Aurora Backer
Taylor acabou de me perguntar sobre meu sobrenome. Fazendo com que eu me sinta perdida, porque ao saber meu sobrenome, ele vai descobrir quem sou de verdade. Ou talvez ele não me conheça, mesmo pela mídia.
— Vamos, Aurora, qual é o seu sobrenome? — Taylor interroga mais uma vez.
— Bom é que… É… — Posso dizer que eu me atropelei em nervosismo.
— É...? Sério que tá considerando responder seu nome? — Com os olhos arregalados, pergunta.
— Não, não… Bom, é Richards.
“Na verdade, é Aurora Backer Richards, mas ele não precisa saber o meu nome do meio. E também não estou mentindo, mas ninguém vai me encontrar na busca por esse nome, pois até a mídia desconhece.”
— Aurora Richards, esse nome é forte. O meu é White. — Responde, sorrindo.
— Então, agora você quer me chamar pelo meu sobrenome? E eu te chamo pelo seu? Quanta formalidade! — Retruco para cortar o clima.
— Eu não disse isso, Richards.
Revirei os olhos pela provocação sobre me chamar pelo sobrenome.
— Mas prefiro te chamar de linda.
— Vou acabar acreditando nisso, doutor.
— Que você é linda? Se não acredita, só um conselho, olha seu reflexo e vai entender o quão linda é. — Seu olhar era de pura sinceridade.
— Então vou te chamar de doutor.
— Não aceito esse tratamento vindo de você, me chame como todos, me chame de Tatá ou Tay.
— Não mesmo! Pois não sou todos e a enfermeira sexy já te chama de Tay.
— Isso é ciúme? — Com um sorriso prepotente no rosto, ele me fixa.
— Eu? Ciúmes de você? Me poupe! — respondo dando gargalhadas.
— Confessa… — Estalou os dedos e tornou a falar: — Reconheço ciúmes de longe, Aurora, você não me engana!
— Você está sendo muito presunçoso, doutor.
— Ok, o que faço para não me chamar de doutor?
— Podíamos ver uma maneira ideal para resolver isso. — Coloquei a mão no queixo e tentei pensar. — Ah, podemos chamar mutualmente do que mais gostamos e iremos evitar brigas.
— Bom, eu gostei dessa proposta. — Sorrindo, Taylor afirma. — Esse é um jeito aleatório, ninguém entenderá e será exclusivamente nosso.
— Tudo bem, escolha como me chamar. — Animada, respondo.
— Escolha sua joia favorita. — Ele espera minha resposta ansioso.
— Safira.
— Safira? Por quê? — Pergunta intrigado.
— Porque amo essa pedra, significa fidelidade. — Respondo cabisbaixa.
— Eu, com certeza, vou pesquisar sobre ela. — me deu um sorriso branco lindo.
— E você, o que mais gosta no mundo, Taylor?
— Safiras! — Sua resposta foi objetiva.
Fiquei sem reação, apenas sorrindo sem jeito por essa revelação.
— Como podem ser safiras se você nem sabia o significado? — Bato em seu ombro. — Não vale roubar meu apelido.
Taylor cobre os olhos com as mãos escondendo-se em derrota, mas ainda assim, sorrindo.
— Tem razão, não posso roubar o seu… — Olhou para o teto do banheiro sorrindo. — Então, universo. Amo o universo!
— Nossa, acho que seria estranho te chamar de universo. — Ambos demos gargalhadas altas.
— Tem razão, seria super estranho.
— Já sei! — Interrompendo-o, falo: — Escolha um planeta e eu te chamarei por ele.
— Hum, boa ideia. Acho que… — Coça a barba levemente enquanto cerra os olhos para a janela. — Marte.
— Marte? — Pergunto, surpresa.
— Isso, esse planeta é regente do meu signo.
— Signo? Qual o seu? — Interrompo-o, indagando novamente.
— Isso, Áries.
— Áries? Interessante…
— E o seu? — ele direciona a pergunta para mim.
— Escorpião.
— Também é regente do fogo, portanto, eu gosto de Marte.
— Interessante, ainda não havia conhecido ninguém de Áries, achava pessoas desse signo raras.
