Essa é uma história fictícia com personagens fictios qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.
Agradecimentos
Gostaria de agradecer a todos que me ajudaram na construção deste livro e dizer que vocês fazem parte da minha história, gostaria de agradecer em especial a todos que tiraram um tempinho para ler ele, espero que tenham gostado de ler o tanto que gostei de escreve-lo, vocês também fazem parte da minha história. Esse livro chegou ao fim, mas em breve estarei retornando com muitas outras histórias. Antes de me despedir quero deixar esse livro dedicado a todos aqueles que colocam seus filhos em primeiro lugar.
Um abraço a todos, fiquem com Deus, nos vemos em breve.
Beijos S.R. Silva
– Vamos, Cindy? – ouço David buzinando e sorrio para o amor da minha vida que agora está me gritando impaciente, vou até a janela e aviso que já estou indo.Desço as escadas as pressas e no último degrau quase caio, mas minha mãe me segura a tempo.– Cindy Laura, aonde vai com tanta pressa? – ela me pergunta com uma cara nada boa, pois já sabia a resposta.– Vou à praia com David.– Cindy, meu anjo, quantas vezes tenho que dizer que esse rapaz não serve para você? – ela acaricia meu rosto e continua – minha filha, você tem tudo e já foi cortejada por rapazes importantes. Já se esqueceu que assumirá os negócios da família e precisa andar com pessoas de futuro? Não esse aí...– Nossa, dona Laura, quanto preconceito! Já se esqueceu de que você e o papai também eram pobres? David é leal, gentil e carinh
(Cinco anos depois)Aqui estou olhando para o espelho e não vejo Cindy Laura, a aspirante a modelo, a herdeira de uma das maiores agências de modelo do Rio de Janeiro. Minha vida deu um giro de 180°c e agora brinco comigo mesma me chamando de Cinderela, só que minha vida não tem nada haver com madrastas e meio-irmãs malvadas como a história original, e sim uma escolha que fiz e que nunca me arrependerei.Tudo começou quando desmaiei na faculdade e com um teste de farmácia descobri que estava grávida. Fiquei desesperada e ao mesmo tempo feliz, pois o bebê era fruto do amor meu e de David.Como ele havia trancado a faculdade, fui para a porta do seu trabalho esperando ele sair e assim que chegamos em sua casa, fui mostrar ao amor da minha vida meu exame de gravidez que havia feito para ter certeza e naquele momento fiquei sem chão com suas palavras, nossa última conversa ainda ecoa em minha mente.– Porra, não acredito! Como vo
Estava tão absorta em meus pensamentos que nem vi minha gorduchinha sentar ao meu lado.– Mamãe, está chorando de novo? O que foi? – ela diz preocupada, secando uma lágrima minha.– Ah, minha pequena Luz... não tenho nada, meu amor. É só a mamãe lembrando algumas coisas da vida.– Coisas ruins? – ela fica realmente preocupada quando me vê chorando.– Já passou, minha gatinha – digo fungando. – Estava lembrando o dia em que você nasceu.– Conta mamãe, conta mamãe. – Ela adora ouvir a história de seu nascimento, ainda mais que conto como se fosse um conto de fadas.– A mamãe conta só se você prometer que depois vai tomar banho para eu te levar para a tia Jô e ir trabalhar. Promete, espoletinha?– Sim, mamãe, eu prometo. – Ela jura co
Chegando ao bar, ponho meu avental e começo a trabalhar. Dona Guta surge da cozinha e me olha preocupada.– Aconteceu alguma coisa, menina? – ela analisava meu rosto enquanto esperava a minha resposta.– Nada demais, dona Guta. Só os problemas de sempre, sabe? A Luz anda mais curiosa que o normal e já não tenho mais ideias de como responder às suas perguntas.– Tente conversar com ela, conte a verdade e oculte as partes dolorosas. – Olho para ela por alguns instantes e por fim lhe digo.– Dona Guta, se eu for contar a história real para ela, só tem as partes tristes, entende? Como vou contar para a criança que o pai não a quis, que a mãe sofreu na gestação sozinha?– Mas você também pode contar que a mãe não desistiu dela e mesmo sabendo que enfrentaria tudo sozinha, a quis. – Uma lágr
