No dia seguinte, enquanto eu estava me arrumando pra ir ao trabalho, o meu celular tocou, era o Alex, sua voz firme ecoou no celular...
— Melissa, a partir de agora, você deve pedir demissão do seu trabalho. Assumo integralmente os seus gastos. A instrução de Alex trouxe consigo uma nova realidade, um mergulho mais profundo no mundo que ele estava proporcionando. A promessa de segurança e o compromisso financeiro intensificavam o vínculo entre nós, trazendo à tona as implicações práticas daquela escolha. Com uma mistura de apreensão e curiosidade, eu me vi ponderando sobre as mudanças que aquela decisão acarretaria. — Você tem certeza que quer bancar todos os meus gastos? Perguntei com uma pontada de dúvida na minha voz, mas ele respondeu, com uma confiança aparente... — Melissa, isso é parte do acordo. Quero garantir que você tenha tudo o que precisa, sem se preocupar com as questões financeiras. Apesar da explicação, uma sensação persistente de desconforto permanecia. A ideia de depender completamente de alguém, mesmo que fosse Alex, suscitava uma mistura de gratidão e inquietação. Era um território desconhecido, onde o apoio financeiro se entrelaçava com as complexidades da relação que estávamos construindo. — Alex, há algo que precisamos discutir abertamente, comecei, a incerteza colorindo minhas palavras... Como será a nossa relação? Eu... eu terei que... dormir com você? Houve uma breve pausa antes de Alex responder, escolhendo suas palavras com cuidado: — Melissa, nossos arranjos podem envolver diferentes níveis de proximidade, mas não farei nada que não queira. A resposta dele trouxe um alívio momentâneo, mas a complexidade daquela relação estava longe de ser desvendada. Eu ponderava sobre os limites daquele acordo, consciente de que cada passo adiante poderia trazer consigo novas implicações. Ainda existia algo que eu precisava revelar pro Alex, e diante do andamento das coisas, era necessário eu revelar naquele momento. Com uma mistura de nervosismo e vulnerabilidade, decidi abrir meu coração para Alex... — Alex, há algo que você precisa saber... Eu sou virgem. — Virgem? Disse Alex, surpreendido...Isso é inesperado. A surpresa em sua voz era palpável, a revelação da minha virgindade havia aparentemente desafiado suas expectativas, criando uma pausa momentânea em sua habitual confiança. — Isso é um problema para você? Perguntei, buscando clareza em meio à surpresa que sua reação demonstrava. Houve uma breve pausa antes de ele responder... — Não é um problema. Apenas não era o que eu esperava. A resposta dele trouxe um alívio momentâneo, mas a incerteza ainda pairava no ar. — Eu só peço que você tenha paciência quando chegar a hora, disse com uma sinceridade cuidadosa... Isso é algo novo para mim, e ser tocada por um homem desconhecido não fazia parte dos meus planos. Houve uma pausa antes de Alex responder... — Você nunca se tocou antes? Nunca teve um orgasmo? A pergunta dele me deixou desconfortável, mas eu não poderia fugir da resposta. — Sim, mas acho que não é a mesma coisa. — Essa revelação me deixou completamente... Ele deu uma pausa, mas acabou mudando de assunto... — Bom, não quero falar sobre isso agora, vou mandar dez mil para a sua conta, use para fazer o cabelo e comprar uma roupa, meu motorista irá pegá-la às 20:00 — Alex, isso é muito dinheiro, eu não estou acostumada com isso... Confessei a surpresa evidente em minha voz. Ele respondeu com firmeza... — Quero que esteja à altura da ocasião Melissa. É parte do acordo, e eu quero que se sinta confortável e confiante. A insistência de Alex deixava claro que esse gesto generoso fazia parte dos termos que ele havia estabelecido. Enquanto eu ainda tentava assimilar a magnitude daquele presente, percebi que a minha aceitação era esperada, e que isso, de alguma forma, se encaixava na complexa teia dos planos dele. Antes dele encerrar a ligação, ele voltou ao assunto da cafeteria., a instrução de Alex foi clara e direta... — Antes de qualquer coisa, peça demissão daquele café. Aquele não é um lugar adequado para a minha amante. A exigência trazia consigo uma mudança prática e simbólica, marcando o início de uma nova fase na minha vida. Ao mesmo tempo em que a perspectiva de deixar o trabalho trazia incertezas, compreendi que àquela decisão era uma peça fundamental no tabuleiro que estávamos construindo. Ao desligar o telefone, eu sabia que a próxima etapa daquela jornada estava começando, e a escolha de seguir as instruções de Alex abria portas para um futuro desconhecido, onde as fronteiras entre o pessoal e o acordado se entrelaçavam em