— Eu não posso dizer o mesmo, infelizmente conheci muita gente de Áries e, ora eu me dava super bem, outrora me dava muito mal pelo lado emocional.
Soltei uma risada alta e descontrolada.
— Os arianos têm famas bem complexas, mesmo! — Declaro ainda rindo.
— Ah, como se os escorpianos fossem perfeitos. — Ele retrucou gesticulando excessivamente com as mãos em provocação.
— Somos perfeitos, vocês arianos não nos seguem.
— É mesmo? Engraçado, Áries é o signo topo, ou seja, quem lidera.
— Você chega a ser engraçado, Taylor, somos um dos signos mais fortes do zodíaco. Não precisamos de líder! — Soletro a frase final.
— Então anda muito desinformada! — Ele retruca com ar de superioridade.
— Desinformada?
— Exatamente, cuidado com os narcisistas que te deixaram com essa ideia de poder. Isso faz mal!
— Agora estou confusa, você se acha o líder e no fim sou a narcisista?
— Bem, eu só disse a verdade sobre mim! Quanto a você, passa bem.
— Ah, como você manipula tudo ao seu favor, Marte!
— Olha, usando o novo apelido? Gostei, Safira!
“Eu gosto dessa leveza que ele conseguiu me passar, por hora até me acalmei mais sobre a tentativa de homicídio que sofremos.”
— Taylor, obrigada por toda ajuda!
— Você não precisa me agradecer nada! — Segurou minha mão e apertou levemente.
— Agora acho que agora preciso vestir uma roupa seca. — Falei com a voz tremida por sentir meus dentes baterem pelo frio.
— Claro, deixa eu pegar a toalha. — Levantou do chão e pegou a toalha branca, que estava pendurada na porta. — Aqui.
Fiquei em pé ainda na banheira e segurei a toalha, me enroscando rápido para acalmar o frio.
— Você não vai tirar a lingerie molhada? — Apontando para meu corpo com o dedo indicador, Taylor pergunta.
— Na sua frente? — respondo com uma nova pergunta.
— Na minha frente! — Afirmou.
— Não mesmo!
— Você quer cair e bater a cabeça?
— Por que eu cairia? Faça-me o favor!
— Deixa de ser teimosa, eu vou virar de costas.
— Então vira logo! — Ordeno.
— Ok! Ok!
Taylor se virou de costas para mim. Enrosquei-me na toalha e comecei a tirar o sutiã, depois fui tirar a calcinha, passei pelo meu primeiro pé e depois tentei no segundo, mas escorreguei. Teria sido um tombo terrível se Taylor não tivesse um bom reflexo e me segurado.
Nossos olhos ficaram presos reciprocamente nesta cena onde eu me via seminua em seus braços fortes e quentes. Aquele brilho azul profundo de seus olhos me fazia flutuar em um céu infinito. Quebrando todo o clima, Taylor fala:
— Eu disse que você poderia cair!
— Você estava me desejando mal?
— Óbvio que não! Mas era provável, você estava se trocando usando uma toalha, para que tanto sacrifício?
— Como sabe que me despi usando a toalha?
— É, é… — Suas bochechas coram enquanto ele busca argumentos…
— Ah, não ser que, você estava me olhando por algum lugar! — Dou socos em seu peito para me soltar e grito: — Seu safado!
Taylor me pegou nos braços e me jogou na parede instantaneamente.
— Se acalme, eu não vi nada mesmo… E mesmo que visse, você tem o que toda mulher tem, ou estou errado?
Ele me pegou no braço e me sentou na pia de mármore, se abaixou na minha frente e tirou a calcinha em que estava enrolada no meu pé esquerdo.
— Você é um safado! — Sussurrei de maneira tão baixa que seria impossível de ouvir.
— Eu estava apenas conferindo se não iria cair. E olha que deu certo!
