Aurora Backer
Após sair da loja onde fui comprar roupas novas, Ellie precisou ir encontrar seu namorado. Aventurei-me a voltar sozinha para a pensão mas infelizmente não contava com dois caras inconvenientes me seguindo. Um carro derrapou na rua até parar ao nosso lado e Taylor saiu dele com um olhar furioso e gritou:
— Só vou falar mais uma vez, solte o braço dela agora!
Taylor está disposto a lutar pela minha segurança. Um deles aponta uma arma na direção dele, porém o mesmo parece não se importar.
— Meu Deus, Taylor! — Grito, assustada.
— Calma, está tudo bem, deixem ela vir até mim e eu fingirei que nada disso aconteceu, sou médico e posso ser útil.
— Ele tem razão, quando levarmos tiro, ele tratará de nós, é melhor do que ter dois homicídios hoje. — O mais velho parece ter se convencido.
— Você tem certeza? — O homem ruivo fica dividido. — Eu ainda não estou acreditando nisso!
— Ótimo, eu não sou tão idiota, vamos acabar com ele primeiro — Rindo o velho avança para cima de Taylor e o que estava armado me segurou apontando para minha cabeça. Eles começam uma briga corpo a corpo.
O medo de Taylor se machucar só cresce à medida que o homem saca uma faca e tenta golpeá-lo, a tensão no ar de que a qualquer momento pode acontecer uma tragédia me deixa perdida e desesperada. Para completar meu horror Taylor solta um grito que me paralisa em desesperança por uma vitória.
Ele luta com toda sagacidade, mas ao que parece está ferido. As lágrimas apertam em minha garganta, quando eu vejo sangue em sua camisa branca e só penso:
“Tenho que fazer algo. Ele vai matá-lo!“Rapidamente, dei uma cotovelada nas costelas do homem que estava com a arma apontada para mim. A dor foi tanta que o fez deixar a arma cair no chão. Com raiva, o homem reagiu batendo minha cabeça contra a parede.
— Vadia. Você me paga! — Ele levou as mãos nas costelas e me olhou com ódio brilhando em sua face.
Ele até correu em direção ao revólver, na tentativa de alcançá-lo novamente, mas coloquei o meu pé na sua frente, fazendo-o tropeçar e cair.
Com dificuldade, levantei-me e peguei a arma e jogando-a para Taylor logo em seguida.
— Hey, Taylor… Pega! — Gritei, chamando sua atenção para mim e para a arma arremessada em sua direção.
— Para trás seus merdas, se não eu atiro! — Taylor para garantir nossa vitória pegou a pistola e apontou para os dois homens, que levaram as mãos ao alto, assim que se viram na mira de Taylor.
Nesse momento, sinto algo escorrer sobre seu rosto, passei a mão na testa e só então me dei conta que estou ferida, pois meus dedos vieram selados com sangue.
Os homens se colocaram a correr no mesmo momento em que eu escorada contra parede, me deixei escorregar por ela até chegar ao chão, totalmente em choque por estar sangrando. Taylor correu em minha direção, seu olhar era de pura preocupação.
— Aurora, Aurora… Fala comigo. — Taylor age em total desespero.
— Eu estou bem, é só uma tontura. É que… Eu não posso ver sangue que fico assim… Mas fica tranquilo, é algo passageiro.
— Tudo bem, vou te levar para casa, lá faço seu curativo. O corte me parece superficial.
— O que estás fazendo? — Pergunto surpresa por sentir um de seus braços em minhas costas e o outro nas minhas pernas.
— Te levando para casa. — Responde, sorrindo.
Carregando-me como uma noiva, Taylor me levou até seu carro, onde me colocou sentada no banco passageiro, tendo o cuidado de afivelar o cinto de segurança. Entrou logo em seguida no lado do motorista.
— Não durma! — Taylor grita enquanto dirige.
— Calma, não grita, estou do seu lado. — Pedi sonolenta.
— Você entende o perigo que passou agora? Eu devia tê-los matado! — Em puro surto de adrenalina ele exclama.
— Não devia, você não é assim… — Repreendo seu pensamento.
— Devia sim, só de imaginar eles te tocando, eu tenho ódio, fervo de ódio! — ele b**e com força no volante chegando a me assustar. — Amanhã vou descobrir onde eles estão e farei o que for preciso para vê-los atrás das grades. Esses idiotas de merda.
— Merda, Aurora, não dorme. Estamos bem próximo da pensão. —Taylor grita comigo novamente, tentando fazer com que eu não durma.
— Estou acordada… Mas minha cabeça está latejando, não grita, por favor. — Peço ainda fraca.