uma trama complexa. Ao chegar no trabalho para pedir demissão, a cafeteria estava lotada e a atmosfera movimentada. Ao comunicar minha decisão ao gerente, percebi imediatamente seu desagrado, ele franziu a testa, visivelmente contrariado com a notícia inoportuna. —Melissa, agora não é o melhor momento para isso. Estamos lotados, e você sabe como é difícil encontrar substitutos imediatos, repreendeu ele, tentando conter a frustração. Meu pedido de demissão no auge do expediente não apenas desencadeou a insatisfação do gerente, mas também deixou um rastro de desconforto na dinâmica do café. Eu sabia que aquela decisão estava trazendo consequências imediatas, adicionando uma dose extra de complexidade à minha transição para o que quer que estivesse reservado no caminho que eu estava trilhando com Alex. Diante da situação tensa na cafeteria, decidi não deixar o gerente na mão. Mesmo após pedir demissão, me comprometi a ajudar pelo menos naquela manhã agitada. — Eu sei que não é o momento ideal, mas não quero deixar você na mão. Vou ajudar nesta manhã e garantir que tudo corra o mais suavemente possível... Expliquei, esperando amenizar a tensão criada pela minha súbita decisão. O gerente pareceu aliviar-se um pouco diante da oferta de ajuda. Mesmo sabendo que meu tempo ali estava se encerrando, queria garantir que a transição fosse o mais tranquila possível, afinal eu era grata pelo tempo que eu passei trabalhando com ele. Ao encerrar a manhã agitada na cafeteria, eu e o gerente fomos conversar, sentamos para acertar os detalhes da minha demissão, buscando uma conclusão que fosse justa para ambos. — Eu sei que esta não foi a melhor maneira de lidar com a situação, e sinto muito por isso... Comecei, reconhecendo a abrupta notícia. O gerente, ainda um tanto tenso, assentiu, e juntos discutimos os termos da minha saída. Ambos concordamos em fazer o processo da forma mais amigável possível. Ao final da conversa, com os detalhes acertados, eu me despedi da cafeteria, encerrando um capítulo que, embora breve, havia sido marcado por desafios e mudanças significativas. Naquele momento o foco se voltava para o próximo capítulo da minha jornada, onde as incertezas e as complexidades da relação com Alex me aguardavam.Após a agitada manhã na cafeteria, voltei para casa, tomei um banho rápido e me preparei para cuidar do visual conforme as instruções de Alex. Decidi ir a um salão que nunca imaginei ter dinheiro para frequentar.Ao entrar no salão, porém, a atmosfera mudou. O tratamento que recebi foi frio e distante, uma clara indicação de que não era uma cliente típica. Os olhares e comentários sussurrados sugeriam que minha presença ali não era bem-vinda.Mesmo diante do tratamento desagradável, respirei fundo, decidida a não deixar que a hostilidade daqueles olhares me afetasse.A dona do salão apareceu com seus olhos críticos fixos em mim e com uma expressão de desdém falou comigo.— Certamente, você não tem dinheiro para frequentar este lugar. Por favor, retire-se.A humilhação pairava no ar enquanto os olhares curiosos se voltavam para a cena constrangedora. Ouvir aquilo foi doloroso, tornou-se um lembrete das barreiras sociais que o dinheiro muitas vezes costumava impor.— Não é justo você
Após o banho, vesti uma roupa confortável, escovei os cabelos e fui para a cozinha preparar algo para comer. Enquanto saboreava minha refeição, fui surpreendida por batidas na porta e ao abrir, vi Alex diante dos meus olhos.A presença inesperada dele trouxe uma mistura de surpresa e curiosidade. — Alex, o que faz aqui?— Posso entrar?Eu acenei com a cabeça concordando.Alex entrou com cuidado e seus olhos observaram os meus com atenção. Com gestos suaves, ele segurou carinhosamente meu queixo, notando os olhos vermelhos causados pelas lágrimas.— Melissa, não permitirei que ninguém a faça chorar novamente dessa forma. Isso não deveria ter acontecido.A lembrança dos eventos dolorosos ainda pesava no meu peito, e involuntariamente, lágrimas molharam novamente o meu rosto, a vulnerabilidade do momento era evidente, mesmo diante da presença reconfortante de Alex.Ele percebendo as lágrimas em meu rosto, agiu com gentileza, limpando-as suavemente. Em seguida, pediu que eu me arrumas