“Como ele me ouviu? Eu sussurrei!“
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Aurora Backer Olhei para ele revoltada e cruzo os braços bem em cima dos meus seios. — Você deveria me agradecer, eu só fiz ajudar. — Taylor encolheu os ombros. — Estou bem! — Resmungo. — Ainda não tenho certeza, mas aqui vai sua calcinha. Ele coloca a calcinha em minhas mãos e sorri. Pulei da pia, Taylor mirou-me com um olhar assassino. — Quem mandou você descer, sua rebelde? — Deixa de reclamar e vamos logo resolver isso! — Sei não, viu! Vamos lá para o quarto. Ele abre a porta do banheiro e eu entro no seu quarto, prestando atenção pela primeira vez nos detalhes rústicos. É todo amadeirado na cor de tronco de árvore, tem uma decoração simples e neutra, mas o que me chama atenção é uma lareira e as janelas enormes. — Nossa, seu quarto é o quarto! — Era dos meus pais quando fundaram a pensão. — A voz dele saiu em um sussurro seco. — Onde estão seus pais? — Mortos! — Respondeu curto e grosso. — Sinto muito… — Acrescento enquanto engulo seco. — Tudo bem, no fim não ti
Aurora Backer — Tudo bem, eu não vi hematomas em meu corpo, só quando penteei o cabelo senti uma leve dor. — Foi um corte, mas o sangue já estancou, então foi superficial, mas você precisa tomar dipirona para aliviar a dor. — Ok, então estou indo para meu quarto. Obrigada por tudo. — Desde quando eu te liberei? — Ué? Você disse que preciso tomar uma dipirona para aliviar a dor. — Porém, eu não olhei seu corte! — Não acho que seja necessário, já que você mesmo disse ser superficial. — Não seja teimosa, o médico, aqui sou eu. — Você é tão autoritário! — Cruzo os braços. — Você demorou muito no ritual da calcinha, tomou um novo banho? — Eu só passei quinze minutos lá. — Soltei uma risada irônica. — Foi mais do que quinze minutos. — Você contou, é? No fim estou aqui, certo? Então agilize logo minha alta. — Bem, você vai dormir comigo essa noite. Preciso te observar de perto. — O quê? — Completamente em choque interrogo. — É para o seu bem, portanto, fique comigo. “Seria
Aurora Backer Acordei com uma pessoa me beijando no ombro. Abrindo os olhos lentamente e deixando a luz do dia penetrar meus olhos, olhei para trás e vi uma bandeja de café da manhã. — Estou saindo para trabalhar, mas trouxe seu café, você precisa se alimentar bem. — Taylor, sorrindo, beija minha bochecha. — Não vá, adoraria passar esse dia com você. — Infelizmente não posso, o dever me chama. Te vejo a noite, e coma! Olho para a bandeja de relance e já observo muita coisa, e por ela estar toda colorida só mostra o cuidado que ele teve para deixar saudável e linda. — Obrigada pelo café da manhã. — Se eu tivesse escolha, passava o dia com você, mas preciso ir, e sobre o café da manhã, trate de comer tudo. — Você dormiu bem? — pergunto ao notar que ele já está pronto. — Sim, foi uma das melhores noites de sono que tive. E você? — Incrivelmente bem, obrigada por cuidar de mim. Pegando uma mecha do meu cabelo enrolando um cacho rebelde no próprio dedo, ele sorrir e fala: — Vo
Aurora Backer Após terminar minha higienização, visto meu vestido verde de alcinha e flores amarelas pequenas espalhadas, penteio os cabelos lentamente e sorri para a Aurora que renascia das cinzas. Saí do banheiro e logo de cara Ellie levantou e exclamou: — Você me deve muitas explicações! — Você é dramática! — rebato. — Eu fui no quarto de Taylor e vi a bandeja de café da manhã, nem para Nadja ele fez isso… “Nem para Nadja?” -— Aurora! — Desperto no segundo em que ela grita. — Você está me ouvindo? — Não grita, Ellie, estou bem do seu lado! — Você ouviu o que eu falei? — Sobre o Taylor não ter levado café da manhã nem para Nadja? — Isso foi no início, o que eu disse depois disso? — É… É… — Cocei os cabelos tentando relembrar. — Você estava no mundo da lua, nem prestou atenção. — Estava em Marte! — Quê? — Pergunta com uma careta engraçada, nariz levemente enrugado e a boca aberta. — Fecha a boca para não entrar mosquitos. — Sorri da sua pose sem sentido, uma mão na ci
