Ela simplesmente fez meu outro mundo virar do avesso completamente da forma como fazia amor comigo, amor não, como ela fodia selvagemente comigo, literalmente, entre nós não era algo que podemos dizer, convencional, era puramente carnal, queríamos foder um com o outro nos limites que um ser humano poderia aguentar.
E assim fizemos.
Era o que eu, T. tinha falado para mim mesmo quando me olhei no espelho pela primeira vez naquele quarto de motel e percebi na loucura que tinha feito.
Na loucura que ‘tínhamos’ feito...
Porque loucura?
Sim, parece realmente loucura, e vocês verão que realmente foi uma na mais completa e literal forma de dizer e interpretar cada ato que tivemos juntos, algo que geralmente alguém como nós jamais teríamos coragem, ou motivos para fazê-lo, foi algo maior do que nós, uma atração irrefreável e impulsiva que sentimos um pelo outro, impossível dizer não ao que queríamos fazer.
Éramos casados, e muito bem casados, diga-se de passagem, com pessoas que verdadeiramente amávamos e somos loucamente apaixonados por nossos cônjuges, temos filhos, carreiras... (eu um respeitado oficial na Marinha Norte Americana e aspirante a escritor nos raros momentos de folga – quando não estou em missão – e ela trabalha como enfermeira em um consultório), coincidentemente, duas profissões que, devido suas vestimentas, sempre são alvos de fetiches, mas quero deixar bem claro que em nenhum momento foi isso que aconteceu entre nós, não era um fetiche de Farda X Jaleco de Enfermagem, era corpo x corpo, alma x alma e prazer x prazer.
Nunca foi porque isso (o sexo no caso) nos faltava dentro de casa, não, felicidade era algo presente para nós dois, um mundo razoavelmente perfeito, mas tínhamos um outro mundo dentro de cada um de nós que ressoou quando nos falamos pela primeira vez.
E simplesmente tudo inevitavelmente aconteceu.
Existe um porque (como tudo nesta vida), mas não existe explicação para o que vivemos e fizemos, eu simplesmente me vi preso naqueles olhos verdes flamejantes, desejando ardentemente penetrar neles da mesma forma que penetrei em seu corpo nu o mais profundo que alguém poderia nos sonhos de alguém, e ela me engoliu como ninguém jamais foi capaz de fazer.
E por incrível que pareça, gostava muito disso.
Não nos conhecíamos pessoalmente, até então, mas era como se uma outra parte de nós mesmos, que nunca falamos para ninguém, tivesse, de repente, despertado, uma sintonia que aconteceu para os dois em uníssono, como se nossas almas tivessem saltado do corpo e finalmente se reencontrado em outro lugar esperando por aquele momento por toda uma eternidade.
Talvez você não saiba, (da mesma forma como eu fingia não saber), mas dentro de nós existe um lado selvagem, algo oculto que você esconde por medo de soltar e machucar as pessoas e, principalmente, se machucar, porque é algo tão intenso o que você deseja que convencionalmente assusta as pessoas, algo tão selvagem que ninguém irá domar, algo que somente uma única pessoa consegue despertar e não tem a menor intenção que você pegue leve, não, ela quer que você vá com tudo porque não há limites dentro dela também.
Ela sabia que isso era um jogo muito perigoso, um caminho que jamais poderiam voltar atrás.
Ambos sabiam...
Mas eles queriam o perigo deste outro mundo, deste e de qualquer outro mudo em que pudessem viver aquilo da mesma forma que viveram.
