo que parecia exalar o cheiro pelos poros quase invisíveis. Os sons das botas pesadas entrando naquele ambiente úmido era como estar num pesadelo. A garota deixou a lágrima solitária descer pelo canto do rosto, enquanto a respiração ofegante e ansiosa do homem antecipava o que estava por vir. Ele a tocou por toda a nudez, e ela só pode retrair o corpo o máximo que conseguiu. A sensação de algo gelado sob a pele fora rapidamente identidade como uma faca raspando contra os seios. Ele os arrancaria dela? Foi o momento em que ela mais se arrependeu de estar naquela maldita casa. – Eu disse que ia te fazer pagar, meu bem. Uma pena não matar você... Tenho coisas interessantes pendentes com a sua família. Giulia Rossi tapou a