Bruno
Apenas um lance casual... —
Repeti a frase em minha mente enquanto dirigia pela estrada de terra que levava de volta à minha casa. Por que aquelas palavras me incomodavam tanto?Eu queria ir para a cama com Aina, e depois do que ela fez no banheiro algumas noites atrás concluí que ela também tinha as mesmas intenções. Talvez, eu estivesse incomodado com o fato de que ainda éramos dois estranhos, mas há doze anos atrás eu não considerava isso como um empecilho para transar. Na minha época de faculdade, fiquei com garotas que eu mal conhecia e não me importei quando seguíamos com nossas vidas no dia seguinte. —
Eu poAinaJá passava das 11 horas quando Bruno parou o jeep em uma vaga no estacionamento coberto do Westgate Shopping. Ainda não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Se me dissessem há alguns dias atrás que eu iria fazer compras com ele em outra cidade por vontade própria eu teria desmaiado de tanto rir. Bruno estava diferente hoje, o olhar mal-humorado havia desaparecido do seu rosto e ele parecia feliz.Quando desci do carro, esperei até que o homem conferisse as trancas e então caminhamos lado a lado em direção à entrada que levava para o interior do shopping. Assim que passamos pela grande porta de vidro automática, uma lufada de ar fresco nos atingiu e eu agradeci por me livrar do ambiente abafado daquele estacionamento. Em poucos passos, o corredor em que estávamos se e
Aina— Está tudo bem? — Bruno perguntou, enquanto mordia a sua última batata frita. Terminei de comer alguns minutos antes, mas ainda estava perdida em pensamentos, abalada pelo que vi mais cedo.— C-claro — gaguejei, enquanto tentava parecer calma.— Você está quieta desde que os moleques esbarraram na mesa — observou.— Ah... eu me assustei. Só isso.Ele me encarou em silêncio por alguns instantes. Era nítido que Bruno não estava convencido da minha desculpa, mas agradeci mentalmente por ele não levar o assunto a diante.
Aina— Chegamos — anunciei, no instante em que Bruno estacionou o jeep em frente ao chalé. A noite já havia se iniciado e alguns relâmpagos iluminavam o céu vez ou outra. — Agora vamos conversar.Apertei o botão no painel que travava as portas do carro para impedir que o homem saísse dali.Bruno suspirou e tirou a chave da ignição, jogando-a sobre o painel do carro. Ele parecia tenso, seu peito subia e descia rapidamente, indicando que a sua respiração estava acelerada.— Claro. — O homem retirou seu cinto de segurança. — Vamos conversar. — Bruno se inclinou em minha direção e me beijou.
AinaQuando finalmente me recompus, Bruno me levantou em seus braços e caminhou até a sua cama, me deitando sobre o colchão que estava forrado com o habitual edredom verde musgo. O homem se inclinou sobre o meu corpo e deu uma breve mordida em meu lábio inferior antes de espalhar uma trilha de beijos até o meu ventre. Sua boca parou na barra da minha calcinha e então ele a mordeu, arrastando-a com os dentes ao longo das minhas pernas até que a tirou pelos meus pés.Com um olhar sedento, Bruno jogou minha roupa íntima em algum canto do quarto e enterrou seu rosto entre as minhas pernas. Ele colou seu nariz em minhas dobras e inspirou o aroma da minha excitação, em seguida, deu uma longa e lenta lambida no local. Agarrei o cobertor abaixo de mim, enquanto Bruno m
BrunoPassei a madrugada inteira acordado, aproveitando a sensação de ter o corpo quente e macio de Aina aconchegado contra o meu. Estávamos deitados um de frente para o outro, sua cabeça apoiada em meu braço esquerdo e seu rosto colado em meu tórax. Sua respiração suave fazia cócegas em minha pele e eu estremecia toda vez que ela se mexia e roçava a sua boca contra mim.Aquela boca volumosa e macia que sabe beijar e chupar como ninguém.Foi impossível não me lembrar de tudo que aconteceu mais cedo. Toda vez que eu fechava os olhos, revivia as horas mais excitantes da minha vida. E eu não estava falando isso apenas porque Aina era a primeira mulher com quem eu me deitava depois de sete anos, e sim porque com ela as coisas foram completamente diferentes. Meu instinto, meu modo de agir... tudo foi tão natural quanto respirar e eu
BrunoSuspirei, ainda me sentindo cansado pela intensa rodada de sexo que acabei de ter. A mulher mais linda do mundo estava deitada ao meu lado, com uma expressão mais do que satisfeita no rosto, sua mão direita explorava o meu tórax traçando linhas imaginárias ao redor dos meus mamilos. Estremeci quando Aina apertou um deles e ela sorriu com a minha reação.— Você também é sensível aqui — comentou com a voz divertida.— Culpa sua. — Segurei a mão dela e plantei um beijo delicado em cada um dos seus dedos. Naquele momento, ouvi o som inconfundível de uma barriga roncando. — Está com fome? Eu vou preparar o almoço.— Tudo bem... — concordou com relutância. — Faça isso enquanto eu tomo um banho. — Aina sorriu timidamente e se levantou da
AinaQuando chegamos no chalé, o sol já estava desaparecendo no céu. A pausa que fizemos durante a tarde para transar no meio da savana nos custou algumas horas de atraso e agora Bruno se apressava para preparar a janta. Aproveitei o momento para tomar um banho e configurar o smartphone que comprei no shopping. Depois de alguns minutos, meu novo celular ficou pronto para o uso e a comida já estava na mesa. Naquela noite comemos ensopado de carne com batata enquanto discutíamos sobre as aulas que tivemos até agora. Bruno estava mais comunicativo que nunca e eu já o considerava meu amigo - um amigo com quem eu dividia a cama e compartilhava inúmeros momentos de prazer.Apesar de estarmos em perfeita harmonia, eu sentia receio do que aconteceria nos próximos dias. Bruno me tratava tão bem e me olhava de um jeito tão doce que me fazia pensar que ele estava sentindo
AinaNão tive noção de quanto tempo dormi, quando acordei, o táxi estacionou em um pátio grande onde havia uma mansão de três andares com enormes paredes de vidro, colunas gregas de mármore branco e um chafariz redondo em frente à entrada principal. Várias plantas tropicais decoravam a fachada da propriedade e uma escada com cerca de cinco degraus levavam até a varanda da frente. O lugar era rodeado por uma cerca viva de aproximadamente três metros de altura — o que me impedia de ver o lado de fora. Quando me virei no banco e olhei para trás, vi um enorme portão de ferro se fechando sozinho através de algum mecanismo automático.—Chegamos — Bruno comentou ao perceber que eu estava confusa.—Essa é a sua casa? — perguntei, surpresa. A mansão à minha frente parecia a casa de