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Como assim? Não vou soltar todos os meus 85 quilos sobre ela de uma vez. Nem vou meter meu pau de uma vez como um animal bruto, já disse a ela pra não ter medo e mesmo assim ela está nervosa.

— Não vou te machucar menina. Já falei. Além do mais, você me disse que não tinha medo de mim.

— E não tenho, mas sei que me machucará mesmo que não queira.

— Ok — fico de pé e a levanto junto comigo — Me diga por que esta dizendo isso.

Ela não responde. Limita-se a olhar pra baixo. Olho também e vejo sua beleza nua, mas então, um pouco mais para o lado percebo uma mancha arroxeada logo acima do quadril pegando uma parte das costas.

— O que foi isso? Está machucada? É por isso que não quer transar?

Ela olha pra mim e sem uma palavra me reponde com um aceno de cabeça afirmativo. É isso. Essa menina foi ferida por alguém e seu machucado parece recente. De repente não tenho mais vontade de transar, mas sim de conhecer essa garota e saber quem fez esse mal a ela.

Sento-a novamente na cama e fico ao lado dela, olhando em seus olhos pelo que parece, um longo tempo. Ela é tão jovem. Quem na Terra iria querer fazer mal a uma criatura tão doce?

Faço a ela uma sucessão de perguntas e nada. Ela não responde. Fica olhando pra mim quase implorando com os olhos pra que eu não pergunte mais. Eu poderia insistir, mas acho que ela não vai me responder. Talvez eu possa arrancar isso dela de outra forma. Acho que ser bonzinho não vai me ajudar aqui. Mudo de tática.

— Bom vamos recomeçar. — passo a mão entre os fios do meu topete — Deite na cama. Vou foder você agora mesmo.

Ela olha pra mim com questionamento. Eu dou de ombros.

— Ué, tentei conversar, mas você não me deu bola, então quero fazer o que vim fazer.

Ela se deita, hesitante. Tiro minhas roupas, faço meu caminho por cima dela, chupando e beijando seu corpo e paro encarando-a.

—Você quer fazer isso? — quero fodê-la, mas no fundo torço pra que ela diga que não. Quero saber o que houve com ela.

— Bom, não tenho escolha. Você quer, então tenho que fazer.

Não é a resposta que eu queria ouvir. Devo continuar meu jogo, se não der certo, no mínimo me garantirá um orgasmo. Beijo-a passando minhas mãos por seu delicioso corpo. Ela fica imóvel. Não ligo, continuo.

Então começo a pegar seus seios nas mãos e massageá-los com força, rolo seus mamilos nos dedos e abocanho um deles enquanto mantenho o outro no cativeiro dos meus dedos. Sua pele tem um gosto divino. Se ela não me pedir para parar, eu mesmo depois não serei capaz de fazer tal coisa. Ela é gostosa demais. Porém, eu sei que quando a pressionar mais ela sentirá dor e me pedirá para não ir adiante.

Deixo parte do peso do meu corpo cair sobre ela e sinto que estremece, mas ao contrário do que pensei, ela não reclama. Que garota forte essa. Deixou claro que não quer sexo por que está com medo de sentir dor e mesmo assim continua calada. Posso penetrá-la agora e fazê-la gritar de dor, sem dúvida ela me pedirá pra parar.

— Vou meter em você com força e de uma vez só. — agora vejo um pouco de medo em seus olhos. Ergo as sobrancelhas. — Eu poderia ir devagar, mas acho que você não está se importando muito, não é. — digo ameaçador e ela engole visivelmente.

Coloco um preservativo, posicionando meu pau pulsante em sua boceta e começo a roçar nela bem de levinho sobre seu clitóris. Ela fecha os olhos que até então estavam abertos e um tanto temerosos. Ela está gostando. Mas não quero que ela goste, quero que ela me mande parar e me conte o que houve com ela.

Fico de joelhos e abro suas pernas, coloco uma almofada embaixo de sua bunda para erguê-la fora da cama e vejo seu rosto mudar do prazer para a dor como um passe de mágica. Ela deve ter um machucado doloroso nessa região. Só que mais uma vez, ela aguenta firma.

Fico esperando, mas ela não dá o braço a torcer. Desisto. Não posso transar com ela estando machucada. Gosto de ser intenso quando fodo e com ela assim não será possível porque vou acabar quebrando ela.

— Já chega. — digo me sentando sobre meus calcanhares — Você vai me dizer agora mesmo o que houve com você.

— Porque você se importa? — ela atira — Você pagou pelo programa não? Estou fazendo minha parte, porque não faz a sua e acaba logo com isso?

O quê? Pela segunda vez ela me choca essa noite. Que ela não quer isso não é nenhuma novidade, mas ela teve a escolha de apenas conversarmos e negou. Agora me pede pra continuar?

— Escuta menina, não paguei por esse programa ainda, sempre pago quando saio, depois de gozar, porque só assim posso dar um preço ao prazer que recebi. Estou vendo que você não quer isso e mesmo assim me pede pra continuar. Por quê?

— Porque preciso agradá-lo. Se eu não for “boazinha”, — ela diz fazendo aspas no ar — serei jogada fora daqui e não tenho pra onde ir.

Ela é bem petulante. E me intriga.

— Bom, como eu te disse, eu ainda não paguei por esse tempo com você, mas pagarei quando sair, e como sou eu quem está pagando, então posso fazer o que quiser com você. — olho bem nos seus olhos enquanto falo — Não precisa transar comigo. Podemos apenas conversar, não quero olhar pra você e ver que está com dor. Não é a imagem que gosto de gravar de uma mulher sob meus cuidados.

Ela olha pra mim, parecendo incrédula com minhas palavras. Ficamos calados por um tempo e então ela rompe o silêncio.

— É muito gentil da sua parte, mas não vou contar a história da minha vida a você só porque está sendo legal comigo.

— E nem eu quero que conte. Apenas quero saber por que está machucada, porque se não percebeu, são seus machucados que estão me impedindo de ter uma hora bem prazerosa com você.

Ela cora. Ponto pra mim. Atingi meu alvo. Certamente agora ela deve falar. Vamos lá garota, me conte o que houve. Fico esperando por vários minutos e ela continua como se estivesse sem língua. Olho no meu relógio e vejo que meu tempo está estourando. Droga! Vou ter que sair e deixá-la intacta pra que outro a coma. Inferno. Essa ideia me desagrada. Desagrada-me muito.

— Um cara me bateu pra me roubar quando saí de casa há alguns dias. — ela sussurra.

Ela falou! É isso? Bem a seu tempo, mas ela resolveu falar.

— Foi espancada por um assaltante?

— Sim.

— Filho da puta. — solto fechando os olhos com força sem conseguir conter uma ira crescente — Porque não chamou a polícia ou algo assim?

— Não achei que fosse necessário. O que poderiam fazer?

— Prender o cara, né?

— Não se iluda. A polícia não se importa com quem vive nas ruas.

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