Assim que C. me viu, se levantou elegantemente e jogou o líquido que tinha na taça em meu rosto.
— Como tem coragem de voltar aqui depois de tudo...
Fechei meus olhos, respirei fundo, então meu marido apareceu com uma toalha.
— Eu te disse que era uma má ideia.
— Só queríamos que soubessem que fui inocentada e...
Olhei para a minha barriga, estava muito feliz, pois seria, enfim, mãe de um menino.
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Aquilo foi quase que um chute em meu estômago de felicidade. — Como? — Estou grávida... Me ajoelhei diante dela e beijei a sua barriga, era como se estivéssemos só nós dois em todo o universo. — Você não sabe o quanto esperei por isso... — Só me prometa uma coisa. — Claro... o que você quiser... De repente, me lembrei que estávamos acompanhados, mas ao olhar novamente os dois tinham sumido. — Me
Ela simplesmente fez meu outro mundo virar do avesso completamente da forma como fazia amor comigo, amor não, como ela fodia selvagemente comigo, literalmente, entre nós não era algo que podemos dizer, convencional, era puramente carnal, queríamos foder um com o outro nos limites que um ser humano poderia aguentar. E assim fizemos.Era o que eu, T. tinha falado para mim mesmo quando me olhei no espelho pela primeira vez naquele quarto de motel e percebi na loucura que tinha feito. Na loucura que ‘tínhamos’ feito... Porque loucura? Sim, parece realmente loucura, e vocês verão que realmente foi uma na mais completa e literal forma de dizer e interpretar cada ato que tivemos juntos,
Há muito tempo vivo uma vida tradicional, podemos dizer assim, fui criado pela minha avó materna que sempre me educou dentro dos princípios antigos dos quais ela havia sido criada, pois meus pais se separaram quando eu tinha apenas oito anos de idade e acabei vivendo a vida ao meu bel prazer, sem regras e sem limites, sem ninguém dizer o que deveria fazer (o que talvez seja um milagre que eu esteja vivo até hoje), e isso se sucedeu durante minha adolescência enquanto era o atleta da escola (e vi minha carreira ir por água abaixo por puro capricho), depois fui para a faculdade e decidi seguir carreira militar, tudo isso conjuntamente, onde conheci minha esposa, namoramos, nos casamos, tivemos um filho lindo e vivemos felizes apesar de qualquer contratempo que todo casal tenha. Paralelamente venho seguindo uma carreira de escritor, que a princípio não me rende quase que absolutamente
Como eu havia sido criado sozinho, descobri muitas coisas sem a ajuda de ninguém, ou com a ajuda das pessoas erradas, de amigos que gostavam imensamente de pornografia, apesar de gostar de coisas mais levezinhas, de vez em quando também via algumas cenas mais hardcore (mas não era exatamente o que eu gostava de assistir, dez caras comendo uma pobre e inocente garota indefesa) e sempre ficava imaginando como seria conhecer alguém como aquelas garotas loucas, que faziam coisas bizarras na cama, o que na minha cabeça jamais passou que fosse apenas por dinheiro. A vida seguiu, eu cresci, tive minhas primeiras experiências sexuais com pessoas diferentes, assim como eu, convencionais, e a vida seguia como se nada no mundo fosse mudar o seu curso natural, o que na grande maioria das pessoas realmente não mudam. Casar, ter
Devido a correria do dia-a-dia de ambos, fomos nos falando esporadicamente, claro, com a inocência de que ela estava querendo escrever um livro, sendo uma ideia muito remota que algum dia iria comer o rabo daquela deusa de olhos verdes, quiçá fazer tudo o que sempre sonhei com alguém como se fosse o mais importante ator pornô de Hollywood, e o que jamais imaginei também com alguma garota. Naquelas semanas estava extremamente atarefado com palestras, aulas e minhas escalas na academia, e claro, meu aniversário de quarenta anos de idade, foi então que ela me chamou: Adorei seu novo vídeo, sua voz é muito sensual, e... parabéns pelo seu aniversário” — Obrigado... Eu detesto a minha voz, mas se você gostou, fico feliz. — Eu abri e você apareceu, ent&a
Eu tinha dezessete anos quando descobri algo sobre mim mesma, algo que jamais havia arriscado fazer, eu me tocar e me dava prazer, mas me tocar de forma mais “forte” aumentava essa sensação de prazer, um prazer completamente diferente do que eu via as pessoas comentarem, um prazer que eu trancava a sete chaves para que ninguém descobrisse, pois tinha medo do que iriam pensar... pensar que sou diferente... pensar que sou maluca... E talvez eu seja mesmo... Mas essa não era a questão, eu tinha (tenho até hoje na verdade) irmãs, e nenhuma delas eram iguais a mim, tinha amigas e nenhuma delas jamais haviam confidenciado tal sensação, da mesma forma que eu jamais tive coragem de fazer isso com elas, mas então surgiu uma luz no fim do túnel. Importante dizer que sou uma pessoa realizada em
Óbvio que entre nós haveria muitas coisas em comum, desejos e experiências, além de coisas que acontecem que indiscutivelmente só nós dois poderíamos entender e perceber no dia-a-dia, afinal, éramos de outro mundo, mas um mundo igual um para o outro. Quando bati o martelo sobre o título deste livro, já que também escolhemos uma trilha sonora para o nosso embate sexual sem limites (e vocês o entenderão muito bem quando chegar a hora), Slave to love, é o título de uma música do Brian Ferry que foi trilha sonora do filme 9 semanas e ½ de amor, o que achei pertinente o que estava acontecendo conosco. Fui tomar um sorvete com meu filho e liguei o rádio e simplesmente a introdução da música começou a tocar. Não &eacu
Da minha cidade, N. até a cidade dela, F. são exatos 427 quilômetros (de carro, de ônibus dura um pouquinho mais, mas via de regra são quatro horas e meia de viagem, não mais do que isso em situações normais), então, decidimos que não seria nem na cidade onde moro e muito menos na cidade em que ela mora, queríamos que literalmente estivéssemos neste outro mundo onde tanto a minha realidade quanto a dela não influenciassem em absolutamente em nada do que iríamos fazer juntos. Nosso encontro seria entre as duas cidades, que era em C., uma cidade interiorana do Estado, duas horas e dez minutos de viagem para cada um. Nada mais justo... — Você tem certeza? Não terá mais volta... Ela sorriu diante do desafio.