Quando Danilo chegou, Maya lhe mostrou a intimação e ele teve certeza que Hanna não mentiu, pelo menos nisso! Ele a acalmou e mandou tomar um banho e ir descansar de uma semana cansativa em São Francisco. Enquanto ela dormia, ligou para seus advogados do escritório. A audiência já seria na segunda-feira, com certeza o juiz mandaria que se fizesse o teste de DNA e já encaminharia a clínica. Como Danilo tinha dinheiro e influência, pediria pra ser realizado o exame express. Ele já tinha pesquisado, sabia que teria que desembolsar uma taxa e eles teriam o resultado em 24 horas. Isso o colocava sem tempo para analisar o que Hanna pediu. Os advogados pediram um tempo para analisar a situação inusitada e como estava perto da hora do almoço, Danilo foi até o quarto ver se Maya não queria comer ou pelo menos conversar. A encontrou sentada na cama, com cara de quem não pregou o olho, olhando pela janela perdida em pensamentos. Estava linda! Uma longa camiseta cinza sem gola com abertura
Quando Danilo chegou na boate que Maya e Samuel estavam, acenou para o segurança e entrou. Ele era VIP. Maya escolheu um bom lugar. Claro que ele mandou um segurança a acompanhar quando ela dispensou o motorista, que na verdade era um segurança que Danilo contratou especialmente pra ela. Sabia que ela iria ficar uma fera quando descobrisse, mas tinha o argumento perfeito: não confiava em Hanna! Era sua irmã e tals, mas era uma cobra, uma pessoa do mal. Precisa convencer sua mulher a aceitá-lo pra poder lhe contar toda a verdade. Antes que ela descobrisse por Hanna! Fez uma varredura e a encontrou sentada, conversando com Samuel, tímida. Sentou em um canto do bar e pediu uma água com gás. O barman ficou olhando pra ele, confuso. — O senhor gosta de um cowboy 18 anos! — Hoje não, Jeffrey. Hoje estou de motorista da rodada. — Quando seus amigos chegam? — Não é para meus amigos, Jeffrey. E se algum deles chegar, por favor, quero ficar quieto... — Pode ir pro camarote, Bukaiter.
Maya levantou da cama e sem aviso prévio pegou no pau de Danilo: — Que droga, Maya. Você está bêbada! Se continuar agindo assim, vou para o outro quarto! Danilo não queria ficar perto dela o atacando daquele jeito! Uma mulher bêbada não é legal... — Não estou! Não vai embora. Fica comigo… — Depois diz que não está bêbada! — Danilo falou, revirando os olhos. Ele odiava o poder de sedução de Maya. Pior que ela nem percebia o quanto ficava sexy e desejável com aquela saia de couro preta, top branco que valorizavam um busto perfeito, batom vermelho na boca. Sua esposa era linda! — Você nem vai lembrar amanhã que me disse essas coisas, Maya. — Eu não estou bêbada. E vou te provar! Danilo sentiu diferença na voz dela, como se ela tivesse ficado sóbria de uma hora pra outra. Balançou a cabeça. Não, ela não era assim e já tinha dito que não o queria. Resolveu brincar com ela, para que ela voltasse a rir como antes. — Como? Vai fazer o quatro? — Engraçadinho! Você uma vez me disse
Danilo parou de falar, se lembrando daquela noite. Aquela mulher que estava ao seu lado na cama, deitada de bruços, os cabelos loiros sobre o rosto, somente as nádegas cobertas. O longo banho, os pensamentos, as lembranças. A decepção quando saiu do banheiro e não a encontrou. A longa procura por aquela sensação novamente. Sabia que não estava louco, que não foi uma alucinação da droga que lhe deram. Tinha marcas de unhas nas costas pra provar pra si mesmo! Depois começou a lembrar das coisas que Maya lhe contou que fazia todo o sentido: ela foi drogada na despedida de solteira dela. Quando entrou no hotel, viu a despedida de solteira. Mulheres todas de máscara de coelhinhas se divertindo. Comentou com o barman! Um pensamento lhe veio à cabeça, e resolveu perguntar, se afastando dela: — Você me disse que quando refaziam a cena daquela noite, Steve participava. Porque? — Quando acordei, ouvi barulho de chuveiro e achei que era a Hanna. Vi um chupão em meu peito. — Danilo se lembr