Hoje é minha folga. Acordei bem cedo pois queria passar o dia com minha princesa, mas a nossa casa estava pedindo socorro e como Luz tem problemas respiratórios, pedi para Jô ficar com ela por alguns instantes enquanto dava um jeito na bagunça. Assim que vejo que consegui limpar tudo, pego minha princesa e fazemos um dia das garotas, onde eu faço hidratação em nossos cabelos, nossas unhas e assistimos filmes que sempre são da Barbie ou da Frozen e comemos um monte de besteira que a deixa super feliz. Sei que trabalho muito e não posso dar a ela toda atenção devida. O bom é que Luz, apesar da pouca idade, é muito compreensiva e sabe que não faço isso sem motivo, afinal, ser mãe e pai é trabalho em dobro, mas vale a pena ver o sorriso que ela me dirige nos momentos em que estamos sozinhas. Olho para ela e tenho uma ideia.– Princesa, que tal você e eu colhermos laranja? – os olhinhos dela se iluminam.– Podemos fazer um bolo mamãe?– Claro, meu amor.– Vamos fa
Chegamos a casa de Jô e assim que ela nos vê abre o portão.– Oi, tia Jô. Eu e minha mãe fizemos bolo pra todo mundo e ela guardou um grandão pra você.– Que bom, Chapeuzinho Vermelho. Tem uma lobinha vendo televisão que vai adorar te ver. – Minha amiga nem precisa terminar e minha pimenta já sai correndo para ver a amiga, me pergunto se elas não se cansam de passar tanto tempo juntas.– E aí amiga, como você está? Vejo que deu um jeito em você... gosto de te ver assim, sabia?– Obrigada, amiga. Hoje foi um dia perfeito, tirando a parte do que aconteceu no sítio do falecido seu Toninho. – Rapidamente sua curiosidade se aguça e sei que ela vai querer saber de tudo.– Deixa eu passar um café e aí você me conta tudo. – Ela corre para a cozinha para fazer café e eu vou para a sala ficar com as meninas, dar um beijinho na Bia e agradecer a ela por ter defendido minha filha.Jô aparece co
Estávamos conversando sobre a minha tarde louca quando avistamos dois pequenos furacões chamadas Bia e Luz entrando quase derrubando Rick no chão.– Luz, você vai machucar o seu tio. – Advirto minha pequena e ela pede desculpa muito envergonhada.– Para de ser chata Cindy, a menina está brincando com o dindo dela. Não é, minhas pequenas?Luz abre um sorriso e abraça o tio. Depois Bia se joga nos braços do pai e Luz fica observando a interação de pai e filha e sei muito bem no que ela está pensando. Nesse momento, uma lágrima escorre e eu tento limpar antes que ela perceba. Sei que ela gostaria de ter seu pai por perto e sei como isso é impossível, afinal, David deve estar casado e não vou procurá-lo. Ele nos rejeitou uma vez, nada impede ele de renegar a paternidade de Luz.– Amiga, tá tudo bem? –
Já se passaram dez dias desde que assumi o bar enquanto os donos estão em outro estado e hoje estou em uma correria sem tamanho, ainda mais que acrescentei café da manhã e lanches variados ao bar e a freguesia aumentou ao ponto de ter que por mesas para o lado de fora do bar.Ontem Logan veio aqui e tomou café, elogiou muito a comida e me deixou uma gorjeta bem generosa. Ele ficou me olhando e eu me senti estranha e logo fui me ocupar de servir os outros clientes, mas a sensação de ser observada por ele continuou. Talvez eu esteja louca.Estava atendendo uns clientes quando ouço gritinhos animados que logo me deixa feliz.– Mamãe, mamãe, olha!! O meu dente caiu!! – vejo minha filhinha banguelinha mostrando o dentinho em uma toalhinha.– Desculpa Cindy, mas Luz não parou quieta até eu trazê-la aqui para te mostrar o dentinho. – Dou um sorriso p