— Ok, me desculpe. Só não durma.
Não sei dizer ao certo quanto tempo se passou, até que percebi quando Taylor parou o carro, desceu e me pegou em seus braços entrando comigo na pensão.
— Meu Deus, Aurora, o que aconteceu? — Dona Jane assustada se aproxima.
— Ellie, pega uma bacia com água e leva para meu quarto. — Taylor mais uma vez grita.
Ele sobe apressado comigo em seus braços até o seu quarto, me colocando deitada em sua cama.
— Como está se sentindo? — Me examinando ele pergunta visivelmente tenso e preocupado.
— O pior passou, só dor de cabeça mesmo. — Sorrindo respondo para tranquilizá-lo.
Taylor alisa minha bochecha com uma de suas mãos, apoiei meu rosto em sua palma quente, fechando os olhos em seguida, e desfrutando do seu toque, do carinho que me fazia naquele momento.
— Tatá, vim o mais rápido que pude. — Ellie entra sem cerimônia no quarto e olhando com o cenho franzido para nós dois em desconfiança diante daquela cena.
Nesse momento Taylor se levanta, e tosse para disfarçar a tensão. Ele pega o pano e passa sobre minha cabeça, limpando meu ferimento.
— Vocês vão contar o que aconteceu? — Me analisando, Ellie pergunta.
Ainda calado, Taylor foca em limpar o sangue do meu rosto e tira meu sobretudo. Ninguém nunca cuidou tão bem assim de mim.
— Chame o Mike, quero falar com ele. Precisamos fazer uma denúncia de tentativa de homicídio.
Ele pega uma camisa no guarda-roupa e me dá, logo em seguida uma toalha e fala:
— Quero você confortável. Venha, vou te ajudar.
— Calma aí, como assim? Tentativa de Homicídio? — Ellie em choque pergunta.
— Ellie, só chama o Mike, ok? Peça para ele vir o mais breve possível. — Taylor ordena já ficando sem paciência.
Ellie saiu e fechou a porta do quarto.
— Venha, deixe-me te ajudar a tirar essa roupa suja de sangue. — Com as bochechas coradas me chamou e fez-me aproximar mais dele.
Levantei os braços e ele tirou minha roupa sem dificuldade, deixando-me apenas de lingerie. Seu olhar varreu meu corpo dos pés à cabeça.
— Aproveitando o quanto estou concentrado, venha para o banheiro. — Sua voz saiu baixa, quase inaudível.
— O quê? Como assim? — Com medo de ter ouvido errado interrogo.
— Vou dar um banho em você. Não quero que tenha um desmaio sozinha no banheiro. E logo depois irei fazer seu curativo. — Como se fosse a coisa mais normal do mundo, ele explica o que pretende.
Como se fosse uma deixa, Taylor tira a camisa, expondo aquele corpo perfeitamente esculpido e uma tatuagem que começa do seu ombro até o antebraço com símbolos que não entendo, meus olhos caem para seu braço onde tem um corte.
— Você se feriu? —Pergunto em aflição.
— Não é nada, estou bem. Vamos?
— Eu não vou tomar banho com você. — Nervosa, afirmei. — O que pensa que sou?
— Eu não vou tomar, vou apenas ser seu suporte para que não caia, além disso preciso ver seu corpo sem sangue, para examinar possíveis ferimentos e hematomas. — Sem nenhuma reação explana.
— Fique tranquila que você está de calcinha e sutiã, tipo biquíni… — Hesita e depois volta a falar: — Se não confia em mim tudo bem, mas depois de hoje, eu pensei…
“Ele tem razão, preciso provar que confio nele, ele salvou minha vida.”
— Taylor, me desculpa — sem graça retrocedo. — Eu sou grata a você. Só me confundi brevemente.
Ele reagiu com um sorriso leve.
— Obrigado, linda, isso significa muito pra mim. Agora vamos para seu banho.
Confirmei com a cabeça ainda constrangida e fomos para o banheiro, ele ligou a torneira da banheira na temperatura morna, segurando minhas mãos e disse:
— Você pode deitar na banheira, estou aqui do seu lado, podemos conversar enquanto isso.
Entrei na banheira sentindo meu corpo relaxar, como prometido Taylor sentou no chão ao meu lado.
— Do quê quer conversar? — dei-lhe um sorriso tímido ao perguntar.
— Por que estava viajando sozinha? Por que seu marido não está com você? Se eu tivesse a sorte dele, de ter uma mulher como você, não sairia do seu lado, seria seu guarda costas pessoal.
“Ele realmente falou isso?”
