No quarto pintado de branco, onde as recordações de Luís lhe eram visíveis e a incomodavam, fez algumas mudanças. Tudo para ver se assim espantava a assombração da saudade que a torturavam a todo instante que ali se encontrava. Mesmo assim de nada adiantou mudar a cor das paredes, os móveis e trocar os lençóis da cama, até mesmo passar a usar perfumes diferentes. Parecia que o cheiro dele estava presente em sua pele e não havia como parar de respira-lo e sentir o seu sabor gostoso. Ao deitar-se para dormir, imaginava todos os momentos maravilhosos que conviveram juntos naquele lugar e das sacanagens praticadas naquela cama.
Sob a luz que lhes permitia ver cada detalhe de sua nudez e ao lembrar claramente das loucuras que fizeram ela se excitava e a masturbação era a única solução. Uma mulher que antes abusava dos homens que rastejavam a seus pés agora buscava prazer com as próprias mãos. Claro que se ela quisesse teria dezenas de candidatos disponíveis para
Vera Lúcia logo percebeu o cinismo da moça que agora na fase adulta parecia mais linda do que antes, sem falar que estava gostosa a contento. Luís não perdeu tempo e passou um raio x nos seios ainda durinhos da bela mulher e quase vitrificou o olhar na bunda carnuda que um dia enfiou seu cacete até bater no saco e ficou extremamente excitado. Ela seguiu pelo corredor do shopping e ao caminhar olhava para trás, como se o chamasse para um encontro numa das dependências do lugar. E ele, compreendendo o chamado cuidou em criar situações que lhe permitisse escapar por um tempo de Vera, por mais curto que fosse, para pelo menos dar o número de seu celular para aquela de quem nunca conseguiu esquecer. Mesmo sendo ela a responsável por toda a lama moral que um dia foi lançada sobre ele, a culpada pelo amargo sofrimento e a vergonha que viveu, nem por tudo isso foi capaz de esquecê-la ou apagar suas lembranças. E ela sabia disso ao ponto de se insinuar novam
Passaram meses e os encontros dos dois infiéis aconteciam sempre pelas madrugadas, quando a vizinhança se recolhia e Vera dormia a base de sonífero colocado propositadamente por seu maridonum copo de suco durante o jantar. Devido beber tanto esta droga a mulher andava apresentando um sério quadro de problemas, entre eles a sonolência constante. O casal já não fazia mais sexo como antes, somente quando ele bem entendia que fizessem. Era na amante que ele buscava constantemente sua realização sexual, praticando todo tipo de sodomia e atos do mais baixo nível, tudo em nome do prazer. O ruim da sodomia é que ela vicia quem dela faz uso e se torna constante em suas vidas. Quanto mais se pratica, mais se quer fazer, e cada vez pior. E este mal dominou Márcia que quanto mais inclinada moralmente, mais sentia a necessidade de se prostituir e cometer todas as promiscuidades que pudessem estar ao seu alcance. Chegou uma época em que apenas a sodomia feita
Voltou a viver em liberdade e teve o apoio necessário para conseguir de imediato um emprego num dos mais importantes restaurantes da cidade, onde passou a atuar como Chef de cozinha, conquistando rapidamente uma imensa clientela e a admiração de sua patroa, Sophia, com quem criou um forte vínculo, tornando-se uma grande confidente e amiga. Quando se conheceram, estavam tentando recomeçar suas vidas depois de fracassarem inúmeras vezes no amor, eram duas derrotadas no plano sentimental. Tanto uma como a outra haviam tentado encontrar a felicidade até mesmo ao lado de pessoas do mesmo sexo, mas deu em nada. E após revelarem este segredo uma para a outra se identificaram como almas gêmeas. Sophia havia abandonado a homossexualidade e dedicou-se a religião, Vera um dia viveu um relacionamento desse tipo, ao lado de outra mulher, mas abandonou ao casar-se com Luís Guilherme, no entanto tudo resultou em vergonha e humilhação. Parecia que restava apenas uma forte amizade para ser v
Seu nome era Sophia, nasceu numa cidade miserável do Nordeste, filha de uma mãe que ganhava a vida na prostituição e um pai que se matava no boteco da esquina, bebendo cachaça com uma turma de alcoólatras iguais a ele. Seus dois irmãos mais velhos não queriam nada na vida, apenas fumar maconha e fazer assaltos na vizinhança. Já tinham sido ameaçados de morte diversas vezes, porém nenhum dos que os ameaçaram foram machos o suficiente para executar o prometido. Desde cedo aprendeu a não pensar no amor e na paixão, sua mãe dizia que isso era sentimento de gente fraca, quem se apaixonava só fazia tolices e servia de otário para os outros. Solta pelas ruas, fazia amizades com todo tipo de gente, mas sabia diferenciar os bons dos maus e dessa forma nunca deixou que o pior lhe acontecesse. Às vezes dormia no velho barraco feito de barro pisado com pedras. Coberto com palhas de palmeiras, em outras ocasiões pelas casas da vizinhança ou até mesmo pelos bancos das praças.<