Maya acordou nua e sozinha na cama. Levou alguns segundos para se situar, lembrando de tudo o que aconteceu. Sentiu a boca inchada e se lembrou das mordiscadas que Danilo deu. Se lembrou completamente da noite anterior e de tantos orgasmos que teve. Estava com o corpo cansado, mas satisfeito. Onde estaria Danilo? Sua cabeça fez um giro para o sonho que estava vivendo, tão diferente da sua realidade diária. Realidade? Maya se levantou de um salto, lembrando que tinha um passeio com as crianças naquela manhã. Na mesma hora, Danilo entrou com uma bandeja repleta de pães, bolos, sucos, frios e frutas. Um verdadeiro banquete! — O que é isso, Danilo? Convidou quantas pessoas pra comer com a gente? — Isso é só um aperitivo porque você pulou o café da manhã. São 11 horas já. — Dormi demais e perdi a hora de buscar as crianças. — Não. Liguei logo cedo para Justin para dizer que você estava indisposta. Sabrina os buscou, me chingando horrores, e nesse momento seu pai, vovó Sophia e as
Maya e Danilo passaram o sábado inteiro trancados no quarto. Parecia que queriam tirar todo o atraso dos dez anos afastados! O que Maya achou mais agradável e interessante, é que não fizeram sexo o tempo todo! Conversaram, riram. Maya contou muitas coisas sobre sua vida, como estudou, como se empenhou pra chegar onde estava. Como dançou em boate, e não tinha vergonha disso! Pra ela, era um lugar horrível. Mas, levava o pão pra casa e ela precisava disso, viu como um trabalho! — E os homens não ficavam loucos pra levar você pra cama? — Óbvio, né? Aliás, tenho que te dizer que você é um idiota! — Eu? O que eu fiz? — Me ofereceu 30 mil na sua garrafa ouro! — Eu entendo que é quase o valor da minha garrafa mais cara, mas eu a queria de volta, não podia deixar na mão de uma Loren qualquer! — Querido. Não sou uma Loren qualquer! Sou a dona da Saborosa, a adega mais badalada de São Francisco! Mas, quando eu era só uma Loren qualquer, recebi uma proposta de cinquenta mil dólares
Envergonhada, Maya contou tudo pra avó. Da briga na boate depois que Danilo chegou do nada, da tórrida noite de amor e de descobrir que Danilo foi o homem daquela noite, o que o colocava como o pai de Justin. — Não entendi seu raciocínio de seguir com o DNA...— Vó , eu preciso colocar uma pá de cal nessa história com o Denny. Danilo acha que ele quer recuperar a juventude que viu se esvair ao lado de Hanna. E eu não duvido disso não. Ele se fez de vítima pra mim, mas não acredito muito nele. Quem ama não trai. Ele nunca me amou de verdade e agora quer me usar pra se livrar de Hanna e da falência. Ele não tinha o direito de inventar essa história. E eu não quero ficar batendo nessa mesma tecla, passando uma vida me defendendo. Vou lá, faço esse exame, provo que ele mentiu e sigo minha vida! E outra coisa: passei 9 anos dizendo para meu filho que ele é uma produção independente e vendo ele me defender quando os coleguinhas diziam que eu fui abandonada. Para justificar esse exame, tive
Maya não gostava de violência, mas queria dar um grande soco na cara de Denny por fazer ela e Justin passarem por aquela humilhação! Só o que a confortava, era que ela gostou muito da audiência preliminar onde o juiz pediu o exame:— Senhora Bukaiter, a senhora pode afirmar com cem por cento de certeza que não era o senhor Toronto naquele quarto de hotel, na noite da concepção do menor em questão? — Não senhor. Eu sei que meu marido é pai do meu filho, porque nós dois fomos drogados para passarmos a noite juntos. Sei que não tive relações com o senhor Toronto dois dias antes, como ele afirma. — A senhora se lembra do seu marido passando a noite com a senhora, ou é apenas a coincidência da mesma situação? — Não me lembro.— Então como pode afirmar que Justin é filho do seu marido? — Uma marca de nascença que os dois têm no peito...— Vou acreditar em sua palavra, senhora Bukaiter. Minha larga experiência como juiz de família, me diz que uma mulher semp