Aurora Backer Abrindo os olhos devagar, ainda com a vista embaçada tenho um vislumbre de alguém que beija a minha mão, pisco várias vezes para que minha visão volte a ter clareza e quando tenho esse retorno vejo a primeira pessoa na beira da cama segurando minha mão, Taylor. Naquele mesmo instante sinto o rancor me dominar e grito: — Sai daqui! — Como assim? — Preocupado pergunta. — Como assim? Como assim? — Repito a pergunta várias vezes em um tom alto e claro. — Eu quero que saia do meu quarto! — Você perdeu a memória quando desmaiou? — Tentou alisar meus cabelos, mas eu bati em sua mão. — Não toque em mim! — Exclamei nervosa. — O que aconteceu? — Ele se levanta ainda incrédulo com minha reação. — Não importa, Taylor, só vá embora. Eu me levanto ficando o mais afastada possível dele. Taylor tenta se aproximar, mas levanto minha mão para o impedir e o mesmo reconhece o sinal, e fala: — Não estou entendendo você. — E nem precisa! Ele se aproxima na marra e me puxa pela c
Aurora Backer Direciono meus olhos para ele e rebato completamente chateada, expondo a raiva que sinto por ele trazer Nadja para a pensão. — Você falou que iria tratá-la como rainha e ela sentaria em seu trono. — Abro os olhos e retiro sua mão do meu rosto. — Me arrependi no momento que falei isso, meu ego não aguentou ser chamado de arrogante, presunçoso. — Ele suspira quando termina de falar. — Não me chame mais assim, e sinto muito por ferir seus sentimentos. Olho para Taylor sorrindo como idiota, ele pega uma mecha de meu cabelo molhado e põe atrás da minha orelha. Aproximando nossos rostos, ele fala baixo e rouco: — Você nem sabe o que planejei para você, mas infelizmente os planos foram outros no fim. — Encosta a testa na minha. — Posso ao menos te beijar? Consinto com a cabeça e a mágica acontece. É um beijo intenso, chega a doer pelo medo de que tudo fosse possível se acabar ali, no carro de Taylor. Sem fôlego pelo beijo, meu corpo chama pelo de Taylor, e o dele chama
Taylor White Nunca pensei que uma mulher conseguisse penetrar meus pensamentos como Aurora se torna dona deles, seus olhos cor de mel me fodem instantaneamente, os seus cabelos ondulados me lembram o oceano e o seu cheiro a primavera, sua pele parda brilha sobre a luz levemente amarela do carro. Ela era incrível e não havia palavras para descrever. — Taylor! — Geme meu nome com uma voz angelical, trêmula e baixa por tantas sensações novas. Seus lábios pequenos se encaixam nos meus para um beijo, meu pensamento permanece o único. “Ah, como sou viciado nos lábios dessa mulher, tão suaves e macios.” Minhas mãos tocaram todo o contorno do seu corpo que com certeza foi esculpido por anjos, ela era tão pura. Uma terra inabitada. “Como um homem casa e não toca na esposa? E qual o idiota que a fez ter uma memória triste quanto ao sexo?” “Essa mulher não tem defeitos, é a minha tentação”. Deito Aurora sobre o banco e pela primeira vez tenho um novo ângulo do seu corpo seminu. Auro
Aurora Backer Não sei ao certo que horas eram quando acordei e estava deitada no peito de Taylor, levantei a cabeça para vê-lo e parei admirada com sua beleza matinal, cabelos levementes bagunçados, seus lábios bem desenhados e sua barba por fazer o deixava em um tom sexy, Taylor é o homem mais lindo que eu já vi na minha vida. Olho em volta no mesmo momento que sentei segurando o lençol em meus seios e pela primeira vez as cenas da noite anterior penetram meus pensamentos fazendo-me sorrir, a forma como ele me amou, como me tocou e cada palavra dita. Cortando absolutamente o clima romântico espirro acordando Taylor. — Bom dia, linda. — Ele se espreguiça e sorri. — Bom dia. — Dou um final a minha frase com um espirro o que leva Taylor levantar. — Minha safira, ficou doente? — Pergunta preocupado enquanto alisa minha nuca com uma de suas mãos. — Não, estou bem. — E mais uma vez espirro para deixá-lo mais preocupado. — Estou vendo, acho que esqueceu que sou médico. — Não é para