Secretáriamente amada
Secretáriamente amada
Por: Kemily cescate
Capítulo 1

Sento em minha mesa para começar mais um dia puxado na empresa Moore's Interprise.

Mas eu mal me encosto e meu celular corporativo começa a tocar.

- bom dia, Luiza fontes secretaria do senhor Leonardo Moore, em que posso ajudar? - digo toda uma frase e penso antes de respirar fundo sabendo do dia cheio que vou ter.

- Sou eu Luiza.- a voz do meu chefe invade a linha.

Droga, desvie-se para olhar para ver que era ele.

- Bom dia sr. Moore. Deseja alguma coisa? - pergunto.

Ele dificilmente vem para essa filial da empresa e só liga quando é questão de trabalho.

- Sim, preciso que me envie os contratos com os maiores clientes em potencial, imprima alguns que irei te m****r para encaminhar a alguns setores da empresa. Como dez haverá uma reunião importante com alguns acionista, a senhorita deve ir me representar e tomar notas.

Vou anotando todas as ordens que ele me dá.

Meu dia já seria cheio cheio sem falar com ele, agora vou ter que lutar contra o tempo e fazer varias coisas enquanto atendo as ligações.

- Consegue fazer tudo isso antes do almoço? - ele pergunta.

Não.

- claro senhor, precisa de mais alguma coisa? - por favor diga não.

- Por enquanto não, se precisar ligo depois do almoço. -Ele diz e desliga.

Ele parece estranho, por mais que ele seja autoritário e muito profissional, de algum jeito ele parecia incomodado com algo.

Esqueço esse assunto, nem sou próxima do meu chefe.

Só o vi duas vezes e por mais que ele tenha sido gentil, nem olhou muito para mim.

Não quando condiciona em um evento cheio de modelos.

Ah esse evento, uma das piores festas que tive que cobrir.

A humilhação de me pararem na porta e perguntarem oque eu estaria fazendo em um evento onde só tinha modelos foi muito. Mas nada em comparação com cochichos das mulheres lá dentro e os olhares de alguns homens.

Esqueço esse assunto e vou fazer oque foi me pedido.

Passo a manha todo imprimindo, enviando e-mail para o chefe e contratos por todo o prédio.

Quando dá a hora da reunião arrumo minhas coisas e o caderno de anotação e você para uma sala no andar de baixo.

Quando chego quase todos já estão ali.

Ouço risadas de umas das mulheres presentes mas não me importo em saber o motivo.

Me sento ao lado da cadeira que sr. Moore Deveria ficar e espero a reunião começar.

- Acho que deveríamos vender, seria menos problemas para nossa cabeça.- um dos acionista diz.

- Oque? - pergunto fazendo com que todos na mesa me olham.

Não costumo opinar nas reuniões, mas meu dever é anotar e defender a visão do meu chefe caso necessário.

- Acho que a senhorita, quando o sr. Moore ler suas anotações já estaremos negociando com o vendedor e ele não terá outra opção a não ser vender as ações na qual não vemos quase nenhum dinheiro, ou passar vergonha.- ele diz autoritário.

- Não pode negociar uma coisa que não é sua senhor. O contrato precisa da assinatura do sr. Moore, e ele não quer vender.

- Se não vendermos, isso só nos trará problemas.- ele diz.

Esses homens.

É sempre assim, quando o sr. Moore não esta eles acham que manda na empresa.

- Não sei por que se preocupa, toda a gestão da empresa fica a cargo do sr. Moore, vocês só precisam ficar sentados obtendo os lucros e aparecendo em reuniões idiotas como essa.- digo e percebo que passei do limite.

- Quem pensa que é sua vadia gorda? Eu vou me encontrar com um potencial comprador na hora do almoço e na parte da tarde o contrato já disponível pronto para o sr. Assinatura de Moore. Se ele não quiser que venha pessoalmente me dizer isso antes de me encontrar com o cliente.- ele diz e o sorriso que dá em minha direção diz que ele acha que essa discussão já esta vencida.

Me levanto da cadeira e vou em direção a uma porta. Ele ainda sorri achando que ganhou.

- Se insistir nesse assunto, até o final do almoço haverá uma intimação do tribunal direcionada ao senhor. Proponho que pense bem.

- esta ameaçando me processar? - ele pergunta se levantando da mesa exaltado.

Todos na sala continua em silêncio, apenas observando.

