XXXIX Doçura das almas

— Seu filho da puta! Onde esteve o dia todo?? Largou tua mãe aqui, não apareceu pro almoço, ficou choramingando e ainda quer se sentir “amado”?? Que porra de bichinha você foi me sair! Quer respeito? Quer? Hein, olhe na minha cara, animal! Olha aqui! Quer respeito? Respeite-me! Por mim, você não precisava nem ter voltado! Inútil!

Em uma recepção de gala, Dingo voltava ao doce convívio familiar, já sem chão e sem saber qual seria o próximo passo. Talvez o de sempre. Fechar-se no quarto e dormir um sono profundo, para sonhar com a morte e a escuridão.

Dingo era mantido e bancado pela mãe. Seus irmãos não contrariavam o pai, e o pai… bom, esse nunca disfarçou o desgosto que sentia do filho mais novo. Os negócio

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