Olá de novo, Quem está conseguindo acompanhar o lançamento dos capítulos em tempo real? Dá um oi para eu saber que está esperando, assim lanço com maior frequência.
Giovanni estava ainda na sala de recepção, primeiro cômodo do apartamento alugado para Dalila, desde que chegou com Tommaso no cair da noite. Não queria avançar pela casa e se intrometer nas coisas pessoais da morena, na verdade pensava em uma distância segura daquela mulher e só estava ali porque somente ele seria irrelevante suficiente para que Tommy tivesse um tempo com ela. Ao menos foi o que seu irmão disse antes de saírem.Seu sangue ferveu quando ouviu as palavras sempre mesquinhas e egocêntricas de Tommaso, e embora não fizesse questão de vangloriar-se por coisas que trariam problemas, ele sorriu de canto lembrando-se do olhar quente da brasileira. Tommaso nunca veria aquele olhar, mesmo que ambos fossem monstros cruéis, ela sabia que o único que seguramente não lhe faria mal (apesar de ter lhe apontado uma arma), o único que gostava de vê-la falando alto e dando ordens (apesar de jamais admitir) era Giovanni, o irmão “irrelevante”.“Maldição! O que tem na cabeça, Giovanni?!”
— È magnifico, amore mio. — Tommaso toma a mão dela e beija seu rosto como fez na primeira vez em que se encontraram. Ela ficou rígida sob seus pés e esperou que ele terminasse de marcar território para que pudesse começar a beber e ignorar todo o resto da noite. Era bem comum que ela agisse assim dissociando-se do ambiente para onde a arrastavam, e depois de bêbada até conseguia se divertir. Dessa vez a única intenção era suportar aquela situação. — Eu não sabia desse lugar. — Ela respondeu levemente apática. — A inauguração é hoje, não foi muito divulgado. Na verdade... É para um público bastante restrito. — Tommaso tinha um certo mistério na voz, mas não instigou Dalila. Ela deixou-se ser guiada até o bar. Percebia que estava sendo constantemente observada por cada pessoa que cruzava o seu caminho e o loiro segurava seu ombro firme como se aquela fosse a única garantia de vida que ela tinha, não conseguia entender o que estava havendo, mas Giovanni observava aflito o bastante pa
— Esqueceu as notas, mi amore? — Tommaso falou ao pé do seu ouvido de forma ameaçadora.O corpo dela ainda formigava, mas tinha melhor noção do que acontecia em sua volta e sabia que todos a olhavam, na verdade, desde o princípio todos pareciam interessados nela, talvez por estar andando ao lado do gringo como um troféu. Conseguia entender, não aprovava, mas entendia.O que ela não conseguia explicar era o porquê pareceu flutuar por 2 minutos antes de ver Giovanni partir e ser atirada no chão como um saco de batatas. Por que ele saiu? Por que aquela cara? Não tinha tempo e não podia buscar respostas, todos ainda a encaravam curiosos e Tommy parecia perigosamente desapontado... Ela sorriu para ele brevemente, respirou fundo e voltou a focar na música com uma reentrada teatral na melodia que voltava e ecoar e distrair os olhos atentos dos clientes do Pub. Gostaria de dizer que estava completamente satisfeita, mas a verdade era que nunca havia vivenciado algo tão profundo e extasiante co
Poucos fazendeiros moravam de fato naquela parte da zona rural, a maioria das terras estavam arrendadas para plantação ou eram chalés de veraneio, mesmo assim a morena teve a grande sorte de ser encontrada no ponto de ônibus depois de andar 2 km, e assim que o velho Alfredo da feira lhe ofereceu carona, ela aceitou de bom grado. Em 15 minutos já estava em casa, ou melhor, no seu ambiente de cárcere. Precisava de um banho, um longo e relaxante banho patrocinado pela dignidade dela que fora vendida, estava rindo? Rindo da sua própria desgraça enquanto jogava suas roupas pela casa. Com o banho de sais preparado, ela submergiu na luxuosa banheira da suíte master, com seu celular em mãos para ouvir seu álbum predileto do Nightwish, Dark Passion. Também estava lendo as inúmeras mensagens de Jenny, curiosa por informações sobre sua nova casa, mas também preocupada por não a ter visto no campus mais uma vez, nada anormal para quem estava acostumada com Jenifer e sua maternidade compulsória.