— O mundo é perigoso, Aurora. Você ainda não entende isso? Qual o seu nome?
— Você já sabe meu nome, é Aurora.
— Me refiro ao seu sobrenome. — indagou enquanto olhava profundamente em meus olhos.
“Meu Deus, ele não pode saber, como vou responder isso?”
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Aurora Backer Taylor acabou de me perguntar sobre meu sobrenome. Fazendo com que eu me sinta perdida, porque ao saber meu sobrenome, ele vai descobrir quem sou de verdade. Ou talvez ele não me conheça, mesmo pela mídia. — Vamos, Aurora, qual é o seu sobrenome? — Taylor interroga mais uma vez. — Bom é que… É… — Posso dizer que eu me atropelei em nervosismo. — É...? Sério que tá considerando responder seu nome? — Com os olhos arregalados, pergunta. — Não, não… Bom, é Richards. “Na verdade, é Aurora Backer Richards, mas ele não precisa saber o meu nome do meio. E também não estou mentindo, mas ninguém vai me encontrar na busca por esse nome, pois até a mídia desconhece.” — Aurora Richards, esse nome é forte. O meu é White. — Responde, sorrindo. — Então, agora você quer me chamar pelo meu sobrenome? E eu te chamo pelo seu? Quanta formalidade! — Retruco para cortar o clima. — Eu não disse isso, Richards. Revirei os olhos pela provocação sobre me chamar pelo sobrenome. — Mas pre
Aurora Backer Olhei para ele revoltada e cruzo os braços bem em cima dos meus seios. — Você deveria me agradecer, eu só fiz ajudar. — Taylor encolheu os ombros. — Estou bem! — Resmungo. — Ainda não tenho certeza, mas aqui vai sua calcinha. Ele coloca a calcinha em minhas mãos e sorri. Pulei da pia, Taylor mirou-me com um olhar assassino. — Quem mandou você descer, sua rebelde? — Deixa de reclamar e vamos logo resolver isso! — Sei não, viu! Vamos lá para o quarto. Ele abre a porta do banheiro e eu entro no seu quarto, prestando atenção pela primeira vez nos detalhes rústicos. É todo amadeirado na cor de tronco de árvore, tem uma decoração simples e neutra, mas o que me chama atenção é uma lareira e as janelas enormes. — Nossa, seu quarto é o quarto! — Era dos meus pais quando fundaram a pensão. — A voz dele saiu em um sussurro seco. — Onde estão seus pais? — Mortos! — Respondeu curto e grosso. — Sinto muito… — Acrescento enquanto engulo seco. — Tudo bem, no fim não ti
Aurora Backer — Tudo bem, eu não vi hematomas em meu corpo, só quando penteei o cabelo senti uma leve dor. — Foi um corte, mas o sangue já estancou, então foi superficial, mas você precisa tomar dipirona para aliviar a dor. — Ok, então estou indo para meu quarto. Obrigada por tudo. — Desde quando eu te liberei? — Ué? Você disse que preciso tomar uma dipirona para aliviar a dor. — Porém, eu não olhei seu corte! — Não acho que seja necessário, já que você mesmo disse ser superficial. — Não seja teimosa, o médico, aqui sou eu. — Você é tão autoritário! — Cruzo os braços. — Você demorou muito no ritual da calcinha, tomou um novo banho? — Eu só passei quinze minutos lá. — Soltei uma risada irônica. — Foi mais do que quinze minutos. — Você contou, é? No fim estou aqui, certo? Então agilize logo minha alta. — Bem, você vai dormir comigo essa noite. Preciso te observar de perto. — O quê? — Completamente em choque interrogo. — É para o seu bem, portanto, fique comigo. “Seria
Aurora Backer Acordei com uma pessoa me beijando no ombro. Abrindo os olhos lentamente e deixando a luz do dia penetrar meus olhos, olhei para trás e vi uma bandeja de café da manhã. — Estou saindo para trabalhar, mas trouxe seu café, você precisa se alimentar bem. — Taylor, sorrindo, beija minha bochecha. — Não vá, adoraria passar esse dia com você. — Infelizmente não posso, o dever me chama. Te vejo a noite, e coma! Olho para a bandeja de relance e já observo muita coisa, e por ela estar toda colorida só mostra o cuidado que ele teve para deixar saudável e linda. — Obrigada pelo café da manhã. — Se eu tivesse escolha, passava o dia com você, mas preciso ir, e sobre o café da manhã, trate de comer tudo. — Você dormiu bem? — pergunto ao notar que ele já está pronto. — Sim, foi uma das melhores noites de sono que tive. E você? — Incrivelmente bem, obrigada por cuidar de mim. Pegando uma mecha do meu cabelo enrolando um cacho rebelde no próprio dedo, ele sorrir e fala: — Vo
