Há muito tempo vivo uma vida tradicional, podemos dizer assim, fui criado pela minha avó materna que sempre me educou dentro dos princípios antigos dos quais ela havia sido criada, pois meus pais se separaram quando eu tinha apenas oito anos de idade e acabei vivendo a vida ao meu bel prazer, sem regras e sem limites, sem ninguém dizer o que deveria fazer (o que talvez seja um milagre que eu esteja vivo até hoje), e isso se sucedeu durante minha adolescência enquanto era o atleta da escola (e vi minha carreira ir por água abaixo por puro capricho), depois fui para a faculdade e decidi seguir carreira militar, tudo isso conjuntamente, onde conheci minha esposa, namoramos, nos casamos, tivemos um filho lindo e vivemos felizes apesar de qualquer contratempo que todo casal tenha.
Paralelamente venho seguindo uma carreira de escritor, que a princípio não me rende quase que absolutamente nada, financeiramente falando, apesar de já ter recebido inúmeros prêmios e elogios, mas entendi que algumas recompensas são mais valiosas do que outras, pois a literatura sempre me abriu portas maravilhosas, e em uma das minhas vasculhadas pelos amigos dos meus amigos de uma famosa rede social, simplesmente algo inesperado e inesquecível aconteceu.
Adicionei J., claro, como quem não quer nada, afinal, nunca havia acontecido nada em minha, até então, pacata vida, não esperaria jamais que aconteceria, como acontecem nos filmes pornôs Hollywoodianos, em que você se esbarra em alguém e em um passe de mágica os dois se apaixonam, vão para a cama e vivem felizes para sempre fodendo como loucos, ultrapassando todos os limites que o corpo humano pode ter, a vida real não existe um:
Felizes para sempre...
Mas descobri que existe um:
Felizes enquanto estamos juntos...
Estava eu em um raro momento prazeroso e diário de leitura noturna, pois sou um notívago, pessoas que têm hábitos noturnos, mais do que assumido, quando recebo uma notificação no Messenger que mudaria a minha vida:
“Olá, tudo bem?”
— Tudo bem, e com você? (...)
Conversa vai e conversa vem, ela me pergunta se sou realmente escritor, e óbvio, respondi que era e começamos a conversar um pouquinho sobre escrita, autores favoritos, o que destoou um pouco, por eu ser romancista neoclássico e ela adepta da literatura hot, como eu já havia lido uma ou outra coisa, não era tão difícil falar com alguém com um gosto tão específico, no fim das contas éramos dois amantes da literatura falando sobre isso, a princípio, só isso.
“Você me adicionou porque sou bonita?” – Perguntou ela na lata, sem mais nem menos.
Cara, o bom dela é que era sempre direta, não ficava de conversinha furada e nem nada, nunca houve, desde o primeiro momento, rodeios entre nós.
— Seria impossível dizer que você não é bonita...
Linda – foi o que pensei...
— Mas vi que temos alguns amigos em comum, todos eles inteligentes e achei que você seria uma excelente aquisição ao meu hall de amigos também inteligentes, a única diferente entre você e eles é que você tem uma beleza acima da média.
Ela admitiu que ficou impressionada, provavelmente porque as pessoas normalmente querem se relacionar com ela só por causa da sua incomparável beleza, mas por ela ser uma pessoa um tanto quanto tímida, prefere sempre avançar qualquer relacionamento na defensiva, reservada, não comigo, mas via de regra, é assim que ela trata as demais pessoas em seu dia-a-dia.
— Tenho interesse em escrever uma história também – disse J.
— E qual seria a temática?
— Hot, mas gostaria de algo diferente.
Uau! Ela gosta de uma putaria literária, então? – Pensei, mas não falei, fui devagar na conversa, não queria ser invasivo, afinal, o fato de uma pessoa gostar de sexo não quer dizer que seja uma puta.
— Diferente em qual aspecto?
Fui conversando pisando em ovos, até então, não imaginava que aquela deusa de olhos verdes quer dar para mim.
— Algo não convencional, sem os clichês que vemos por aí, eu diria, nada romântico, gostaria de um pouquinho de violência, não sei como você interpretaria isso, mas, é isso aí....
— É também meio clichê sadomasoquismo, ainda mais depois de 50 tons de cinza.
— Sim, até mesmo porque retrataram de forma errada a personagem, mas quero algo muito mais intenso do que ela viveu, se é que me entende?
É óbvio que eu entendia perfeitamente...
Ela quer é foder de verdade...