Ela teve poucos dias para si mesma, mas conseguiu algum tipo de rotina normal e isso não tinha preço considerando o quanto sofreu de nervoso nos primeiros dias de super atenção do Tommaso, poderia conciliar o interesse dele e sua própria vida se não houvesse esperanças de que ela estreitasse seus laços, mas visivelmente aquilo tudo era um cortejo e nesse ponto, Dalila seguia irredutível. Não queria virar mulher de bandido, principalmente um bandido como ele.Jenifer era uma força da natureza e não podia ser contida, pressionou a amiga incessantemente até que lhe desse o endereço do apartamento “cedido pela empresa”. Naquele sábado ela teria uma festa para tocar, a famigerada festa em Porto Alegre, e Jenny se prontificou a ajudar Dalila com um novo figurino para o show, não abandonava a amiga DJ sonhando que um dia fosse famosa e se acostumasse com os amigos que ela e Jotapê compartilhavam, quem sabem fossem chamados para o mesmo lugar e assim nunca se separariam, essa era a versão ain
Jenifer não diria na frente do convidado, mas percebeu o olhar de Giovanni em Dalila enquanto a maquiava, havia um charme obscuro e cômico naquele gringo de 1,90 segurando o pote de sorvete de morango e comendo com colher de sopa, enquanto olhava a morena no reflexo do espelho no quarto.Por que ele estava ali afinal? Jenny cogitou perguntar para amiga por mensagem no celular, principalmente porque ele não parava de segui-las pela casa, apesar de estar constantemente em silêncio e não negar nenhuma das ofertas de bebida ou comida que fizessem. Um ogro bonitão com síndrome de segurança de shopping.Concluiu que a personalidade estranha combinava com a amiga durona... Talvez fossem um casal e ela só atrapalharia se insistisse em levar sua amiga, por isso desistiu. Dalila respirou aliviada quando a amiga terminou a maquiagem e anunciou sua partida.— Estão indo pro mesmo lugar, amiga, não tem sentido eu te levar se ele vai estar lá contigo. É até bom que eu consigo ir pra casa do Jotapê
Jocasta guiou a morena do backstage para a construção de entrada. A arquitetura do lugar remetia à um coliseu e Dalila não percebera isso até ter de andar naquela perspectiva. O prédio antigo em semicírculo fazia um pequeno túnel de acesso do portão de entrada para o palco e a pista, uma placa de neon indicava o lugar como “Arena”, então possivelmente a referência era proposital.Elas caminharam por um dos corredores de vidro laterais, aonde podiam ver as pessoas na pista sob as luzes coloridas e mesmo assim ter um acesso vip para “O Castelo”. Castelo era um apelido do prédio que visto da rua, parecia apenas mais uma velharia da cidade e não tinha 1% da majestosidade que via dali. Os tijolinhos vermelhos, as janelas grandes e as trepadeiras decorando as paredes dos dois pisos, sendo o superior uma grande varanda com cadeiras altas e brilhantes, davam espaço a sua devida glória.Dalila adorava arquiteturas como aquela, mas saber que aquele cabelo loiro reluzindo no trono central perten
Tommaso com seu ego inflado pelo sinal de devoção da mulher diante dele e o poder que ela inconscientemente emanava o fez deseja-la e assim como a maioria dos vampiros, esse desejo era convertido em sede pois sabia que apenas assim era preenchido pelo êxtase. Ela notou seu olhar faminto, engoliu seco, ainda tinha suas mãos agarradas ao tecido da camisa preta e foi soltando aos poucos. — Quer que eu cuide do seu pulso? Ele parece ter te arranhado. — Soou gentil, mas um tremor foi notado em sua voz e o fez agarrar sua cintura apenas para sentir novamente a adrenalina dela subir. Tommaso não compreendia a diferença de tesão e pavor, em termos de batimentos cardíacos ambos eram semelhantes, afinal. — Há tantas coisas da qual gostaria que cuidasse, Dalila... — Ele sussurra perto dos lábios dela. Não havia o que fazer, ela escolheu estar ali, não escolheu? Sentia-se como nunca se sentiu antes. Indigna de si mesma, suja. Via de relance as duas mulheres apáticas sentadas naquelas malditas