Quando voltamos pro carro, Alex me olhou com surpresa.— Eu achei que você iria querer ela fora dali.— Eu sempre vou escolher o bem independente da maldade das pessoas Alex.— Você é tão diferente de mim Melissa, essa sua bondade e pureza me deixa fascinado.— Mas você já não sabia quem eu era antes de entrar na minha vida?— Eu deixei passar esses detalhes que com certeza irão me modificar por dentro, eu sinto uma necessidade absurda de proteger você e eu não estava contando com isso.— Então me diz Alex, quais eram os planos iniciais? O que te motivou a me fazer a proposta que fez?— Ainda não é o momento pra falarmos sobre isso, agora vamos.— Pra casa?— Não, Melissa, ainda resta um lugar pra irmos.Mesmo sem Alex mencionar explicitamente o local, eu pressentia que ele estava me conduzindo ao shopping, a intenção dele era clara, ele desejava que a dona da loja que me destratou recebesse a mesma lição que a dona do salão. A surpresa tomou conta de mim quando chegamos ao shopping
Enquanto Alex e eu caminhávamos pelo shopping, como um casal, meus olhos se fixaram em um vestido deslumbrante na vitrine. Era um vestido longo, envolto em um tom suave de rosa pálido. A saia fluída proporcionava um movimento gracioso, e a parte superior delicadamente bordada com detalhes florais em tons mais escuros dava um toque romântico.As mangas curtas apresentavam um padrão sutil de renda o deixando elegante e o decote em V acentuavam a feminilidade, enquanto a cintura marcada realçava a silhueta, ele era perfeito.Ao perceber o brilho nos meus olhos diante do vestido, Alex me puxou para dentro da loja. A expectativa e a empolgação preenchiam o momento enquanto íamos em direção ao vestido que capturou minha atenção. — Sejam bem vindos, como posso ajudá-los?A vendedora perguntou com um sorriso no rosto, mas eu não sabia se aquele tratamento era sincero ou era pelo fato dela ter percebido o padrão do Alex.— Minha namorado gostaria de experimentar esse vestido.A simples mençã
MELISSA*Eu nunca imaginei que um homem milionário e dono da metade dos estabelecimentos comerciais de São Paulo fosse cruzar a minha vida e virar ela de cabeça pra baixo.Ele era casado e eu era só uma garota com traumas e virgem, alguém que nunca soube o que era ter um homem dentro de si.Crescer naquela casa sempre foi como dançar em uma corda bamba, esperando a queda a qualquer momento. Minha relação com meus pais era mais uma partitura desafinada do que uma harmonia familiar.Minha mãe, com seu olhar crítico, sempre parecia encontrar falhas até nas minhas melhores conquistas. "Melissa, isso poderia ter sido feito de forma melhor"...Ela dizia, como se perfeição fosse uma obrigação e não uma escolha. Meu pai, por outro lado, estava sempre imerso em seu próprio mundo, distante e indiferente às batalhas diárias que eu enfrentava.Numa noite fria, ao jantar, tentei compartilhar um pouco do meu dia..."Consegui uma boa nota na prova de matemática hoje", eu disse com um sorriso frág
Eu tinha o sonho de me tornar médica, mas eu sabia que aquela era uma realidade distante, e o que me restou foi um emprego em uma cafeteria, já que o emprego na loja ficava muito longe da minha mais nova morada.Enquanto as máquinas de café produziam uma melodia monótona na cafeteria, eu sorria para os clientes, escondendo o eco persistente desse sonho que ainda ressoava em meu coração. O aroma do café substituía o cheiro do formol dos laboratórios, e os pedidos de cappuccinos substituíam as consultas que eu sonhava em conduzir.Cada xícara servida era um lembrete silencioso das escolhas que a vida me ofereceu. No entanto, mesmo entre os grãos moídos e os clientes apressados, eu encontrava pequenos momentos de satisfação. Cada expresso era uma paleta de experiências únicas, e eu aprendia a saborear as histórias que os clientes compartilhavam enquanto aguardavam o café.Nos intervalos entre os turnos na cafeteria, as apostilas de biologia e anatomia se misturavam aos pacotes de café. À
No fim do expediente eu fui pra casa, tirei o número do bolso, peguei o celular e liguei pro número fornecido pelo Alex.— Eu estava esperando a sua ligação Melissa.— Como você sabe que sou eu?— Eu dei esse número apenas pra você.— Eu não entendi o motivo de você ter deixado o seu número, qual foi a sua intenção?— Eu tenho uma proposta para você. — Que proposta?— Te darei um apartamento, um milhão de reais e a faculdade de medicina dos seus sonhos, tudo isso em troca de ser minha amante pelos próximos seis meses.A proposta que ele fez era inesperada e, de certa forma, desconcertante, a oferta pairou no ar, uma mistura estranha de oportunidade e dilema. Por um lado, estavam os sonhos que eu guardava secretamente, agora tão perto de se realizarem. Por outro lado, a ideia de ser amante de alguém por um período definido deixava-me desconfortável.— Como você sabe que quero fazer medicina? Perguntei, perplexa.Ele respondeu com uma calma calculada...— Pra mim não é difícil ter ess