Aconteceu que aos poucos. Sofia passou a implicar com o namoro da amiga, dizendo que o rapaz não era o homemideal para ela e isso foi, lentamente, enfraquecendo a relação dos dois e por fim separaram-se. Ambas sozinhas e carentes, começaram a ter desejos uma pela outra, o que antes já era o propósito de Sophia. Que mesmo sem entender direito os próprios sentimentos, desejava ardentemente a melhor amiga. Mas, temia revelar a ela o que estava sentindo, sequer podia imaginar que a parceira sentisse o mesmo todas as vezes que dormiam abraçadas. Virou rotina esse negócio de uma ir passar a noite na casa da outra, chegavam tarde da faculdade e iam direto para o quarto, o pai de Luzia passou a desconfiar que havia algo errado, antes parecia ser somente uma grande amizade, mas agora se complicou com esse negócio de ficarem sem um namorado e dormindo juntas na mesma cama, como se fossem um casal normal, mas a mãe defendia a feminilidade da filha: — Me admiro
A situação inverteu e agora era Luzia que sentia queimar dentro dela o ardor do ciúme, além da vergonha de ser desmascarada diante de das provas que não deixavam qualquer dúvida quanto a suas ações infames contra a companheira, que se dedicou tanto para preservar o relacionamento oriundo de uma amizade sincera, mas que terminava ali, naquele exato momento, e de forma constrangedora. Ao ouvir de Sophia que tinha passado a noite no mesmo local onde ela a vários meses encontrava-se com o amante e que teria sido ao lado de um amigo, quase morre de raiva. Desejou descobrir de quem se tratava para tomar satisfações, pois o canalha estaria saindo com sua mulher. Eram casadas, as coisas não poderiam simplesmente acontecer assim. Era de fato verdade o que ela analisava, mas teria antes que refletir nas atitudes que tomou contra sua companheira até poucos meses atrás, quando ela rastejava como um pobre diabo. Desejosa de pelo menos uma migalha de atenção e era tratada como uma i
Era uma madrugada de sábado para domingo, as duas mulheres voltavam de uma festa num conhecido clube da cidade. Se dirigiam para casa após se despedirem de outros amigos. Luana exagerou na bebida e era Sophia quem apesar de também um pouco embriagada dirigia com muito cuidado o carro, se esforçando para evitar acidentes. Antes do cruzamento entre duas vias havia um semáforo de três tempos que levava um tempo considerável para liberar o trânsito. Ao estacionar o veículo, aguardando ser liberada para seguir viagem percebe parar ao lado um outro carro preto. O vidro baixa e ela ver o motorista com uma arma em punho apontada em sua direção. Apesar da pouca visibilidade, tanto por causa da noite sem luar como pela pouca luz no interior do veículo, sem levar em conta estar alcoolizada, era quase impossível identificar quem a ameaçava. O semáforo abriu e o carro preto parte em alta velocidade, deixando-as para trás. Mesmo esforçando-se como pôde para anotar a placa nã
Otávio, devido ao cansaço pelas horas de preleção e pela estrada escura na qual seguia de volta para casa ainda de madrugada. Acompanhado pela esposa e a filha de apenas cinco anos, dormiu ao volante. E perdeu a direção e capotou o carro na alta estrada, ao dormir no volante por alguns segundos, saindo da estrada e caindo ribanceira abaixo. No grave acidente veio a óbito pai e filha, somente Sophia escapa com vida e é resgatada por outros motoristas que passavam pelo local e levada a um hospital próximo dali, porém inconsciente. Ao despertar do coma de dois dias estava alheia ao que teria acontecido com o esposo e a pequena Luciana. Familiares de Otávio e amigos próximos ao casal se fizeram presentes para confortá-la tão logo ficaram cientes do acidente, polícia pôde localizá-los pelos documentos pessoais das vítimas e agenda telefônica dos celulares. Mantiveram segredo sobre a real situação por vários dias, apesar das constantes indagações dela sobre o est