Como eu havia sido criado sozinho, descobri muitas coisas sem a ajuda de ninguém, ou com a ajuda das pessoas erradas, de amigos que gostavam imensamente de pornografia, apesar de gostar de coisas mais levezinhas, de vez em quando também via algumas cenas mais hardcore (mas não era exatamente o que eu gostava de assistir, dez caras comendo uma pobre e inocente garota indefesa) e sempre ficava imaginando como seria conhecer alguém como aquelas garotas loucas, que faziam coisas bizarras na cama, o que na minha cabeça jamais passou que fosse apenas por dinheiro. A vida seguiu, eu cresci, tive minhas primeiras experiências sexuais com pessoas diferentes, assim como eu, convencionais, e a vida seguia como se nada no mundo fosse mudar o seu curso natural, o que na grande maioria das pessoas realmente não mudam. Casar, ter
Devido a correria do dia-a-dia de ambos, fomos nos falando esporadicamente, claro, com a inocência de que ela estava querendo escrever um livro, sendo uma ideia muito remota que algum dia iria comer o rabo daquela deusa de olhos verdes, quiçá fazer tudo o que sempre sonhei com alguém como se fosse o mais importante ator pornô de Hollywood, e o que jamais imaginei também com alguma garota. Naquelas semanas estava extremamente atarefado com palestras, aulas e minhas escalas na academia, e claro, meu aniversário de quarenta anos de idade, foi então que ela me chamou: Adorei seu novo vídeo, sua voz é muito sensual, e... parabéns pelo seu aniversário” — Obrigado... Eu detesto a minha voz, mas se você gostou, fico feliz. — Eu abri e você apareceu, ent&a
Eu tinha dezessete anos quando descobri algo sobre mim mesma, algo que jamais havia arriscado fazer, eu me tocar e me dava prazer, mas me tocar de forma mais “forte” aumentava essa sensação de prazer, um prazer completamente diferente do que eu via as pessoas comentarem, um prazer que eu trancava a sete chaves para que ninguém descobrisse, pois tinha medo do que iriam pensar... pensar que sou diferente... pensar que sou maluca... E talvez eu seja mesmo... Mas essa não era a questão, eu tinha (tenho até hoje na verdade) irmãs, e nenhuma delas eram iguais a mim, tinha amigas e nenhuma delas jamais haviam confidenciado tal sensação, da mesma forma que eu jamais tive coragem de fazer isso com elas, mas então surgiu uma luz no fim do túnel. Importante dizer que sou uma pessoa realizada em
Óbvio que entre nós haveria muitas coisas em comum, desejos e experiências, além de coisas que acontecem que indiscutivelmente só nós dois poderíamos entender e perceber no dia-a-dia, afinal, éramos de outro mundo, mas um mundo igual um para o outro. Quando bati o martelo sobre o título deste livro, já que também escolhemos uma trilha sonora para o nosso embate sexual sem limites (e vocês o entenderão muito bem quando chegar a hora), Slave to love, é o título de uma música do Brian Ferry que foi trilha sonora do filme 9 semanas e ½ de amor, o que achei pertinente o que estava acontecendo conosco. Fui tomar um sorvete com meu filho e liguei o rádio e simplesmente a introdução da música começou a tocar. Não &eacu
Da minha cidade, N. até a cidade dela, F. são exatos 427 quilômetros (de carro, de ônibus dura um pouquinho mais, mas via de regra são quatro horas e meia de viagem, não mais do que isso em situações normais), então, decidimos que não seria nem na cidade onde moro e muito menos na cidade em que ela mora, queríamos que literalmente estivéssemos neste outro mundo onde tanto a minha realidade quanto a dela não influenciassem em absolutamente em nada do que iríamos fazer juntos. Nosso encontro seria entre as duas cidades, que era em C., uma cidade interiorana do Estado, duas horas e dez minutos de viagem para cada um. Nada mais justo... — Você tem certeza? Não terá mais volta... Ela sorriu diante do desafio. 
Me preparei toda naquela manhã, após comemorar meus trinta e três anos em grande estilo e ganhando de presente algo (mas posso também entender como alguém), agora estava na hora de experimentar tudo aquilo que ele tinha me mostrado naquela manhã tão especial, iria ganhá-lo, e isso era algo que estava esperando desde meus dezessete anos de idade. E valeu cada segundo aquele encontro... Passei o batom vermelho que ele adora, coloquei uma saia bem curta e decidi ir sem calcinha, havia feito depilação e esperava ansiosamente por cada momento que iríamos viver juntos. Dei uma desculpa qualquer para a minha chefe, pois havia recentemente coberto as férias da minha companheira de serviço e uma outra desculpa para o meu marido que chegaria tarde do trabalho, o que de certa forma n&
Ela encostou o carro no meio fio da calçada perto de mim e abaixou o vidro e me deu o sorriso mais lindo que alguém poderia receber de boas-vindas, ela era incomparavelmente mais linda pessoalmente do que por vídeo... O que na minha cabeça era impossível de ser verdade que aquilo estava realmente acontecendo... Era mais ou menos como nas lendas gregas em que os deuses desciam do céu para foder com os homens/mulheres, e uma deusa tinha acabado de estacionar o carro na minha frente querendo loucamente foder comigo. E ninguém pode recusar a atender os deuses... — Vamos, gatinho? – Disse ela enquanto abaixava os óculos escuros e mostrando seus olhos verdes que me deixavam malucos, mais do que nunca eu queria penetrá-la, não somente entre as suas pernas, mas
Tirei a sua roupa lentamente saboreando aquele momento único em vislumbrar aquele corpo espetacularmente maravilhoso e delicioso e pensei: Essa garota é simplesmente uma deusa em carne e osso... Seu corpo era perfeito, como se houvesse sido esculpido em cada detalhe, como eu havia realmente sonhado, feito exclusivamente para mim e meu prazer em desfrutá-lo, era quase que impossível alguém como ela que tinha quatro filhos ter um corpo delicioso daqueles e sem academia, se me falassem que Deus era bondoso com certas pessoas no mundo, certamente ela era uma dessas pessoas. Ela havia dito que queria colocar silicone para que seus seios fossem maiores, mal ela sabia que para mim menos é mais, e os dela eram divinamente belos e convidativos.A peguei no colo