- Não estou ameaçando, oque esta querendo fazer é considerado prática abusiva, quer vender algo que não é seu e fazer com que meu chefe seja obrigado a vender para que não passe vergonha, tudo isso para que você possa lucrar. E além do mais um processo de injúria cairia muito bem para o meu chefe caso continue com isso.

- Pratica abusiva? Injuria? Injuria contra quem? - ele grita.

- O senhor me ofendeu enquanto eu estava só fazendo meu trabalho, não vou discutir sobre isso, vai a esse almoço e consequentemente ira também a um tribunal no próximo mês.- com isso eu saio da sala e deixo todos lá.

Droga.

Volto para o andar da presidência e pego o celular corporativo ligando para meu chefe que não atende nenhuma das 5 vezes em que ligo.

Deve estar em alguma reunião.

Ligo para o departamento jurídico e um advogado sobe.

Explico tudo oque aconteceu para o advogado que vai tomar como devidas providências para que caso a venda seja fechada haja consequência.

Tento ligar novamente para o sr. Moore mas nada dele atender.

Droga, que seja.

Pego minha bolsa para ir almoçar e desço pelo elevador.

Distraída mexendo em minha bolsa pego o elevador comum.

Ele vai parando em vários andares por causa da hora do almoço.

Muitas pessoas vão entrando e vou me espremendo no canto do elevador.

- Está ficando apertado aqui.- um homem que entrou um alguns andares depois de mim diz.

- outras pessoas tem chance de pegar o elevador privativo, mas veio nesse só pra dificultar nossas vidas.- uma mulher diz depois de me olhar.

Levanto minha sobrancelha mas não digo nada.

- até por que caberia duas pessoas no seu lugar.- o mesmo homem que reclamou diz e as pessoas do elevador começa a rir.

Abaixo a cabeça e me encosto mais ainda na parede fria do elevador.

- Vamos rezar para que os cabos não arrebente.

Isso já é o fim para mim, assim que as portas se abrem no hall eu empurrou todo mundo e saio do elevador.

Já estou cansada disso.

Caminho pela calçada ate um restaurante perto da empresa.

Assim que me sento e faço o pedido o celular da empresa começa a tocar com mensagens.

Olho para ver se é algo importante e um dos grupos da empresa está ativo e recebendo muitas mensagens.

É apenas um grupo para funcionários interagirem, ideia dos próprios funcionários.

Quando abro a mensagem meu coração se aperta.

Estão falando da reunião.

Se antes ela não foi demitida, agora vai.

Já estava na hora, ela não combina nem um pouco com a estética da empresa.

Se vocês vissem hoje no elevador, quase não coube ninguém por que ela estava junto.

Eu só acho que o sr. Moore a mantem por perto por que não tem chance de ela distrair ele. Não que isso seja problema já que ele quase não vem para a empresa.

E foram essas mensagens que fazem ir ao banheiro chorar.

Não aguento mais os comentários sobre mim.

Deixo que as lagrimas rolem no banheiro e quando acabo jogo uma agua na cara.

Quando estou prestes a sair do banheiro meu celular toca e vejo o numero do sr. Moore.

- Sr. Moore, tentei te...- começo a dizer mais sou interrompida.

- Um processo? Você esta maluca? Oque pensa que estava fazendo?- ele praticamente grita ao fazer as perguntas.

- Eu só estava fazendo meu trabalho.- digo.

- Seu trabalho eu ate entendo, já resolvi com o acionista em questão e ele não ira fazer a venda e eu também não o processarei.

- Que bom que tenha dado certo.- digo respirando fundo.

- Não deu nada certo, você também vai retirar seu processo de injuria contra ele.- ele diz como um comando.

- Não mesmo.- digo firme.

- Oque disse?

- Eu disse que não vou retirar meu processo contra ele, ele me ofendeu ao me chamar de vadia gorda.- digo com raiva.

- É, você não é vadia, algo mais?- ele diz desdenhando.

- Ele também me chamou de gorda, na frente de todos.- Digo e começo a tremer.

Quero socar alguma coisa.

- E você é oque?- Ele grita na outra linha e vejo que esta com raiva.

- Esta no meu horário de almoço, boa tarde sr. Moore.- digo e desligo o telefone.

Estou cansada disso, é essa palhaçada todo dia.

Mas é a primeira vez que esse idiota me trata assim.

Volto para minha mesa puta da vida e nesse meu prato chega.

Olho para a macarronada que eu pedi e não sinto a fome mínima.

- com licença, pode me trazer uma salada?

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