Aurora Backer Após terminar minha higienização, visto meu vestido verde de alcinha e flores amarelas pequenas espalhadas, penteio os cabelos lentamente e sorri para a Aurora que renascia das cinzas. Saí do banheiro e logo de cara Ellie levantou e exclamou: — Você me deve muitas explicações! — Você é dramática! — rebato. — Eu fui no quarto de Taylor e vi a bandeja de café da manhã, nem para Nadja ele fez isso… “Nem para Nadja?” -— Aurora! — Desperto no segundo em que ela grita. — Você está me ouvindo? — Não grita, Ellie, estou bem do seu lado! — Você ouviu o que eu falei? — Sobre o Taylor não ter levado café da manhã nem para Nadja? — Isso foi no início, o que eu disse depois disso? — É… É… — Cocei os cabelos tentando relembrar. — Você estava no mundo da lua, nem prestou atenção. — Estava em Marte! — Quê? — Pergunta com uma careta engraçada, nariz levemente enrugado e a boca aberta. — Fecha a boca para não entrar mosquitos. — Sorri da sua pose sem sentido, uma mão na ci
Aurora Backer Abrindo os olhos devagar, ainda com a vista embaçada tenho um vislumbre de alguém que beija a minha mão, pisco várias vezes para que minha visão volte a ter clareza e quando tenho esse retorno vejo a primeira pessoa na beira da cama segurando minha mão, Taylor. Naquele mesmo instante sinto o rancor me dominar e grito: — Sai daqui! — Como assim? — Preocupado pergunta. — Como assim? Como assim? — Repito a pergunta várias vezes em um tom alto e claro. — Eu quero que saia do meu quarto! — Você perdeu a memória quando desmaiou? — Tentou alisar meus cabelos, mas eu bati em sua mão. — Não toque em mim! — Exclamei nervosa. — O que aconteceu? — Ele se levanta ainda incrédulo com minha reação. — Não importa, Taylor, só vá embora. Eu me levanto ficando o mais afastada possível dele. Taylor tenta se aproximar, mas levanto minha mão para o impedir e o mesmo reconhece o sinal, e fala: — Não estou entendendo você. — E nem precisa! Ele se aproxima na marra e me puxa pela c
Aurora Backer Direciono meus olhos para ele e rebato completamente chateada, expondo a raiva que sinto por ele trazer Nadja para a pensão. — Você falou que iria tratá-la como rainha e ela sentaria em seu trono. — Abro os olhos e retiro sua mão do meu rosto. — Me arrependi no momento que falei isso, meu ego não aguentou ser chamado de arrogante, presunçoso. — Ele suspira quando termina de falar. — Não me chame mais assim, e sinto muito por ferir seus sentimentos. Olho para Taylor sorrindo como idiota, ele pega uma mecha de meu cabelo molhado e põe atrás da minha orelha. Aproximando nossos rostos, ele fala baixo e rouco: — Você nem sabe o que planejei para você, mas infelizmente os planos foram outros no fim. — Encosta a testa na minha. — Posso ao menos te beijar? Consinto com a cabeça e a mágica acontece. É um beijo intenso, chega a doer pelo medo de que tudo fosse possível se acabar ali, no carro de Taylor. Sem fôlego pelo beijo, meu corpo chama pelo de Taylor, e o dele chama
Taylor White Nunca pensei que uma mulher conseguisse penetrar meus pensamentos como Aurora se torna dona deles, seus olhos cor de mel me fodem instantaneamente, os seus cabelos ondulados me lembram o oceano e o seu cheiro a primavera, sua pele parda brilha sobre a luz levemente amarela do carro. Ela era incrível e não havia palavras para descrever. — Taylor! — Geme meu nome com uma voz angelical, trêmula e baixa por tantas sensações novas. Seus lábios pequenos se encaixam nos meus para um beijo, meu pensamento permanece o único. “Ah, como sou viciado nos lábios dessa mulher, tão suaves e macios.” Minhas mãos tocaram todo o contorno do seu corpo que com certeza foi esculpido por anjos, ela era tão pura. Uma terra inabitada. “Como um homem casa e não toca na esposa? E qual o idiota que a fez ter uma memória triste quanto ao sexo?” “Essa mulher não tem defeitos, é a minha tentação”. Deito Aurora sobre o banco e pela primeira vez tenho um novo ângulo do seu corpo seminu. Auro