Há muito tempo vivo uma vida tradicional, podemos dizer assim, fui criado pela minha avó materna que sempre me educou dentro dos princípios antigos dos quais ela havia sido criada, pois meus pais se separaram quando eu tinha apenas oito anos de idade e acabei vivendo a vida ao meu bel prazer, sem regras e sem limites, sem ninguém dizer o que deveria fazer (o que talvez seja um milagre que eu esteja vivo até hoje), e isso se sucedeu durante minha adolescência enquanto era o atleta da escola (e vi minha carreira ir por água abaixo por puro capricho), depois fui para a faculdade e decidi seguir carreira militar, tudo isso conjuntamente, onde conheci minha esposa, namoramos, nos casamos, tivemos um filho lindo e vivemos felizes apesar de qualquer contratempo que todo casal tenha. Paralelamente venho seguindo uma carreira de escritor, que a princípio não me rende quase que absolutamente
Como eu havia sido criado sozinho, descobri muitas coisas sem a ajuda de ninguém, ou com a ajuda das pessoas erradas, de amigos que gostavam imensamente de pornografia, apesar de gostar de coisas mais levezinhas, de vez em quando também via algumas cenas mais hardcore (mas não era exatamente o que eu gostava de assistir, dez caras comendo uma pobre e inocente garota indefesa) e sempre ficava imaginando como seria conhecer alguém como aquelas garotas loucas, que faziam coisas bizarras na cama, o que na minha cabeça jamais passou que fosse apenas por dinheiro. A vida seguiu, eu cresci, tive minhas primeiras experiências sexuais com pessoas diferentes, assim como eu, convencionais, e a vida seguia como se nada no mundo fosse mudar o seu curso natural, o que na grande maioria das pessoas realmente não mudam. Casar, ter
Devido a correria do dia-a-dia de ambos, fomos nos falando esporadicamente, claro, com a inocência de que ela estava querendo escrever um livro, sendo uma ideia muito remota que algum dia iria comer o rabo daquela deusa de olhos verdes, quiçá fazer tudo o que sempre sonhei com alguém como se fosse o mais importante ator pornô de Hollywood, e o que jamais imaginei também com alguma garota. Naquelas semanas estava extremamente atarefado com palestras, aulas e minhas escalas na academia, e claro, meu aniversário de quarenta anos de idade, foi então que ela me chamou: Adorei seu novo vídeo, sua voz é muito sensual, e... parabéns pelo seu aniversário” — Obrigado... Eu detesto a minha voz, mas se você gostou, fico feliz. — Eu abri e você apareceu, ent&a
Eu tinha dezessete anos quando descobri algo sobre mim mesma, algo que jamais havia arriscado fazer, eu me tocar e me dava prazer, mas me tocar de forma mais “forte” aumentava essa sensação de prazer, um prazer completamente diferente do que eu via as pessoas comentarem, um prazer que eu trancava a sete chaves para que ninguém descobrisse, pois tinha medo do que iriam pensar... pensar que sou diferente... pensar que sou maluca... E talvez eu seja mesmo... Mas essa não era a questão, eu tinha (tenho até hoje na verdade) irmãs, e nenhuma delas eram iguais a mim, tinha amigas e nenhuma delas jamais haviam confidenciado tal sensação, da mesma forma que eu jamais tive coragem de fazer isso com elas, mas então surgiu uma luz no fim do túnel. Importante dizer que sou uma pessoa realizada em
Óbvio que entre nós haveria muitas coisas em comum, desejos e experiências, além de coisas que acontecem que indiscutivelmente só nós dois poderíamos entender e perceber no dia-a-dia, afinal, éramos de outro mundo, mas um mundo igual um para o outro. Quando bati o martelo sobre o título deste livro, já que também escolhemos uma trilha sonora para o nosso embate sexual sem limites (e vocês o entenderão muito bem quando chegar a hora), Slave to love, é o título de uma música do Brian Ferry que foi trilha sonora do filme 9 semanas e ½ de amor, o que achei pertinente o que estava acontecendo conosco. Fui tomar um sorvete com meu filho e liguei o rádio e simplesmente a introdução da música começou a tocar. Não &eacu
Da minha cidade, N. até a cidade dela, F. são exatos 427 quilômetros (de carro, de ônibus dura um pouquinho mais, mas via de regra são quatro horas e meia de viagem, não mais do que isso em situações normais), então, decidimos que não seria nem na cidade onde moro e muito menos na cidade em que ela mora, queríamos que literalmente estivéssemos neste outro mundo onde tanto a minha realidade quanto a dela não influenciassem em absolutamente em nada do que iríamos fazer juntos. Nosso encontro seria entre as duas cidades, que era em C., uma cidade interiorana do Estado, duas horas e dez minutos de viagem para cada um. Nada mais justo... — Você tem certeza? Não terá mais volta... Ela sorriu diante do desafio. 
Me preparei toda naquela manhã, após comemorar meus trinta e três anos em grande estilo e ganhando de presente algo (mas posso também entender como alguém), agora estava na hora de experimentar tudo aquilo que ele tinha me mostrado naquela manhã tão especial, iria ganhá-lo, e isso era algo que estava esperando desde meus dezessete anos de idade. E valeu cada segundo aquele encontro... Passei o batom vermelho que ele adora, coloquei uma saia bem curta e decidi ir sem calcinha, havia feito depilação e esperava ansiosamente por cada momento que iríamos viver juntos. Dei uma desculpa qualquer para a minha chefe, pois havia recentemente coberto as férias da minha companheira de serviço e uma outra desculpa para o meu marido que chegaria tarde do trabalho, o que de certa forma n&
Ela encostou o carro no meio fio da calçada perto de mim e abaixou o vidro e me deu o sorriso mais lindo que alguém poderia receber de boas-vindas, ela era incomparavelmente mais linda pessoalmente do que por vídeo... O que na minha cabeça era impossível de ser verdade que aquilo estava realmente acontecendo... Era mais ou menos como nas lendas gregas em que os deuses desciam do céu para foder com os homens/mulheres, e uma deusa tinha acabado de estacionar o carro na minha frente querendo loucamente foder comigo. E ninguém pode recusar a atender os deuses... — Vamos, gatinho? – Disse ela enquanto abaixava os óculos escuros e mostrando seus olhos verdes que me deixavam malucos, mais do que nunca eu queria penetrá-la, não somente entre as suas pernas, mas